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Relatorio Cuba de Ondas - Josivaldo Dos Santos
Relatorio Cuba de Ondas - Josivaldo Dos Santos
INSTITUTO DE FÍSICA
Cuba de Ondas
Cuba de Ondas
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SUMÁRIO
Sumário
SUMÁRIO ....................................................................................................................... 2
1. Introdução teórica ...................................................................................................... 3
2. Objetivos .................................................................................................................... 10
3. Materiais utilizados .................................................................................................. 10
4. Procedimento experimental ..................................................................................... 10
5. Resultados e discussões ............................................................................................ 14
7. Bibliografia ................................................................................................................ 14
8. Anexos. ....................................................................................................................... 15
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1. Introdução teórica
Nos espelhos esféricos, tem-se que quando um feixe de raios paralelos incide sobre o
espelho paralelamente ao eixo principal, origina um feixe refletido convergente, no caso
do espelho côncavo, e divergente, no espelho convexo. Esses raios refletidos ou seus
prolongamentos vão se encontrar em um ponto chamado foco principal, que se encontra
no ponto médio entre o vértice e o centro de curvatura do espelho, ou seja, f = c/2, onde
f é a distância entre o ponto C e V, e c é a distância entre o ponto F e V. A
Figura 2 ilustra a reflexão dos raios de onda em espelhos côncavos e convexos.
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1.2 Difração de Ondas Planas em uma Fenda Simples
A difração é um fenômeno que acontece quando uma onda encontra um obstáculo,
ocorrendo uma flexão das ondas em torno deste obstáculo. O fenômeno de difração
também é descrito como o espalhamento das ondas após atravessar orifícios ou fendas.
Esse alargamento ocorre conforme o princípio de Huygens. Produzindo-se ondas retas
na cuba e inserindo, na água, um obstáculo qualquer, observa-se que as ondas sofrem
um desvio na direção de propagação, transpondo o obstáculo. Se a onda atinge uma
fenda entre dois obstáculos inseridos na água, se a largura desta fenda for menor ou
igual ao comprimento de onda incidente, ela transpõe o obstáculo.
Produzindo ondas retas na cuba e utilizando os acessórios (a) e (b), observou-se o
fenômeno da difração, conforme ilustrado na Figura 4. Com o arranjo de uma fenda,
pode-se observar que a difração é mais perceptível quando a abertura da fenda é da
ordem do comprimento de onda da onda incidente.
1.3 Interferência
Quando duas ou mais ondas se propagam, simultaneamente, em um mesmo meio,
ocorre uma superposição de ondas. Se estas ondas atingem um determinado ponto P no
mesmo instante, elas causarão nesse ponto uma perturbação que é igual à soma das
perturbações que cada onda causa individualmente, ou seja:
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Figura 15 – Interferência entre duas ondas circulares. Foto das ondas obtidas utilizando a cuba
de ondas, à esquerda, e representação dos pontos de interferência, à direita, onde os pontos
escuros representam interferências construtivas, os pontos claros representam interferências
destrutivas, as linhas cheias representam as cristas e as linhas pontilhadas, os vales.
Verifica-se que entre dois máximos de interferência existe sempre um mínimo situado
exatamente no meio do caminho. As curvas obtidas unindo-se os pontos de interferência
construtiva são chamadas de curvas ventrais e, as obtidas unindo-se os pontos de
interferência destrutiva, de curvas nodais. Observe que na foto das ondas na Figura 15 é
possível observar as curvas nodais.
É possível estabelecer uma condição para determinar onde se encontram os pontos de
interferência construtiva e de interferência destrutiva. Nota-se que na interferência
construtiva, a diferença de caminho entre as ondas produzidas pelas fontes deverá ser
sempre um múltiplo inteiro do comprimento de onda, enquanto para interferência
destrutiva, a diferença de caminho é um semi-inteiro do comprimento de onda.
Considerando P um ponto de interferência, F1 a posição de uma das fontes de oscilação e
F2 a posição da outra fonte, tem-se que:
Onde, para n inteiro par ou zero tem-se interferência construtiva e para n inteiro ímpar,
tem-se interferência destrutiva.
Para que a interferência seja construtiva, duas cristas ou dois vales devem se sobrepor,
portanto Δ deve ser múltiplo inteiro do comprimento de onda. Para que a interferência
seja construtiva, uma crista deve se sobrepor com um vale e, portanto, Δ deve ser um
múltiplo semi-inteiro com comprimento de onda. Ou seja, Δ = m λ, para interferência
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construtiva e Δ = (m + 1/2) λ, para interferência destrutiva, onde m é um número
positivo. Este é o mesmo resultado obtido com a interferência com duas fontes,
expresso pela equação (21)
Figura 16: Esquema de montagem de Young para interferência. Fonte: referencia [2].
Na figura 16.a tem-se que a luz emitida por uma fonte de luz atravessa um pequeno
orifício, difratando. Na frente desta onda ha dois orifícios S1 e S2 fazendo com que a
onda novamente seja difratada. As ondas luminosas assim obtidas se superpõem,
originando uma figura de interferência.
No anteparo obtém-se regiões claras e escuras. As regiões claras são aquelas em que
dois vales ou duas cristas se superpõem. Temos neste caso uma interferência construtiva
(figura 17.a).
As regiões escuras são aquelas em que um vale e uma crista se superpõem. Neste caso
temos uma interferência destrutiva (figura 17.b).
1.5 Refração
Quando um feixe de luz incide obliquamente na superfície de separação entre dois
meios transparentes, muda de direção, apresentando velocidade da luz diferente do
primeiro meio. Este desvio que a luz sofre e o fenômeno da refração (figura 19).
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Figura 19: Ilustração para fenômeno de refração da
luz entre dois meios (ar e vidro). Fonte: referencia [2].
Índice de Refração
O desvio que a luz sofre quando passa de um meio para outro, depende da velocidade da
luz nos dois meios. A grandeza física que relaciona as velocidades nos dois meios e o
índice de refração relativo (n21), que é definido como sendo a razão entre a velocidade
da luz no primeiro meio (v1) e a velocidade da luz no segundo meio (v2):
Quando o primeiro meio e o vácuo (v1 = c), o índice de refração que relaciona a
velocidade da luz no vácuo com a velocidade em outro meio (v), e denominado índice
de refração absoluto (n):
A velocidade da luz no vácuo e c = 300 000 km/s e em outro meio qualquer e menor do
que este valor. Consequentemente, o valor do índice de refração em qualquer meio,
exceto o vácuo, e sempre maior que a unidade (n > 1).
Abaixo, temos uma tabela com alguns valores para índices de refração e seus
respectivos meios.
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Tabela 5: Valores de índices de refração de um cristal para diferentes luzes monocromáticas.
O índice de refração relativo (n21) e o cociente entre os índices de refração do meio (2)
e do meio (1).
Figura 20: Refração de um raio quando passa de um meio (1) menos refringente para um meio
(2), mais refringente. Fonte: referencia [2].
Onde:
θ1 - angulo de incidência (angulo que o raio incidente faz com a normal, N.
θ2 - angulo de refração (angulo que o raio refratado faz com a normal, N).
n2,1 - índice de refração relativo
n2 - índice de refração do meio 2
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n1 - índice de refração do meio 1
Figura 21: Simulação da refração na cuba de agua na parte funda e na parte rasa, gerando ondas com a mesma
frequência e diferentes comprimentos de ondas. Fonte: referencia [2].
Figura 22: Simulação da refração na cuba de agua na parte funda e na parte rasa, gerando ondas com a mesma
frequência e diferentes comprimentos de ondas. Fonte: referencia [2].
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Vamos estudar o que acontece na região da barreira AB (figura 22.b). Da figura 22.b
temos que:
sen θ1 / senθ2 = λ1 / AB = AB /λ2 = λ1 / λ2 = constante (9)
Comparando (8) e (9), obtemos:
sen θ1 / senθ2 = λ1 / λ2 = n21 (10)
Como v = λf e a frequência e a mesma para os dois meios, temos:
λ1 = v1/f (11)
e
λ2 = v2/f (11)
Substituindo em 10:
sen θ1 / senθ2 = n21 = λ1 / λ2 = v1 / v2 (13)
Esta expressão e a Lei de Snell-Descartes que relaciona os senos dos ângulos de
incidência e refração com o índice de refração e as velocidades das ondas nos dois
meios. Observe que quanto maior o comprimento de onda, menor a velocidade para
uma mesma frequência e vice-versa.
2. Objetivos
Verificar as leis da reflexão, refração, difração e outras propriedades ondulatórias
utilizando o experimento da cuba de ondas.
3. Materiais utilizados
Cuba de ondas, fonte de alimentação, gerador de vibrações com dois pês e ajuste de
diferença de fase, vários acessórios correspondentes a cada tipo de experimento,
conforme figura 2.
Figura 2: Elementos utilizados para montagem da cuba de ondas. Fonte: Manual Pasço.
4. Procedimento experimental
No início do experimento montamos o aparato experimental de acordo com o que está
apresentado na figura 1.
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Figura 1: Arranjo experimental para cuba de ondas. Fonte: Lab. Ensino Física UFAL
Medida 1 Medida 2
θi 45º 45º
θr 45º 45º
Tabela 1: reflexão em barreira reta
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f (cm) r (cm) θi θr
1,5 3,5 45º 45º
Tabela 2: reflexão em barreira curva
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Figura 5: interferência de ondas
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5. Resultados e discussões
Ao analisar os dados obtidos através desse experimento, podemos observa o princípio
da lei da reflexão, onde podemos notar que o ângulo ao qual a onda plana incide na
barreira reta, será igual ao seu ângulo de reflexão.
No caso dá barreira ser circular, quando uma onda plana incide, o pulso refletido pela
barreira irá assumir uma forma circular, de onde podemos observar e calcular o raio da
curvatura e a distância focal. Mesmo os valores não sendo conclusivos, mas com as
observações do o experimento podemos afirmar que a lei da reflexão é válida.
Como podemos analisar os dados, podemos verificar que a frente de onda difratada é
proporcional à distância da abertura por onde ela está passando, ou seja quanto maior
for a abertura da fenda maior será a frente de onda difratada e quanto menor o tamanho
da fenda menor será a frente de onda difratada, quando aumentamos a frequência iremos
também diminuir o comprimento de onda, consequentemente irá diminuir a curvatura da
frente de onda difratada. O valor mais acentuado para o fenômeno da difração será
𝜆
quando 𝑑 = 1
6. Conclusões
Utilizar as propriedades das ondas de água em uma sala de aula pode ser uma tarefa
complexa, pois as ondas em água superficiais possuem muitas características que não
triviais como sua velocidade e o movimento das gotículas de água no interior do meio.
Portanto, é necessário tomar muito cuidado com a abordagem realizada em cada
demonstração. Neste projeto, para todas as demonstrações propostas, foi considerada
apenas uma análise simplificada do movimento das ondas em água, de modo que as
demonstrações possam servir de exemplificação para alguns fenômenos de movimento
ondulatório, sem perda de generalidade.
Alguns desafios foram enfrentados na construção da cuba de ondas, como otimizar as
oscilações produzidas para formar uma imagem satisfatória das ondas e adequar os
materiais disponíveis às necessidades do projeto, pois a ideia inicial é de reaproveitar o
maior número de componentes possível. Apesar de ter obtido bons resultados, ainda há
alguns pontos a serem trabalhados no projeto para melhorá-lo.
De modo geral, o projeto da cuba de ondas tem um grande potencial que pode ser
explorado em aulas de física, abrangendo demonstrações em uma esfera mais simples,
como demonstrado neste trabalho e, também, abrindo caminho para discussões mais
complexas das propriedades de ondas em água.
7. Bibliografia
[1] R. Resnick, D. Halliday – Física. Volume 2.
[2] Nussenzveig, Herch Moyses. Curso de Física básica / H. Moyses Nussenveig – 4ª
edição – São Paulo: Edgar Blucher, 2002
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8. Anexos.
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