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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

Cuba de Ondas

DISCIPLINA: Física Experimental 2


ALUNO: Josivaldo dos Santos
PROFESSOR: André Luis Baggio
CURSO: Física Licenciatura

Maceió, 02 de junho de 2022


UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE FÍSICA

Cuba de Ondas

Relatório referente ao experimento "Cuba


de Ondas", realizado no laboratório de Física 2, sob
a orientação do professor André Luis Baggio.

Maceió, 02 de junho de 2022

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SUMÁRIO

Sumário
SUMÁRIO ....................................................................................................................... 2
1. Introdução teórica ...................................................................................................... 3
2. Objetivos .................................................................................................................... 10
3. Materiais utilizados .................................................................................................. 10
4. Procedimento experimental ..................................................................................... 10
5. Resultados e discussões ............................................................................................ 14
7. Bibliografia ................................................................................................................ 14
8. Anexos. ....................................................................................................................... 15

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1. Introdução teórica

1.1 Verificação das Leis de Reflexão

Em 1678, Huygens formulou um princípio de grande importância no estudo da


propagação de ondas: todos os pontos de uma frente de ondas se comportam como
fontes pontuais para ondas secundárias. Quando ondas retas ou circulares provenientes
de uma fonte A encontram um obstáculo plano, produz-se reflexão de ondas porque
cada ponto do obstáculo torna-se fonte de uma onda secundária, segundo o princípio de
Huygens. As ondas refletidas se comportam como se emanassem de uma fonte A’,
simétrica a A em relação ao obstáculo refletor.
Na reflexão de ondas, duas leis são obedecidas: o raio de onda incidente, o raio de onda
refletido e a normal do obstáculo refletor são coplanares e ainda, o ângulo de incidência
é igual ao ângulo de reflexão. Verifica-se também, que na reflexão, a frequência, a
velocidade e o comprimento de onda não variam. Na cuba de ondas, utilizando o
acessório (esquadro reto) sem nenhuma fenda, é possível observar a reflexão em
obstáculo reto para ondas retas, como ilustra a Figura 1.

Nos espelhos esféricos, tem-se que quando um feixe de raios paralelos incide sobre o
espelho paralelamente ao eixo principal, origina um feixe refletido convergente, no caso
do espelho côncavo, e divergente, no espelho convexo. Esses raios refletidos ou seus
prolongamentos vão se encontrar em um ponto chamado foco principal, que se encontra
no ponto médio entre o vértice e o centro de curvatura do espelho, ou seja, f = c/2, onde
f é a distância entre o ponto C e V, e c é a distância entre o ponto F e V. A
Figura 2 ilustra a reflexão dos raios de onda em espelhos côncavos e convexos.

Figura 2 – Ilustração da reflexão dos raios em espelhos côncavos e convexos

Na cuba de ondas, quando o obstáculo onde ocorre a reflexão é côncavo, as frentes de


ondas convergem para um ponto, o foco, analogamente à reflexão em um espelho
côncavo. Quando as ondas incidem em um obstáculo convexo, obtém-se o mesmo tipo
de reflexão observada em um espelho convexo.
A Figura 3 ilustra as imagens obtidas na cuba quando o acessório (esquadro reto) é
trocado pelo acessório (curva), na mesma configuração utilizada anteriormente com
ondas retas.

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1.2 Difração de Ondas Planas em uma Fenda Simples
A difração é um fenômeno que acontece quando uma onda encontra um obstáculo,
ocorrendo uma flexão das ondas em torno deste obstáculo. O fenômeno de difração
também é descrito como o espalhamento das ondas após atravessar orifícios ou fendas.
Esse alargamento ocorre conforme o princípio de Huygens. Produzindo-se ondas retas
na cuba e inserindo, na água, um obstáculo qualquer, observa-se que as ondas sofrem
um desvio na direção de propagação, transpondo o obstáculo. Se a onda atinge uma
fenda entre dois obstáculos inseridos na água, se a largura desta fenda for menor ou
igual ao comprimento de onda incidente, ela transpõe o obstáculo.
Produzindo ondas retas na cuba e utilizando os acessórios (a) e (b), observou-se o
fenômeno da difração, conforme ilustrado na Figura 4. Com o arranjo de uma fenda,
pode-se observar que a difração é mais perceptível quando a abertura da fenda é da
ordem do comprimento de onda da onda incidente.

A configuração de difração em fenda dupla, famosa devido ao experimento de Young,


também oferece subsídio para o estudo da interferência, como será abordado a seguir.

1.3 Interferência
Quando duas ou mais ondas se propagam, simultaneamente, em um mesmo meio,
ocorre uma superposição de ondas. Se estas ondas atingem um determinado ponto P no
mesmo instante, elas causarão nesse ponto uma perturbação que é igual à soma das
perturbações que cada onda causa individualmente, ou seja:

O efeito da superposição de duas ou mais ondas é denominado interferência. Quando as


ondas chegam em fase, a onda resultante é máxima, ou seja, a amplitude das ondas é
somada, fato denominado interferência construtiva. Quando as ondas chegam em
oposição de fase, os deslocamentos são de sinais opostos e a interferência é destrutiva.
Utilizando o oscilador 1 pode-se produzir duas ondas circulares, ambas com a mesma
frequência e em fase, simultaneamente na água. A Figura 15 ilustra as ondas produzidas
utilizando este sistema da cuba e, também, uma representação da interferência de duas
ondas circulares onde as interferências construtivas e destrutivas são apontadas.

Figura 15: interferência de ondas circulares

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Figura 15 – Interferência entre duas ondas circulares. Foto das ondas obtidas utilizando a cuba
de ondas, à esquerda, e representação dos pontos de interferência, à direita, onde os pontos
escuros representam interferências construtivas, os pontos claros representam interferências
destrutivas, as linhas cheias representam as cristas e as linhas pontilhadas, os vales.
Verifica-se que entre dois máximos de interferência existe sempre um mínimo situado
exatamente no meio do caminho. As curvas obtidas unindo-se os pontos de interferência
construtiva são chamadas de curvas ventrais e, as obtidas unindo-se os pontos de
interferência destrutiva, de curvas nodais. Observe que na foto das ondas na Figura 15 é
possível observar as curvas nodais.
É possível estabelecer uma condição para determinar onde se encontram os pontos de
interferência construtiva e de interferência destrutiva. Nota-se que na interferência
construtiva, a diferença de caminho entre as ondas produzidas pelas fontes deverá ser
sempre um múltiplo inteiro do comprimento de onda, enquanto para interferência
destrutiva, a diferença de caminho é um semi-inteiro do comprimento de onda.
Considerando P um ponto de interferência, F1 a posição de uma das fontes de oscilação e
F2 a posição da outra fonte, tem-se que:

Onde, para n inteiro par ou zero tem-se interferência construtiva e para n inteiro ímpar,
tem-se interferência destrutiva.

Utilizando um obstáculo com duas fendas, à mesma conclusão sobre os pontos de


interferência tomando S1 e S2 como os pontos de cada fenda, R a distância do ponto
médio entre as fendas e o ponto P onde considera-se a interferência e d a distância entre
as fendas, pelo princípio de Huygens, tem-se que S1 e S2 são fontes puntiformes de
ondas circulares que estão em fase e que se sobrepõem no ponto P. Considere os raios
de onda que partem de S1 e S2 para P ilustrados na figura 22. Para R » d, pode-se
considerar que a diferença Δ do caminho percorrido pelas ondas provenientes de S1 e S2
é dada por:

Para que a interferência seja construtiva, duas cristas ou dois vales devem se sobrepor,
portanto Δ deve ser múltiplo inteiro do comprimento de onda. Para que a interferência
seja construtiva, uma crista deve se sobrepor com um vale e, portanto, Δ deve ser um
múltiplo semi-inteiro com comprimento de onda. Ou seja, Δ = m λ, para interferência

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construtiva e Δ = (m + 1/2) λ, para interferência destrutiva, onde m é um número
positivo. Este é o mesmo resultado obtido com a interferência com duas fontes,
expresso pela equação (21)

1.4 Interferência por Fenda Dupla


T. Young (1773 - 1829) foi quem, pela primeira vez, comprovou que há interferência da
luz quando dois feixes luminosos se cruzam. O esquema utilizado por Young está
mostrado na figura 16.

Figura 16: Esquema de montagem de Young para interferência. Fonte: referencia [2].

Na figura 16.a tem-se que a luz emitida por uma fonte de luz atravessa um pequeno
orifício, difratando. Na frente desta onda ha dois orifícios S1 e S2 fazendo com que a
onda novamente seja difratada. As ondas luminosas assim obtidas se superpõem,
originando uma figura de interferência.
No anteparo obtém-se regiões claras e escuras. As regiões claras são aquelas em que
dois vales ou duas cristas se superpõem. Temos neste caso uma interferência construtiva
(figura 17.a).

Figura 17: Padrões de interferência. Fonte: referencia [2].

As regiões escuras são aquelas em que um vale e uma crista se superpõem. Neste caso
temos uma interferência destrutiva (figura 17.b).

1.5 Refração
Quando um feixe de luz incide obliquamente na superfície de separação entre dois
meios transparentes, muda de direção, apresentando velocidade da luz diferente do
primeiro meio. Este desvio que a luz sofre e o fenômeno da refração (figura 19).

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Figura 19: Ilustração para fenômeno de refração da
luz entre dois meios (ar e vidro). Fonte: referencia [2].

Um sistema como o da figura 19 constituído de dois meios transparentes (ar/vidro)


separados por uma superfície plana ou curva e denominado dioptro.

Índice de Refração

O desvio que a luz sofre quando passa de um meio para outro, depende da velocidade da
luz nos dois meios. A grandeza física que relaciona as velocidades nos dois meios e o
índice de refração relativo (n21), que é definido como sendo a razão entre a velocidade
da luz no primeiro meio (v1) e a velocidade da luz no segundo meio (v2):

Quando o primeiro meio e o vácuo (v1 = c), o índice de refração que relaciona a
velocidade da luz no vácuo com a velocidade em outro meio (v), e denominado índice
de refração absoluto (n):

A velocidade da luz no vácuo e c = 300 000 km/s e em outro meio qualquer e menor do
que este valor. Consequentemente, o valor do índice de refração em qualquer meio,
exceto o vácuo, e sempre maior que a unidade (n > 1).
Abaixo, temos uma tabela com alguns valores para índices de refração e seus
respectivos meios.

Tabela 4: Valores de índices de refração de alguns meios materiais.

Dependendo da cor da luz incidente no dioptro, temos diferentes índices de refração


para o mesmo meio (tabela abaixo). Observação: Os valores dos índices de refração da
tabela 4, são valores para uma mesma radiação (mesma cor).

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Tabela 5: Valores de índices de refração de um cristal para diferentes luzes monocromáticas.

Podemos relacionar o índice de refração relativo com os índices de refração absoluto.


Como v1 = c / n1 e v2 = c / n2, substituindo em (5), obtemos:

O índice de refração relativo (n21) e o cociente entre os índices de refração do meio (2)
e do meio (1).

Lei de Snell Descartes (século XVII)

A lei de Snell - Descartes relaciona os ângulos de incidência e refração com os índices


de refração (figura 20).

Figura 20: Refração de um raio quando passa de um meio (1) menos refringente para um meio
(2), mais refringente. Fonte: referencia [2].

Enunciado da Lei de Snell Descartes:


“A razão entre o seno do angulo de incidência (θ1) e o seno do angulo de refração (θ
2) e constante e está constante e igual ao índice de refração relativo n21, para um dado
comprimento de onda”

Onde:
θ1 - angulo de incidência (angulo que o raio incidente faz com a normal, N.
θ2 - angulo de refração (angulo que o raio refratado faz com a normal, N).
n2,1 - índice de refração relativo
n2 - índice de refração do meio 2
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n1 - índice de refração do meio 1

Refração em uma cuba de ondas


A velocidade de propagação das ondas depende do meio em que se propagam.
Considerando as ondas superficiais na agua, a velocidade depende da profundidade da
agua. Podemos associar duas profundidades diferentes de agua como dois meios
diferentes de propagação das ondas, simulando o fenômeno da refração da luz quando
esta passa de um meio para outro. Neste caso, varia-se a profundidade da agua na cuba
de ondas com uma placa espessa de acrílico ou vidro, com linha de separação paralela
as ondas, conforme está indicado na figura 21.

Figura 21: Simulação da refração na cuba de agua na parte funda e na parte rasa, gerando ondas com a mesma
frequência e diferentes comprimentos de ondas. Fonte: referencia [2].

Observe na figura 22 que o comprimento de onda λ1 na parte mais profunda e maior


que o comprimento de onda λ2 na parte mais rasa e a frequência e a mesma nas duas
partes. Como v = λf temos que a velocidade, v1, na parte mais profunda e maior que a
velocidade, v2 na parte mais rasa, indicando que a onda muda de velocidade quando
muda de meio no fenômeno da refração de ondas.
Colocando a placa de vidro não paralela ao gerador de ondas, vamos ter além da
mudança de comprimento de onda quando esta vai da parte mais profunda para a mais
rasa, uma mudança na direção, como mostra a figura 22.

Figura 22: Simulação da refração na cuba de agua na parte funda e na parte rasa, gerando ondas com a mesma
frequência e diferentes comprimentos de ondas. Fonte: referencia [2].

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Vamos estudar o que acontece na região da barreira AB (figura 22.b). Da figura 22.b
temos que:
sen θ1 / senθ2 = λ1 / AB = AB /λ2 = λ1 / λ2 = constante (9)
Comparando (8) e (9), obtemos:
sen θ1 / senθ2 = λ1 / λ2 = n21 (10)
Como v = λf e a frequência e a mesma para os dois meios, temos:
λ1 = v1/f (11)
e
λ2 = v2/f (11)
Substituindo em 10:
sen θ1 / senθ2 = n21 = λ1 / λ2 = v1 / v2 (13)
Esta expressão e a Lei de Snell-Descartes que relaciona os senos dos ângulos de
incidência e refração com o índice de refração e as velocidades das ondas nos dois
meios. Observe que quanto maior o comprimento de onda, menor a velocidade para
uma mesma frequência e vice-versa.

2. Objetivos
Verificar as leis da reflexão, refração, difração e outras propriedades ondulatórias
utilizando o experimento da cuba de ondas.

3. Materiais utilizados
Cuba de ondas, fonte de alimentação, gerador de vibrações com dois pês e ajuste de
diferença de fase, vários acessórios correspondentes a cada tipo de experimento,
conforme figura 2.

Figura 2: Elementos utilizados para montagem da cuba de ondas. Fonte: Manual Pasço.

4. Procedimento experimental
No início do experimento montamos o aparato experimental de acordo com o que está
apresentado na figura 1.

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Figura 1: Arranjo experimental para cuba de ondas. Fonte: Lab. Ensino Física UFAL

No primeiro caso, colocamos a barreira de acrílico em forma de triangulo retângulo


dentro da cuba de ondas para que assim possamos observar a lei da reflexão, anotamos
os dados para que possamos comprovar a relação entre ângulo de incidência e o ângulo
de reflexão e anotamos em uma tabela 1. Em seguida repetimos o mesmo processo
colocando a mesma barreira de outra posição e anotamos os dados na tabela 1 para
conferência.

Medida 1 Medida 2
θi 45º 45º
θr 45º 45º
Tabela 1: reflexão em barreira reta

Figura 2: reflexão de ondas planas em barreira reta

Na segunda parte, retiramos a barreira reta e colocamos uma barreira côncava,


observamos o padrão de imagens projetadas, marcamos a posição em que a frente de
onda converge, traçamos duas retas paralelas e equidistante informando a o sentido de
propagação da frente de onda que incide sobre a barreira, traçamos também a reta
normal de modo que as mesmas se intercepte, onde sabemos que as mesmas indicam a
direção do raio de curvatura, medimos seu comprimento e anotamos na tabela 2,
medimos os ângulos de incidência e de reflexão e anotamos também na tabela 2.

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f (cm) r (cm) θi θr
1,5 3,5 45º 45º
Tabela 2: reflexão em barreira curva

Figura 3: reflexão de ondas planas em barreira curva


No segundo caso, posicionamos na cuba de ondas duas barreiras retilíneas separadas a
uma distância d, maior que o comprimento de onda observado na cuba, em seguida
ajustamos a abertura da fenda de modo a coincidir com o comprimento da onda,
medindo o comprimento da onda difratada.
Repetimos o procedimento diminuindo a distância entre as duas barreiras retilíneas,
logo em seguida mantivemos a mesma distância e aumentamos a frequência e anotamos
todos os dados na tabela 3.

d (cm) λ (cm) λ/d


4,00 3,00 0,75
4,00 4,00 1,00
1,50 4,00 2,66
Tabela 3: Fenômeno da difração

Figura 4: Difração em fenda simples

No caso da interferência, iniciamos observando a imagem projetada, onde podemos


ajustar o ângulo de fase e a frequência de modo a obter um padrão bem definido de
pulsos de ondas circulares das duas fontes. Ajustamos um novo valor para a frequência,
identificando os pontos de máximo e mínimo, de onde podemos calcular o comprimento
da onda λ para a frequência utilizada através da expressão:
𝑑𝑥
𝜆= 𝑛 𝐿
2

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Figura 5: interferência de ondas

Com os obstáculos posicionados de modo a formarem duas fendas. Observa-se a


formação de duas fontes de ondas circulares, uma em cada fenda. Como essas ondas são
formadas pela mesma frente de ondas planas, as ondas circulares vão ter o mesmo
comprimento de onda e estarão em fase, assim a interferência dessas ondas podem
formar regiões de nós e ventres, visto na imagem. Observa-se ainda, que ao mudar a
abertura das fendas muda-se também o padrão das figuras de interferência.

Figura 6: Interferência por fenda dupla.

No caso da refração, recolocamos o vibrador de paleta retangular, e ajustamos a


frequência e o ângulo de fases até obter um padrão de ondas transversais bem definido,
onde podemos observar o comportamento da frente de ondas

Figura 7: Refração de onda

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5. Resultados e discussões
Ao analisar os dados obtidos através desse experimento, podemos observa o princípio
da lei da reflexão, onde podemos notar que o ângulo ao qual a onda plana incide na
barreira reta, será igual ao seu ângulo de reflexão.
No caso dá barreira ser circular, quando uma onda plana incide, o pulso refletido pela
barreira irá assumir uma forma circular, de onde podemos observar e calcular o raio da
curvatura e a distância focal. Mesmo os valores não sendo conclusivos, mas com as
observações do o experimento podemos afirmar que a lei da reflexão é válida.

Como podemos analisar os dados, podemos verificar que a frente de onda difratada é
proporcional à distância da abertura por onde ela está passando, ou seja quanto maior
for a abertura da fenda maior será a frente de onda difratada e quanto menor o tamanho
da fenda menor será a frente de onda difratada, quando aumentamos a frequência iremos
também diminuir o comprimento de onda, consequentemente irá diminuir a curvatura da
frente de onda difratada. O valor mais acentuado para o fenômeno da difração será
𝜆
quando 𝑑 = 1

6. Conclusões
Utilizar as propriedades das ondas de água em uma sala de aula pode ser uma tarefa
complexa, pois as ondas em água superficiais possuem muitas características que não
triviais como sua velocidade e o movimento das gotículas de água no interior do meio.
Portanto, é necessário tomar muito cuidado com a abordagem realizada em cada
demonstração. Neste projeto, para todas as demonstrações propostas, foi considerada
apenas uma análise simplificada do movimento das ondas em água, de modo que as
demonstrações possam servir de exemplificação para alguns fenômenos de movimento
ondulatório, sem perda de generalidade.
Alguns desafios foram enfrentados na construção da cuba de ondas, como otimizar as
oscilações produzidas para formar uma imagem satisfatória das ondas e adequar os
materiais disponíveis às necessidades do projeto, pois a ideia inicial é de reaproveitar o
maior número de componentes possível. Apesar de ter obtido bons resultados, ainda há
alguns pontos a serem trabalhados no projeto para melhorá-lo.
De modo geral, o projeto da cuba de ondas tem um grande potencial que pode ser
explorado em aulas de física, abrangendo demonstrações em uma esfera mais simples,
como demonstrado neste trabalho e, também, abrindo caminho para discussões mais
complexas das propriedades de ondas em água.
7. Bibliografia
[1] R. Resnick, D. Halliday – Física. Volume 2.
[2] Nussenzveig, Herch Moyses. Curso de Física básica / H. Moyses Nussenveig – 4ª
edição – São Paulo: Edgar Blucher, 2002

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8. Anexos.

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