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Nesse período a maior parte do mundo, transformou-se a partir de uma base europeia

progresso, causada por arraigados interesses clericais e aristocráticos.

Contudo, de fato, a monarquia absoluta, não obstante quão moderna e

inovadora, achava impossível e pouco se interessava em libertar-se da hierarquia

dos nobres proprietários, à qual, afinal de contas, pertencia, e cujos valores

simbolizava e incorporava, e de cujo apoio dependia grandemente. A monarquia

absoluta, apesar de teoricamente livre para fazer o que bem entendesse, na

prática pertencia ao mundo que o iluminismo tinha batizado de féodalité ou

feudalismo, termo mais tarde popularizado pela Revolução Francesa. Uma

monarquia deste tipo estava pronta a usar todos os recursos disponíveis para

fortalecer sua autoridade, aumentar a renda tributável dentro de suas fronteiras e

seu poderio fora delas, e isto bem poderia levá-la a fomentar o que de fato eram

as forças da sociedade em ascensão. Ela se achava preparada para fortalecer

seu poderio político lançando uma propriedade, uma classe ou uma província

contra a outra. Contudo, seus horizontes eram o de sua história, de sua função e

de sua classe. Ela quase nunca desejou, e nunca foi capaz de atingir, a total

transformação econômica e social que exigiam o progresso da economia e os

grupos sociais ascendentes.

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