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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS CURITIBA

CURSO ENGENHARIA MECÂNICA

Mariana Cabral Monteiro e Silva

Nicolas da Costa Santos

Determinação da Massa
Específica de um corpo
Sólido e uma chapa Metálica

CURITIBA

Setembro,

2022
Mariana Cabral Monteiro e Silva

Nicolas da Costa Santos

Determinação da Massa Específica


de um corpo Sólido e uma chapa
Metálica

Relatório apresnetado na disciplina Física


Experimental 1 do curso de Engenharia Mecânica,
turma S41, como requisito parcial para aprovação,
Departamento Acadêmico de Física, do Campus
Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná.

Professor: Pedro Zambianchi Junior

CURITIBA

Setembro,

2022
3

RESUMO

Frequentemente ocorrem vários tipos de erros numa mesma medição, os quais podem
pertencer a dois grandes grupos erros estatísticos e sistemáticos. No experimento 1 medimos
dois corpos de prova, um paralelepipedo metálico e uma chapa metálica, com dimensões X, Y
e Z para obter a densidade. Utilizamos a régua e o paquímetro para a medição das dimensões
necessárias para obter o valor do volume de cada corpo de prova fornecido com a incerteza, as
incertezas estimadas por métodos estatísticos são denominadas incertezas de tipo A, enquanto
as incertezas estimadas de outras maneiras são as de tipo B. Para um determinado processo de
medição, as incertezas de tipo A ou de tipo B se referem, respectivamente, aos erros
usualmente entendidos como estatísticos ou como sistemáticos residuais. Foi realizada 10
medições de cada dimensão X, Y e Z e utilizamos a balança digital para obter a massa dos
corpos de prova e a média, e o desvio padrão da massa e o erro combinado. Foi feita a
propagação de erros e calculada a densidade com os dados em g/cm³. Comparamos o
resultado da densidade obtida pelo instrumento mais preciso com o valor tabelado do material
utilizado.

Palavras-chave: paralelepipedo metálico, chapa metálica, densidade, propagação de erros.

ABSTRACT

Several types of errors often occur in the same measurement, which can belong to two large
groups of statistical and systematic errors. In experiment 1 we measured two specimens, a
metallic parallelepiped and a metallic plate, with dimensions X, Y and Z to obtain the density.
We use the ruler and the caliper to measure the dimensions necessary to obtain the value of the
volume of each specimen provided with the uncertainty, the uncertainties estimated by
statistical methods are called type A uncertainties, while the uncertainties estimated in other
ways are the type B. For a given measurement process, type A or type B uncertainties refer,
respectively, to errors usually understood as statistical or as residual systematic. Ten
measurements of each dimension X, Y and Z were performed and the digital balance was used
to obtain the mass of the specimens and the mean, and the standard deviation of the mass and
the combined error. Errors were propagated and the density calculated with the data in g/cm³.
We compared the density result obtained by the most accurate instrument with the tabulated
value of the material used.
Keywords: metallic parallelepiped, metallic sheet, density, error propagation.
4

Sumário

1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 7

3 Procedimento Experimental 9

4 Resultados e Discussão 12

5 Conclusões 7

REFERÊNCIAS 8
5

1 INTRODUÇÃO

As grandezas físicas são determinadas experimentalmente por mensurações ou uma


combinação de mensurações. Essas mensurações estão sujeitas a certas incertezas devido à
natureza do equipamento usado para determiná-las. assim como o operador. A experiência
mostra que, como uma metrologia é repetida várias vezes com o mesmo cuidado e
procedimento pelo mesmo operador ou vários operadores, os resultados obtidos geralmente
não são os mesmos. Ao fazermos a medida de uma grandeza física achamos um número que a
caracteriza. Quando este resultado vai ser aplicado, é freqüentemente necessário saber com
que confiança podemos dizer que o número obtido representa a grandeza física. Deve-se,
então, poder expressar a incerteza de uma medida de forma que outras pessoas possam
entende-las e para isso utiliza-se de uma linguagem universal. Também deve-se utilizar
métodos adequados para combinar as incertezas dos diversos fatores que influenciam no
resultado. A maneira de se obter e manipular os dados experimentais, com a finalidade de
conseguir estimar com a maior precisão possível o valor da grandeza medida e o seu erro,
exige um tratamento adequado que é o objetivo da chamada “Teoria dos Erros”, e que será
abordada aqui com o valor das mediçoes e resultados obtidos em laboratório para aquistar a
densidae de dois corpos de prova, um paralelepipedo metálico e uma chapa metálica.
Geralmente ocorrem vários tipos de erros numa mesma medição, os quais podem
pertencer a dois grandes grupos. Erro sistemático: É sempre o mesmo nos n resultados. Isto é,
quando existe somente erro sistemático, os n resultados são iguais e a diferença para o valor
verdadeiro é sempre a mesma. Erros sistemáticos podem ter causas muito diversas e
geralmente são definidos como: erros sistemáticos instrumentais, ambientais, observacionais,
teórico e outros. Nessa experiencia lidamos com o erro instrumental, observacional e teórico
no laboratório. O erro sistemático, em geral, não pode ser eliminado, mas pode eventualmente
ser reduzido ou, caso seja identificado, deve ser corrigido (TABACNIKS, 2009). Erro
estatístico ou erro aleatório: É um erro tal que os n resultados se distribuem de maneira
aleatória em torno do valor verdadeiro. Conforme o número de repetições da medição
aumenta indefinidamente, o valor médio se aproxima do valor verdadeiro da grandeza.
Mesmo quando todas as discrepâncias sistemáticas num processo de mensuração são
minimizadas, balanceadas ou corrigidas os erros aleatórios jamais podem ser eliminados por
completo. Foi ralizada dez mediçoes de cada lado e do peso dos corpos de prova, afim de
reduzir o erro estatistico. Devido à relativa arbitrariedade nas definições de erro estatístico e
sistemático, as organizações internacionais recomendam que as incertezas, que correspondem
às quantificações destes erros, sejam classificadas apenas como incertezas de tipo A
6

(incertezas estimadas por métodos estatísticos) e de tipo B (incertezas estimadas de outras


maneiras). Será abordado as duas incertezas nesse relatório.
7

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Metrologia é a ciência das medidas e suas aplicações abrangendo todos os aspectos


teóricos e práticos que asseguram a precisão exigida no processo produtivo (SILVA NETO,
2012). A Teoria dos Erros é um dos ramos que a Metrologia abrange. De acordo com Santos
Júnior e Irigoyen (1985), dados experimentais nunca terão precisão e exatidão absoluta,
porém, alguns dados são mais precisos do que outros, e é necessário estabelecer uma
medida que permita verificar quão bom é o valor da medição.
A incerteza padrão tipo A (σA) é obtida por métodos estatísticos. Que está presente nas
medidas realizadas em cada lado dos corpos de prova. Se a medição é repetida n vezes, σA é o
desvio padrão do valor médio deste conjunto de medidas, ou seja:

σ (1)
σ A≅
n

(aproximação para valores grandes de n)


Onde:

n
( y i− y )
2
(2)
σ ≅∑
2

i =1 n−1

é a variância do conjunto de n medições, e

n
(3)
∑ yi
y= i=1
n

é o valor médio dos n resultados para a medição da grandeza y, repetida n vezes.


A incerteza padrão tipo B (σ B) é a incerteza dada na forma de desvio padrão e avaliada
por qualquer método que não seja estatístico, ou seja, é a incerteza correspondente aos erros
sistemáticos residuais. Consequentemente os materiais que utilizamos para medir os corpos de
prova estão sujeito a ter erros também, o qual denominamos como erro instrumental. Em
geral, a relação entre a incerteza padrão tipo B e o limite de erro sistemático residual (Lr), que
corresponde ao valor máximo admissível para o erro de medição, pode ser dada por:
Lr (4)
σB≈
2
8

A incerteza padrão total (σt) é dada por:


σ t=√(σ ¿¿ A +σ B )¿
2 2
(5)

Para determinar a densidade dos corpos de prova e suas incertezas partimos da


seguinte fórmula:
m (6)
d=
v

No caso de um corpo com dimensões X, Y e Z, o volume V é dado por:


v=xyz (7)

Os erros podem ser calculados por propagação de erros, por derivadas parciais. Assim,
o erro da densidade será:

√(
(8)
)
∂d 2
( )
2
∂d
Δd = Δm2+ Δv 2
∂m ∂v

onde ∆m é o erro combinado da massa (que é uma medida direta), ∆V é o erro


propagado do volume (que é uma medida indireta), dado por:

Δv =√ ( )
∂v 2 2 ∂v 2
∂x
Δx +
∂y ( )
2
Δy +
∂v α 2
∂z
Δz ( ) (9)

onde ∆X, ∆Y e ∆Z são os erros combinados das medidas dos lados X,Y e Z.
9

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 Materiais utilizados


Corpos de prova sólidos; uma chapa metálica e um bloco metálico, paquímetro universal
metálico, régua, balança digital.

Figura 1: Cubo Metálico de estanho

Fonte: https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaEconomica/extrativismo/mineral3.php

Figura 2: Chapa de Aço Galvanizada 0.50mm

Fonte: https://www.termovale.com.br/pt-br/chapa-de-aco-galvanizada-050mm-chapa-de-zinco-chapa

Figura 3: Paquímetro Universal Metálico 150mm


10

Fonte: https://www.ferramentaskennedy.com.br/blog/entenda-tudo-sobre-paquimetro

Figura 4: Balança Analítica Digital

Fonte: https://www.cqaquimica.com.br/balanca-analitica-cap-220gr-resolucao-00001gr-com-calibracao-interna-
pr224br

Figura 5: Régua Escolar 30cm

Fonte: https://brindesdiplomata.com.br/produto/regua-escolar-de-30-cm/
3.2 Obtenção da densidade do corpo de prova

Foi inicialmente obtido o peso dos corpos de prova, tendo em vista que era mais rápido.
Assim que a balança nos dava o valor, já era anotado no caderno para posteriormente se
passado para o relatório.

Figura 6: Peça Metálica sendo medida por um paquímetro


11

Fonte: https://csmetrologia.com.br/metrologia/produto/calibracao-instrtumentos-de-medicao/
paquimetro.htm

Foi procurado medir 10 (dez) vezes cada lado (eixo) dos objetos, tanto a chapa quanto o
bloco metálico em condições ambiente. Procurando sempre, dentro de cada eixo, medir em
diferentes lugares, como numa extremidade, no meio e também na outra extremidade. Para
que assim pudéssemos perceber as possiveis diferenças de medida em cada eixo.
12

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Tabelas com Dados

Apresentar os dados obtidos nas medições discutindo-os e outros valores relevantes


como temperatura, pressão, etc. Sempre que possível apresentar esses valores em tabelas já
com as conversões de unidades adequadas (exemplo de tabela 1) e gráficos.
Tabela 1 Medidas, Resultados e a Densidade do Bloco Metálico

Medidas Eixo X Eixo Y Eixo Z (cm) |X-X|2 |Y-Y|2 |Z-Z|2


(cm) (cm)
1 1.62cm 1.63cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
2 1.62cm 1.63cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
3 1.62cm 1.61cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
4 1.63cm 1.61cm 3.09cm 0.0001c 0.0001cm 0.0001cm
m
5 1.61cm 1.61cm 3.09cm 0.0001c 0.0001cm 0.0001cm
m
6 1.62cm 1.62cm 3.08cm 0.0000c 0.0000cm 0.0000cm
m
7 1.62cm 1.61cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
8 1.61cm 1.62cm 3.07cm 0.0001c 0.0000cm 0.0001cm
m
9 1.62cm 1.62cm 3.07cm 0.0000c 0.0000cm 0.0001cm
m
10 1.62cm 1.61cm 3.07cm 0.0000c 0.0001cm 0.0001cm
m
Somas 16.19cm 16.17cm 30.79cm 0.03cm 0.07cm 0.05cm

Média 1.62cm 1.62cm 3.08cm


Aritimética
Erro do 0.025cm 0.025cm 0.025cm 0.025cm 0.025cm 0.025cm
equipamento
Desvio 0.005c 0.008cm 0.008cm
Padrao m
Desvio Total 0.063c 0.026cm 0.026cm
m
Erro 0.02cm 0.008cm 0.008cm
Peso: 92.72±0.01g Fonte: Os autores

Volume: 8.08±0.036cm3
Densidade: 11.47±0.051g/cm3
13

Medidas Eixo X Eixo Y Eixo Z (cm) |X-X|2 |Y-Y|2 |Z-Z|2


(cm) (cm)
1 12.01cm 0.17cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
2 12.00 cm 1.63cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
3 12.00 cm 1.61cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
4 12.08 cm 1.61cm 3.09cm 0.0001c 0.0001cm 0.0001cm
m
5 12.07 cm 1.61cm 3.09cm 0.0001c 0.0001cm 0.0001cm
m
6 12.00 cm 1.62cm 3.08cm 0.0000c 0.0000cm 0.0000cm
m
7 12.09cm 1.61cm 3.08cm 0.0000c 0.0001cm 0.0000cm
m
8 12.01 cm 1.62cm 3.07cm 0.0001c 0.0000cm 0.0001cm
m
9 12.00 cm 1.62cm 3.07cm 0.0000c 0.0000cm 0.0001cm
m
10 12.01 cm 1.61cm 3.07cm 0.0000c 0.0001cm 0.0001cm
m
Somas 16.19cm 16.17cm 30.79cm 0.03cm 0.07cm 0.05cm

Média 1.62cm 1.62cm 3.08cm


Aritimética
Erro do 0.025cm 0.025cm 0.025cm 0.025cm 0.025cm 0.025cm
equipamento
Desvio 0.005c 0.008cm 0.008cm
Padrao m
Desvio Total 0.063c 0.026cm 0.026cm
m
Erro 0.02cm 0.008cm 0.008cm
Peso: 92.72±0.01g

Volume: 8.08±0.036cm3
Densidade: 11.47±0.051g/cm3
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apresentar os valores obtidos e erros. Verificar se o objetivo geral e específicos do


Capítulo 1 foram alcançados. Comparar os resultados obtidos com valores de referência ou
encontrados na literatura ou com medições feitas por outras pessoas. Citar esses resultados
aqui com o erro, de forma sucinta. Discutir problemas/dificuldades encontrados com o
método ou com os equipamentos, sendo estas possíveis fontes de erros. Sugerir melhorias
para o método/equipamentos é bastante recomendável.
REFERÊNCIAS

Obs.: Ao usar sobrenome, em ordem alfabética. Ao usar números, na ordem em que forem
citados. TODAS AS REFERÊNCIAS DEVEM SER CITADAS NO TEXTO. Usar
MÍNIMO 3 REFERÊNCIAS.

HALLIDAY, D. RESNICK, R. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. 8 a Ed. Rio de


Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009. Vol 3. 396 p.

HOUSTON, EDWIN J. Electricity in Every-day Life. [S.l.]: P. F. Collier & Son, 1905.

SEARS, Francis Weston; ZEMANSKY, Mark Waldo; YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN,
Roger A. Física III: Eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2009

TIPLER, P. A. Física. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A., 1978. vol. 2.

ULABY, F. T. Eletromagnetismo para Engenheiros. 1 a Ed. Porto Alegre: Bookman


Companhia Editora Ltda, 2007. 382 p.

WILLIAMS, H. SMITH. A History of Science Volume II, Part VI: The Leyden Jar
Discovered. Biblio Bazaar, 2009

https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaEconomica/extrativismo/mineral3.php

https://www.termovale.com.br/pt-br/chapa-de-aco-galvanizada-050mm-chapa-de-zinco-
chapa-zincada

https://www.ferramentaskennedy.com.br/blog/entenda-tudo-sobre-paquimetro

https://www.cqaquimica.com.br/balanca-analitica-cap-220gr-resolucao-00001gr-com-
calibracao-interna-pr224br

https://brindesdiplomata.com.br/produto/regua-escolar-de-30-cm/

https://csmetrologia.com.br/metrologia/produto/calibracao-instrtumentos-de-medicao/
paquimetro.htm

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