Luís Vaz de Camões, poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de
Ana de Sá e Macedo, terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe exatamente onde e morreu a 10 de Junho de 1580, em lisboa. Estudou Literatura e Filosofia, em Coimbra, tendo as suas principais fontes Ovídio, Horácio, Homero, Virgílio, e outros espanhóis e latinos. Foi seu protetor o tio paterno, D. Bento de Camões, Frade de Santra Cruz e Chanceler da Universidade. Tinha origem nobre. Embora fosse sempre um poeta boémio, maldito, incompreendido e solitário, era também um homem determinado, humanista, pensador, aventureiro, viajado, experiente e um poeta com uma experiência e arte reveladores de obras tão sublimes em verso, épicos ou líricos, teatro cómico e outros. Foi em Ceuta, onde se bateu como soldado, que perdeu o olho direito. Regressado a Lisboa, foi detido, em 1552, devido a uma rixa com um funcionário da Corte. Foi preso, no entanto foi perdoado, passados anos, pelo agredido e pelo rei. Partiu para a Índia, para se libertar da vida lisboeta, da qual ele não gostava. Terá sido nessa altura que compôs o primeiro canto de “Os Lusíadas”. Fez parte de várias expedições em Goa, Macau e Babilónia. O seu poema épico continuava na sua escrita, para além dos sonetos e outros poemas. Foi numa viagem na foz do Rio Mecom que naufragou, salvou-se nadando com um braço e no outro erguendo, acimas das vagas, o seu livro imortal “Os Lusíadas”, como é documentado no canto X. Viu, nesse naufrágio, morrer a sua “Dinamene” chinesa da sua grande paixão. Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa, tendo sido auxiliado por amigos. Conseguiu obter a 1ª edição da sua epopeia através de D. Sebastião a quem era dedicado, dando-lhe uma pensão anual de 15 000 réis, pelo prazo de três anos. Os últimos anos de vida de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Morreu a 10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro pago por uma instituição de beneficência. Neste dia comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Está sepultado num túmulo, no Mosteiro dos Jerónimos. Após a sua morte, a sua obra lírica foi reunida na coletânea “Rimas” e três obras de “Teatro Cómico”.