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1. Através das frases declarativas, o sujeito poético refere o seu estado de espírito que
está em constante mudança e apresenta uma multiplicidade de personalidades “Não
sei quantas almas tenho”. Os verbos “estranho” e “tenho” (presente do indicativo)
remetem para a dúvida acerca do seu estado de espírito. A forma verbal “mudei”
realça as mudanças de “alma” ocorridas ao longo da sua vida. Existe uma alternância
temporal presente/passado aliada ao advérbio de modo “continuamente”, que
expressa a constante fragmentação sentida pelo sujeito poético, ontem, hoje, sempre.
Por fim, o eu lírico faz uma autorreflexão sobre as suas transfigurações e nunca soube
quem era de verdade “Nunca me vi nem achei”.
2.1 “Diverso, móbil e só” reflete a sua personalidade: “diverso” devido à sua
multiplicidade de almas, mas que se apresentam fragmentadas; “móbil” pois encontra-
se sempre em constante mudança e, por isso, encontra-se sempre isolado e solitário,
daí “só”.