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" Posigo comum a Manuel Ferreira, Alfredo Margatido, Carlos Ervedosa, Russe! Ha: milton, Gerald Moser, M. Aparecida Santilli, Salvato Trigo, Helena Riaizova, JoWo-Maria.Vilanova ends proprios, entre outros. Sé Mario de Andrade nunca se referiu 8 questio do comeco dy Titeratura angol compreende-se a sua posigao de dirigente politico, nio ‘querendo recuar para além da -gerapdo que foi a sua (de 50) eitando pronunciar-se sobre ppoetas, como Maia Ferreira, de que havia povcos dados ‘eguros nos anos 60 70. 2 Cf. Alfredo de Albuquerque Felner, Angola — apontamen 10s sobre a ocupagdo e inicio do estabelecimento dos por ugueses no Congo, Angola e Benguela, Coimbra, Impren- ssa da Universidade, 1933, pp. 531-544. hd menos de século ¢ meio, Todavia, podemos considerar uma petiodizagag mais extensa, como modo de introdugo ao problema das origens. ndlo, das origens até 1848, a que chamamos de Incipiéneta A literatura angolana comegou, pelo menos, com o livro de Maia Ferreira, em 1849, que a introdugéio do prelo em Angola possibilitou!. Ha eriticos que 4 »s poemias de que Ant6nio de Oliveira de Cadomega 4 noticia fazem remontar na sua Historia geral das guerras angolanas (sobretudo & décima do capitio Ant6nio Dias de Macedo, que transcreve) ou mesmo ao «Soneto de um mer dor», do governador Luis Mendes de Vasconcelos, ou aos trechos de versos também do século XVII, da «Descrigfio da cidade de Luanda € Reino de assificando-os de documentos poéticos. Angola E possivel, de facto, incluir essas criagdes numa muitissimo vaga Era Colonial \golanay. Ao contrério da literatura brasileira da época agmentos de actividade literéria, de da «literatura luso-a colonial, constituem apenas escassissimos fra somenos importncia, isolados no decurso de mais de trés séculos. Por isso, seria abusivo falar de Literatura angolana como se jé constitufsse um sistema mfnimo, A falsa sugestio de alguma continuidade no fluxo da literatura em Angola introduzida por esses criticos relaciona-se com a tentativa de religd-la mais profundamente a literatura portuguesa e, sobretudo, & colonizacdo portuguesa, vista como matriz indefectivel, e menos com a necessidade de justificar uma evolugdo interna 20 sistema literdrio angolano. Todavia, por se tratar de uma época em que esté provado ter existido alguma actividade literdria eserita. lacZio do prelo, e fazendo juz a uma perspectiva alargadae tituigo literdrios, ndo deixa- mesmo antes da inst preconceituosa dos conceitos de sistema e i remos de considerar um primeiro perfodo, muito extenso e de escassa produgao. —2.° Perfodo, que vai da publicagao dos poemas de Espontaneidades da minha alma, de José da Silva Maia Ferreira, em 1849, até 1902. Periodo dos Pri- io poética remanescente do romantismo, com se destaca a noveleta Nga mutiiri (1882), de mérdios, que engloba uma produ raros tentames realistas, dos qua Alfredo Troni. Os textos posticos, esparsos, misturam Lamartine € © Pamnaso- Cordeiro da Matta, sob a orientagdo do missiondrio suigo Héli Chatelain, dedica-se a filologia, literatura, histéria, no que constitui um magistério cultural da maxima importiineia, aonde irdo beber as futuras geragdes de filhios da terra interessados na descoberta do patriménio nacional. Destaca-se, pela sua importancia cultural, a partir de 1866 e sobretudo até ao final do século (mas atingindo o ano de 1923), a chamada «Imprensa livres com mais de 50 titulos de periddicos publicados (no tiltimo quartel do século XIX), Na viragem de século, a actividade literdria desemboca numa espécie retoma hugoliana e junqueiriana de temas liberais ¢ autonomistas, sob © signo —————_____ magénico, de que foram a express; io maxima a ct Clamando no deserto (1901) e Ly #95 Colectineds de Voz d’Angota Wz e Crenca (1902), ans entre outras publicagées, = 3. Perfodo, abrangendo sensivelmente a os primeira metade do 1947), de Preliidio a0 que viria « ser, do século XX (1903- ole Seen otege ha segunda metade do sé nacionalismo inequivoco e intenso, século XX, 0 A literatura colonial estende as suas milhares de paginas 7 408 leitores europeus vidos de novidades tarzantsticas. Vigoram as temations da i novela de Castro Soromenho ainda nio se desprenderam de um cero etnolo. sismo mitigado, em que © negro ainda € observado através do filtro adminiee trativo e preconceituoso, como facto e fautor de curiosidades (ver capitulo 4) Num tempo de passagem para uma nova era, poucos livros concitam hoje a atengio eritica, e mesmo esses com reservas de qualidade, quando comparados com os que haveriam de surgir. E 1932 — Quissange — saudade negra, de Tomaz Vieira da Cruz (poemas). 1935-0 segredo da morta, de Ant6nio de Assis Iinior (romance) (escrito em 1926). : 1941 — Tatwagem, de Tomaz Vieira da Cruz (poemas). 1943 — Ao som das marimbas, de Geraldo Bessa Victor (poemas).. — 4. Periodo, entre 1948 e 1960, fuleral na Formagao da literatura, enquanto componente imprescindivel da consciéncia africana e nacional. Epoca decisiva, considerada unanimemente como a da organizagio literdria da nagao, com base em movimentos como o MNIA, 0 da Cultura e 0 da CEI, algm de outros contri- butos, como o das Edigdes Imbondeiro (de Sa da Bandeira). O Neo-realismo eruza-se com a Negritude. Com os ventos de certa abertura e descompressao da politica internacional, a seguir & 11 Guerra Mundial, na Europa, como em Africa, animam-se as hostes angolanas empenhadss em libertar-se das malhas estreitas da politica colonial e, portanto, de uma cultura alienada do meio africano. E nesse contexto brevemente favordvel que surge uma actividade marcada j4 fortemente por um desejo de emancipagao, em sintonia com os estudantes que, na Europa, davam conta de que, aos olhos da cultura ‘ocidental, no passavam todos de «cidadios portugueses de segunda». Assim, na viragem da década, temos: . er 1948 — Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (MNIA - 1949 — Terra morta, de Castro Soromenho (romance). fer ae cam Conse 1 CE Mitio Antonio, Reler Africa, Coimbra, Univ. de Coimbra/lnstiato de. Ant pologia, 1990, p. 528 2 No depoimento a Michel Laban, Angola ~ encontro com escrtores, vol. 1, Port, Fundagio Eng” Anténio de Almeida, 1991, p. 140, Jac to diz que s6 conbeceram a Neprtude, em Luanda, , de Mario Pinto de Andrade, ¢, om 0 2.° prémio de poesia «Africa», de Humberto da Sylvan. Em Outubro de 1952, saiu Mensagem, n.* 2-4, com a exclusdo (cens6ria) do Poema «Bandeira», de Mauricio de Almeida Gomes. Um tinico nimero, mimeografado, de O Monitor, foi editado por pessoas do departamento cultural du ANANGOLA, Métio de Aledntara Monteiro, Antonio Jacinto e Arquimedes de Oliveira, este ido do Centro de Estudos Africanos de Lisboa, onde era bibliotecdrio, Esse nimero especial propugnava a independéncia nacional de Angola, tomando-se assim no explicito do que a Mensagem representava no Ambito cultural. Alguns dos elementos ligados a revista de poesia trabalhavam nna Direcgio dos Servigos de Administragdo Civil, colaborando no Anudrio Administrativo e também no Menscirio Administrative. © MINIA teve um pro- Jecto de campanha de alfabetizago numa lingua africana, a propésito do qual se fizeram algumas palestras no Radio Clube de Angola, Mirio Ant6nio, nesses anos de 1952-53, escreveu, para Brado Africano, 0 Primeiro artigo sobre Agostinho Neto, enquanto toda a gente ligada 4 revista de Poesia leu a colectinea de 43 poemas de Nosmia de Sousa !. Foi num ambiente de efervescéncia cultural que a Negritude apareceu em Luanda, ao que diz, Ant6nio Jacinto s6 no ano de 19522, mas talvez desde 1950, quando Mario de Andrade, de Lisboa, enviou a antologia de Senghor a Viriato da Cruz, a viver em Angola Na década de 50, de vigéncia das influéncias do Neo-realismo e da Negritude, fratou-se, em linhas gerais, de tentar conciliar trés factores aparentemente vets incon 4@) a exaltago do povo, na tradigdo romantica do Volksgeist, sobretudo do proletariado (camponeses e operirios),¢ a luta contra a burguesiay ) a busca da identidade nacional, ainda de tradi¢ao romantica, afirman- do-a como prajecto prometeico; Pains integra mundo negro. tullaneamente universalista e restritiva, no cha Nessa década, a poesia é a forma que mais convém, Aproveit do modernismo, Com 0 verso livre e os temas arto) grandes bardos criadores de longos textos, qu tam-se as conquistas Hos, € toma-se o exemplo dos ase exci tenderem para 0 prosaico, como Walt Whitman, M Campos, Nazim Hikmet ou Pablo Neruda sivos, por vezes a kovsky, Alvaro de O caminho poético pode assim congragar as tes vertentes de jbilo ideol6gico: 0 povo, a classe e a rag, O povo € negro, trabalhador, explorado e oprimido. Numa palavra: colonizado, Funda. mentalmente, traga-se 0 quadro ou alude-se a figuras paradigmticas de coloni. zados: contratados, prostitutas, escravos, moleques, ardinas, | ores, analfabetos, servig: mulatos, mas rar lavadeiras, estiva ete. Pertencem raga negra ou, no méximo, A Negritude concede-Ihes o sentiment negra, nomeadamente na solidariedade com os ne, outro lado, sublinha © re-conhecimento das rai mergulhando nos milénios. 0 (0 de exaltago da raga #t0s do Novo Mundo e, por S, que so étnicas, tribais, Os motivos, espagos, elementos que povoam essa poesia tendem para‘a caracteri- za¢do e afirmagao do homem negro, das classes sociais nao possidentes e dos locais e regides tipicos das diversas colénias. Nos intersticios desse universo pre- enchido com objectos que identificavam uma situagio colonial e povos oprimidos, podia ainda ler-se uma ténue alusio ao desejo de nacionalidade num espantoso verso de Agostinho Neto: «sem terra, nem lingua, nem patria» (de 1955). Em 1956, Mério Ant6nio publica 0 volume de Poesias. Um ano depois, surgitia aurevista Cultura (11), com Ant6nio Cardoso, Henrique Abranches, Henrique Guerra ¢ José Luandino Vieira (ver capitulo 9), na continuidade da inter- rompida Mensagem luandense, para, na viragem da década, ser possfvel assistir as primeiras seleogdes de contos: Contos angolanos (organizactio de Carlos Ervedosa), em 1959, e A cidade e a infiincia, de Luandino Vieira (contos) ¢ Contistas angolanos (organizagao de Alfredo Margarido), ambos da CEI (em 1960), Entretanto, irrompiam, & margem das organizagdes de militantes nacionalistas e das principais cidades, as Edigdes Imbondeiro, com sede em Si da Bandeira (Lubango). No final da década, escritores militantes ou simpati- antes do MPLA sdo presos em Luanda. Entre eles, encontram-se José Luandino Vieira, Anténio Jacinto e Ant6nio Cardoso. Em breve, porém, a luta armada de libertagio nacional conduzird ao assumir deliberado de uma literatura compro- tetida com formas nitidas de nacionalismo anti-colonial. Aparece a primeira recolha, muito escassa, dos Poemas, de Viriato da Cruz (1960). ~ 5° Periodo (1961-1971), relacionado com o incremento da actividade editorial ligada 20 Nacionalismo declarado ou encapotado, em que surgiram textos de tematica guerrilheira, enquanto no ghetto das cidades coloniais, nas prises ou na ‘dléspora os temas continuavam a ser os do sofrimento do colonizado, da falta de liberdade e da dnsia de tomar o destino nas proprias maos. Em 1961, comega a luta ‘armada de libertagao nacional. Entretanto, publicam-se: pale con amtsaet a? a Poemas, de Alexandre Daskalo; Poemas, de Agostinho Neto. Poemas, de Ant6nio Jacinto, Poemas de cireunstdncia, de Ant6nio Cardoso Picada de marimbondo, de Ernesto Lara Filho (poesia), Terra de acdeias rubras, de Costa Andrade (poesia), Farra no fim de semana, de Mério Ant6nio (narrativay Gente para romance, de Mario Ant6nio (narrativa). Didlogo, de Henrique Abranches (narratiya), Tal actividade permite, em 1962, arecimento da antologia da CEI, inttulada Poetas angolanos, organizada por Alfredo Margarido, que fornes ‘om a antologia de Mario de Andrade (Paris, 1958), a visio de um corpus razoavel dy poesia angolana Mas, nesta década, abate-se uma repressio generalizada sobre os politicos ¢ ais ligados &s movimentagGes nacionalistas. S40 encerradas a CEI, a5 Ss Imbondeiro € outras publicagdes e, durante um certo tempo (1964-70), com a guerra a decorrer nalgumas regides do mato (noroeste e leste), io de que as act ica-se com lades culturais angolanisticas no recuperario o folego, A atribuigtio do Grande Prémio de Novelistica a Luuanda (1964), de José Luandino Vieira, pela Sociedade Portuguesa de Escritores (1965), quando este se encontrava preso por «actividades terroristas», no Tarrafal (em Cabo Verde), despoleta uma repercussao a nivel de Portugal e circulos intemnacionais, tor- nando-o, com Agostinho Neto, 0 escritor mais conhecido. Outros escritores pas- sam pelas prisées ou af permanecem longos anos: Uanhenga Xitu, Manuel Pacavira, Jofre Rocha, Aristides Van-Diinem, etc. Luandino tor -se 0 responsavel pela grande revolugdo estilfstica, como que criando uma nova Iingua literdria angolana (ver capitulo 10), originando uma corrente de epigonismo. Este facto e a literatura de guerrilha marcam a década. Em 1964, Mario Ant6nio publica a Crénica da cidade estranha (contos). Em 1965, © romance As sementes da liberdade, de Manuel dos Santos Lima, tematiza 0 duplo mundo da guerra colonial, na perspectiva do interior do exér cito portugués, e da guerrilha, sob a Gptica angolana, por um autor que, com0 oficial e comandante supremo, viveu as duas faces do conflito. Quatro livros, entretanto, estabelecem uma nova ponte para o rumo da iteratu gue se adivinha: em 1968, a recolha de crénicas Tempo de munhungo, & Arnaldo Santos; em 1969, As idades de pedra, de Candido da Velha & 1971, Vinte canedes para Ximinha, de Joio-Maria Vilanova, e Bom dia, & odo Abel (os trés whtimos de poemas). Sio livros escritos e publicados seu” uma estratégia de ghetto, com uma linguagem alusiva, simbélica e alegérie® Podendo ler-se nas entrelinhas uma intengdo de, oe ‘nexpressividade temitica, absiraccionista ou tipicist pelo aparente silénc a, iludir a censura e marcel anata niatatnineenisieidic ieee et posiges subs de solidariedade com a uta anti-colonial, mesmo versando uma Prmitica como a do amor : Perfodo, de 1972 a 1980, 0 da Independencia, repartido por dois curtos periodos, de 1972-74 € de 1975-80, relativos, respectivamente cestética acentuada, de uma modernidade acertad: tros mundiais, e, por outro lado, apés a patrdtica e natural apolog ‘uma mudanga at pelo rel6gio dos grandes cen- ~ APO a independéncia, a uma intensa exaltagao Politica do novo poder, Num primeiro tempo, aproveitando a possibilidade do recrudescimento editorial que a breve e hesitante abertura do constilado de Marcello Caetano (1968-74) ia permitindo, como que anunciando a pré-independéncia, surge em Angola, em diversas cidades (Luanda, Lobito, Nova Lisboa, Malange, etc.), uma actividade em formo de revistas e paginas literétias englobando europeus de passagem (n0 exército portugués, na func2o piblica, nas empresas privadas), portugueses residentes € angolanos. E nesse contexto que aparecem alguns livros que se destacam das dezenas de publicagdes sem qualquer interesse estético-cultural Sio os seguintes: 1972 ~ Chao de oferta, de Ruy Duarte de Carvalho (poemas). — Auto de Natal, de Domingos Van-Diinem. =Itinerdrio da literatura angolana, de Carlos Ervedosa. 1973 — Crénica do ghetto, de David Mestre (poemas), ~ Tempo de cicio, de Jofre Rocha (poemas). ~ Regresso adiado, de Manuel Rui (contos), Lisboa Enlretanto, surgiam as colectaneas colectivas de poesia intituladas Angola, poe- sia 71, editada pelo grupo Convivium, de Benguela, liderado por Filipe Neiva e Orlando de Albuquerque, e Vector, do grupo de Nova Lisboa (Huambo), que tinha A frente Ant6nio Bellini Jara. Eram grupos heteréclitos, sem posicio- namento anti-colonial, mas que, consciente ou inconscientemente, acobertavam textos € autores implicados ou préximos do nacionalismo angolano. No Lobito, Orlando de Albuquerque langou, em 1973, os cadernos Caprieérnio, editando Pequenos livros, como os de David Mestre e Jofre Rocha atrés mencionados, Ultrapassando as duas dezenas, Em Luanda, ainda antes da independéncia, tanto 0 Didrio de Luanda como A Provincia de Angola, jornais ligados, respectivamente, ao governo ¢ a uma ‘endéncia liberal, publicavam paginas culturais, onde, no diltimo, sa‘am textos ue, no minimo, desconstrufam, quando nao combatiam, os valores ideolégicos ©estéticos vigentes. Na capital, (con)viviam, entre outros, Jofre Rocha, Aristides Van-Dénem, Domingos Van-Dinem, Amaldo Santos, Jorge Macedo, Carlos Ervedosa, Joo Serra, além de Emesto Lara Filho, Fernando Alvarenga, Candido ‘la Velha, Ruy Duarte de Carvalho e outros que por ai passavam Em Malange (Negage), o esctitor portugués Vergilio Alberto Vieira dirigia a Pégina «Convergéncia», no Ecos do Norte, que, a partir de Outubro de 1973, P'ssou a publicar textos de Jorge Macedo ou Samuel de Sousa, para, em pale con amtsamet ————_—_————————_—_— 1 Russel Hamilton, Litera. tra africana, lverarura ne= cessdria~ I, Lisboa, Ed. 70, 1983, p. 18 luir David Mestre e os portugueses oto de Metp, esse ano, inc San ie Lua ehesseril ita além de mogambicanos como Eig 0 Lisboa, en puto uo A Tit alagOu-se, aps os acontecimentos do 25 de bw we ores ds publiagdescitadis ¢ ainda de Kucuela (Land) )s organizadores di ‘ ta Prisma (Luanda), entre outras, cotaram-se adores da pe cages de Imiboncdeiro, com outras limitagées s6cio-politicas, instinere is casos, mesmo culturais, Quase sempre, d4o-nos a ideia ¢ omo continu: Mais cag 6 ; "0 conjunt, terem uma vio do mundo e um estar na vida sem filiag0 ideologica define Jos, preferindo o diletantismo literdrio, em e, politicamente descomprometidos, preferindo o diletanti erério, em compy, ago com o percurso dos intelectuais da guerrilha, do exilio, da clandest; agiio com o pere Midade ectores ou da simples didspora. Todavia, € preciso ressalvar que alguns « pensavam literatura como expressio ndo necessariament militant, mas yee bém no contra a independéncia politica, Pode extrapolar-se, por analogia, png otras éreas, sobretudo a mogambicana (Beira e Lourenco Marques). Por gy 4 nosso ver, ndo deve falar-se ostensiva e pejorativamente de «feudos» lterérgg

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