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Pax narcotica: O mercado de drogas no gueto porto-riquenho da Filadélfia

[Pax Narcotica: The Open-Air Drug Markets of Philadelphia’s

Centro da cidade porto-riquenha] Philippe Bourgois e Laurie Kain Hart

RESUMO / RESUMO

Com base em cinco anos de trabalho de campo no gueto porto-riquenho da Filadélfia,

este artigo explora a lógica da violência e da paz no trabalho neste setor localizado no

final do circuito da indústria global de tráfico de drogas. Ao usar a violência armada para

eliminar seus rivais e defender seu território, os chefões do narcotráfico devem

simultaneamente devolver a imagem de figuras generosas para evitar que os moradores

os denunciem à polícia, mostrando-se responsáveis, prontos para redistribuir recursos,

para oferecer bons empregos pagos, para disciplinar seus funcionários e conter o excesso

de violência. Chefes da droga são, portanto, forçados a transformar sua força bruta em

poder virtuoso para prosperar. Elas participa assim, com vizinhos e empregados, de uma

economia moral de relações patrimoniais e clientelistas em que se estabelecem como

líderes carismáticos. A partir de um relendo o conceito de "acumulação primitiva", este

artigo retorna ao mesmo tempo: 1) sobre a relação colonialismo que empurra a diáspora

porto-riquenha em gueto para o nicho econômico que revenda de medicamentos no

varejo; 2) sobre a violência simbólica no trabalho em todos os níveis deste tráfego; 3) nos

lucros artificialmente elevados gerados por essa indústria criminalizada pelo Estado; 4)

e na proliferação oportunista de setores especializados da economia legal e burocracia

pública responsável por administrar os efeitos colaterais da coerção e da violência

do Estado.

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