ESTADO NOVO

Inicia-se a fase ditatorial da Era Vargas. Esse sistema perdurou até 1945 e se caracterizou pelo poder centralizador
no executivo e pelo aumento da ação intervencionista na economia. Para afastar toda e qualquer oposição ele fecha
os partidos políticos e estabelece um rígido controle dos meios de comunicação. Na economia, deu mais importância
a industrialização do que a agricultura. Intensificou sua participação, conseguindo investimentos para a indústria de
base: siderurgia, metalúrgica e petróleo.

No inicio da guerra, Vargas procurou não eixar clara sua posição. Imagina-se que Vargas se identificava com os
governos ditatoriais participantes da guerra. Em seu governo havia ministros simpatizantes do nazismo e também
pró-aliados. Vargas, porém, sabia que não poderia sobreviver sem o apoio econômico dos Estados Unidos.

Quando os Estados Unidos entraram na guerra em dezembro de 1941(ataque japonês a Pearl Harbor) o Brasil tomou
partido dos aliados(ingleses, franceses e norte-americanos) e passou a fornecer matéria prima a eles. O nordeste
brasileiro se tornou um base estrangeira para as operações aliadas. O Brasil se colocava portanto contra a Alemanha.

Em 1942, começava a ser formar a FEB (Força Expedicionária Brasileira) para lutar ao lado dos americanos contra as
forças nazistas na Itália. Isto provocou uma contradição: internamente tínhamos um governo autoritário e no plano
externo enviávamos soldados para combater as ditaduras.

A oposição ao governo Vargas se acentuou: manifestações exigindo o fim do governo ditatorial surgiram
atravessados estudantes, da elite mineira, dos oficiais em batalha na Europa, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos
escritores.

Vargas, sentindo o novo rumo dos acontecimentos, decretou o Ato Adicional, que previa eleições presidenciais.
Enquanto isso, articulava uma transição para a democracia que o mantivesse no poder, usando o movimento
chamado Queremismo ( o lema era: Queremos Getúlio!). Fracassada essa ideia, Getúlio renunciou em 29 de outubro
de 1945.