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1278 PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n." 50/14 ‘de 27 de Reverciro| Considerando que o artigo 180.* da Lei n'27/12, de 28 de Agosto, estabelece que as matérias referentes 2 Actividade do ‘Agente de Navegagdo incluindo os requisitos e condigoes de acesso A actividade e ao seu exercicio, bem como os direitos ‘edeveres do Agente de Navegagdo sao regulados por legisla- ‘elo especifica da competéncia do Titular do Poder Executivo; © Presidente da Repablica decreta, nos termos da alf- nea 1) do artigo 120.° e do n.° 3 do artigo 125.°, ambos da Constituigao da Repablica de Angola, o seguinte: ARTIGO 12 (Aprovagio) E aprovad o Estatuto do Agente de Navegago, anexo a0 presente Decreto Presidencial e que dele é parte integrante, arrico 2° ‘Revosnsio) 6 revogada toda a legislagdo que contrarie 0 disposto no presente Diploma, nomeadamente 0 Decreto n.° 64/89, de2 de Dezembro. ARTIGO 3° (Davidas comissies) As dividas © omissies suseitadas na interpretagao eapli- cago do presente Decreto Presidencial sio resolvidas pelo Presidente da Repiblica. artigo4? (entra cm vigor © presente Diploma entra em vigor na data da sua publicagao. ‘Apreciado em Consclho de Ministros, em Luanda, aos 18 de Dezembro de 2013. Publique-se. Luanda, aos 20 de Fevereiro de 2014. 0 Presidente da Repiiblica, Jos! Eouanpo pos Savros, ESTATUTO DO AGENTE DE NAVEGAGRO CAPITULO I Disposigées Gerais arco 12 @etinigto) Agente de Navogaydo€ a sociedade comercial regularmente constituida que, em nome ¢ em representagio do armador, se encarrega, em porto, dos actos necessirios a0 despacho do navio, das operagdes comerciais @ que o mesmo se destina, ‘bem como da assisténcia ao comandante na pritica dos actos Juridicos e materiais necessérios & conservagio do navio e 4 continuago da viagem, e ainda dos actos necessirios 20 integral cumprimento dos contrat de que seja encarregue pelo armador. DIARIO DA REPUBLICA. Agno 2" Amite) 1. Os Agentes de Navegaeo prestam, no ambito da sua actividade, designadamente, os seguintes servos: @) Camprir,em nome e por conta e ondem de armadores, ‘ou de transportadores martimios, as disposi¢Ges Iegais ou contratuais, executando ¢ promovendo, junto das autoridades portuirias ou de outras enti- dades, os actos ou diligencias relacionados com a stadia dos navios que thes estejam consignados €.a defesa dos respectivos interesses; 4) Promover, em nome ¢ por conta ¢ ordem de armado- res ou transportadores marftimes, a celebrago de ccontratos de transporte maritimo, nomeadamente dos que resultem da actividade de angariagio de carga por eles desenvolvid; ©) Actuar como mandatérios dos armadores ou trans- portadores maritimos, poxendo, em tal qualidade, ser-Ihes conferides poderes, nomeadamente para emit, assinar,alferar ou validar conhecimentos de carga, proceder ou mandar proceder aos trimites exigidos a recepeo de mereadorias para embat- que ou a entrega de mercadorias descarregadas © desenvolver as acgties complementares do trans- porte maritimo que a let thes atribua; 4) Kim geral, prestar protecgo, apoio e assisténcia aos armadores ou transportadores maritimos de que sejam agentes, competindo-Ihes 2 defesa dos inte- resses dos navios que thes estejam consignados, cabendo-thes faclta, em particular aos respectives apites, todas as informagses da sua especial, bbem como, directa ou indirectamente, proporcioner- -lhes os servigos que por eles sejam solictados. 2. Para efeitos do presente Diploma, entende-se que todas a referencias a armadores ou transportadores maritimos abran= ‘gem também os fetadores¢ afietadores ¢ ainda os proprictirios de navios que os nao explorem directamente. CAPITULO I Licenciamento ARTIGO3* (Gnscrga0) 1. O acesso & Actividade de Agente de Navegagao depend de insctig0 no Instituto Maritimo e Portuério de Angola, IMPA, a requerimento da empresa interessada, sem prejuizo do disposto nos nimeros seguintes, 2. O exercicio da Actividade de Agente de Navegagao condicionado, em cada porto, & obtengo de icenga concediéa pelo Instituto Maritimo e Portudtio de Angola 3. As actividades referidas no n° I do atigo anterior podem ser exercidas directamente pelos armadoresinseritos no IMPA, ‘no porto onde est instalada a sua sede social e em relagiio ‘aos navios por si explorados. 1 SERIE —N.* 40 — DE 27 DE FEVEREIRO DE 2014 1279 ARTIGO 42 (Requisies) inscrigdo prevista no n.*I do artigo anterior depende da verficagio cumulativa dos seguintes requisitos: @) Acempresa ser constituida exclusivamente por cidda- «los nacionais, nos termos do n°3 do artigo 117.2 da Lei n. 27/12, de 28 de Agosto; 1) O objecto da sociedade deve abranger 0 exercicio das actividades préprias e em exclusividade de Agen- tes de Navegagiio definidas no n. 1 do artigo 2.5 ©) O capital social estar inteframente realizado cujo valor minimo € 0 previsto nos artigos 221.°© 305° da Lei no 1/04, de 13 de Fevereiro; d) A sociedade deve dispor de um director técnivo, trabalhando em regime de tempo integral, que cxiba provas de experiéncia profissional da acti- Vidade por um periodo de tempo nao inferior 2

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