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Guattari denota o peso que o passado contém, no sentido de proporcionar uma base para que

se possa remodelar, reinventar, e até mesmo ter como medida para identificar desvios e evitar
catástrofes. Entretanto, em sua obra, Guattari aponta que o olhar do “eu” não é suficiente
para nos dar respostas sobre nossa estrutura como indivíduo, ou como transmitimos esse
passado, ou seja, pode ser uma fonte de ilusões. Quando os historiadores expressam suas
visões de mundo, eles utilizam arquivos para falar de seu tempo atual. O autor cita como
exemplo Foucault, que mesmo não sendo exatamente um historiador, reutilizava elementos
do passado para construir um pensamento sobre as situações atuais da época.

Guattari, então, postula que não se faz necessário uma estruturação do contexto antes de
iniciar a leitura de suas obras, pelo contrário; suas obras podem servir de entrada para uma
reflexão, como uma introdução para os pensamentos a Hegel ou a Platão. Sendo assim, a única
questão necessária é saber se o conhecimento transmitido está induzido o leitor ao
pensamento.

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