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Agronegócio e a extinção dos biomas configuram o Novo Normal

Por Roberta Miranda.

A queimada deliberada de biomas tem se tornado cada vez mais comum ao


redor do mundo potencializando o aquecimento global e criando um ciclo de
retroalimentação, uma vez que este fenômeno gera períodos de seca que por
sua vez favorecem mais queimadas. No Brasil, esta situação é cada vez mais
comum e bastante complexa, ao passo que suas causas envolve a questão do
agronegócio e seus interesses político-econômicos, trazendo graves
consequências para a biodiversidade.

De acordo com o Ministério da agricultura o agronegócio corresponde a cerca de


um terço do PIB brasileiro, em contraste, segundo o Ministério do Meio Ambiente
o Brasil abriga a maior biodiversidade do mundo o que configura um enorme
potencial para a pesquisa científica e ecoturismo local.

Apesar de seu valor, os biomas brasileiros padecem com incêndios colossais e


desmatamento, advindos da expansão do agronegócio, incentivado por
discursos governamentais e possibilitado pelo sucateamento dos órgãos
fiscalizadores ambientais. Os prejuízos vão além da questão ambiental,
comprometendo a saúde com a fumaça, especialmente em contexto da
pandemia por Covid-19.

Portanto, para reverter esse quadro, é necessária uma maior exploração por
parte do Ministério do Turismo do potencial ecoturístico da biodiversidade
brasileira, incentivos por parte do Ministério do Meio Ambiente a ONGs de cunho
ambiental e uma revolução no governo do estado de modo que existam políticas
que venham garantir a implementação de Unidades de Conservação que tenham
a fiscalização ampliada de suas áreas.

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