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A linha tênue entre segurança social e o caos urbano

Letícia Menezes Martins


4º Ano – Análises Químicas

Quando se discute sobre a posse de armas de fogo, é fundamental entender que, embora posse
seja diferente de porte, o cidadão com o direito de possuir o artifício será um fator de risco a mais
na sociedade. Com isso, penso que há diversos entraves na segurança pública do país e
transferir a responsabilidade de defesa para o cidadão é uma irresponsabilidade governamental
que tende ao caos generalizado.

Nesse sentido, encaro como insensatez analisar a questão da posse de armas sem ponderar a
naturalização de comportamentos agressivos no cotidiano social. Exemplo disso é a taxa de
feminicídio no país que, de acordo com pesquisas, aumentou em 12% no ano de 2019. Outro
exemplo atual dessa naturalização é o de que, no mesmo ano, um caso de assassinato de
inocente pelo exército foi encarado pelo presidente da república como “apenas um incidente”.

Analisando pela lógica, em qualquer combate com armas de fogo não é difícil perceber que a
vantagem está em quem inicia a agressão. Afinal, normalmente os bandidos agem de duas
formas: arrombam a casa quando ela está vazia ou abordam o morador quando ele abre a
porta/portão. Assim, em nenhuma das duas maneiras o dono tem a chance de pegar sua arma
guardada dentro de casa.

Fato é que as armas não possuem outro motivo de existência se não a violência, salvo os casos
de esporte. Pode até ser uma violência voltada para legítima defesa, mas ainda é violência. Por
isso, penso que o armamento civil não significa menos crimes, mas sim aumento no já existente
caos das cidades brasileiras.

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