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A comunicação permeia as relações humanas desde a pré-história.

Com sua evolução no


decorrer do tempo, passou a ter inúmeras funções sociais, como a propagação de
informações. Decerto, no mundo globalizado, manter-se a par do que está acontecendo é
imprescindível a fim de estar bem informado. Nesse contexto, uma das fontes as quais,
historicamente, recorre-se para isso são os jornais, impressos ou virtuais, que oferecem
ao leitor notícias de temática, por exemplo, policial, política, econômica, cultural,
social, ambiental.

Não obstante, sobretudo por falhas na formulação da mensagem, em muitas situações a


mensagem não chega ao leitor de modo em conformidade com o propósito daquele que
a elaborou, ou seja, o jornalista. Especificamente, um dos fatores que colabora para isso
é a ambiguidade, cada vez mais presente, intencionalmente ou não, em títulos de
notícias. Tal fenômeno linguístico faz com que as manchetes assumam mais de sentido,
levando o leitor a ter dúvida quanto ao fato que se tinha a pretensão de, realmente,
noticiar.

Este trabalho trata-se, então, de um estudo a respeito da construção involuntária da


ambiguidade sintática em manchetes do gênero textual notícia jornalística com enfoque
na consequente interferência que isso pode acarretar na compreensão da mensagem
vincula à informação. Diante disso, este texto começa refletindo acerca da

Assim, como problemas principais desta pesquisa, apresenta-se estes: Quais fatores
estruturais propiciam a construção da ambiguidade sintática? Como a presença de
duplos sentidos não intencionais interfere no entendimento da informação a ser
reportada?

Desde já, parte-se da hipótese de que o aparecimento involuntário da ambiguidade


sintática na manchete compromete a clareza da mensagem, na medida em que direciona
o leitor a mais de uma possibilidade de interpretação logicamente possível, o que
contribuiria para a modificação do fato ocorrido ao levá-lo a criar pressuposições sobre
as informações que serão apresentadas na notícia. Somado a isso, também se assume a
hipótese de que alguma das causas que oportunizam esse duplo sentido nos títulos
jornalísticos são estas: a) sentido indistinto ente agente e paciente; b) colocação
inadequada de palavras; c) uso errôneo da coordenação; d) mau uso de pronomes
relativos; e) problemas com o emprego de pronomes possessivos; f) má utilização das
formas nominais; h) indefinição de complementos.

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