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EE] thttosv/pt-br.facebook.com/ibafam/) (EQ (hitps:/twitter.com/IBDFAM_oficial) (nttpsv/wwwinstagram.com/ibdfam/) (BY (httpsi/www.youtube.com/user/IbdfamBrasi) (httpsu/t.mesibdtam) (©) (https://wa.me/message/WETRRLSWDVJ6E1) ESS (httpsifibdtam.org.br/home) SE (httpsi//ibdtam.org.br/conteudo/englsh) Menu Pesquisa, . IN° YaDFAM ou.CRF Artigos OF Ado (nttps:sibatam or ido/whatsapp) Home (https://ibdfam.org.br/) / Artigos /ibdfam.org. br/artipos) A Fraude Material na Unido Estavel e Conjugal! Autor: Rolf Madaleno (https:/ibdfam.org.br/artigos/autor/Rolf Madaleno) | Data de publicacao’ 12/11/2007 w *raude+Materialtnat+Uni%C3%A30+Est%C3%A 1vel+e+Conjugal) Sumério L.introduglo 2. © lastro matrimonial 3. A presunglo de comunidade 4. A separagio e seu efelto na partiiha 5. A autonomia de vontade 6. A fraude 7. A fraude socletéria &. A fraude pela mudanga do tipo social 9. A fraude na sucessdo empresariall0. A fraude pela interposta pessoa 11. A boa-fé 12. A fraude no casamento do Cédigo Civil 13. A fraude nos regimes de bens 14. A fraude na unldo estével 15. A outorga do convivente 16. A indenizacao pela inoponibllidade 17. Uma solugao argentina 17.1. Outra solugSo argentina 18. A fraude pela formago de dividas 19. A prova da fraude e da simulaglo 20. Bibliografia 1. Introdusso © Homem nunca quis estar sé, & gregérlo por natureza e busca por regra a companhia de outra pessoa, para uma convivéncia quase sempre em regime de coabitagio. Tem certo pendor pela vida familiar para sua plena satisfago como pessoal que gelga etapas no vinculo afetivo para a formagio de uma familia, na sua adequacéo social Conforme Eduardo de Oliveira Leite,{1] __(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39# _ftn2_ftn2) de todas as institulgSes criadas pelo espirito humano, somente a familia e o casamento resistiram inquebrantéveis & inexorével marcha dos tempos. E ndo que as uniSes tenham iniciade pelo casamento como o conhecemos na atualidade, moldado a partir de acentuados valores religiosos, mas assentado numa fase mais primtiva, de 2 promiscuidade que no limitava parcelros de relagdes de poligenia ou de poliancria, A nascente da monogamia gerando as figuras do marido e da mulher, prossegue Eduardo Leite,[2] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn3_ftn3) se baseia no poder do homem, com a merry ean) oe oe LLL omen SCCIRERITEIE ecm a nessa weno vince Lonnie Chih artes rea Lt rae Cn itm mre enter am y (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn4_ftn4) a LA tea crn ym yas hese ner LLL “ce NT aac Leta “cuenta Su CT seat penn “rim eam Soutien meme “om mr ee “oun ittt mamamattinenr mire SCORES Tce ee Ute LL dissolugo do casament ‘A emancipacéo da mulher fez desaperecer este prétice e tem inspirado @ opelo pela eleigo do regime convencionel a separacdo de bens, onde cada consorte administra e dispe de seus préprios bens por conta da igualdade Juridica dos esposos. 3, A presungéo de comunidade Todos os bens aportados onerosamente durante 0 casamento so presumidamente comuns aos cBnjuges ou conviventes, salvo as excegies 6 textualmente previstas em lei. Uma vez extinta a sociedade, também ocorre a extingdo do regime patrimonial do casamento, muito embora a separagio fatica do casal permita reconhecé-la como outro, @ encontra nas figuras societérias com seus variados cdmbios, sofisticados recursos orquestrados para prejudicar seu meeiro. As sociedades tém se convertido no veiculo mais idéneo e mais apropriado, agindo come um terceiro—alhelo. aos cSnjuges. [4] _(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39#_ftn5_ftn5) A fraude bem se presta a este vil prapésito, valendo-se 2 pessoa de um adil para extrair partido das regras juridicas e se beneficiar de um direito ou de uma vantagem sobre a qual néo deveria se aproveitar.[5] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? 94 Ftn6_ftn6) A fraude é um logro que se impie pelo engano, pela asticia imposte com a vontade de extrair um indevido proveite desde dissimulado ardil. No dizer De Los Moz0s,{6] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? optio :om_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn7_ftn7) fraude "é todo artificie, maquinagdo ou asticia tendente a impedir ou iudir um legtime interesse de terceiros ou a obter um resuitado contrério a0 direito sob 2 apardncia de legalidade." redusio no acerva comum, @ por consequéncia, uma diminuigéo na meagéo do cénjuge logrado. Ocorre através de atos de disposigéo de bens, come consignam os artigos 158 e seguintes do Cédigo Civil, colacando em grau méximo de suspeigéo, atos como os de transmissfo gratuita ou onerose de bens ou mesmo a remisséo de dividas de pessoas insolventes, # neste quadro genérico, néa hé como afastar 0 cénjuge que em vésperas de separagdo se movimenta para esvaziar a massa de bens conjugais, ganhando maior evidéncia se esta movimentagéo tome corpo depois de ajuizade @ separagio do casal 7. A fraude societéria Convém ter presente que @ fraude entre cénjuges se reali amiide, valendo-se 0 esposo fraudador da estrutura societéria 6 existente au de uma empresa especialmente criada para desenvolver a fraude @ assim subtrair bens do acervo comum e repassa-los para a pessoa juridica. O tema bastante recente na cultura jurdica brasileira e fencontra uma norma padre no artigo $0 do Cédigo Civil, As manobras realizedas através do mau uso da personalidade societéria encontram forte eco no Direto de Famila, para sonegar alimentos, ou para fraude & meacdo, pols a Incorporasio de bens a ume sociedade comercial, ou mesmo o afastamento do cénjuge do quadro societirio da empresa conjugal equivale & sua allenagéo para terceiro Emoora a alteragio de contrato societéri idealizado para privar @ mulher do exercico de seus direitos sobre os bens comunicéveis seja perfelta quanto ao seu fundo © & sua forma, por ter atendido as condicdes de existéncia © validade e, obedecido as regras de publicidade, ainda assim é ineficaz em respelto ao cénjuge ou convivente lesado, porque foi o meio ilicito exatamente usado em detrimento dos legitimos direitos de particdo patrimonial.[7] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? 9#_ftn8_ftn8) ‘Tem transite no Direlto de Familia brasileiro a aplicagéo episédica do superamento da personalidade Juridica sempre que 0 sécio cénjuge ou convvente procurar através do abuso da sociedade desviar bens particulares, pertencentes & sociedade afetiva e que s8o deslocados para a sociedade comercial, ou em outra modelagem, quando fos bens que j& compéem o capital social da empresa s80 desviados ou reduzides @ um valor irrisério, nada representando no acerto final de composi¢ao da partilha. Detectada a manobra arquitetada para gerar uma fraude no ireito & partiha co parceiro ou 20s alimentos judicialmente arbitrados, a desconsideragéo da personalidade juridica procura recompor o patriménio abusiva ou fraudulentamente dilapidado. Para Arnaldo Rizzardo,{8]_(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn9_ftn9) no Ambito do Direito de Familia ndo haveria propriamente a despersonalizagio, mas a desconsideragio da personalidade juridica que nao seré considerada, para permitir sejam atingidas os bens postos ao abrigo da socledade empresarial, na sequéncia, elenca vérias situages que caracterizam 0 desvio de bens, com a finalidade de subtrair o patriménio na partiha, merecendo destaque dentre as diversas hipéteses, aquelas que ensaiam " a aparente retirada do cénjuge da sociedade comercial; 2a transferéncia da participacdo societéria a outro sécio, ou mesmo a estranho, com 0 retorno depois ¢a separagéo; a alterago do estatuto social, com a reducdo das quotas ou patriménio da sociedade; a transformacdo de um tipo de sociedade em outro, como de sociedade por quotas para a anénima", dentre outras variantes mais. 8. A fraude pela mudanca do tipo social Na pritica processual esta tem sido uma das formas mais corriqueiras de fraude & meagio conjugal pela expedita via da manipulaglo do estatuto social, especialmente eficaz naquelas tipicas sociedades de familia ou sociedade comercial, particularmente nestas sociedades fechadas, que como alerta Luiz Guilherme Loureiro,[9] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39# ftn10_ftn10) “néo se compadecem com as intromissBes de estranhos.” Companhias fechadas contam com um pequeno nimero de sécios e suas agdes néo sio ofertadas ao piblico no mercado de valores imobilérios, pois no captam recursos para o seu financiamento que ver da contribuicso dos préprios acionistas. Empresas famillares s80 comuns ne economia brasileira, e quando algum de seus integrantes enfrenta processo de separagSo judicial, pondo em pauta a parttha do seu capital socal, repentinamente estas empresas alteram o seu tipo socletério. Ao compulser demandas separetérias discutindo dliviséo de patrimanio é prética corriquelra deparar com cBnjuges e conviventes empresérias valendo-se de sociedades anénimas para acobertar e proteger patriménio socletérlo, que procuram afastar da partiha conjugal Comesa que o capital das sociedades anénimas se divide em unidades denominadas agées, e nas sociedades fechadas ou de capital eminentemente familar no costumam emit ttulos ¢ tampouce os anotam no liv de registros de ages. Sua administragdo ndo raramente, se confunde com 0s préprios acionistas controladores, que s8o seus diretores geralmente perpetuados nos cargos. Controlando de modo permanente, 2 maloria dos vatos nas deliberagées da assembléia geral, quando a realizam, abusam de seu poder para dirigir as atividades da empresa em formato que nada difere daquele controle que exerciam na empresa limitada, apenas, alterado o tipo societérlo pelo cénjuge ou convivente em estégio de separacio, para poder proteger o patriménio familiar e atuar, com seguranga, em uma sociedade andnima existente somente no mundo da feséo. Diz Hugo. Rossi,{10] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view8id=43<emid=39#_ftn11_ftn11) que extremos deste jaez se dio com relterago, cometendo langar m&o da desestimacgo da sociedade andnima de configuragso claramente irregular, pols conta em verdade, apenas com os mesmos sécios de primitiva sociedace limitada, Arremata Hugo Rossi,: "os sécios no podem pretender ser tratados como acionistas de uma sociedade andnima se reiteradamente seguem concutas préprias de sécios de outro tipo de sociedade,” demonstrando com este seu proceder que no existiu, de fato, 0 propésito de atuar como uma sociedade anénima E 0 que sucede com preocupante frequéncia nas sociedades limitadas, de exclusive capital familiar, nas quais © cénjuge em demanda de separagdo altera 0 tipo originério de uma sociedade limitada para o de uma sociedade anénima de meia dizia de acionistas, todos comumente pertencentes 8 mesma familia e apenas unides no propésito de Impedir a partilha da empresa na meagdo do cénjuge adverso. Com este simples expediente delxa de acessar as quotas seciais pela via da apuragio de haveres apenas vidvel, em principio, se a empresa preservasse a configuragdo de sociedade limitada, E de cristalina evidéncia, 0 abuso, © mau uso e o desvio da funcao societéria, apenas manejada no propésito de afastar 0 Ingress do cénjuge na empresa familiar, o que fica mais visivel ainda quando séo detectadas as Irregularidades ou omissdes pertinentes & real administ discutir © votar, j4 que seguramente, apenas o dire que controlava a Sociedade imitade segue administrando © deliberando sobre os destinos da sociedade andnima que apenas trocou sua capa externa, Enfim, © administrador familiar de sociedade andnima criada para o processo de seperacéo judicial de acioniste diretor, prescinde neste caso, de uma das mais caras atribuigées de um administrador de uma sociecade por agbes, respeltante ao dever de lealdade para com os interesses ¢ finalldades da empresa, e no dos seus interesses pessoais. Quendo assim acontece, esté denunciada a farsa montada pelos novos acionistas ao mudarem o tipo social, na contram&o da real utlidade da empresa, ‘S80 atos como estes que devem ser considerados dentro da margem de movimentacéo processual encabecade para a episédice aplicacéo da desconsideracéo da personalidade juriica, quando patente que a alterac8o do tipo societério no passou de uma vil transgresséo com a finalidade de pare boicotar 0 acesso do outro cénjuge ov convivente a sua meagao patrimonial, especialmente ao assimilarmos a adverténcia de Luciola Fabrete Lopes Nerilo,[11] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewBid=43<emid=39#_ftn12_ftn12) de no ser preciso que © cénjuge figure como sécio da empresa pare ser engendrada a fraude com a utilizacdo da personalidade juridica, Nao foi outro © caminho enveredado pela maioria da Quarta Turma do STJ no REsp 11294/PR, julgado em 19 de setembro de 2000, com a relatoria do Ministro Barros Monteiro, lavrando 0 voto vencedor o Ministro César Asfor Rocha, a0 admit a dissolugSo parcial em sociedade andnima familiar, 20 perceber o engessamento dado aos sécios minoritérios, no que, a0 seu modo, em nada difere do cénjuge ou convivente de acionista que figura como meeiro, e, portanto, como sub-sécio. ‘A-ementa se faz suficientemente elucidative ao estabelecer que "Direito Comercial. Sociedade Anénima. Grupo Familiar. Inexisténcia de lucros e de distribuiggo de dividendos hé varios anos. Dissolugdo Parcial. Sécios Minor'tarios. Possibildade. Pelas pecularidades da espécie, em que 0 elemento preponderante, quando do recrutamento dos sécios, para @ constituigfo a sociedade andnima envolvendo pequeno grupo familiar, fol a afelgse pessoal que reinave entre eles, @ quebre da affectio societatis conjugada & inexisténcia de lueros e de dlstribuigBo de dividendos, por longos anos, pode se constituir em elemento ensejador da dissolugio parcial da sociedade, pois seria injusto manter o acionista prisioneiro da sociedade, com seu investimento improdutivo, na expresso de Rubens Requido. O principio da preservaclo da sociedade ¢ de sua uilidade social afasta a dissolugSe integral de sociedade andnime, conduzinde 3 dissolugso parcial. Recurso parcialmente conhecido, mas improvido.” 9. A fraude na sucesso empresarial Outra pratica de fraude socletéria acontece na sucesso empresarial, com danosos efeltos tanto para @ meagio 0 cdnjuge ou convivente, quando néo for projetada para ferir direltos provenientes da legitima sucessérla. A desconsideracdo de personalidade juridica ndo desconhecida para o direl sucessério, especialmente quando o art. 1,846 do Cédigo Civil dlspde pertencer aos herdelros necessérios a metade dos bens da heranga, constituindo-se na intangivel legitma que obedece & ordem de vacagSo herediéria do art, 1.829 da vigente codificago civ Gilberto Gomes Bruschif12] _(http://www.,olfmadaleno.com.br/site/index.php? optior om_content&task=view&id=43<emid=39# ftn13_ftn13) trata do tema e aduz ter o herdelro necessério dir Sebastide Amorim e Euclides de Oliveira também no se escusam de enfrentar to instigante tema que possibillta a fraude & legitima "por meio da transmisséo distargada de bens a certos herdeiros na forma societéria. Constitul ato abusivo @ consttulgge de sociedade com atribulgéo de cotas ou agBes em favor de herdeiros sem o efetiva ingresso de capital por parte deles (...) sendo cabivel, em tals circunstAncias, desconsiderar a personalidade Juridica da sociedade, para que se reintegre o herdeiro prejudicado na plenitude dos seus direitos legitimarios na heranga."[13] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39# ftn14_ftn14) Este é 0 recurso capaz de alterar o regime legal e de ordem piiblica, aplicivel & legitima dos herdeiros necessérios,[14] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39#_ftn15_ftn15) ndo podendo ser esquecide que na atualidade herdeiro necessério também & 0 cénjuge que pode ser prejudicado com o abuso socletério tanto em sua legitima como em sua meacdo. Nada impede, por exemplo, na separacéo de fato, que 0 ex-marido promova transferéncia de quotas socials para a sua atual companheira, simulando aumentos de capitals registrados em alteragées contratuais da socledade, até © completo esvaziamento de sue participacdo social na empresa, diluindo com esta singela estratégia os quinhées hereditérios dos filhos do primeiro casamento e a heranca da ex-mulher que sucederia no patriménio particular do ‘esposo, nas hipéteses do inciso I, do art. 1.829 do Cédigo Civil De igual, no pode ser descartado o caminho inverso, quando o companheiro procura esvaziar a meacéo de sua parceira, agregando quotas aos filhos da relac&o anterior, tirando assim, direitos pertinentes & meagéo da companheira com quem iniciou © empreendimento empresarial, mesmo que ela néo figurasse no contrato como sécia. 10. A fraude pela interposta pessoa Mas, nem todas as separacées contam com o sofisticado uso éa mascara societéria como bem elaborado instrumento de fraude & meac&o conjugal. © uso abusivo da sociedade & comparada 20 auxillo fraudatério de uma interposta pessoa, representada neste caso pelo ente juridice, mas que no Direite de Familia também encontra larga pratica pela interposico de pessoas fisicas de terceiros usualmente arrecadados entre os amigos mais préximos do cBnjuge, seus parentes, ov subalternos que bem se prestam para servir como testas-de-ferro, prontos para prestarem solidariedade & fraude e darem ares de legalidade aos atos de disposigSo, resultantes na diminuigéo da meagso conjugal Induvidoso considerar que a Incorporaglo de bens em uma empresa equivale a sua allenage em nome de um terceiro, como uma verso mais popular da desconsideracao da personalidade juridica, po 2 servigo 0 cBnjuge ou convivente sequioso por frustrar os direitos de seu parceiro, mas no podendo contar com 0 véu socletério utliza-se e tercelro que Ihe empresta 0 nome para contracenar a falcatrua 11. A boa-té A fraude através ¢a interposicéo de um tercelro para merecer a desconsideragio judicial da transferéncia do bem, prescinde da cemonstragéo de intelro conhecimento do prestanome que contracena na peca montada para lesar dlrelto alhelo. Assim, deve ser visto, porque um dos aspectos mais importantes do Direito reside na protecdo do terceiro adquirente de boa-fé. O fundamento de protesdo ao terceiro adquirente de boa-fé que despendeu reais recursos a compra de um bem é protegido pelo Direlto, buscando evitar que sofra dano decorrente da anulaco do seu tit aquisigéo e em cuja validade confiou Come para muitos daqueles que querem com a fraude alterar direito de seu parceiro, fica multo distante & Invidvel, 0 sofisticado uso da personalidade juridica, se Ihes apresenta mais acessivel contar com um complascente ‘amigo, ou parente ou mesmo uma pessoa qualquer que nada tenha a perder, e que, em troca de alguns trocados, ou por mero favor, se dispde a contracenar em um negécio ficticio engendrado para violar a meac&o do inocente consorte ou convivente, Simulagdes nesta érea so freqUentes no &mbito do Direito de Familia, com o desejo de prejudicar ao parceiro, quer para privé-lo dos alimentos a que tem direito, seja privando-o de sua meagio na separagéo judicial. Por vezes, até se misturam estes favores de terceiros préximos com a interposigdo de um parente que, por exemplo, assume a irecSo da empresa que outrora pertencia ao esposo, permitinds com esta singela operacéo defender em juizo uma aparente insolvéncia que o Impede de pager alimentos por haver deixado de ser um préspero empresério, como de igual retira da partiha as quotas societérias. Pode acontecer de um pai comprar com 0 dinheiro do filho, mas em seu nome a moradia destinada ao préprio descendente, assim que, @ pessoa interposta é 0 elo utiizado para ocultar 8 personalidade do verdadeiro titular contratante, retirando o imével da partilha ou do rol ée garantias de débito alimentar. Mesmo para situacées surgidas depois da separacéo judicial estes homens de palha seguem prestando valioso auxilio na fraude aos direitos dos ex-cénjuges ou ex-conviventes, ou dos flhos destas uniées desteitas, especialmente no campo dos alimentos que nunca podem ser cobrados por execuso sob constric&o patrimonial, porque os bens do devedor s80 comprados em nome de interpostas pessoas. Embora, a olhos vistos, se trate de mero coadjuvante, sem recursos e, portante, sem origem capaz de justiticar o acréscimo patrimonial que, casualmente serve aos interesses do devedor de alimentos, como no caso de uma propriedade imobiliéria posta entio em locagSo ou simulado comodato, ‘ou mesmo de um automével de uso exclusive do relapso devedor, registrado em nome do testa-de-ferro. Seguido surgem situagies de ex-cénjuges que experimentam um novo relacionamento, nada comprando em seu nome préprie, embora desfrutem de todo 0 conforto e comodidade dos bens adquirids em nome a nova companhelra, que esté como ttular do luxuoso automével, dirigide pelo franciscano parceiro, em contraste com velculo mals medeste e de corrente uso da rica companhelra, que figura como proprietarla de todos os bens visivels. Conforme ligdo de Jorge Mosset Iturraspe,{15] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? om_content&task=view&id=43<emi optior 9H Ftn16_ftn16) na interposigéo ficticia 0 sujelto que apenas emprestou seu nome no adquire realmente direitos e nem obrigacdes, porque somente atua para encobrir ao verdadeiro contratante, sendo papel do Judiciério desvendar a simulaglo para eliminar a pessoa interposta e reconhecer © devedor ou meeiro conjugal como o verdadeiro e ostensivo interveniente, destinatério do contrato esconstituido, Quando terceiros concorrerem como veiculo de perpetracdo da fraude ao direito familiar, buscando retirer os bens que formam @ meagéo, ou a garantie alimentar, uma vez demonstrada a simulaglo, no é necessério que 2 parte prejudicada ainda precise promover demorada ago para desfazer a fraude, interpelando a pessoa interposta. Como ocorre na desestimag#o da personalidade juridica, deve o decisor declarar episodicamente © no ventre da separacdo Judicial, da ago de partiha, ou até da execucéo alimentar, a mantenga deste bem na meagéo, ou sua correlata compensacéo. ‘A sentenca judicial proferida na separacdo ou nos embergos 8 execuco de alimentos opostos pelo terceiro figurante deflagrando @ mera aparéncia do contrato, ira servir como titulo habil para repatriar o dominio ao cBnjuge ou convivente privado do bem pelo negécio fictcio. Desvendada a fraude, voltam as coisas ao real estado juridico que estava oculto pela falsa aparéncia contratada com o conivente auxilio de interposta pessoa, operando-se 0 restabelecimento da verdade, seja na execucéo alimentar ou na aco que discute a partilha, sem necessidede de nova escrituracdo, pols a sentenca judicial discorreu © véu que esconcia a realidade do contrato clandestino feito apenas para enganar 0 cénjuge, convivente ou alimentéria. Serve para o terceiro, pessoa fisica, o que Jé foi dito para a pessoa juridica, pols 0 contrato idealizado para privar 0 cBnjuge ou convivente do exercicio de seus direitos sobre os bens comunicéveis, ainda que pareca tecnicamente perfeito quanto ao seu fundo e & sua forma, por ter atendido as suas condicées de existéncia e de validade, € obedecido as regras de publicidade, & ineficaz em respeito a0 parceiro lesado, porque foi exatamente © meio Ilcto usado para ferir os legitimos direitos de particdo patrimonial. Diante deste quadro de indisfarcavel ilicitude, cabe a0 decisor, simplesmente desconsiderar na fundamentago de sua sentenga judicial o ate lesive cometi¢o através deste terceiro que emprestou © seu nome por favor, ou por contraprestago pecuniéria, em deciséo promovida no préprio processo de separagio judicial ou de dissolugéo de unido estével, isso quando no estiver julgando os ‘embargos opostes pelo prestanome & execuso alimentar. 12. A fraude no casamento do Cédigo Civil Os bens comunicévels de um das esposos podem sair legitimamente de seu patriménio mediante a sua regular isposigBo, muito embora tenham saido em multos casos, em virude de negécio simulade, ou de um negéclo verdadeiro realizado com a intencfo de prejudicar o consorte. Segundo Carlos Vidal Taquini[16] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn17_ftn17) fraude no regime matrimonial é toda a manobra de um cénjuge tendente a falsear 0 resultado de partiha e fraude gressa com certafaclidade no campo do casamento, multo embora tena melhor trénsito no livre terrtério da unio estivel, com a venda de bens a terceiros, fescondendo de seu parcelro a realizagdo da transago com os bens comunicévels, omitindo o seu estado civil ou a omega que nem sempre iré constar dos registros Imobilirios 0 estado conjugal do titular de bem imével, como acontece no regime de comunho universal quando ndo fol averbado no Oficio de Imobilério, o posterior casamento 38 19 regime da comunh8o limitada, @ fraude surge quando proposta a separacSo judicial, ficando para outro momento @ partha dos bens. Contudo consignam no Registro de Imévels 2 separacdo judicial ¢ omitem a auséncia da partihna, permitindo acreditar aos mais incautos, que t8o-s6 a separacéo judicial hablita a alienacSo unilateral de iméveis. inéclo. —€e—=—Carvatho. —Netof17]__(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=438itemid=39# ftn18 ftn18) aventa a hipétese da vende de imével ap6s 3 separacio judicial, sem que tenha sido informada a reconcliagéo oficial dos cBnjuges, sendo procedida a vends dos bens que voltaram a se comunicar 13. A fraude nos regimes de bens. No novo regime da participegdo final dos aquestos, que outorga a livre administragdo dos bens (arts.1.647, 1.656, 1.673, § dnico), tornou-se relativamente fécil a allenagio de bens conjugals entre pessoas casadas No casement da separacéo absoluta de bens, obrigatéria ou convencional, prescreve o artigo 1.647 possam os cénjuges alienar os bens iméveis sem a autorizagéo do outro, Deve ser lembrado que no regime obrigatério da seperacéo de bens tem sido aplicada a Simula 377 do STF, ordenando a partlha dos bens adauiridos onerosamente, na consténcla do casamento, transmutendo o regime legal da separacéo de bens em regime de comunho parcial Como anote Priscle Correa da Fonseca:[18] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? 38 Item option=com_content&task=view&i 9H ftn19_ftn19) * quando o regime da separado resulta de imposigéo legal, a jurisprudéncia j4 se pacifcou acerca da questio, cristallzando-se 0 entendimento pretoriano na Sdmula n® 377 do Supremo Tribunal Federal. Presumem nossos tribunals que, entre os cénjuges casados sob 0 regime da separacio obrigatirie, verificou-se uma socledade de fato, representando os bens, 0 produto do esforgo comum.* Em realidade, tende mesmo sob a égide da nova codificacdo civil prevalecer a adocdo da Siimula 377 do STF, como faz ver Silvio de Salvo Venosa a0 argumentar que: ” Nova discusséo sobre a matéria seré aberta, doravante, com 0 novo Cédigo. Acreditamos, embora seja um mero vaticinio, que mesmo perante 0 novo Cédigo, seré mantida a orientagéo sumulede, mormente porque, como vimos, 0 texto final do novo diploma suprimiu @ dlsposigéo peremptéria.” [19] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39#_ftn20_ftn20) Muito mais quando © Relatério Geral da Comissio Especial do Cédigo Civil, presidida pelo Deputado Ricardo Fiuza, fol mantida a redagéo do atual artigo 1.641 do CC, permitindo @ comunicagéo dos aquestos no regime de separagSo de bens, com a seguinte justfcativa: “Em se tratando de regime de separago de bens, os aqdestos provenientes do esforgo comum devem se comunicar, em exegese que se afeigoa & evolugéo do pensamento juridico ¢ repudia 0 enriguecimento sem causa, estando sumulada pelo Supreme Tribunal Federal (Stmula 377). Desta forma, convertendo-se o regime da separacdo legal de bens em regime de comunidade dos aquestos, fica aberta a brecha legal do art. 1.647 do Cédigo Civil, quando permite o inciso I, que no regime da separacéo absoluta de bens possam ser alienados os bens iméveis, olvidando-se que 0 regime obrigatério da separacéo de bens equivale pela da Simula 377 do STF ao regime limitado de comunhéo dos aquestos. " STF, todos os bens j& podem ter sido alienados por permisso do art. 1.647. Também existe a faclidade do art. 978 do CC, quando permite que em qualquer regime de bens, sem a necessidade de outorga co gal, © cBnjuge possa vender os iméveis do patriménio da empresa 14, A fraude na unido estavel Igual temor de fraude pode ser dete: do nas relagdes informais, na comunhSo de aqlestos que se instala entre os particpantes de uma unigo estavel. Isso porque, na convivéncie 0 casal néo altera o seu estado civil, que segue sendo 0 anterior ao relacionamento , se 0 hamem é solteiro € possui bem imével comunicavel, porque adquirido na constancia da convivéncie € registrado apenas em seu nome pessoal, nada impede que possa alienar para terceiro de boa-fé. Em tese, a escritura de venda deveria ser outorgada pelo casal convivente, diz Zeno Veloso,[20] (http:// www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn21_ftn21) mas nada disto prescreve a lei, O prejuizo acabaré sendo arcado pelo meeiro que imprevidente, confiando cegamente no seu comunheiro, deixou que o bem the escapasse da necesséria divisio, sendo improvével logre retomé-lo do terceiro de boa-fé, ou o seu valor equivatente em dinheiro. Alvaro Villaca Azevedo diz haver alertado o legislador quando propés 0 acréscimo de um paragrafo Unico ao art. 1.725 do Cédigo Civil, obrigando aos companheiros que contratassem com terceiros, mencionarem a existéncia de sua unigo estével e a titularidade do bem posto em negociacdo, para deste modo ressalvar a sua boa-fé.[21] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43&itemid=39#_ftn22_ftn22) Embora a providéncia resguarde o terceiro adquirente de boa-fé, sendo medida eficiente na relacéo dos companheiros com terceiros © destes para com 0s seus credores, em nada favorece a0 convivente ludibriade, que seguiria deparando com 0 seu parceiro insolvente @ sem meios de ser ressarcido diante da integral protegio do terceiro de boa-fé, © da convalidagio do negécio juricico encetado, falta ao texto codifcede, férmula cepaz de amenizar as perdas materais causadas 8 meaglo do convivente pela dolosa fraude cometida por seu parceiro ao vender bem comum, omitinde na escrtura, a existéncia da unido estivel e do condominio sobre o imével vendlid, Mesmo que o texto legal mandasse declinar em contrato de venda a indicacde da situagdo de estavel convivéncia, sob pene de perdas e danos ¢ de tipificagio de ilcte penal, @ ensejar processo criminal, nfo subsiste qualquer mecanismo preventive de redugéo dos riscos, como ocorre no casamento, com a exigéncia da outorga do cBnjuge para a venda de bem imével Fol o que apontou de Imediato Alvaro Villaca de Azevedo ao prescrever que: "0 maior perigo esta na alienagdo unilateral de um bem, por um dos companheiros, laqueando a boa-fé do terceiro, em prejuizo da cota Ideal do outro companheito, omitinde falsamente declarando seu estado concubindrio. Nesse caso, 0 compenheiro faltoso poderé estar, conforme @ situagdo, se © bem for do casal allenando, a non domino, a parte pertencente a0 outro, inocente." [221 (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn23_ftn23) Portanto, para os conviventes a legislagdo nova no trouxe garantias ligadas exigéncia de outorga do convivente, muito embora a tentative leglslativa de reduzir os riscos de venda de bem da unido estével, j8 existisse desde 0 Projeto de Lei n? 2.686/96, o chamade Estatuto da Unido Estivel, que buscava regulamentar a unigo es em um texto ——consolidage.f23] (http: ivwoltnadalene combrrsteindex pa option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn24_ftn24) 15. A outorga do convivente Francisco Canali jé culcou do tema pertinente & dispensa de autorizacio ds outorga do convivente para a venda ae imével.£24] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn25_ftn25) Ao contrario da unio estavel onde a legistagdo € totalmente omisse, na instituigo matrimonial, 0 art. 1.647 do Cédigo Civil, condiciona a autorizacio do outro cBnjuge para alienar ou gravar de Gnus real os bens iméve's; para prestarfianca ou aval e para fazer doaglo de bens comuns, ou que venham a integrar futura meagSo, As cuas Unicas e perigosas excecSes respeitam ao casamento realizado no regime legal da separaslo total de bens, como jé visto quando o legislador esqueceu da aplicacdo da Simula 377 do STF € no regime da comunhio final dos agtiestos, que é muito propicia para lever o cénjuge 8 deliberada insolvéncie Assim, resta incontroverso que no Smbito da unido estével, em contrapartida a0 casamento, hé irrestrita liberdade dos conviventes na disposigdo de seus bens partculares @ comuns, bastando que no se tratem de iméveis adquirides em condominio, pois este € averbado no Registro de Iméveis, No havendo condomini, “inexiste qualquer restrigdo a0 proprietirio pare a allenagdo ou imposigio de Gnus real imobilirio, dlspensade a anuéncia e concordéncia do seu companheiro, incependentemente de tratar-se de bem exclusive do tiular, ou com particivacio do outro em decorréncia da presungéo legal ou contratual."[25]_(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn26_ftn26) Realmente, é estranho que néo tenha o novo legislador se movimentado na busca de alguma férmula de proteso co petriménio da familia constituida pela informalidade da unido estivel, Talvez preocupado em néo engessar a crculagéo dos bens daquele que vive na clandestinidade dos registros pices, j8 que @ confirmagio pliblica de suas unides depende da declaracéo judicial de sua existéncia, € que no casamento ha precedente registro oficial da relacéo © ne unio estével no, nada impedindo a fraudulenta venda dos bens comuns. Curiosa desigueldade, pois @ outorge no casamento € condicéo de validade do negécio juridico, diz Luis Paulo Cotrim Guimardes,[26] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43&itemid=39#_ftn27_ftn27) « na uniéo estivel néo existe igual cautela, deslocando-se a discusso para a érea da indenizaco por perdas e canos, capaz de gerar com a sua procedéncia 0 ressarcimento em dinheiro, ou a compensagdo com outro bem, sé sendo cogitada da anulagio da venda se restar demonstrada 2 mé-fé do terceiro comprador, que com malicia, atuou como testa-de-ferro do convivente vendedor No casamento © negécio sequer se consolida sem 0 consentimento do cBnjuge, enquanto ne uni8o estével a mera omissio de convivéncia do vendedor, sendo 0 fato desconhecide do comprador, convalida @ venda em detrimento do parceiro lucibriado pela ligelreza de seu convivente em se desfazer do imével, Calha ter presente a ligSo pontual de Luis Cotrim Guimarées, quando abserva ser a outorga conjugal uma formal solenidade, essencial & validade do negécio juridico, sem ser essencial & validade da alienacdo imobilidria feita por convivente.[27] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39#_ftn28_ftn28) A auséncia de outorga no casamento, ndo suprida pelo juiz, quando imotiveda a recuse do outro cénjuge, torna anulével 0 ato, cuja demanda de anulagio prescreve, se néo intentada em até dols anos depois de terminad ‘A unifo estdvel confere 0s conviventes apenas um direlto pessoal ao patrim6nio ameaihado na constAncia da unigo estével, enquanto ne casemento este direlto é real, Toda a difculdade de controle de dllapidagio dos bens comuns na unio estével reside no fato de néo existr registro piblico do condominio cos conviventes, desaparecendo deste modo, qualquer espécie de restricSo para a livre venda pelo outro parceiro. Tarefa do legislador esté em criar um mecanismo semelhante 80 do casamento, capaz de inbir 8 doloss fraude da venda de bens da massa patrimonial a unigo estivel, 38 tendo sugerido Alvaro Villaca de Azevedo que constasse do contrato de vends 2 obrigatéria afirmagéo de inexisténcia de relagdo estvel ou que o imével vendido & bem apresto, e, portanto, incomunicével Qualquer destas solucées apenas reforcaria a intenc&o dolosa do vendedor, viabilizando somente a anulacao da venda, ums vez constando do contrato a indicagdo da unigo estivel e @ incidéncia de condominio sobre o imével vendid. Seria tarefa do convivente prejudicado provar que o terceiro era pessoa meramente interposta, agindo em conluio com © vendedor, a quem no cometia desconhecer 8 unio estivel, pois caso em contrério, a venda seré havida como juridicamente correta, pois ndo hd exigéncia de prévio consentimento de vends do parceiro na unido estével. Questiona-se acerca da validade dos contratos de convivéncia servirem como instrumento de averbacao no oficio imobiliério, advindo entendimento de que 2 unio estével confere a seus participantes um direito pessoal a0 patriménio adquirido durante a convivéncia, no existindo registro pliblico do condominio, salvo que averbem 0 contrato de convivéncia, pois do contrério inexistiré qualquer restrigdo para que um deles promove a alienagio de bem imével Por conta isto, arremata Luis Paulo Cotrim Guimares,[28] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=438itemi possivel pretender invalidar negéclo juridico de venda de Imével por convivente que se ressente de colher 0 }9#_ftn29_ftn29) que por falta de previsdo legal nao ¢ assentimento de seu parceiro estavel Contude nos dias atuais, © bem diferente do que representava no passado, so geralmente as acées e as quotas socials de empresas conjugais ou da unio estével os bens mais valiosos da socledade afetiva de cénjuges conviventes, merecendo ser ampliado 0 pleito de exigéncia do outorga conjugal e do convivente, para, deste modo, inibir @ facil redugo maliciosa da meagdo do parceiro. Certamente 0 perigo maior ocorre justamente na livre disposiggo de valores financeiros e de participagées societérias, quando sabidamente a riqueza mais circula pelos bens ainda livres e dispensados da ovtorga, especialmente as empresas que padem comprar em seu nome os iméveis que servem aos Interesses particulares dos cinjuges © conviventes e, plor ainda, como Jé denunciado, podem os empresérios vender livremente os imévels da empresa, sem necessidade alguma do consentimento de seu cdnjuge ou parceiro, come visto pelo art. 978 do CC 16. A Indenizacao pela inoponibilidade Como no casamento, também na unio estével deveria ser exigido © assentimento do convivente para a alienago de bem imével. A doutrina identifica na unido estével e com intelra raze, um verdadeiro conflto entre © direito do terceiro adquirente de doa-fé ¢ © do companneiro co-proprietério que néo figura no titulo de propriedade, Marilene Siveira Guimardes[29] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39# _ftn30_ftn30) defende a anulabilidade dos atos praticados sem a outorga na uniéo estvel, forte no art. 178 do CC e em equiparago ao matriménio. Por vezes, nem sempre a anulagéo surge como a melhor solugéo para resolver a allenacdo que se ressenti € eficez entre as partes contratantes, é ineficaz para o cBnjuge que deixau de prestar o seu consentimento. Se for considerado anuldvel, valeré enquanto sentenga nfo desfizer o ato, parecendo mals prético apenas considerar inoponivel a allenago em relacdo ao meeiro, colocande o terceiro & salvo de ameaca de enulagSo da venda, mas permitindo que a porcio do cénjuge prejudicado fque resguardada pela compensagéo com outros bens, sem ser necessério reintegrar & massa o imével allenado, A inoponibilidade sé existe em relago ao cBnjuge ou convivente que everia prestar o seu assentimento com a vantagem adicional de ser deduzida no julzo da partiha, sem precisar promover morosa ago de anulagéo que nem sempre resultaré favordvel quando presente 2 boa-fé do terceiro adquirente, Em realidade, o bem vendido retorna ficticiamente & masse partihavel, como se a disposigo nao tivesse acontecido e, entre 0 cdnjuge vendedor € 0 terceiro comprador o ato de allenag8o produz todos 0s seus efeitos, como se no existisse a inoponobilidade, apenas desestimando o negécio fraudulento sem perder tempo com a sua anulagéo. © negécio & vilido mas inoponivel 20 consorte olvidado ne transacéo, facultendo ao cénjuge prejudicado, a possibilidade de acusar a fraude e de ser compensado com valores equivalentes ou com outros bens, sem precisar acionar pela anulagio do negécio, O arbitrio protetor deste férmule & impedir o prefulzo com a compensagao declarada no corpo da agéo de partiha, sempre que houver bens para ressarcirem 0 prejulzo. 17. Uma solugéo argentina © artigo 1.294 do Cédigo Civil argentine permite que um dos cénjuges pega a judicial separago dos bens quando 8 mé administragéo do outro acarreta perigo de perder sua meagéo sobre os bens comunicéve's, ou quando ocorrer © abandono fético da convivéncia. € cautela conferide ao eBnjuge que no quer correr qualquer risco de assistr incrédulo @ inerme a eventual diapidacSo de sua meagSo. Por mé administrago entenda-se a gestlo ineficiente dos bens, causada por falta de aptidéo ou pela negligéncla do administrador, com atitudes dispendiosas, isto quando no estiver simplesmente determinado a projudicar seu cénjuge, emprenhado em uma edministragdo voltade apenas para arruinar ou desttulr a esposa de sua meacfo, enriquecende 0 marido de mode lcto e desleal. A causa esté destinada a proteger 0 futuro direito do cénjuge poder partilhar integralmente os seus bens comunicévels com a posterior seperago judicial. Maria Josefa Méndez Costa,[30]_(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? 9H ftn31_ftn31) aiz que este recurso legal esté amparado no interesse comunitario, de que cada cénjuge realize uma administracéo isenta de negécios prejudiciais para a economia familiar. | medida judicial de prévia separagdo dos bens comuns focaliza @ potencialidade do dano, que pode ser causado pelo cénjuge administrador, mesmo que no exlstam indieagdes ainda de mé administragSo, pos, © que importa 20 fim # 20 cabo, dante da evidente @ irreversivel separagio do casal, & apenas tentar evitar o dano © ark. 1.297 do Céaigo Civil argentino, reputa ser simulado ¢ fraudulento qualquer arrendamento realizado pelo marido depois do ingresso pela mulher da ag8o de separagéo judicial de bens, sem contar com o seu consentimento, ou com a supressio judicial. Ena seqUéncla, art 1.298 Inquina de fraudento qualquer contrato do marido, anterior & demands de separacio de bens, buscando restringiratos fraudulentos em prejuizo do outro cénjuge ou convivente que levem a redugdo da sua meacdo e 8 diminuigSo das rendas devides & esposa. Desse modo, existindo outros bens que compensem 2 desleal reducSo, nio é preciso levar &s cltimas consequéncias da revocatérla do negécio realizado em fraude & meacdo, bastando a sua compensagSo com os bens remanescentes, até o montante do prejuizo causado 17.4. Outra solusSo argentina Por ue vero segundo artigo da Le 10 19.944 ge 1950, trate, na Argentine, do Tncumprimento dos deverei maliciosemente, inuiizando, danficando, ocultando, ou fezendo desaparecer bens de seu patriménio, ou ainda, quem fraudulentamente diminui 0 valor de seus bens e assim frustra, em todo ou em parte, o cumprimento do dever alimentar, Teve este dispositive, @ pretenséo de tpificar o delto de insolvéncia alimentar fraudulenta, sob 0 fundamento de brindar uma protecéo mais ampla & familia, A materialidade do delito consiste em frustrar o cumprimento das obrigages alimentares por aquelas pessoas que se colocam em situagio de insolvéncia e frustram, no todo ov em parte, os créditos alimenticios Conforme preciosa licdo © de José = Alberto += Romero,[31] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn32_ftn32) a comprovagéo das condutas que levam o devedor de alimentos & insolvéncia ¢ admitda através de inccios e de presungées que adquirem no contexto um valor de convencimento muito grande quando observades por fatos como: @ falta de capacidade econémica de quem figura como adquirente; @ auséncia de demonstraséo sobre @ origem do dinheiro; @ auséncia de interesse na realzagéo do ato, como @ de um empregado co comércio que compra instrumento de um consultério médico; @ cexisténcia de uma estreite vinculagio entre as partes (parentes préximos, amigos intimos ou relagdo de convivéncia ou concubinato); 2 auséncia dos efeitos préprios do ato celebrado, como o fato de os bens no terem safe da posse de vendedor e este segue atuando como se dono fosse; 0 caréter gratuite da negociagdo; a circunsténcie do tempo em que se realizou 2 operacéo (como por exemplo, ante iminéncia de uma medica cautelar ov do process de seperacéo judicial). A importancia do precedente argentino, remonta exatamente na viabilidade de a fraude ser apurada através dos indicios ¢ des presungées. 18. A fraude pela formagéo de divides Todas es dvidas contraidas depois ca separagdo de fato sio apenas ce quem as contralu, que por elas responde com os seus préprios bens. Apenas as cividas comuns so exigiveis aos cénjuges contratantes do respectivo débito, desde que demonstrado terem sido contraidas em benefico da familia, Entenda-se por gastos familiares todos aqueles custos que ingressam na esfera de responsabilidade dos cénjuges para dar suporte econémico célula familiar, como alimentagSo, educaglo € os custos oréinérios na manutengo da habitagSe conjugal. Embora tenham sido contratdas ‘apenas por um dos cBnjuges, em nome préprio, so consideradas dividas comuns porque destinadas a atender a0 regime conjugal. Em tempos precedentes & Carta Federal de 1988, que estabeleceu a igualdade conjugal, era dever precipuo do marido 2 fungi ée prover a manutengio da familia, como atributo inerente & chefia da sociedade conjugal. Naquela superada modelagem social, aos olhos da sociedade 0 maride como chefe da sociedade conjugal, era visto como a pessoa a quem competia o dever de prover a familia, detendo o poder de vincular os cBnjuges por dlvidas contraidas no interesse da célula familar Conforme José Lamartine Corréa de Oliveira e Francisco José Ferreira Muniz,[32] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewSid=43<emid=39#_ftn33_ftn33) © marido comanda a vide ecanémica da familia, tocando-Ihe a direcéo do orcamento da familia, administrando os bens comuns e particulares, carreg coisas destinadas & gestéo do lar. Foi a Lei n? 4.121, de 27 de agosto de 1962 que limitou a verso codificada de 1916, que dava ao marido carta branca para administrar os bens conjugals e passou a reconhecer como comunicévels somente as divigas contraidas em beneficio da familia e destinadas as necessidades da economia doméstica Conforme Silvio Rodrigues, a Lei n® 4.121 de 1962 alterou o panorama da comunicagéo das divides conjugais, néo comprometendo a meacéo da mulher, a constituig8o de dlvidas do marido para com terceiros, por ttulos que no contivessem a assinatura de sua esposa, apenas respondendo 2 meacéo do marido pelo resgate de tals débites. acrescenta que “no raro acontecia de 0 cénjuge vardo, devido a maus negéclos, reiterados e sucessives, ia aumentando seu dédito sem conhecimento da esposa. Num dado momento era esta surpreendida com uma série de execusées contra 0 patriménio comum e via, de uma hora para outra, todos os bens do casel serem, pelos credores, penhorados e praceados. A familia era conduzida de uma situago de relativo fastigio para a total miséria, em decorréncia do comportamento desastrado do marido com a total ignor4ncia de esposa." [33] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewBid=43<emid=39#_ftn34_ftn34) Mas isso quando as dividas realmente haviam sido contreidas pelo marido e, sem nenhuma habilidade na administraglo, que numa sucesséo de equivacos na pratica dos negécios, acabou comprometendo 0 ativo conjugal Também néo raro, acontecia de 0 marido forjar dividas com diversas pessoas por ele interpostas, ne false formago de débitos, geraimente encenados pela criagdo de contratos ou confissées de divides ou pela emisso de cheques e de notes promissérias sem qualquer real correspondéncia de débito, tSo-sé geradas pare permitir a cobranca @ se necessério, © praceamento jucicial, reduzindo fictiiamente © ative conjugal, que depols da separacéo judicial retornava para as mos do marido, Foi 0 3° artigo da Lei n® 4.321 de 1962 que amparou especialmente a mulher, tendo em mira @ sue protegio 20 ser usvalmente visada na fraude conjugal. Ao nio firmar ttulos de divide, pode defender a sua measéo, salvo se demonstrado que as dividas beneficioram a familia. E embora seja comum observar ameagas do cSnjuge em estégio de separacdo, de existirem impagavels ividas conjugais, capazes de aniqullarem 0 ativo do patriménio matrimonial, pifio efeto teré 0 argumento se no restar demonstrado que a divida resultou de inequivoco beneficio & famtia conjugal, soterrando definitvamente © expediente conjugal de © marido simular dividas forjando titulos de créditos forjados para aniquilar a meagSo de seu parceiro conjugal 19. A prova da fraude e da simulagso E bastante controvertida a matéria pertinente & prova na fraude e na simulacSo, particularmente no Ambito do Direito de Familla, com posigdes doutrinérias em todas as dlregSes. Hé verses dizendo ser nus probatérlo de quem denuncia 2a fraude, outras dizendo deva ser Invertida a carga probatéria em se tratando de pessoa hipossuficiente Modernamente, parece imperar camo regra de proceso, incumbir ao julz analisar o conjunte probatério em sua globalidade, sem perquirir a quem: competiria ° énus probandi.,[34] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=viewRid=43<emid=39#_ftn35_ftn35) isso porque os direltos inclsponivels 4o Direito de Familia fortalecem os poderes instrutérios do julz no comando da prova, conforme disposicéo do art. merecem tratamento diferente, principalmente, no que concerne ao campo probatério, po's que ao lado da iniclativa das partes tem-se a iniciatva oficial, realizada pelo magistrado com amplos poderes de investigacZo da prova, ou atendendo 2 requerimento do Ministério Publice, quando custos legis, com apoio no art. 83, do CPC."[35] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn36_ftn36) A fraude e a simulagio sdo institutos semethantes, pols objetivam causar um dano a uma terceira pessoa. Conforme Yusef = Said Cahali:[36) —_(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn37_ftn37) “tanto a simulac3o, como a fraude contra credores, podem ser provadas por indicios e circunstincias." No campo do direito probatéro, indicios & presungbes também s#o meios eficazes de prove, indicios so sinais, que, isoladamente, so insuficientes para demonstrar a verdade de um fato alegado, enquanto as presungées comuns constituem raciocinias, que no terreno da fraude € da simulagdo podem ser derrubados pela contraprova. No entanto, € 2 soma de incicios que leva & presungéo, Sentencia Sergio Carlos Covello[37] _(http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn38_ftn38) que: *o indicio, é 0 ponto de partida, cenquanto a presuncdo é o ponto de chegads.” Escreve Héctor Eduardo Leguisémon,{38] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn39_ftn39) que: "em matéria de simulacéo, o exame da prove deve ser realizado em conjunto, especialmente quando invocada por terceiros que necessariamente no de recorrer 8s presungdes, a5 quals, por sua gravidade, preciso ¢ concordancia, podem contribuir a demonstra- las." Vvige a consagrada formula ce cometer 2 prova ao que alega 0s fatos constitutives de seu direito, principio que nem sempre é absoluto em matéria de fraude ou de simulacéo, pols embers os meios empregados confiram limpide aparéncia a0 negécio simulado, acukam, em seu mago um querer completamente diverso. No Direito Societério as perdas sofridas no histérico de uma sociedade comercial precisam estar suficientemente demonstradas, em regular escrituracdo, afirma, Ricardo Negrao,[39] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn40_ftn40) porquanto, o desaparecimento de bens do patriménio da sociedade, quando ndo estiver justificado por sua escorreite escrita contabil, torna evidente 2 fraude, especialmente quando os desvies de bens, as transferéncias de quotas, @ transformagSo de seu tipo social ¢ a constituigéo de novas empresas guarda curiosa coincidéncia temporal com 0 término da relagio afetiva A utlizagdo da desconsideraglo inversa ocorre no Direlto de Familia, de regra, em momento anterior & seperagSo judicial, pols © marido empresério trata de ir marginalizendo 6 patriménio que, em tese, deveria integrar © processo de partilha dos bens comuns e comunicdveis. E neste momento que deve funcionar o poder discricionario do Julz na apreciagso das provas que enfrenta no processo, pelo dever Inerente que tem de buscar a verdade. No caso de lesBo 2 direito de cénjuge ou companheiro também pelo uso abusive da chancela societéria, deve o julz formar 2 sua conviegBo em conformidade com a sua livre consciéncia, acatando para tanto, todos os melas admissivels de prova, sem limitagBes, Incluindo os indicos e as presungies. ‘Ao comentar os meios de prova na fraude e especialmente na simulagdo, Jorge Mosset Iturraspe[40] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? 94 ftn41_ftn41) assevera comportarem uma wn escorade na presungéo, pols que, a quase totalidade dos indicios surgem de dacumentes, informes, livros de comércio, Inspegdo ocular, pericias, confissdo judicial, testemunhas ¢ etc., que examinados, no obstante sua aparente legalidade, inferem de seu contexto a simulag3o Isso porque o simulador precisa criar com excepcional empenho um negécio ficticio justamente engendrado para mascarar o seu ganho material Assim, se quer dar ares de seriedade e de veracidade ao seu ato, culdaré para que na escritura de aparente compra ¢ venda, por exemplo, ndo conste um preco vil, embora este culdado agregue maiores despesas com escritura e custo malor no imposto de transmiss30 inter vivos; tal qual tratard de dar suporte & realidade financeirs & transagio, promovendo a emissio e depésito do cheque emitido oars o pagamento de vends lencenada. Pols se néo agir com tals culdados, os indcios que farso presumir a simulagSo irSo surgir exatamente do baiko prego; de falta de recursos do pseudo-comprador, que geraimente seré um parente ov amigo préximo; da falta de comprovacdo da saida do cinheiro da conta do comprador e ingresso na conta do vendedor ¢ se for argumentado que 0 prego teria sido todo pago em dinheiro trata-se de fato totalmente inusual, dito apenas para afastar qualquer averiguacio da verdade. Igual indicagdo de simulagdo da transaglo iré decorrer da desnecessidade desta vend, pois 0 vendedor no se encontra em dificuldades econdmicas, nem endividado, néo obstante isto, o ato resta agravado com a sibite alienacéo de todo 0 pstrimanio da pessoa, ou pelo menos dos bens de maior valor, por pregos de ocesio e sem que existe qualquer razBo justiieadora De uso corrente a simulagéo por cSnjuges ou conviventes que se desfazem com a desculpa de precisarem arrecadar dinheiro, ustemente dos bens que Ihes dio svbsistincia, como as quotas da empresa de que so sécios, ou do avtomével que usam para trabalhar como representante comercial, dos iméveis que rendem aluguéis © assim por diante,figurendo na outra ponta compradores que, se bem investigados, sequer dispdem de meios para as aquisicdes. Jorge Mosset Iturraspet4a]_(http://www.tolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=438ltemid=39#_ftn42_ftn42) observa constituirem presungdes graves, precisas e concordantes da simulagdo numa compra e venda, a operacae feita com parentes préximos, como tem igual eloquéncia se no lugar do parente, figura um notério amigo, Também quando hé evidéncie de fraude se faz ausente a tradigo do bem alienado, fato bastante comum, em que o vendedor segue na posse do imével ou do veiculo © até na dlregio da empresa, com a desculpa de que detém 0 bem em carder temporéro, seno por conta de um apressado contrato de locaggo, entéo por mituo ou comadato, num completo desinteresse do comprador em tomar a posse do bem comprado, Iqualmente, causam eloguentes suspeltas, os negécis fIrmados entre pessoas que mantém vinculos de afeto, ou 08 seus parentes, come no exemplo de uma casa comprada pela companhelra, enquanto 0 parcelre figura no mundo da ficsio com um contrato de locacio, do imével pertencente a um parente de sua parceira, embora, curlosamente, reside com a parcelra na mesma residéncla A vide regressa das partes contratantes também favorece bastante na apreciago da simulacdo, quando se trata 4e individuos de vida desonesta € suas claudicantes finangas também comprometem a lisura de negociacéo, pols ninguém iré vender em longas prestagdes pare adquirentes insolventes, podendo ser realizada pesquisa que cesvende ‘© movimento bancério do comprador, pols seus extratos terdo que demonstrar uma razoavel saiide financelra, em patamares que respaldem a solvéncia ¢ estratficagSe social compativel com 2 colse adquiriéa negécio, i sendo cto comum 0 @nimo fraudatério mas relacies afetivas de cénjuges ou conviventes em via de dissolugéo de sua unigo, Torna-se de singular importéncia stentar para a circunstincis de que estas lesivas préticas ordenadas pare frustrar a justa partiha no comegam as vésperas do processo separatério ou quando do ingresso de uelguer agéo cautelar precedente, 0 rvinoso processo de ¢iminuir deliberadamente o patriménio conjugal tem um largo periodo precedente de incubacio, once, de regra, o marido, entre outras priticas de fértil fraude, se vale de interpostas pessoas e do uso abusivo da empresa para falsear o resultado final da partilha.[42] (http://www.rolfmadaleno.com.br/site/index.php? option=com_content&task=view&id=43<emid=39#_ftn43_ftn43) Anda no campo dos indicios © presungées, causa igual estranheza quando as escrturas so formalizadas em tabelionatos de outras cidades, ov se constituem de contratos sem firmas reconhecides, as vezes em sentido contrério, surgem contratos previamente elaborados, que soterrados, aguardam a espera do dia em que devam vir & superficie para produzirem os seus ruinosos efeitos Por conta disso tudo, o direto processual deve agir com presteza e efetividade, desconsiderando na prépria acéo de conhecimento a caminho da seperacéo judicial ou da dissolugdo Iigiosa da unido estével, qualquer barreira oposta com 05 selos da fraude e da simulegio. 20. 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Os artigos assinados aqui publicados so inteiramente de responsabilidade de seus auitores endo expressam posicionamento institucional do IBDFAM Tags: 6 Buscar Artigo por. Buscar Buscar por Autor Escolha. Buscar 0 IBDFAM (https:/ibdfam.org.br/conheca-o-bdfam/historia) Atuagdo (https:/ibdfam.org.br/conheca- oribdfam/atuacao) Diretoria (https//ibdfam.org.br/conheca-o-ibdfam/diretoria) Entreem contato (https://ibdfam.org.br/FaleConosco) Termos de uso (https://ibdfam.org.br/conheca-o- ibdfam/contrato) Politica de privacidade (httpsi/ibdfam.org.br/conheca-o-ibdfam/politica-de- Privacidade) (© IBDFAM- Sede Nacional -Rua Tenente Brito Melo, n°1215 / 8° andar | Santo Agostinho | CEP 30.180-070 | BH - MG | Tel: (31) 3324-9280 | CNPJ: 02.571,616/0001-48

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