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RESUMO –LIVRO – MANUAL DE DIR. CIVIL – VOL.

ÚNICO – FLÁVIO
TARTUCE

1- LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO


(ANTIGA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO)

A antiga Lei de Introdução ao Código Civil – LICC - é o Decreto-Lei de nº


4.657/42. Esta lei, embora constituída para o estudo do direito privado, a
verdade é que era aplicada em todas as esferas do Direito, sendo,
portanto, uma norma de sobredireito, criada para regulamentar outras
leis. Por este motivo, a recente Lei 12.376, de 30 de dezembro de 2010,
alterou o seu nome de Lei de Introdução ao Código Civil para Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Isso porque, atualmente, a
norma mais se aplica aos outros ramos do Direito do que ao próprio
Direito Civil. Em outras palavras, o seu conteúdo interessa mais à Teoria
Geral do Direito do que ao Direito Civil propriamente dito.

A LINDB possui dezenove artigos que trazem em seu conteúdo regras


quanto à vigência das leis (arts. 1.º e 2.º), a respeito da aplicação da
norma jurídica no tempo (arts. 3.º a 6.º), bem como no que concerne à
sua subsistência no espaço, em especial nas questões de Direito
Internacional (arts. 7.º a 19).

Ademais, atribui-se à Lei de Introdução o papel de apontar as fontes do


Direito Privado em complemento à própria lei. Não se pode esquecer
que o art. 4.º da Lei de Introdução enuncia as fontes formais
secundárias, aplicadas inicialmente na falta da lei: a analogia, os
costumes e os princípios gerais do Direito.

Anote-se que a Lei de Introdução não faz parte do Código Civil de 2002,
como também não era componente do Código Civil de 1916. Como se
extrai, entre os clássicos, da obra de Serpa Lopes, ela é uma espécie de
lei anexa, publicada originalmente em conjunto com o Código Civil para
facilitar a sua aplicação.

O Direito brasileiro sempre foi filiado ao sistema da Civil Law, de origem


romano-germânico, onde a lei é fonte primária do sistema jurídico.
Embora, no Brasil, tenhamos, atualmente, uma valorização dos
precedentes jurisprudenciais, que caminha para se aproximar do
sistema da Common law, sobretudo com a utilização das súmulas
vinculantes (com o advento da E.C. 45/2004 , a súmula vinculante
tornou-se fonte de direito), como o próprio nome já induz, vincula as
outras instâncias. Todavia, embora exista essa valorização dos
precedentes, nosso sistema ainda é essencialmente legal.

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