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- Direito Civil
● Fontes (continuação)
São fontes acessórias, além do Direito Romano e das Ordenações Filipinas, o Código Alemão
de 1896 e o Código Napoleônico de 1804 (sistema contratualista).
Além dessas, temos todas as fontes costumeiras (das quais decorrem institutos como a lesão, a
onerosidade excessiva e a desconsideração).
Observação: San Tiago Dantas escreveu a obra mais importante sobre direito de vizinhança.
● Divisão
A Parte Geral do Código Civil é dividida em 03 livros: pessoas, bens e fato jurídico (redação
de José Carlos Moreira Alves).
Essa comissão é aquela instituída em 1967 e presidida pelo Prof. Miguel Reale. Em 1972 o
projeto é concluído e entregue à Presidência da República (Gen. Geisel).
Em 1975, foi encaminhado à Câmara dos Deputados, onde ficou até 1984. Após a aprovação,
foi remetido ao Senado, onde ficou até 1998, tornado-se, por fim, a Lei nº. 10.406 em 2002.
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- Fontes do Direito
● Introdução
As fontes estão previstas no art. 4º da LICC: quando a lei for omissa o juiz decidirá com base
na analogia, costumes e princípios gerais de direito. Estabelece, de forma dogmática, quais
são as fontes.
“Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito.”
● Conceito
- Conceito funcional: fonte é o objeto sob o qual recaem as diversas situações da vida, e que
torna jurídico o fato.
● Lacuna
A-) Lacuna normativa – é a inexistência de lei para um caso concreto. Exemplo: condomínio
temporal – não é possível registrar.
B-) Lacuna ontológica – há lei aplicável ao caso concreto, mas ela é desfuncional. Exemplo:
prevaricação – o tipo penal exige um sentimento para com a função; se o agente confessar a
“vagabundagem” não há tipo penal.
C-) Lacuna axiológica - há uma norma, mas ela é injusta. Exemplo: colocar um preceito
gravoso para crimes de menor potencial ofensivo, como a colocação da pena mínima num
patamar alto.
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● Sistema
O nosso sistema é o chamado de sistema integrativo, ou seja, aquele sistema que determina
colmatação, impondo que o juiz preencha a lacuna.
Não é um sistema integrativo puro; subsidiariamente aplica-se o sistema do non liquet, aquele
que, diante da lacuna, ela remanescerá sem colmatação (aplicado no Direito Penal
Incriminador e no Direito Tributário).
● Classificação
A analogia não é fonte do Direito, mas método de integração, tanto que, analogia legis, é o
uso da lei de forma imprópria em uma situação por ela não antevista.
Exemplo: Alfredo Buzaid (autor do projeto do CPC e Ministro da Justiça) jamais cogitou a
utilização da separação para casais homoafetivos.
Existe, portanto, uma imperfeição na redação do art. 4º da LICC, pois a lei só é omissa
quando não puder incidir de forma própria e imprópria (valendo-se da analogia).
O rol das fontes previsto pelo art. 4º da LICC, quanto às fontes puras, é taxativo; quanto às
fontes impuras, é exemplificativo.
puras – só se prestam a ser fontes. São elas, a lei, os costumes e os princípios gerais de
direito.
impuras – além de fonte, tem outro objeto. São elas, a doutrina, a jurisprudência e os
brocardos jurídicos. Seu outro objeto é serem métodos de interpretação da lei. Apenas
excepcionalmente podem ser fontes.
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- Hierarquia das fontes
Observação: Vicente Rao foi embaixador do Brasil e escritor da obra “Do Direito e da Vida
dos Direitos”, atualizada, atualmente, por Ovídio Rocha Barros Sandoval.