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Direito
Manacapuru
2022
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INTRODUÇÃO
Nessa linha podem ser mencionadas a teoria das normas, inclusive no que
tange ao próprio conceito de norma e à incorporação da teorização dos
princípios e dos postulados normativos em seu âmbito, as teorias dos direitos
fundamentais, a técnica da interpretação de acordo, as novas técnicas de
controle da constitucionalidade – que conferem ao juiz uma função em grande
medida “produtiva”, e não mais apenas de declaração de inconstitucionalidade –
e a própria possibilidade de controle da inconstitucionalidade por omissão no
caso concreto.
Ora, é pouco mais do que evidente que isso tudo fez surgir outro modelo
de jurisdição, sendo apenas necessário, agora, que o direito processual civil se dê
conta disso e proponha um conceito de jurisdição que seja capaz de abarcar a
nova realidade que se criou.
Conceito
Introdução
Princípio da isonomia
Decreto inspirou a Magna Carta de 1 21 53, pacto entre o Rei João e os barões,
que consagrava a submissão do rei inglês a /aw of the /and, expressão
equivalente a due process of law, conforme co n h ecida lição de Sir Edward
Coke.
Princípio do contraditório
Como poderia o órgão jurisdicional punir alguém, sem que lhe tenha dado
a chance de manifestar-se sobre os fundamentos da punição? Por exemplo,
demonstrando que os fatos em que baseia a sua decisão ou não ocorreram ou ao
menos não permitem a aplicação daquela sanção. Se não fosse assim, teríamos
punição sem contraditório. Não é lícita a aplicação de qualquer punição
processual, sem que se dê oportunidade de o " possível punido" manifestar-se
previamente, de modo a que seja possível, de alguma forma, influenciar no
resultado da decisão.
"Toda pessoa tem o direito a ser ouvida com as devidas garantias e dentro
de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e
imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação
penal formulada contra ela, ou para que se determinem os seus direitos ou
obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza."
Se cabe ver no litígio uma como enfermidade social, a cuja cura se ordena
o processo, antes parece lícito raciocinar analogicamente a partir do fato de que
o enfermo, no sentido físico da palavra, livre embora de resolver se vai ou não
internar-se em hospital, tem de sujeitar-se, desde que opte pela internação, às
disposições do regulamento: não pode impor a seu bel-prazer horários de
refeições e de vis itas, nem será razoável que se lhe permita controlar a atividade
do médico no uso dos meios de investigação indispensáveis ao diagnóstico, ou na
prescrição dos remédios adequados".
Princípio da Inércia
matéria enviada à apreciação do judiciário, sem que esta reste prejudicada, por
formalismos extremos. O ato que não cause prejuízo a nenhuma parte e atenda
a sua finalidade, não pode deixar de ser aproveitado, servindo-se, a contrário
sensu, de empecilho para que ocorra a prestação estatal acerca da resolução do
mérito.
Princípio da Eventualidade
modo que não poderá efetuar posteriormente o preparo, pois a lei exige que
este seja feito juntamente com a interposição do recurso (CPC 511).
Por tal princípio, caberá ao réu impugnar TODOS (um a um) os fatos
aduzidos pelo Autor, sendo certo que, sobre os fatos não impugnados, incidirão
os efeitos da revelia (saiba desde já que revelia não é pena, pois em processo
não existe dever, mas apenas faculdade que, quando não exercida, acarreta
determinado ônus e sanção).
de fundamento. Por outro lado, se o réu pudesse deduzir defesa ciente de que
não tem fundamento, pouco importaria impor a necessidade de contestação na
forma especificada – nessa linha, jamais se poderia apensar em dever de boa fé
no processo civil. Em outros termos, diante do dever de lealdade estabelece se o
ônus de impugnação específica.”
Principio da Primazia
Princípio da cooperação
Princípio da imediação
Sistema da prova legal: a lei predetermina qual o valor que o juiz deve dar
a cada prova, e ele não pode desrespeitar essa prévia atribuição legal. Há como
que uma hierarquia legal de provas, estabelecida por lei. Se ela determinar que
um fato só pode ser comprovado de certa maneira, o juiz não pode formar o seu
convencimento fundado em outro tipo de prova. Esse sistema não foi acolhido
no Brasil, mas há resquícios dele em nosso ordenamento. Um exemplo é o do
art. 406 do CPC: "Quando a lei exigir instrumento público como da substância do
ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta".
Por força desse artigo, não se pode provar uma compra e venda de imóveis no
Brasil por meio de testemunhas ou por perícia, mas apenas pelo instrumento
público, que é da substância do próprio ato, necessário para que ele se
aperfeiçoe.
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Princípio da boa-fé
O art. 132 do Código Civil de 1973 não foi repetido no CPC atual, o que traz
a relevante questão de saber se, diante da omissão da nova lei, teria sido
excluído o princípio da identidade física do juiz, deixando de haver vinculação ao
julgamento daquele que colheu prova oral em audiência. Parece-nos que,
conquanto a lei atual não repita o dispositivo da lei antiga, o princípio da
identidade física do juiz permanece no sistema atual, se não como lei expressa,
ao menos como regra principiológica. O CPC atual continua acolhendo o princípio
da oralidade, e, como se vê de outros dispositivos, como os arts. 139, 370 e 456
do CPC, a lei atribui ao juiz a colheita das provas, a avaliação daquelas que são
pertinentes, bem como a possibilidade de determinar de ofício as necessárias e
indeferir as inúteis e protelatórias.
Jurisprudência
Afora essas hipóteses, a jurisprudência não é fonte formal do direito. Uma sentença
ou uma decisão judicial não podem estar fundadas apenas em jurisprudência (não
vinculante). porque, tecnicamente, ela não é fonte de direito; devem basear-se em lei, ou,
no caso de lacuna, nas fontes formais subsidiárias. Os precedentes judiciais não obrigatórios
serão úteis para reforçar as conclusões do julgador. Quanto mais reiteradas forem as
decisões em determinado sentido, mais auxiliarão a demonstrar o acerto do julgamento,
sobretudo quando provierem dos Tribunais Superiores.