Você está na página 1de 12

Componente Curricular: História/Ensino Religioso

5º Ano do Ensino Fundamental


Bloco de Estudo – 4º Bimestre
Elaboração: Fabíola P. de Araújo/SEMED
Revisão Linguística: Michelle Morais/ SEMED
Cronograma: 01 de novembro a 22 de dezembro de 2021
Habilidades:
(EF05HI08); (EF05HI09); (EF05ER06); (EF05ER07); (EF05HI01aTO)

TEMA
SOCIEDADES INDÍGENAS E QUILOMBOLAS

Você já parou para pensar sobre o que


significa o conceito de sociedade?

Basicamente o termo sociedade se


refere ao conjunto de seres humanos que
vivem juntos, compartilhando regras,
ideologias e tradições de forma
organizada. Uma sociedade, ou
sociedades, não pode ser classificada de
forma homogênea. Isso porque, pode
haver diversas diferenças entre o grupo
de pessoas que convive de forma
coletiva.
Dessa forma, entender o conceito de sociedade é fundamental para o estudo das relações
que são estabelecidas entre os indivíduos que partilham valores, cultura, território e história, na
qual os sujeitos estabelecem relações, quase sempre, impessoais, mas que possuem um
aspecto de coletividade.
Para entender melhor o conceito de sociedade, que tal conhecermos um pouco mais as
culturas indígenas e quilombolas. Aproveitem o percurso de estudos.
Disponível em: https://conhecimentocientifico.com/sociedade/. Acesso em: 01 de outubro de 2021.

1. Cultura indígena

Importante destacar, que não existe uma


única cultura indígena, mas uma enorme
diversidade cultural representada por
civilizações autônomas, com modos de
pensar e agir únicos. Vamos saber mais
sobre a cultura indígena?

a) Estrutura social dos índios:

De modo geral, as sociedades indígenas são sociedades sem propriedade privada, de


habitação coletiva, igualitárias, descentralizadas politicamente e com status social distinto
segundo a divisão do trabalho. Normalmente, os homens se encarregam da construção da
aldeia, da guerra, caça e pesca, da liderança tribal e dos rituais xamânicos, enquanto as
mulheres lidam com o plantio e a colheita, preparam os alimentos e produzem tecidos, adornos e
utensílios.

1
A educação nas sociedades indígenas é geralmente, compartilhada por todos. Contudo,
nos anos iniciais da criança é a mulher quem cuida da educação. As culturas indígenas são via
de regra baseadas na oralidade. Todavia, mesmo na ausência da escrita, uma diversidade de
sinais e de outras formas gráficas cumprem o papel comunicativo e a liderança não possui
caráter hereditário, pois é baseado na “meritória” na maioria das vezes.

Você sabe o que é meritório?


Merecedor de mérito, de apreço, de louvor e elogio.

b) Religião dos Índios:


Do ponto de vista religioso, as culturas
indígenas são marcadas pela presença do xamã
(pajé no Brasil), os quais são responsáveis pela
mediação entre o plano espiritual e material, bem
como pela preservação e difusão do
conhecimento da tribo.
Em seus rituais, normalmente panteístas
(animismo), reverenciam os ancestrais, os
elementos, as plantas, animais e os seres
mitológicos.
Outro fato curioso é a percepção indígena
do Tempo e do Universo, para os quais não há
uma linearidade bem definida.

c) Arte e artesanato indígena:

Os objetos produzidos pelas culturas


indígenas, apesar do evidente valor estético, não são
considerados “arte” pelos seus produtores, pois são
de uso cotidiano ou ritual, bem como para troca com
povos vizinhos.
Assim, entre esses povos, destaca-se a
importância da música, dança, arte plumária, cestaria,
cerâmica, tecelagem e a pintura corporal. A música é
utilizada em ocasiões especiais como nos ritos de
guerra, nas festas de plantação e colheita e nos ritos
de iniciação. Ora, a cultura indígena utiliza a música
como uma forma de contar suas histórias e lhe atribui
poderes mágicos, com os quais são capazes de afetar
a ordem cosmológica.
De igual modo, a dança possui funções
similares às da música nas sociedades indígenas.
Normalmente, as danças são do tipo circulares, com o
intuito de obter colheitas fartas, espantar espíritos, curar doenças, etc.
Por outro lado, a arte plumária possui funções mais decorativas (cocares e braceletes) e,
via de regra, é restrita aos homens. A cestaria e a cerâmica são praticadas mais pelas mulheres,
as quais lançam mão de vários trançados para confeccionar cestos para diversos fins e argila
para obter vasilhas, potes, objetos rituais, adornos, dentre outros.
As mulheres também são responsáveis pela produção de tecido (geralmente algodão),
mas as roupas confeccionadas variam de acordo com o clima ou são inexistentes, como no
Brasil.

2
Por fim, ambos os sexos praticam a pintura corporal, normalmente com desenhos
abstratos e geométricos, carregados de simbologias (de guerra, de proteção, etc.). Esse tipo de
pintura também pode ser encontrado em utensílios, árvores e rochas...
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cultura-indigena/. Acesso em 01 de outubro de 2021.
Disponível em: https://www.google.com/search?q=ARTESANATO+INDIGENA. Acesso em 01 de outubro de 2021.

QUESTÃO 01:
Preencha as lacunas nas frases com palavras retiradas do texto.

a) A música é utilizada em ocasiões especiais como______________,_________________ e


nos________________________.

b) A cultura indígena utiliza a__________________como uma forma de___________________e


lhe atribui poderes________________, com os quais são capazes de afetar a
ordem_____________.

QUESTÃO 02:
Nas culturas indígenas o xamã é responsável:

I- pela mediação entre o plano espiritual e material.


II- pela preservação e difusão do conhecimento da tribo.
III- pela educação inicial das crianças.
IV- pelo plantio e colheita.

Marque APENAS a resposta CORRETA.

A) I.
B) II.
C) I e II.
D) III e IV.

QUESTÃO 03:
Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica de forma ampla o conceito de
sociedade.

A) Sociedade se refere ao conjunto de seres humanos que vivem isolados e estabelecem regras,
ideologias e tradições de forma individual.
B) Sociedade se refere ao conjunto de seres humanos que vivem juntos, compartilham regras,
ideologias e tradições de forma organizada.
C) Sociedade se refere a um grupo específico de pessoas, que vivem isolados dos demais
indivíduos da sua comunidade e estabelecem regras, ideologias e tradições de forma coletiva.
D) Sociedade se refere ao conjunto de seres humanos que vivem juntos, compartilham regras,
ideologias e tradições de forma aleatória.

Você gostaria de conhecer uma lenda indígena muito legal? Então vamos contar para você
uma das mais conhecidas, chamada Vitória-Régia. Vamos lá!

Lenda da Vitória-Régia

Uma das lendas indígenas mais conhecidas é a que conta a


história da Vitória-Régia. Essa lenda fala sobre a origem da planta
de mesmo nome, que é símbolo da Amazônia.

3
A lenda conta a história da persistente índia Naiá. Na tribo onde a jovem vivia, acreditava-
se que Jaci, a deusa lua, transformava algumas das mais belas jovens da aldeia em estrelas.
O sonho de Naiá era finalmente, encontrar a deusa e ser transformada em estrela e, por
isso, saia todas as noites em busca da deusa. A jovem desejava tanto o encontro que já nem se
alimentava.
Certa noite, cansada de andar, Naiá resolveu descansar na beira de um rio, onde viu o
reflexo da lua. Sedenta por seu desejo atirou-se no rio e acabou se afogando. Jaci, a deusa lua,
ficou sentida pela morte da jovem e deu a ela uma honra. Naiá foi transformada em uma estrela
diferente de todas as outras, e recebeu o nome de estrela das águas.

Escrito por Márcia Fernandes/Professora licenciada em Letras.


Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/lendas-indigenas. Acesso em: 19 de out de 2021.

QUESTÃO 04:
Você já conhecia o mito da Vitória-Régia? Gostou? Que outros mitos indígenas você conhece?
Pesquise e conte para nós, um conto indígena presente no folclore brasileiro.

2. Comunidades Quilombolas

No Brasil, segundo a Fundação


Cultural Palmares, existem 3.447
comunidades quilombolas distribuídas por
todas as regiões. Os Quilombolas são os
remanescentes de um grupo étnico-racial
formado por descendentes de escravos
fugitivos durante o período da escravidão
no país entre outros grupos que viviam nos
chamados quilombos. Os Quilombolas
possuem uma identidade própria, que
forma a base das suas organizações
sociais e culturais construídas
historicamente. Por isso, essas
comunidades se diferenciam do restante
da sociedade.
Por muito tempo os Quilombolas sofreram com a discriminação e o não
reconhecimento de suas cidadanias. No entanto, hoje essas comunidades possuem a sua
identidade étnica juridicamente reconhecida, assim como a garantia de posse de suas
terras, graças aos direitos dos quilombolas, conquistados somente no século XX.

Você sabe quais são os direitos dos Quilombolas e para que eles servem?
É sobre esse assunto que vamos falar agora. E então, preparado (a) para entender
sobre os direitos dos quilombolas no Brasil? Segue com a gente!

3. A Constituição de 1988 e os direitos Quilombolas

A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, por meio do seu artigo 68,
houve o reconhecimento da propriedade das terras dos remanescentes das comunidades
Quilombolas no Brasil. Foi a primeira constituição a garantir os direitos dos quilombolas
em ter as suas terras e organizações preservadas por lei.

4
Conforme o artigo: “Aos
remanescentes das comunidades dos
quilombos que estejam ocupando suas
terras é reconhecida a propriedade
definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os
títulos respectivos”.
Esse reconhecimento é visto como
uma forma de compensação e/ou
reparação histórica à opressão sofrida por
essas comunidades na defesa de suas
culturas e identidades étnicas. A
Constituição cria a obrigação ao Estado
brasileiro em formular políticas públicas de
proteção aos quilombolas, como a
delimitação, demarcação e titulação de
suas terras.
Além dos diretos garantidos na
constituição federal, no ano de 2003 foi
elaborado o Decreto nº 4.887, que visa
garantir, além da posse de terras, uma
melhor qualidade de vida aos quilombolas.
O documento dispõe sobre o direito desses
povos em ter acesso a serviços essenciais
como educação, saúde e saneamento.
Também trata sobre a regulamentação da
titulação das terras dos Quilombolas e pode ser considerado um marco para os direitos
dos quilombolas por reconhecer o direito de autoatribuição desse grupo étnico-racial.

4. A realidade atual dos Quilombolas no Brasil

Mesmo com as disposições legais conquistadas nos últimos anos, a realidade prática das
comunidades Quilombolas ainda é de luta e resistência pela garantia dos seus direitos. A
Constituição de 1988 foi um divisor de águas nesse sentido, pois possibilitou a garantia atual da
preservação das suas culturas, costumes e tradições como um direito fundamental dos povos
quilombolas.
A conquista desses direitos representa uma vitória a esse grupo étnico-racial que por muito
tempo sofreu não apenas com a escravidão, mas com as perseguições e invasões às suas
terras. Sabemos que a realidade dos remanescentes de quilombos ainda não é a ideal, a luta
contra expropriações de terras ainda se faz presente em suas vidas. Cabe ao Estado concretizar
o direito à propriedade dessas comunidades.
Disponível em:https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/direitos-dos-quilombolas-no-brasil/?(Adaptado) Acesso em: 19 de out de 2021.

QUESTÃO 05:
Conforme o (artigo 68 da Constituição Federal), aos remanescentes das comunidades
dos quilombos é

A) reconhecida a propriedade provisória de suas terras.


B) Garantido um recurso do governo federal as famílias.
C) reconhecida a propriedade definitiva de suas terras.
D) Garantido o acúmulo de terras pelas famílias.

5
QUESTÃO 06:
Marque (V) para as sentenças que julgar verdadeiras e (F) para as falsas.

( ) O Decreto nº 4.887, dispõe sobre o direito dos povos Quilombolas em ter acesso a serviços
essenciais como educação, saúde e saneamento.
( ) Existem atualmente 3.447 comunidades Quilombolas distribuídas por todas as regiões do
Brasil.
( ) A Constituição Federal de 1988 cria a obrigação ao Estado brasileiro em formular
políticas públicas de proteção aos quilombolas, como a delimitação, demarcação e
titulação de suas terras.
( ) Cabe aos municípios concretizar o direito à propriedade das comunidades
Quilombolas.
Marque a sequência correta.

A) V, V, V e F
B) V, V, V e V
C) V, V, F e F
D) F, F, V e F

QUESTÃO 07:
Qual a descendência dos povos Quilombolas?
A) Índios B) Caboclos C) Escravos D) Brancos

QUESTÃO 08:
Como você acha que seria viver em uma comunidade Quilombola? Em dez linhas justifique a sua
resposta.

TEMA
AS FONTES HISTÓRICAS E AS TRADIÇÕES ORAIS
Quando começamos a estudar História, logo nos perguntamos: Como é que posso saber
se o que aconteceu no passado foi real? Que tipo de prova o historiador tem para que possa
confirmar o que ele está expondo? As respostas para essas perguntas necessitam de um
esclarecimento sobre aquilo que se denomina “fontes históricas”. Fontes históricas são os
documentos que o historiador utiliza para recontar fatos, reconstruir a história.
Essas fontes podem ser: Visuais: são aquelas cujas informações estão nas pinturas, fotos,
quadros, gravuras ou filmes; Materiais: são os objetos utilizados pelo homem no passado,
vestígios de cerâmica deixados pelos povos que viveram na região amazônica, na época da Pré-
História brasileira, são exemplos de fontes materiais; Orais: o historiador também pode fazer suas
pesquisas por meio de conversas com pessoas mais velhas, ouvindo as histórias que elas têm
para contar, essas são as fontes orais; Escritas: consistem em documentos que possuem frases
e textos, como mapas, documentos escritos em tempos passados, publicações de jornais, cartas,
revistas, discursos, leis, livros, letras de música, poemas, folhetos, etc.

Quais os tipos das fontes históricas?


 Documentos textuais.
 Vestígios arqueológicos.
 Representações pictóricas.
 Registros orais.

6
Para que servem as tradições orais, se temos atualmente outras fontes de saberes?
Quando alguém diz “quer ouvir uma história?”, O
ouvinte se prepara para receber um texto novo, mesmo
que a narrativa já seja conhecida. O texto nutre o
ouvinte que acompanha, visualiza e interpreta a história.
Mitos, por exemplo, manifestam saberes
relacionados ao sagrado ou às atividades do
cotidiano, conhecimentos ancestrais que são resgatados
pela memória do narrador. Por isso, textos da tradição
oral têm sido passados de geração em geração e
compostos por inúmeras vozes. Cada voz que narra
uma história traz sua interpretação, com entonações
próprias, acréscimos e subtrações que tornam cada
narrativa única.
Dessa forma, a relação entre o contador e o
ouvinte é diferente da relação entre escritor e leitor; o contador interpreta a história e utiliza
estratégias para atrair e manter a atenção de seu público que envolve sua expressão corporal,
sua voz e o ambiente no qual a história é contada. O ouvinte é cativado pela narração e pela
narrativa. A palavra é importante, mas como essa palavra é narrada e mediada diferencia a
recepção de cada história.
Por isso, a tradição oral é de extrema importância para a preservação de saberes e
crenças de culturas locais. Embora os livros sejam ótimos meios de contar histórias, e de
transmitir informações para as futuras gerações, eles não são os únicos com esse poder.
Na verdade, muitas histórias, contos, canções, provérbios muitas vezes não são
transmitidos por livros. Algumas histórias, lendas, canções, entre outros, são passados
oralmente. Essa é a função da tradição oral. Sendo assim, a tradição oral preserva uma cultura,
um saber popular, apenas com a oralidade.
O folclore é um forte exemplo de tradição oral. Isso porque, embora os contos e lendas
estejam escritos, eles se alteram várias vezes. Veja a lenda do Saci, dependendo da localidade e
cultura, ele pode ser chamado de diferentes nomes, tais como, Saci Pererê, Saci Cererê,
Matimpererê, Matita Perê, Saci Saçurá e Saci Trique. As tradições vão se adaptando à época
histórica dos acontecimentos e à cultura do seu povo. Por isso, a sua grande importância para as
gerações futuras.

Você sabia que as memórias são muito importantes para compor a história?
A memória é a capacidade humana de reter fatos e experiências do passado e
retransmiti-los às novas gerações através da voz, música, imagem e textos. Podemos dizer que
a memória é um dos elementos que nos caracteriza como seres humanos. A construção da
identidade e a construção da história estão ligadas a
memória.
A memória pode ser entendida como elemento
fundamental na formação da identidade cultural,
individual e coletiva, na instituição de tradições e no
registro de experiências significativas, por isso, deve
ser valorizada e preservada.
Atualmente, há diversos recursos para
registrarmos nossos hábitos, nossas atividades,
nossos modos de vida, como textos, fotografias,
vídeos, redes sociais e outros.
Contudo, temos que entender que temos dois
tipos de memória: a memória individual que é aquela
guardada por um indivíduo, e se refere as suas
7
próprias vivências e experiências, mas que contém também aspectos da memória do grupo social
onde ele se formou, e temos a memória coletiva que acontece por meio da convivência, da
relação entre um grupo ou de vários grupos. O que podemos perceber é que boa parte das
lembranças de um indivíduo é relativa a momentos compartilhados com outros, seja no ambiente
familiar, no trabalho, na escola, ou, numa escala maior, em um bairro, cidade, ou até país.
Disponível: https://escolaeducacao.com.br/personagens-e-lendas-do-folclore-brasileiro. Adaptado. Acesso em: 19/10/2021.
Disponível em: http://www.lite.fe.unicamp.br/revista/vonsimson.html. Adaptado. Acesso em 19 de out de 2021.
Disponível em: https://www.google.com/search?q=memoria+e+historia&sxsrf. Acesso em 19 de out de 2021.

QUESTÃO 9:
O que são fontes históricas e quais os seus tipos?
QUESTÃO 10:
Relacione os conceitos abaixo, as alternativas correspondentes.
(1) Memória Coletiva
(2) Memória Individual
(3) Fontes Históricas
( ) É aquela guardada por um indivíduo, e se refere as suas próprias vivências e experiências.
( ) Pode ser visuais, cujas informações estão nas pinturas, fotos, quadros, gravuras ou filmes.
( ) Aquela que acontece por meio da convivência, da relação entre um grupo ou de vários
grupos.
( ) São documentos utilizados para recontar fatos e reconstruir a história.
( ) Pode ser materiais, caracterizada por meio de objetos utilizados pelo homem no passado.
( ) Pode ser orais , caracterizada por meio de conversas com pessoas mais velhas, ouvindo as
histórias que elas têm para contar.
QUESTÃO 11:
Converse com algum familiar mais idoso e pergunte sobre histórias ou ensinamentos que foram
passadas a ele através da tradição oral. Depois, registre o que você descobriu.

TEMA
PATRIMÔNIO ÉTINICO-CULTURAL E ARTÍSTICO

Quando pensamos em patrimônio lembramos logo dos bens materiais que temos, uma
casa, um veículo, móveis... Estes são nosso patrimônio pessoal, e podem ser classificados
conforme valor econômico, afetivo e/ou utilitário que tenham para nossa vida.
Há, porém, outro tipo de patrimônio, que
também nos pertence, embora de modo
diferente, é o patrimônio público que
representa a nossa história. Vamos entender
um pouco mais sobre esse tema.
Patrimônio cultural é tudo aquilo que
possui importância histórica e cultural para um
país ou uma pequena comunidade, como a
arquitetura, festas, danças, música,
manifestações populares, artes, culinária,
entre outros.
Quando um elemento cultural é
considerado patrimônio histórico cultural por
algum órgão ou entidade especializado no
assunto, dizemos que ele foi “tombado” como
patrimônio. Assim, podem ser bens

8
considerados patrimônio histórico cultural: obras de artes plásticas, pinturas, esculturas,
ilustrações, tapeçarias, artefatos artísticos históricos em geral, festas e festividades; músicas;
elementos culinários; construções e conjuntos arquitetônicos como: cidades, casas, palácios,
casarões, jardins, monumentos, entre outros representantes das diversas culturas ainda
existentes ou que já existiram no mundo.
No Brasil, a preservação da memória cultural surgiu na década de 30, quando o IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) foi criado, com objetivo de preservar nosso
patrimônio cultural. Cabe ao (IPHAN) proteger e promover os bens culturais do País,
assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.
Assim, o que determina se um bem cultural é ou não patrimônio histórico cultural é a
sua relevância histórica para a formação identitária da cultura de um povo e a importância da
preservação desse bem para a consequente manutenção cultural daquele povo.

Patrimônio histórico cultural


Para pensar na importância do patrimônio
histórico cultural e de sua preservação, basta
fazer um exercício de imaginação: imagine que
você tenha nascido em um local completamente
isolado, sem desenvolvimento linguístico, sem
alteração do ser humano na paisagem e sem
interação com outros seres humanos.
Nesse exercício imaginário, você não seria
apresentado a uma cultura. Você não
aprenderia a falar, pois não existem outros
falantes ali, você provavelmente não alteraria o
meio, pois ele não foi alterado antes de você e
não haveria como aprender técnicas que
permitem essa mudança. Você não teria cultura.
É difícil imaginar isso, pois nós nascemos
e crescemos em ambientes culturais. Do
mesmo modo, vamos adquirindo e incorporando
elementos participantes da cultura em que
estamos inseridos para nosso modo de viver,
internalizando-os a ponto de tratá-los como quase
naturais.
Isso atesta que a cultura modifica as nossas personalidades, colocando-nos uma
identidade cultural. Do mesmo modo, o brasileiro que foi criado no Japão ou o paulistano que foi
criado na tribo indígena, se tiverem noção de sua origem, podem desenvolver algum sentimento
de pertencimento à sua cultura original, pois há uma identidade de cada cultura que possibilita o
sentimento de valorização. Por isso, preservar as paisagens, as obras de arte, as festas
populares, a culinária ou qualquer outro elemento cultural de um povo, é manter a identidade
desse povo viva.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/o-que-e-patrimonio-cultural. Adaptado. Acesso em 20 de out de 2021.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/patrimonio-historico-cultural.htm. Adaptado. Acesso em 20 de out de 2021.

Por que é importante valorizar o patrimônio cultural?


A valorização do patrimônio histórico cultural é a valorização da identidade das pessoas.
Por isso, preservar as paisagens, as obras de arte, as festas populares, a culinária ou qualquer
outro elemento cultural de um povo, é manter a identidade desse povo.
O patrimônio cultural é dividido em dois grupos, que variam de acordo com a sua natureza.
São eles: patrimônio material e patrimônio imaterial. Além dos patrimônios citados, há
9
também o patrimônio artístico, que reúne os bens artísticos, e o patrimônio natural, que se
refere aos bens naturais de uma região. Vamos conhecer mais detalhadamente sobre os
patrimônios material e imaterial. Vamos nessa?

1. Patrimônio material
É o conjunto de bens materiais, físicos, palpáveis, que possuem importância histórica para
a formação cultural da sociedade. Podemos destacar como bens materiais as obras de arte, as
pinturas e monumentos, cidades, prédios e conjuntos arquitetônicos, parques naturais, sítios
arqueológicos, enfim, tudo aquilo que existe materialmente e possui algum valor histórico e
cultural que o dignifica de ser preservado e lembrado. São exemplos de patrimônio material:
Centro Histórico de Ouro Preto (Ouro Preto/MG), Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro/ RJ),
Conjunto Arquitetônico de Paraty (Paraty/RJ), Centro Histórico de Olinda (Olinda/PE) e outros.

2. Patrimônio imaterial
Representa os elementos intangíveis de uma cultura. Sendo assim, ele é formado por
elementos abstratos que estão intimamente relacionados com as tradições, práticas,
comportamentos, técnicas e crenças de determinado grupo social.
Podem ser considerados patrimônios históricos culturais imateriais o idioma e os dialetos,
a culinária, as festas populares, os rituais religiosos, os conjuntos de ditos populares, entre outros
elementos. Os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas se consubstanciam em
patrimônio cultural imaterial e são fundamentais para a manutenção do meio ambiente
equilibrado e para a diversidade cultural, sendo tutelado por documentos internacionais e pela
Constituição Federal de 1988.
São exemplos de patrimônio imaterial: Capoeira, Tambor de Crioula do Maranhão (MA),
Frevo (PE), Literatura de Cordel, Carimbó (PA), Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim (BA),
Ritual Yaokwa do povo indígena Enawenê Nawê (MT) e outros.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/patrimonio-historico-cultural.htm. Adaptado. Acesso em 10/06/2021
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/patrimonio-historico-cultural.htm. Acesso em 20 de outubro de 2021.

QUESTÃO 12:
Sobre a importância do patrimônio étnico-cultural e artístico, responda as questões a seguir.
a) O que é o patrimônio cultural?
b) Você conhece algum patrimônio cultural do nosso país? Se você conhece, fale um pouco do
que você sabe sobre ele. Se não conhece, faça uma pesquisa na internet e escolha aquele
patrimônio que mais chamou a sua atenção.
c) Onde está localizado o patrimônio que você conhece ou gostaria de conhecer? E por que esse
patrimônio é considerado patrimônio cultural?

QUESTÃO 13:
Leia as sentenças abaixo e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) Patrimônio cultural é tudo aquilo que possui importância histórica e cultural para um país ou
uma pequena comunidade.
( ) As obras de artes plásticas (pinturas, esculturas, ilustrações, tapeçarias e artefatos artísticos
históricos em geral) não podem ser considerados patrimônio cultural.
( ) o IPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi criado com o objetivo de
proteger e promover os bens culturais do país, assegurando sua permanência e usufruto para as
gerações presentes e futuras.
( ) São considerados patrimônios imateriais o idioma e os dialetos, a culinária, as festas
populares, os rituais religiosos, entre outros elementos.

10
QUESTÃO 14:
Pesquise e descreva duas festas que representam o patrimônio cultural do Tocantins.

QUESTÃO 15:
Escreva com suas palavras a diferença entre patrimônio cultural material e o patrimônio cultural
imaterial.

QUESTÃO 16:
Podemos citar como exemplos de patrimônio cultural imaterial
A) Centro Histórico de Olinda (PE).
B) Centro Histórico de Ouro Preto (MG).
C) Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim (BA).
D) Museu Histórico Nacional (RJ).

QUESTÃO 17:
Sobre a cultura material e imaterial estão corretas as afirmativas, EXCETO
A) Patrimônios imateriais são elementos intangíveis de uma cultura, pois ele é formado por
elementos abstratos, como tradições e crenças.
B) Os patrimônios materiais são elementos concretos que podem ser facilmente tocados,
apalpados por qualquer pessoa.
C) Os patrimônios materiais ou imateriais advêm da cultura de um povo e consequentemente
valoriza aquele lugar através dos costumes e monumentos locais.
D) São exemplos de patrimônio imateriais: museus, igrejas, obra de arte, monumentos, praças.

Vamos conhecer o patrimônio cultural do Estado do Tocantins?

No Tocantins, o IPHAN atua na proteção do nosso patrimônio tombado em Natividade e


Porto Nacional, formado por casario e igrejas datadas do século XVIII. Neste período, os
bandeirantes paulistas avançaram em direção ao Brasil Central em busca das jazidas de ouro e
essas cidades foram fortemente ligadas à mineração.
A estrutura urbana do conjunto histórico e paisagístico de Natividade é patrimônio nacional
tombado datado do ano de 1987. A produção do patrimônio imaterial de Natividade abrange
danças, a música, os ritos religiosos, a culinária e a produção de joias em filigrana, tradição
portuguesa introduzida à época da mineração.
O centro histórico de Porto Nacional reúne edificações religiosas típicas dos séculos XVIII
e XIX como a Catedral Nossa Senhora das Mercês. Dentre outros bens tombados, estão o
Seminário São José, antigo Convento Santa Rosa de Lima, a sede dos Dominicanos e o Colégio
Sagrado Coração de Jesus.

http://portal.iphan.gov.br/to/pagina/detalhes/533 http://portal.iphan.gov.br/to/pagina/detalhes/533

11
Temos também os saberes e práticas associados ao modo
de fazer bonecas Karajá, considerados como Patrimônio Cultural
Imaterial do Brasil, inscrito pelo IPHAN em 2012. Atualmente, a
confecção dessas peças de cerâmica, denominadas na língua
nativa de ritxòkò (na ala feminina) e/ou ritxòò (na ala masculina), é
uma atividade exclusiva das mulheres e envolve técnicas e modos
de fazer considerados tradicionais e transmitidos de geração em
geração. A pintura e a decoração das cerâmicas estão associadas,
respectivamente, à pintura corporal dos Karajás e às peças de
vestuário e adorno consideradas tradicionais.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/to/pagina/detalhes/534. Acesso em 20/10/2021.

QUESTÃO 18:
Qual a tribo que confecciona a boneca indígena que foi reconhecida como patrimônio cultural do
Brasil?

A) Karajá.
B) Xambioá.
C) Apinayé.
D) Xerente.

Referências Bibliográficas:

TOCANTINS. Secretaria de Estado da Educação e Cultura: Documento Curricular de Ciências


Humanas e Ensino Religioso. Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano. Edição, 2018.

PORFÍRIO, Francisco. "Patrimônio histórico cultural"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/patrimonio-historico-cultural.htm. Acesso em 20 de
outubro de 2021.

12

Você também pode gostar