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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

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Prática no RELAÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NO


ATENDIMENTO A PAIS/RESPONSÁVEIS:  criança com Síndrome
de Down.

Autor: Natiely da Silva Furtado


Prof. Orientador: Gabriela Macedo de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Psicopedagogia – Turma: FLC3376LPS – Projeto de Ensino
15/11/2022

1 INTRODUÇÃO

Por volta do século XIX, iniciaram os primeiros estudos sobre Síndrome de Down (SD), e
esse tema traz novas descobertas. A Síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21 teve essa
denominação pela primeira vez por John Langdon Down em 1866. Apesar de todas as limitações
fisiológicas as crianças com SD se encontram potencialmente aptas a aprender, considerando seu
processo de ensino aprendizagem.
É na família que os filhos depositam confiança, procuram afeto, apoio, sustentação para
aprenderem os valores necessários para a sua formação, desenvolve e se relacionam com o mundo.
A família deve proporcionar a seus filhos um ambiente que propicie o desenvolvimento das
potencialidades, servindo com espelho para que eles aprendam as experiências de vidas positivas e
negativas, ambas de grande importância para a formação de sua personalidade e conhecer o
verdadeiro significado do amor, gerando confiança, compreensão para uma melhor comunicação
entre o meio familiar e social.
Sendo assim, a partir de leituras e pesquisas bibliográficas este artigo propõe reflexões
acerca do entendimento das questões que envolvem as crianças com Síndrome de Down e a sua
aprendizagem mediante as relações estabelecidas na família.
Não existem “receitas” para trabalhar com esses alunos, mas é necessário conhecer suas
características, ter ciência de suas limitações e potencialidades, investigando através de familiares e
profissionais técnicos. Isso é essencial para uma intervenção pedagógica. É importante lembrar que
esses alunos têm grande dificuldade em abstrair conceitos e transferir comportamentos aprendidos
para novas situações de aprendizagem significativas e da forma mais natural, variada e concreta
possível propiciando motivação para as mesmas.
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Não podemos esquecer que as aprendizagens têm como objetivo principal a preparação de
uma vida futura com mais autonomia possível, e esta será construída gradativamente se colocarmos
significados e práticas cotidianas em sua rotina. Refletir sobre esta diferença é compreender quais
são as limitações e possibilidades de atuação para com as crianças portadoras de necessidades
especiais. Lembrando que antes de serem especiais, elas são apenas crianças.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O primeiro a diagnosticar a condições genética dessa mutação foi o médico britânico Dr.
John Langdon Down, no ano 1986, que esclareceu através de estudos as limitações encontradas nas
crianças que apresentava a síndrome e desta forma sendo homenageado e recebendo o nome de
síndrome de Dow.
Após o estudo e o reconhecimento desse diagnóstico do Dr. Down, vários estudos foram
atribuídos sobre a síndrome destacando de forma esclarecedora o tratamento e a preparação para
inserir está criança na vida em sociedade, desmistificando o preconceito e a própria exclusão em
relação as pessoas que nasciam com a síndrome, nas quais distinguiram a idiotia mongoloide
(semelhança do fenótipo aos povos da Mongólia) da idiotia cretinóide, que segundo Saad (2003, p.
39).
Algumas atitudes contrárias e preconceituosas correspondia aos ideais daquela época onde
se levava em conta a perfeição corporal para uma vida digna em sociedade, que classificava
quaisquer alterações genéticas com anomalia ou até mesmo imperfeição humana, sendo eles
tratados como monstros ou aberrações. Portanto, as pessoas que apresentavam a síndrome eram
pessoas diferentes, que não atendia os padrões intitulados pela política da sociedade grega, sendo
tratados de forma exclusiva e em muitos casos, sendo isolados de uma vida em sociedade, não lhe
permitindo conviver de forma a atender os seus direitos.
A historicidade da espécie humana aponta dados de existência da Síndrome de Down
datados entre 1500 AC até 300 DC, através de estudos arqueológicos com fósseis encontrados na
tribo dos Olmecas, na região conhecida como Golfo do México, cuja literatura demonstra
características que se diferenciavam do tipo comum do ser humano pelos seus traços. Segundo
Schwartzman apud Saad (2003, p. 41), "As características dos materiais encontrados gravações,
esculturas, etc. apresentam elementos que levam a supor que sejam de pessoas com síndrome de
Down, pois seus traços diferiam bastante do tipo comum". Diante desse fenômeno cromossômico
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ainda desconhecido, acentuavam-se as especulações em torno de equiparar essas pessoas, aos seres
primitivos da história da humanidade tidos como inferiores e sociocultural mente menos
desenvolvida.
A Síndrome de Down pode ocorrer através da duplicação do cromossomo 21, sendo assim,
ao invés da pessoa apresentar dois cromossomos 21, apresenta três. A este tipo de acontecimento
podemos nomear como trissomia simples, acontecendo com mais frequência. Pode ocorrer outra
alteração devido a este a acontecimento chamado translocação.
O cérebro de uma criança com síndrome é praticamente igual a uma criança sem síndrome
até o seu quinto ano de vida apresentando somente diferenças quanto ao peso. Sendo identificada
alterações no seu sistema nervoso características apresentadas que levam a entender sua necessidade
de um atendimento especial.
A Síndrome de Down (SD) é reconhecida também como Trissomia 21, isso ocorre devido a
uma alteração genética no cromossomo extra par 21, sendo ele inteiro ou parcial. Para uma criança
considerada normal o número de cromossomo é de 46, já de uma criança com SD totaliza 47
cromossomos. Isso pode ocorrer em cada mil nascimentos, tanto em meninos quanto em meninas,
independente das suas origens.
O acidente cromossômico pode ser definido através dos aspectos genéticos da síndrome de
Down, que ocorre na divisão de células e cromossomos na qual determina à consequência da
fecundação, conforme a explicação de Brunoni apud Saad (2003, p. 37), “Devido a separação das
células, os cromossomos passam pelo o processo de divisão e se separam em um o número que
permaneça constante nas células filhas”. Desta maneira, produzindo os componentes do par
cromossômico, que irá estabelecer as causas do excesso e da falta de cromossomo de uma das
células filhas, destacando o pensamento de Brunoni apud Saad, (2003, p. 37), "Devido à ausência
de separação de dois componentes do par cromossômico, pode se notar alguns desequilíbrios na sua
formação, isso ocorre devido ao excesso de cromossomos para uma das células filhas e a falta para
a outra”. Ocasionando uma disfunção incompatível a normalidade da fecundação. Pode ser
encontrado três tipos de anormalidades cromossômicas na síndrome de Down sendo elas: a
trissomia simples, por translocação e o mosaicismo.
Na Trissomia simples temos 02 cromossomos, sendo um do pai e o outro da mãe e o 3º
extra. Que ocasiona o que conhecemos de cromossomos 21 extras, em todas as células, resultando
em um cariótipo que se constitui por 47 cromossomos, resultado da trissomia 21. Sendo assim, 96%
dos casos de síndrome ocorre desta forma, os pais possuem 46 cromossomos cada um, e a síndrome
ocorre por acidente genético de causa desconhecida.
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A Trissomia por translocação ocorre em 2% dos casos. Onde os 3º cromossomos estão


localizados em outro par, tendo uma certa persistência no 14. O cariótipo nesta situação apresenta
46 cromossomos e a translocação é representada pelo t, sendo de (14; 21) ou t (14q21q). A letra (q)
é referente ao braço longo dos cromossomos envolvidos. No âmbito da cientifico podemos dizer
que a Síndrome por translocação é semelhante à por Trissomia simples. Temos a trissemia por
translocação herdada pelos pais e também por causa genética. Uma criança que apresenta Síndrome
de Down por causa da translocação é orientada pelos especialistas a realizar um cariótipo dos pais.
Já no Mosaicismo temos o correspondente de 2% dos casos que apresentam dois tipos de
células, isso ocorre devido à presença de uma célula com o número normal de 46 cromossomos e a
outra com 47 cromossomos por causa da Trissomia dos cromossomos 21. O termo Trissomia
sempre estará ligado a presença de um cromossomo a mais no cariótipo de uma pessoa, e os
cromossomos serão sempre designados por números. Desta forma, os indivíduos do sexo masculino
são representados pelo 46, XY e as do sexo feminino são 46, XX. Seja qual for o tipo da
classificação da Síndrome de Down, sendo ela: Trissomia simples, Trissomia por translocação ou
Mosaicismo, sempre será pelo cromossomo 21 o responsável pelos traços físicos e a função
intelectual limitada observados na maioria dos portadores de Síndrome de Down.
A alteração orgânica em sua grande maioria ocorre no desenvolvimento do feto, sendo
diagnosticado no período da gestação possibilita uma intervenção médica antecipada e um trabalho
juntamente com a família para aceitação e preparação dos membros.
Ao ser diagnosticado a criança já vem carregada de problemas próprios da Síndrome de
Down que são eles: problemas celebrais, de desenvolvimento físico, fisiológico e saúde. Também
apresentam características comuns em crianças, na qual eles aparenta. A criança com síndrome
Down tem algumas características próprias possíveis a ser identificada através da visão, as vezes
sendo minimamente diferentes da criança considerada normal pela sociedade, sendo elas: cabeça,
nariz, olhos, orelhas, boca, língua, dentes, pescoço, mãos, pés, cabelo e pele.
As características físicas não são consideradas um único agravante da Síndrome de Down,
pois, além disso temos a questão da saúde que muitos apresentam dificuldades como: problemas
cardiológicos congênitos, problemas auditivos, anormalidade do aparelho digestivo, problemas
oculares, pele seca, obesidade, hipotireoidismo, ligamento frouxo, principalmente, no joelho e no
pescoço, memória curta e longo prazo e problemas imunológicos.
A criança com Síndrome de Down apresenta algumas limitações sociais e educacionais, que
no decorrer do tempo dependendo do seu potencial genético e da estimulação correta, apresenta
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desenvolvimento no seu potencial e em algumas habilidades. Sem serem taxadas, como crianças
incapazes ou mesmo inferiores.
Desta maneira, a condição imposta pela sociedade para essa criança, foi substituída por uma
nova visão, onde se valoriza a vida com qualidade, dignidade e sobre tudo respeito, tendo sua
inclusão na escola, em todos os segmentos do trabalho preparando para uma vivência na sociedade,
onde infelizmente ainda apresentam casos de discriminação e preconceito já ultrapassada em
relação as crianças com SD.
A família tem papel primordial no processo de inclusão da criança, além de lhe causar o
sentimento de segurança proporciona os instintos de sobrevivência e socialização, são eles os
mediadores do contato entre o homem e a cultura fora do mundo na qual a criança está acostumada
a conviver, e passa a ser o centro das relações afetivas, sociais e cognitivas que estas estabelecem.
Pode ser uma segurança que tanto motiva ou em muitos casos inibe o desenvolvimento do ser,
dentro do âmbito social. Isso se deve as expectativas depositadas antes do nascimento da criança,
sonos e planos este que quando rompido acaba ocasionando uma frustação e um grande sofrimento
por não atender o esperado pelos pais, em muitos casos pela falta de informação ou aceitação da
própria família devido a nova situação que estão diante deles e acabam criando barreiras no
desenvolvimento da criança.
É importante ressaltar que a criança se desenvolve a partir do momento do seu nascimento,
sendo assim adquirindo aprendizado a todo momento. Os primeiros anos de vida de uma criança
constituem em um período crítico em seu desenvolvimento e aprendizagem, é primordial o papel da
família neste período.
O estimulo no início da vida da criança é de grande importância para o avanço da criança
com Síndrome de Down, ameniza algumas dificuldades, no início da infância, que poderão trazer
sérias consequências futuras. É durante a infância que o cérebro humano é altamente flexível.
Apesar dos estudos de estímulos na aprendizagem da criança com SD, os pais muitas vezes não
acreditam no desenvolvimento dos seus filhos e mantêm isolados da realidade do mundo, deixando-
o no ambiente de eterna criança. Comprometendo a possibilidade de exploração e ampliação das
representações que a criança pode fazer do ambiente. As mães em muitos casos acabam limitando o
aprendizado dos seus filhos, por instinto de proteção o impedindo de desenvolver e alcançar o
aprendizado, necessário nesta fase da primeira infância.
O primeiro momento de uma família que apresenta criança com o SD é de impacto, mas
encontra alívio na intensa atividade de estimulação, porém em muitos casos essas atividades podem
tomar o lugar do relacionamento afetivo e limita de certa forma a interação da mãe com a criança.
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As mães que mesmo com a dificuldade conseguem manter a relação afetiva com a criança,
estabelecem resultados positivos e garante segurança na sua independência e autonomia em seu
desenvolvimento.
A mãe é um fator essencial, sendo que sua atitude perante a situação irá definir o
desenvolvimento da criança. A criança que é reconhecida como dependente de alguns incentivos
para seu desenvolvimento e trabalhada de forma correta, tende a alcançar mais oportunidades, do
que a criança que é tratada pela mãe com limitações. O bebê que é ofertado desafios e estímulos
adquire experiências, e seu desenvolvimento é assegurado. As experiências que a criança atinge
nesta primeira infância como: emocional e de aprendizagem, vividas juntos com os pais serão
responsáveis pela formação da identidade.
A qualidade da interação que os pais estabelecem com a criança, produz efeitos importantes
no desenvolvimento das áreas cognitivas, linguísticas e socioemocionais da criança com Síndrome
de Down. Uma grande dificuldade a ser enfrentada pela criança SD é conviver em uma sociedade
onde apresenta dificuldade de conviver com diferença, e acaba limitando e muitas vezes isolando
pessoas que apresentam alguma deficiência, fazendo com que elas limitem seu ainda mais seu
posicionamento e seu convívio com as demais pessoas. São muitas as situações pelas quais a
sociedade mostra sua insensibilidade, falta de conhecimento, rejeição e preconceito em relação à
deficiência. Os efeitos desses sentimentos refletem sobre a família que recebe uma criança com
Síndrome de Down, e tais atuações podem ser reveladas ou não.
Na sociedade atual onde ainda apresenta pessoas com atitudes que não condiz com a
realidade de uma pessoa que apresenta uma deficiência, nos faz reforçar a necessidade de uma
sociedade necessita de um amplo e contínuo esclarecimento em relação às crianças com Síndrome
de Down, para que ocorro mudanças de atitude e desta forma sendo juntamente com a família um
ponto favorável ao desenvolvimento e aprendizagem.
A forma de educar uma criança com Síndrome de Down deve ser da mesmo a forma de uma
criança dita normal. Essas crianças deverão ser ensinadas com limites, sem permitir que faça o que
entender. Porém deverá terá uma atenção maior em relação ao seu desenvolvimento, pois
apresentarão dificuldades para andar, falar, ler, escrever, etc.
A sabedoria dos pais é primordial no progresso da criança, sua paciência e insistência irá
fazer com que ocorra evolução, mesmo que a criança possua seu próprio ritmo o apoio dos pais se
tornam indispensáveis. E com apoio das clinicas, instituições e escolas especializadas o
desenvolvimento da criança do SD, que sempre oferecem programas para orientá-los nos exercícios
específicos.
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Sendo assim, quanto mais informada e estruturada for família, tendo uma boa relação afetiva
e orientação necessária, suas possibilidades são maiores de restruturação. Organizando e preparando
os membros para os papeis desempenhados e, consequentemente, facilitando o processo do
desenvolvimento e da aprendizagem da criança em seu meio social

3 CITAÇÕES

Para Voicodic (2011, p.60) a deficiência em si, no caso da deficiência mental, não deve ser
um fator que impeça o seu portador de ter as mesmas oportunidades educacionais. Nesta visão,
mesmo a criança estando aparado por lei, que a educação é direito de todos, em alguns cenários a
superproteção ou a falta de conhecimento, faz que famílias distancie seus filhos que apresente
alguma anomalia da escola e acaba privando do conhecimento e da aprendizagem com as demais
crianças.
Para Silva (2002) os primeiros sinais de uma criança com SD, seria representada nas suas
características física e no seu comportamento mental subnormal. Após estudo na população e
através de observação foi possível notar algumas características em relação as crianças com SD
como: cabelos pretos, cabelos amarronzados (característica do povo mongol), ralos, lisos, rosto
achatado e larga, olhos oblíquos, nariz pequeno.
Se tratando da SD, é dever primeiramente dos pais se adaptar as mudanças e se adequar a
realidade na qual estará submetido, uma das principais funções da família e preparar sem limitar a
criança a sociedade, levando em consideração a síndrome. Em alguns casos, as famílias por ser
tratar de uma criança com a SD em sua concepção entende-se que deve proteger em excesso os seus
filhos, e acaba prejudicando o desenvolvimento intelectual e autonomia desses sujeitos. Na tentativa
de protege-los acabam privando a criança de uma vida inserido na sociedade, impedir a criança
erros e/ou acidentes em geral prejudica a convivência social e limitar sua capacidade, sendo isso
comum de acontecer em caso de crianças que não apresentem o SD erros ou acidentes contribui
para o desenvolvimento de ambos, com a proteção exagerada os familiares acabam impedindo a
aquisição de experiências fundamentais para o relacionamento humano. O lar e a família será fator
determinante na formação interna da estrutura desta criança, ao analisarmos a estrutura familiar,
compreendemos que o nascimento é algo que requer mudanças, com a chegada do novo integrante
já se torna necessário modificações entre os membros para recepciona-los, neste caso a
reestruturação e a busca pelo conhecimento se tornar essencial para desenvolvimento saudável e
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eficaz de uma criança com a SD, sendo papel dos pais a inclusão desta criança na sociedade.
(SILVA; DENSSEN, 1997,p167).

A família precisa repensar o significado da SD para que, reformulando a imagem


deformada que possuía, possa construir outra, não idealizada, que viabilize seu
relacionamento com a pessoa portadora da síndrome”. Também é fundamental que a
família incentive a pratica de tudo que a criança assimila. (CASARIN,1999, p. 274)

A proteção exagerada acaba interferindo no processo de desenvolvimento da criança, onde


as atenções são voltadas para os erros e não para os acertos e conquistas das crianças limitando-as
para uma vida onde a falha se torna essencial e suas conquistas são esquecidas, dando o suporte
errado para criança destacando suas fragilidades e limitando-as nas possibilidades que promovem a
independência e a interação social. “A capacidade da criança de exercer funções do dia a dia sua
autonomia pessoal e social proporcionam eficaz no seu desenvolvimento, pois favorecem a relação,
a independência, interação, satisfação pessoal e atitudes positivas”. (SILVA, 2002).
No começo acreditavam-se que a melhor forma de atender uma criança com SD, era através
do atendimento médico sendo diagnosticada a criança se tornaria dependente do atendimento
especializada. Porém, com o passar dos anos foram observadas a necessidade dessas crianças terem
a preparação e serem assistidas dentro das suas casas e os primeiros contatos com os ambientes de
socialização como a escola, isto levou a inúmeras pesquisas que demonstraram que os melhores
resultados são obtidos mediante estimulação precoce e trabalho conjunto com pais e professores. A
ausência de estimulo faz com que ocorra uma diminuição generalizada no desenvolvimento
intelectual. “Para um desenvolvimento eficaz deve ser levar em destaque a área motora e cognitiva”
(GONZÁLEZ, 2007). Os estímulos devem ser diários dentro do ambiente familiar, os manuseios de
brinquedos, conversas, convivência e diálogos são favoráveis a evolução dos indivíduos.
A família com crianças com SD, os mesmos relatam que não existem dificuldades no
desenvolvimento ou na convivência familiar, que não sejam apresentadas em família com crianças
sem SD, tudo é variante da forma que irá encarar a situação dentro do convívio e do
desenvolvimento da criança.

A maioria dos pais afirmam que a deficiência os aproximou mais e a família vive mais
unida. O que realmente há é um conflito, devido à falta de informações sobre a deficiência,
por isso é tão importante a postura dos profissionais de saúde, os quais estão preparados a
atender uma família que possuirá uma criança com SD. (GOUVEIA; FELIX,2009, p.34 ).
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4 REGISTRO FOTOGRÁFICO OU OBJETO DE ANÁLISE

A relação familiar, principalmente entre pais e filhos sempre se mostrou de muita


importância, sobremaneira nas famílias em que os filhos são portadores de algum tipo de
deficiência, como é o caso da Síndrome de Down, pois nas pessoas com esta Síndrome a
estimulação dos pais produz um melhor desenvolvimento físico, motor e psicológico e
consequentemente uma melhor relação dessa pessoa com o mundo.

(http://www.incluo.com.br/blog/como-alfabetizar-criancas-com-sindrome-de-down/)

(https://www.google.com/search?q=FAMILIA+AUXILIANDO+CRIAN%C3%87A+COM+SINDROME+DE+DOWN)
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É evidente, também, a necessidade de um apoio psicológico a essas famílias, elaborado


com base nas interações familiares, o que facilitaria o processo de integração da criança de forma
mais adequada, principalmente, se este apoio vir de programas de intervenção direcionados a essa
população específica.

(https://www.google.com/search?q=FAMILIA+AUXILIANDO+CRIAN%C3%87A+COM+SINDROME+DE+DOWN)

A família é o primeiro contato da criança onde será sua base e estruturação para seu
desenvolvimento, onde será o ponto de afeto, apoio, amor e sustentação para sua evolução. E dentro
da estrutura familiar encontrar a formação de valores tão necessários para a formação humana de
todas as pessoas e essa importância fica ainda mais eminente na família que apresente alguma
anomalia, como é caso da criança com síndrome de Down, pois precisam de cuidados especiais para
o seu desenvolvimento. A estrutura familiar é importante para o desenvolvimento e crescimento,
assim aprendendo a se relacionar com o mundo que o cerca. A família é incapaz de mudar a
condição genética da criança, mas é sua obrigação lhe assegurar tudo que ela precisa, carinho, amor
e um ambiente necessário para desenvolver de todo o seu potencial.
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(https://www.google.com/search?q=FAMILIA+AUXILIANDO+CRIAN%C3%87A+COM+SINDROME+DE+DOWN+NAS+TAREFAS+DE+CASA)

(https://www.google.com/search?q=FAMILIA+AUXILIANDO+CRIAN%C3%87A+COM+SINDROME+DE+DOWN+NAS+TAREFAS+DE+CASA)

A família tem um papel determinante para o desenvolvimento da criança com SD que vai
implicar para o lado positivo ou negativo, além do papel da família temos outros fatores
determinante como é o caso da escola, trabalho genitores e clube, também contribuem muito para o
seu desenvolvimento.

5 LIGAÇÃO TEORIA E PRÁTICA


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Concluem-se que a cooperação dos pais constitui um dos principais fatores para o êxito do
processo de desenvolvimento e aprendizagem destas crianças. Quando não há esta colaboração,
dificilmente estas crianças conseguirão atingir um desenvolvimento satisfatório; os pais que aceitam
bem o filho ajudam na sua estimulação social e pessoal e consequentemente proporcionam a essas
crianças um melhor desenvolvimento físico, motor e psicossocial. Portanto é nosso dever lutar por
uma nova educação que traga benefícios a sociedade e que os alunos se sintam motivados e tenham
oportunidades de avançar conhecimentos e interação social.
Neste sentido umas das propostas necessárias observadas são:
Adaptar o conteúdo ao nível de conhecimento da criança;
Oferecer suporte/apoio físico ou visual sempre que necessário;
Fragmentar o conteúdo a ser ensinado e trabalhe um tópico de cada vez;
Utilizar de linguagem simples e clara;
Utilização de recurso concreto e exija menos do raciocínio abstrato e da capacidade de
inferência;
Repetir, repetir, repetir… a memorização do conteúdo depende de muita prática
Tendo em vista o perfil da Síndrome de Down, vamos apresentar algumas dicas de estratégias e
atividades a serem trabalhadas com o conteúdo escolar:
Graves déficits de linguagem são comuns na SD o que dificulta a aprendizagem da leitura
através do método fônico que trabalha a associação sometera. Por outro lado, as crianças com
Dowm apresentam uma boa capacidade de memória visual e, por isso, elas se beneficiam de
estratégias de alfabetização que trabalham com o reconhecimento da “palavra-inteira”, como é o
caso do método global. Por isso, inicialmente trabalhe o ensino de palavras-chaves. A
manipulação/associação das letras e sons deve ser um segundo passo (Down Syndrome Vitoria,
2009).
Muitas crianças com Down possuem hipotonia muscular, o que causa uma maior flacidez e
moleza dos braços, pernas ou musculatura da face. Em decorrência disso, elas podem ter
dificuldade na preensão correta do lápis, por isso, peça para a criança usar lápis mais grossos ou
adaptadores (apoio para os dedos). Além disso, trabalhe com elas a escrita das letras em um
tamanho maior.
A aprendizagem da matemática exige muito da capacidade de resolução de problemas e
abstração, assim, para que as crianças com Down compreendam o conteúdo, deve-se utilizar o
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apoio visual e trabalhar com materiais concretos. Além disso, procure contextualizar o conteúdo na
vida diária da criança, ensine-a a compreender horas e dinheiro.
Trabalhar com as diferenças na escola é o nosso grande desafio. Requer uma capacitação
teórico-prática e, principalmente, um olhar diferenciado sobre a criança para que seja possível
contornar as suas dificuldades e potencializar o que ela tem de melhor.
O grande desafio é contribuir para transformar a sociedade para que ela possa ver os
diferentes como seres individuais, estimular um perfil mais ético para a escola brasileira,
entendendo-se que para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada, “Devendo firmar
a convivência no contexto da diversidade humana, bem como aceitar e valorizar a contribuição de
cada um, conforme suas condições sociais” (Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações
Curriculares 1999, p.18). Com isso, ocorrerá à inclusão das pessoas com Deficiências, promovendo
a interação social, o desenvolvimento das habilidades físicas e intelectuais, levando-os a conviver
em grupo, trocar ideias, saber ouvir, descobrir coisas novas e participar de forma competente,
humana e mais valorizada na sociedade.

REFERÊNCIAS

CASSARIN, S. Aspectos psicológicos na SD. In: J. S. Schwartzman (Org.) São Paulo: Mackenzie,
1999, p. 263-285.7.

Down Syndrome Victoria (2009). Learners with Down syndrome – a handbook for teaching
professionals.
(Link: https://des111.wikispaces.com/file/view/Learners+with+Down+Syndrome.pdf)

FERNÁNDEZ. A. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e


da família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2ª ed. Revista e aumentada...


Porto Alegre: Artes Médica, 1995.

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