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Teste 2 P 2
Teste 2 P 2
1ºParagrafo:
-Acontecimento: algo que acontece num determinado tempo e
lugar, que é suscetível de afetar o sujeito, mas que não depende
da sua vontade. O ser humano não é a causa de tais
acontecimentos ou eventos, não os origina e não detem poder
sobre eles.
-No entanto, face aos acontecimentos o ser humano pode fazer
uma série de coisas.
-Muitas coisas que fazemos são realizadas inconscientemente.
Estas coisas não são consideradas ações, uma vez que não
sabemos que as estamos a fazer.
-Embora toda a ação seja algo que o ser humano faz, nem tudo o
que o ser humano faz é uma ação.
2ºParagrafo:
-Não serão as nossas decisões fruto da atividade do nosso
cérebro, e estes uma parte, como qualquer outra do universo
natural?
-Ou serão as nossas escolhas algo que transcende as leis da
natureza?
-Será a ação humana uma exceção à natureza?
-Se não temos livre arbítrio e se todas as ações são casualmente
determinadas, será que podemos continuar a reconhecer tanto
mérito como culpa em relação aquilo que fazemos?
3ºParagrafo:
-Para começarmos a refletir sobre o problema do livre arbítrio
temos de clarificar à partida dois conceitos: ação humana e
liberdade.
4ºParagrafo:
-Todas as ações são acontecimentos, mas nem todos os
acontecimentos são ações.
-Todas as ações são acontecimentos dado que ocorrem num
determinado tempo e lugar, mas:
*Nem todos os acontecimentos são ações, uma vez que ocorrem
coisas que não dependem da consciência, vontade e controlo do
sujeito racional , autónomo e responsável.
-Considera-se ação humana apenas o que fazemos de um modo
voluntário e consciente, aquilo que queremos efetivamente fazer
por exercício da vontade e de que realmente temos consciência,
agindo como algo livre, racional, intencional e responsável.
-Os atos humanos voluntários, porque revelam a intervenção da
vontade, envolvem a participação de um agente que, antes de
praticar a ação, pondera sobre os seus atos, escolhe de modo
responsável os meios para por em prática e pensa nas
consequências que destes poderão advir.
5ºParagrafo:
-Para bem refletirmos sobre o problema do livre arbítrio temos
de distinguir liberdade circunstancial de livre arbítrio.
6ºParagrafo:
-A liberdade de que dispomos não é liberdade absoluta.
-Trata-se de uma liberdade situada e condicionada que se
manifesta na capacidade de escolher-mos entre várias
alternativas possíveis, no quadro da nossa existência singular.
-Importa pensar o problema de liberdade tendo em conta a
relação do individuo com a natureza e com o outro.
-Se é verdade que podemos fazer umas coisas, também é
verdade que não podemos fazer outras.
8ºParágrafo:
-As condicionantes restringem e simultaneamente ampliam o
raio de ação do ser humano.
-A existência de condicionantes não implica a existência de livre
arbítrio. Pelo contrário, se dizemos que algo condiciona a
liberdade, então estamos a pressupor que esta, enquanto
possibilidade de optar, existe.
9ºParagrafo:
-Definição de condicionantes de ação humana- Todo o fator que
interfere nas nossas escolhas, que não as determinando em
absoluto, não deixa de as influenciar. Todo o conjunto de
constrangimentos e obstáculos que impõem limites à nossa
ação.
10ªParagrafo:
-A liberdade circunstancial nada nos diz sobre o modo como as
nossas escolhas foram originadas ou criadas.
-O problema do livre arbítrio diz respeito ao conflito entre o
poder da autodeterminação e o facto de estarmos sujeitos a
causas. Se o ser humano é agente, as suas ações são livres, mas
também sabemos que os seus atos ocorrem num mundo
governado por uma rede de causas. Assim, parece haver uma
imcompatibilidade difícil de transpor entre liberdade e
determinismo.
11ºParágrafo:
-A liberdade metafisica é a capacidade de agir de uma maneira
diferente á daquela que efetivamente agimos. Imagine uma
situação hipotética. Suponha que um cientista malvado faz
algumas experiências em seres humanos, removendo uma parte
do nosso cérebro responsável pela nossa capacidade de estar
consciente daquilo que estamos a fazer.
-Imagine ainda que esta operação é feita de tal forma que não
resulta na morte dessas pessoas, porém elas tornam-se
irreconhecíveis. São mais parecidas com zombies do que com
seres humanos. O seu comportamento torna-se completamente
impulsivo, inrefletido e instintivo.