“Na historiografia positivista só têm valor para a história os fatos retirados dos
documentos, os "únicos testemunhos do real”; logo, se não há documentos, não há
história"(p. 45) O autor traz o pensamento e alerta de Benjamin com relação à história e risco de se estudar ela de forma linear sem se atentar aos eventos que para a sua época passaram despercebidos. O autor ainda traz o esquema marxista ortodoxo que também tal qual os positivistas fragmenta o que está sendo estudado, mesmo por ideais diferentes e maneiras de enxergar diferentes ambos tendem a fragmentar seu objeto de estudo pegando o que lhes convém. E nisso surge o risco, fragmentar e usar este fragmento para entender a totalidade junto dessa ideia de totalidade é o que o autor traz se auxiliando no pensamento de Benjamin que acaba perdendo a maior fonte de história que seria o cotidiano e nisso fica claro que não é por meio apenas de documentos e lutas de classes que a história é feita. “O autor estava convencido do declínio da arte de narrar, da troca de experiências entre as diferentes gerações num mundo dominado pela técnica."(p. 46) As bases dessa discussão são retiradas de perguntas que Benjamin faz em de seus livros e nisso o autor discorre sobre essa falta que faz um bom cronista, pois com tantos meios de comunicação se tornou muito simples ter informações e quando se vincula isso ao ensino de história se entende que o professor tem de ser um cronista saber contar a história, não apenas transmitir como se fosse informações, pois como ja mostrou nos séculos de humanidade as narrativas são meios formidáveis para se conservar pois muitas culturas viveram e vivem de sua narrativas que foram se passando entre gerações Narrativas se abrem para interpretações que as deixam vividas e duradouras e a forma transitiva de conhecimentos se torna algo momentâneo o famoso decoreba , importante para aquela semana de provas ou naquele momento de pergunta em sala, mas será algo que esteja junto do aluno e que ele saiba aprofundar essa discussão. E é aí que professor tem de entrar como o meio de salvar a história que para o autor se trata de incentivar o aluno a se aprofundar no conteúdo(s) e isso é um trabalho difícil e exaustivo, o modo como a educação e reproduzida e como o sistema preserva ela torna tudo mais difícil e desgastante às vezes não só capacidade e força de vontade são o bastante para que se possa realmente ensinar história.