Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GLOSSÁRIO
HISTÓRIA DO CEARÁ II
CRATEUS/CE
2022
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
...........................................................................05
01
TEXTO 1: O festejo por princípio, a pilhéria por base, a revolta por fim.
Autor: Antonio Zilmar Silva
1.1 A REVOLTA POPULAR CONTRA A OLIGARQUIA
A população de Fortaleza, impossibilitada de derrotar o déspota Nogueira Acioly
pela via eleitoral em razão do controle fraudulento das eleições, conseguiu deportá-lo, depois
de 16 anos encastelado no governo do Ceará, através das armas. Foram três dias de luta na
cidade, com tiroteios, trincheiras, barricadas, praças depredadas, bondes virados, fábricas
incendiadas e centenas de mortos.
O nepotismo do velho Acioly não tinha limites, um de seus filhos era o 1º
vice-presidente, dos três representantes do senado, um era seu filho e o outro, genro, além dos
inúmeros empregos públicos dados a um grande número de parentes. Apesar da imprensa do
país inteiro fazer severas críticas a isso, nada acontecia para acabar com esses
desmandos.Essa inédita revolta popular armada em Fortaleza foi a explosão de uma
indignação crescente contra o autoritarismo e desmandos da oligarquia acolina. Para se
manter no poder por tanto tempo, a oligarquia contou com o apoio político do Governo
Federal e de coronéis do Interior (a “política dos governadores”), e usou e abusou da fraude
eleitoral, voto de cabresto, nepotismo, desvios de verbas, espancou adversários, empastelar
jornais oposicionistas e reprimiu trabalhadores, como foi o caso em que a polícia disparou
contra os catraieiros que ousaram fazer greve em, matando sete e ferindo 40. Com toda esse
revolta vigente e com o massivo auxílio de panfletos e outros meios a incitar os populares a
pegarem em armas e se revoltarem contra a oligarquia e no raiar do dia 24, o número de
combatentes era muito maior, até crianças e adolescentes faziam parte do grupo dos patriotas.
Todos as portas se abriram para socorrer os patriotas feridos e lhes dar alimento. O ataque
definitivo ao palácio do governo estava marcado com isso já tremulava uma bandeira branca
no velho casarão. Estava feito, Acioly entregou sua renúncia, a vitória foi do povo. Logo
após, o resultado da eleição foi esmagador: Franco Rabelo vencerá Bezerril Fontenele por
uma margem enorme. Em todo o Ceará, Franco Rabelo teve mais de 3/4 dos votos, e assim,
foi eleito. Sua vitória foi intensamente festejada na cidade, mas, dois anos depois foi deposto
por intervenção federal no Estado. Daí em diante, apesar de continuarem a existir grupos
oligárquicos no Ceará, não houve mais oligarquia monolítica no Estado.
Mesmo ante tantos revés seja na própria eleição que foi manipulado o dito ídolo do
povo
cearense Franco rabelo tinha diversos aliados e pontes construídas entre diversos poderes que
lhe viriam a facilitar e validar toda a sua luta e como seu principal aliado um povo
determinado e mudar que não lhe faltou com apoio e nem com revoltosos assim foi marcada
como diz no final do artigo
02
não lhes faltaram festas e arma nas praças de Fortaleza
03
TEXTO 3: Catolicismo militante e mutualismo operário na constituição da Legião
Cearense do Trabalho
Autor: Eduardo Oliveira Parent
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, A. Z. O festejo por princípio, a pilhéria por base, a revolta por fim. Projeto
História (Online), v. 28, p. 313-338, 2004.
Libertários: educação da solidariedade e educação da revolta – Adelaide Gonçalves,
Allyson Bruno.
Catolicismo militante e mutualismo operário na constituição da Legião Cearense do
Trabalho – Eduardo Oliveira Parente.
SOUZA, Simone. “Da ‘Revolução’ de 1930 ao Estado Novo”. In. Uma nova História do
Ceará. Organização, Simone de Souza; Adelaide Gonçalves ... [et al] – 3. ed. rev. e atual.
– Fortaleza Edições Demócrito Rocha, 2004.