Você está na página 1de 26

Estrutura do ensino conforme a legislação

Apresentação
A estrutura e organização da educação brasileira é definida por um conjunto de leis promulgadas
pela União, pelos estados e pelos municípios. Historicamente, no âmbito federal, cabe destacar as
diferentes Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDBs) (1961, 1971 e 1996-atual) para
compreender o seu desenvolvimento no Brasil.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB de 1961) e analisar as mudanças advindas com a LDB de 1971. Ainda, você verá o
panorama educacional de cada época, além de entender a evolução histórica que resultou na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996-atual, bem como seus impactos na
estrutura e organização da educação brasileira.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Discutir a elaboração e a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional (Lei n.o 4.024/1961).
• Relacionar as mudanças promovidas pela Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1.o e 2.o
graus (Lei n.o. 5.692/1971).
• Explicar como o panorama educacional evoluiu historicamente, resultando na aprovação Lei
n.o 9.394/1996.
Infográfico
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), vigente desde 1996, modificou a
organização e a estrutura da educação brasileira. Sendo assim, é importante você conhecer os
quatro eixos estruturantes propostos pela referida Lei n.º 9.394/96.

Acompanhe o Infográfico a seguir.


Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Conteúdo do livro
A Lei n.º 4.024/1961 trouxe alterações na forma como o currículo escolar era constituído, deixando
de ser tão rígido em termos de padronização. Já a Lei n.º 5.692/1971, também conhecida como
Reforma do Ensino de 1.º e 2.º Graus, impactou diretamente o ensino superior ao tornar o 2.º grau
obrigatoriamente profissional. Por fim, a Lei n.º 9.394/1996 propôs inúmeras mudanças de ordem
administrativa, operacional e pedagógica com relação à educação nacional.

No capítulo Estrutura do ensino conforme a legislação, da obra Organização e legislação da


educação, você vai compreender como as leis de diretrizes e bases da educação nacional de 1961,
1971 e 1996 foram construídas, analisando o contexto histórico e o que cada uma delas propõe
para nortear a educação no Brasil.

Boa leitura.
ORGANIZAÇÃO
E LEGISLAÇÃO
DA EDUCAÇÃO

Pablo Rodrigo Bes


Estrutura do ensino
conforme a legislação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„ Discutir a elaboração e a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e


Bases (LDB) da Educação Nacional (Lei nº. 4.024/1961).
„ Sumarizar as mudanças promovidas pela LDB para o ensino de 1º e
2º graus (Lei nº. 5.692/1971).
„ Explicar como o panorama educacional evoluiu historicamente e
resultou na aprovação da Lei nº. 9.394/1996.

Introdução
A estrutura e a organização da educação brasileira são definidas por
um conjunto de leis promulgadas pela União, pelos estados e pelos
municípios. Historicamente, em âmbito federal, podemos destacar as
diferentes LDBs da educação (1961, 1971 e 1996/atual) para compreender
o desenvolvimento da educação no Brasil.
Neste capítulo, você vai ler sobre a LDB de 1961 e analisar as mu-
danças decorrentes da LDB de 1971, bem como conhecer o panorama
educacional de cada época. Você também vai ver a evolução histórica
que resultou na LDB de 1996 (atual) e os seus impactos na estrutura e
organização da educação brasileira.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional de 1961
Ao analisarmos os aspectos contextuais do Brasil nas décadas de 1950 e 1960,
que forneceram as condições para a construção da LDB de 1961, é preciso
ressaltar que o Brasil se encontrava em um processo conhecido como nacio-
nal desenvolvimentismo. O processo de expansão industrial e urbanização
2 Estrutura do ensino conforme a legislação

iniciados na Era Vargas (1930–1945) tinha continuidade, procurando a con-


solidação do desenvolvimento da indústria nacional e de aspectos estruturais
mais amplos, como:

„ criação da malha rodoviária;


„ melhorias na infraestrutura das cidades;
„ garantia de saneamento básico.

As ideias educacionais que se encontravam em discussão junto ao Congresso


Nacional — desde a proposição do projeto de lei, em 1948, até a tramitação
e aprovação da Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961 — colocaram em
cheque alguns entendimentos divergentes sobre o ensino e a finalidade da
escola. Os principais pontos versavam sobre uma educação cristã nas escolas
públicas e uma maior ou menor participação do Estado na regulação dos
assuntos de âmbito escolar. Para que você possa entender um pouco melhor
essas correntes de pensamentos evidenciadas na época, o Quadro 1 expõe as
ideias de Carlos Lacerda e Anísio Teixeira.

Quadro 1. Correntes educacionais em discussão nas décadas de 1950 e 60

Carlos Lacerda Anísio Teixeira

Sociedades democráticas livres Sociedades democráticas igualitárias

Liberdade — famílias livres são condu- Igualdade — permite o rompimento


zidas pela orientação espiritual cristã das hierarquias entre as famílias da “boa
sociedade” e de classes populares

Escola — extensão da educação Escola — equaliza as educações de


realizada em casa diferentes lares

Defende a liberdade de ensino Defende a liberdade disciplinada pelo


Estado

Fonte: Adaptado de Montalvão (2010).

Como você pode perceber, o Brasil vivia, nesse período pré-LDB de 1961,
uma adaptação a um sistema político democrático, posterior ao período dita-
torial anteriormente vivido com Getúlio Vargas. A morosidade da aprovação
Estrutura do ensino conforme a legislação 3

da LDB, segundo Montalvão (2010), também se relaciona com os riscos de


se estender a regulamentação do ensino para os Estados e, assim, reforçar
as oligarquias estatais ou manter a regulamentação da educação plenamente
atrelada ao Estado. Contudo, a LDB de 1961 apresentou forte inspiração nos
princípios da solidariedade humana e da liberdade.
Ao se referir ao período de redemocratização brasileira, compreendido entre
1946 e 1964, Piletti (1996) comenta que, embora houvesse desenvolvimento
de movimentos populares, eleições diretas para todos os níveis e atuação de
órgãos representativos de diversos setores sociais, tratava-se de uma democracia
limitada, com restrições:

O Partido Comunista foi posto em ilegalidade em 1947, apenas dois anos depois
de sua legalização; os analfabetos não puderam votar; as desigualdades na
distribuição de renda e da propriedade da terra tornaram quase impossível a
participação dos mais pobres, etc. Entretanto, comparando-se com a ditadura
anterior, do Estado Novo, e como o poder autoritário instalado em 1964, po-
demos afirmar que o Brasil viveu quase duas décadas de regime democrático
(PILETTI, 1996, p. 186).

Em 1955, o Brasil elegeu Juscelino Kubistchek, que assumiu em 1956


valendo-se do slogan “50 anos em 5”, o que evidenciava os esforços da
época em busca do desenvolvimento. Foi um período reconhecido pelas
liberdades democráticas e pelo desenvolvimento industrial, com o objetivo
de, por meio do Plano de Metas e do slogan “50 anos em 5”, construir uma
infraestrutura para o País, incluindo estradas, transportes, redes de energia e
a construção da cidade de Brasília (ANDREOTTI, 2006). Foi nesse período
do governo Kubistchek que o avanço da economia dos Estados Unidos, que
se estendia a muitas nações, também chegou ao Brasil, sobretudo com as
indústrias multinacionais da área automobilística, promovendo a entrada de
capital estrangeiro no País.
Analisando os reflexos da expansão industrial que ocorreu a partir da
entrada do capital estrangeiro norte-americano no Brasil, Aranha (2004)
afirma que cresciam as disparidades regionais, os centros urbanos começaram
a inchar e aumentaram a inflação e as distorções de concentração de renda.
Esses fatores também contribuíram para que os movimentos conservadores
e anticomunistas instaurassem a ditadura militar em 1964. O Quadro 2
apresenta a estrutura do sistema de ensino proposta pela Lei nº. 4.024/1961
(BRASIL, 1961).
4 Estrutura do ensino conforme a legislação

Quadro 2. Estrutura do sistema de ensino proposta pela Lei nº. 4.024/1961

Educação pré-primária Até 7 anos

Ensino primário Quatro séries

Ginasial (quatro séries) e colegial


Ensino médio
(três séries ao menos)

Industrial, agrícola e comercial


Ensino técnico Curso de formação de professores (normal)
Ginasial e colegial

Ensino superior Graduação, pós-graduação, especialização

Fonte: Adaptado de Brasil (1961).

A educação pré-primária era ofertada em escolas maternais ou jardins


de infância. O ensino primário era obrigatório a partir dos 7 anos. O ensino
secundário era considerado a soma do ginasial e do colegial. No ensino técnico,
além de formar para a área industrial, agrícola e comercial, havia o curso
normal, visando formar professores para a docência na educação pré-primária
e no ensino primário. No ensino superior, havia as graduações para concluintes
do ensino médio, as pós-graduações para os concluintes das graduações e
de especialização, aperfeiçoamento e extensão de acordo com os requisitos
exigidos pelas instituições de ensino.
De acordo com Piletti (1996), a Lei nº. 4.024/1961 trouxe alterações na
forma como o currículo escolar era constituído, deixando de ser tão rígido
em termos de padronização e possibilitando aos estabelecimentos de ensino
definir matérias optativas. Dessa forma, os currículos passaram a ser compostos
pelas seguintes partes:

„ parte nacional;
„ parte regional;
„ parte própria dos estabelecimentos.

As disciplinas da parte nacional eram obrigatórias, compreendendo:

„ português;
„ história;
„ geografia;
Estrutura do ensino conforme a legislação 5

„ matemática;
„ ciências;
„ educação física.

A parte regional também envolvia disciplinas obrigatórias a serem fixadas


pelos Conselhos de Educação dos Estados, e as disciplinas pertencentes aos
estabelecimentos de ensino poderiam ser escolhidas de uma lista elaborada pelos
Conselhos de Educação dos Estados das regiões em que a escola se localizava.
Nas décadas de 1950 e 1960, no Brasil, também houve diversos movimentos
em busca de uma educação popular voltada à alfabetização de adultos. O obje-
tivo era erradicar o analfabetismo e propor às massas populares escolarizar-se,
contribuindo com o crescimento e desenvolvimento nacionais. Destacamos,
a partir de Piletti (1996), as seguintes:

„ Campanha de Educação de Adultos, de iniciativa do Ministério da


Educação (MEC), de 1947 até 1954;
„ Movimento de Educação de Base, articulado pela Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), nos anos de 1961 a 1965;
„ Programa Nacional de Alfabetização, cuja estrutura foi iniciada em
1963 e viria a valer-se do uso do sistema de alfabetização proposto
por Paulo Freire para conduzir as suas atividades educacionais com
a parceria de inúmeras organizações da sociedade civil para cumprir
com os seus objetivos.

O Programa Nacional de Alfabetização não se estabeleceu em virtude da


tomada do poder pelos militares, que o extinguiram.

O regime militar instaurado no Brasil em 1964 também teve fortes impactos na área
educacional, uma vez que impôs muitas reformas de forma vertical, sem a participação
de professores, alunos e demais membros da sociedade. Da mesma forma, desarticulou
as entidades do movimento estudantil, como a União Nacional dos Estudantes (UNE),
que foi substituída pelo Diretório Nacional de Estudantes, órgão dependente do MEC.
Foi um período de controle total dos docentes e de seus alunos. Toda e qualquer
forma de discussão contra o regime era considerada subversão, havendo prisões e
exílio de seus praticantes.
6 Estrutura do ensino conforme a legislação

Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional de 1971
Antes de comentarmos mais especificamente sobre a Lei nº. 5.692, de 11 de
agosto de 1971, temos que conhecer alguns aspectos históricos que fazem parte
da época anterior à lei. O Brasil, mesmo vivendo sob o período da ditadura
militar, continuava, a partir das lutas do movimento estudantil, aspirando algu-
mas demandas educacionais, como o aumento de vagas no ensino superior. Por
meio da reforma Universitária proposta pela Lei nº. 5.540, de 28 de novembro
de 1968, foram colocadas em prática as seguintes iniciativas (BRASIL, 1968):

„ instituição do vestibular classificatório;


„ organização da universidade em departamentos;
„ organização do ensino em semestres;
„ estruturação da universidade em unidades (faculdades);
„ ampliação das vagas em escolas superiores particulares.

A luta dos estudantes por mais vagas no ensino superior foi motivada pelo
fato de que muitos atingiam a média mínima para ingressar na universidade,
mas eram considerados excedentes. As vagas eram poucas e restritas aos
estudantes que tinham maiores médias. Com o estabelecimento do vestibular
com seleção classificatória, passaram a ser disponibilizadas somente as vagas
realmente existentes, eliminando a categoria dos excedentes.
Organizar as universidades em departamentos e o ensino em semestres
visava ao alinhamento com a lógica empresarial e à eficiência às instituições.
Da mesma forma, organizar as universidades em unidades/faculdades quebrou
a centralização dos diferentes cursos em torno das faculdades de filosofia,
ciências e letras, o que “[...] dificultou a integração entre os estudantes e a
vida universitária propriamente dita; por outro lado, as matérias filosóficas,
importantes para estimular a reflexão e a discussão, tornaram-se optativas
para a maior parte dos estudantes” (PILETTI, 1996, p. 205).
A Lei nº. 5.692/1971, também conhecida como a Reforma do Ensino de
1º e 2º Graus, impactou diretamente o ensino superior ao tornar o 2º grau
obrigatoriamente profissional. Dessa forma, a obtenção de um diploma téc-
nico nessa etapa do ensino acabava por desviar alguns alunos da busca pela
formação no ensino superior.
Estrutura do ensino conforme a legislação 7

Tanto a Reforma Universitária (Lei nº. 5.540/1968) (BRASIL, 1968) quanto


a Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus (Lei nº. 5.692/1971) (BRASIL, 1971)
tiveram a participação técnica e a cooperação financeira de um órgão norte-
-americano: a United States Agency for International Development (USAID),
ficando conhecidas as reformas como os acordos MEC–USAID. Eram três os
pilares em que se assentaram as reformas propostas (Aranha, 2004):

„ educação e desenvolvimento;
„ educação e segurança;
„ educação e comunidade.

Era necessário formar mão de obra urgentemente para um mercado em


expansão no território nacional. Também havia o interesse na formação de um
cidadão com espírito cívico, consciente da importância da ordem para o País,
o que passou a ser visto nas escolas a partir das disciplinas curriculares de:

„ educação moral e cívica;


„ organização social e política do Brasil (OSPB);
„ estudos de problemas brasileiros (EPB).

Ao analisar os acordos MEC–USAID que deram lastro às reformas du-


rante o governo militar, Clark, Nascimento e Silva (2006, documento on-line)
comentam que:

Para os países centrais, que implementavam a expansão do capitalismo, os


investimentos na área de educação dos países periféricos tinham por objetivo
expandir mercados, introduzindo novos hábitos de consumo nas camadas mais
altas da população e, ao mesmo tempo, criar, através do ensino, mão-de-obra
(sic) de baixo nível. Dessa forma, a dependência cultural é, ao mesmo tempo,
fator e instrumento de reforço da dependência política e da dependência
econômica.

Assim, você pode perceber que as questões educacionais acabam atreladas


aos aspectos políticos e econômicos que envolvem as nações. As décadas
de 1960 e 1970 foram marcadas pela expansão do capitalismo e da busca de
hegemonia norte-americana, tendo início os processos de mundialização das
grandes corporações, o que necessitava de mão de obra e de consumidores em
potencial. Ao estabelecer esses acordos, o Brasil contou com a USAID para
gerir aspectos em todos os níveis da educação escolar nacional.
8 Estrutura do ensino conforme a legislação

Outro fator que merece destaque e que serviu de base para a implementação da LDB
de 1971 é a visão proposta pela Teoria do Capital Humano, desenvolvida por Theodore
Schultz na década de 1960, que propunha aliar os sistemas educacionais com os
sistemas produtivos. Ou seja, propunha a ideia de medição, de criação de um valor
econômico para a educação, que, segundo essa teoria, poderia fazer o indivíduo se
responsabilizar pela busca por instrução e, se assim o fizesse, obter melhores empregos
e melhor renda.

Esse caráter utilitarista da Teoria do Capital Humano ainda continua em


voga. Frequentemente, ouvimos expressões como “a educação é a única coisa
que ninguém tira de você” e “não deixe de estudar para ter um futuro melhor”,
as quais caracterizam bem o teor da Teoria do Capital Humano, que alia
a educação com o desenvolvimento pessoal, progresso e desenvolvimento
econômico dos países.
De acordo com Aranha (2004), as principais mudanças advindas com a
Lei nº. 5.692/1971 foram:

„ extensão da obrigatoriedade do 1º grau para oito anos — anteriormente


eram quatro anos obrigatórios;
„ escola única — não existe mais separação entre o secundário e o técnico;
„ profissionalização em nível médio para todos;
„ integração geral do sistema educacional, possibilitando a continuidade
do ensino primário ao superior;
„ cooperação das empresas na educação.

Embora tenham sido propostas mudanças significativas no sistema educa-


cional brasileiro, a operacionalização da Lei nº. 5.692/1971 esbarrou em grandes
problemas estruturais e de recursos para que se concretizasse plenamente. A
ênfase maior, então, restringiu-se aos aspectos empresariais e tecnocráticos
que visavam ao mercado de trabalho, não aos aspectos pedagógicos. Aranha
(2004) acrescenta que, nesse período, a relação entre a escola e a comunidade
focava em captar mão de obra para o mercado e na adaptação da escola ao
modelo da estrutura organizacional das empresas.
A intenção de transformar todas as escolas de ensino de 2º grau em escolas
profissionalizantes também não se efetivou plenamente, uma vez que “[...]
Estrutura do ensino conforme a legislação 9

não havia recursos materiais, financeiros e humanos para tanto” (CLARK;


NASCIMENTO; SILVA, 2006, p. 130). Dessa forma, permaneceu, no período,
a dualidade entre o ensino médio profissionalizante e aquele propedêutico,
visando à preparação para o ensino superior.
Outra modificação que antecedeu a LDB de 1971 foi o Movimento Bra-
sileiro de Alfabetização (Mobral), relativo à educação de adultos no Brasil,
uma vez que as taxas de analfabetismo desse público ainda eram muito altas
— cerca de 30%. Foi utilizada a lógica discursiva da palavra “movimento”
para dar a conotação de ter partido de iniciativa popular, conforme havia sido
os movimentos sociais de alfabetização de adultos propostos por Paulo Freire
antes da ditadura militar.

Um dos precursores a desenvolver estudos e experimentações junto às comunidades


pobres brasileiras, procurando alfabetizar jovens e adultos, foi Paulo Freire. Para atingir
os seus objetivos educacionais, o autor procurava seguir os princípios da andragogia
(educação de adultos), que se calca no despertar do interesse do aprendiz para a
educação ao perceber suas conexões com a sua realidade social. Paulo Freire entendia
que, ao ser alfabetizada, a pessoa poderia, a partir do conhecimento, refletir sobre
sua realidade e buscar as condições para modificar a situação de pobreza em que
se encontrava.

Evolução do panorama educacional


e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
de 1996 (atual)
O cenário que viveu o Brasil nos anos 1980 foi de enfraquecimento e con-
testação do regime militar e de início de um processo de busca pela redemo-
cratização nacional, que se consolidou em 1985 com a eleição de Tancredo
Neves. Tancredo foi eleito de forma indireta, uma vez que as campanhas
populares “Diretas Já” não obtiveram sucesso, sendo rejeitadas pelo Con-
gresso Nacional da época. Tancredo Neves concorreu com Paulo Maluf e foi
eleito com 480 votos contra 180 de Maluf. Porém, nunca chegou a assumir
a Presidência da República, pois adoeceu e acabou falecendo vítima de
10 Estrutura do ensino conforme a legislação

complicações intestinais ocasionadas por uma diverticulite. Diante disso, o


vice-presidente, José Sarney, assumiu a presidência.
Ao comentar sobre os aspectos históricos envoltos no período de redemo-
cratização brasileira, Aranha (2004, p. 216) acrescenta que “[...] no plano na
educação, em 1980, já era amplamente reconhecido o fracasso da implantação
da reforma da LDB, e a Lei nº. 7.044/82 dispensa as escolas da obrigatoriedade
da profissionalização, sendo retomada a ênfase para a formação geral”. Da
mesma forma, a partir do Parecer nº. 342/1982, a filosofia voltava ao ensino
como disciplina optativa.
A educação foi amplamente discutida na Assembleia Constituinte instalada
em 1987, que produziu a Constituição Federal de 1988, em vigência até o mo-
mento. Os objetivos propostos como pilares na LDB de 1971 se incorporaram
ao Texto Constitucional:

Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho (BRASIL, 1971, documento on-line).

Como percebemos, a educação passa a comprometer, de forma mais


contundente, a família e a sociedade nos objetivos educacionais, não so-
mente o Estado. A Constituição Federal de 1988 traz, no art. 206, alguns
princípios que devem ser considerados, pois tiveram reflexo direto na LDB
de 1996. São eles:

Art. 206 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I — igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II — liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III — pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV — gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V — valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público
de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI — gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII — garantia de padrão de qualidade;
VIII — piso salarial profissional nacional para os profissionais da educa-
ção escolar pública, nos termos de lei federal (BRASIL, 1988, documento
on-line).
Estrutura do ensino conforme a legislação 11

A Constituição Federal de 1988 é uma lei viva, que se atualiza a partir da criação de
emendas e das conquistas de movimentos sociais, que vão incorporando ao seu texto
novas demandas e propondo novos parâmetros para a educação nacional (BRASIL,
1988). É o caso da instituição do plano de carreira e dos concursos de provas e títulos
para os professores da rede pública, conforme o princípio V, bem como do piso salarial
nacional para os professores da rede pública, ambos acrescidos a partir da Emenda
Constitucional nº. 53, de 19 de dezembro de 2006.

O cenário do Brasil e de todas as nações na década de 1990 era o de instau-


ração do processo de globalização econômica, política e cultural. Esse processo,
aliado ao desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação em
nível digital, transformaram o mundo. As relações entre as pessoas mudaram
e, por consequência, as exigências profissionais e os aspectos relacionados à
aprendizagem foram revistos e repensados para atender a essas novas deman-
das. Ao analisar esse período, que antecede a escrita da LDB 1996 (atual),
Carneiro (2006, p. 9) comenta que:

Na perspectiva da construção do saber, da ideia estanque de conteúdo apren-


dido, evolui-se para a noção de capacidade para a inovação. Em decorrência,
a educação era instada a buscar novos paradigmas capazes de preparar traba-
lhadores com alta qualificação, íntimos de tecnologias nascentes. Aprender a
lição passou a ser pensar, criar, imaginar e, não, memorizar apenas.

Dessa forma, eram necessárias flexibilidade, autonomia pedagógica, ad-


ministrativa e financeira para que as escolas pudessem contemplar os seus
projetos político-pedagógicos. “Por outro lado, a União, instância coordenadora
da política nacional de educação, vai se guiar pelo princípio colaborativo com
Estados e Municípios (sic), desaparecendo, assim, o histórico comando vertical
da educação nacional” (CARNEIRO, 2006, p. 10). A Lei nº. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, está em sintonia com o texto da Constituição Federal de
1988, assegurando (AMORIM, 1997, p. 9):

„ a educação como um direito de todos e dever do Estado e da família;


„ uma sistemática educacional que desenvolva o homem de forma integral,
seu preparo para saber exercer seus direitos de cidadão e qualificação
nas atividades do trabalho;
12 Estrutura do ensino conforme a legislação

„ igualdade, liberdade e pluralismo de ideias na escola;


„ ensino público e gratuito a todos nos estabelecimentos oficiais, com
valorização da carreira do professor, qualidade de ensino e gestão
democrática na escola.

Vamos conhecer agora alguns aspectos específicos que modificaram os


entendimentos sobre a educação e que foram inseridos pela LDB 1996 (atual).
O primeiro aspecto de caráter filosófico e pedagógico está já no art. 1º, quando
define o sentido de educação:

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na


vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais (BRASIL, 1996, documento on-line).

Assim, fica estabelecido o aspecto abrangente da educação, no sentido da


participação de várias outras instâncias na formação das subjetividades dos
alunos. A esse respeito, Carneiro (2006, p. 31) destaca que o sentido dado à
educação, “[...] na legislação anterior, por exemplo, era sinônimo de ensino”.
Ou seja, a LDB anterior, de 1971, referia-se sempre à educação formal, de
forma restritiva. Ainda no art. 1º, a Lei nº. 9.394/1996 propõe quatro conceitos
estruturantes para os processos educativos a serem desenvolvidos nas escolas
(BRASIL, 1996):

„ prática social;
„ mundo do trabalho;
„ movimentos sociais;
„ manifestações culturais.

As finalidades da educação propostas pela Constituição Federal de 1988,


o pleno desenvolvimento do educando, o preparo para o exercício da cidada-
nia e a qualificação para o trabalho são ratificados no art. 2º da LDB 1996
(atual). Também os princípios constitucionais propostos são reforçados no
art. 3º, acrescidos de dois novos princípios: a valorização da experiência
extraescolar e a vinculação entre educação escolar, trabalho e práticas sociais.
A valorização da experiência extraescolar tem como objetivo quebrar a
ideia hegemônica de que somente a educação formal deva ser valorizada,
uma vez que o ser humano vive experiências culturais ricas de aprendizado
nos grupos sociais em que participa. É preciso que esses conhecimentos
Estrutura do ensino conforme a legislação 13

construídos sejam valorizados pelos alunos fora da escola. Carneiro (2006,


p. 42) argumenta que:

[...] o extra-escolar (sic) não é a subeducação. Pelo contrário, o extra-escolar


(sic) é o trabalho, a convivência, o lazer, a família, o amor, a festa, a igreja,
o esporte em suas diversas modalidades, a vida enfim. Portanto valorizar o
extra-escolar (sic) é atribuir valor educativo ao cotidiano das pessoas.

A vinculação entre educação escolar, trabalho e práticas sociais, por sua


vez, vem ao encontro de uma tendência do mundo contemporâneo, que propõe
o “aprender a aprender”. Ou seja, é necessário que a educação possa articular-se
com as transformações da vida social e do trabalho, propondo um currículo
ativo e de metodologias pedagógicas que contemplem essas mudanças nos
formatos de aprender. Veja como o ensino ficou organizado a partir da Lei
nº. 9.394/1996 (Quadro 3).

Quadro 1. Organização do ensino da LDB 1996 (atual)

Educação básica

Educação infantil Variável

Ensino fundamental 9 anos

Ensino médio 3 anos

Educação superior

Ensino superior Variável

Os níveis da educação escolar passam a ser dois: educação básica e educação


superior. A educação de jovens e adultos, a educação profissional e a educação
especial são modalidades de educação.

Fonte: Adaptado de Carneiro (2006) e Brasil (1996).

Um dos grandes avanços conquistado com a LDB de 1996 é o entendi-


mento de que a educação infantil deve compor a primeira etapa da educação
básica. Isso contribui para que seja vista com o peso e o caráter pedagógico
necessários, quebrando a antiga e discutível divisão entre o cuidar e o educar
que acompanhava a educação infantil historicamente.
14 Estrutura do ensino conforme a legislação

Da mesma forma, a obrigatoriedade da matrícula dos alunos na escola passa


a ser aos 4 anos de idade, procurando garantir o direito da criança também à
educação infantil, conforme o art. 6º da LDB. A educação infantil apresenta
a seguinte divisão:

„ creche — para crianças de até 3 anos de idade;


„ pré-escola — para crianças de 4 e 5 anos de idade;
„ ensino fundamental — para crianças de 6 anos de idade, conforme
mudança proposta pela Lei nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que
alterou os arts. 29, 30, 32 e 87 da LDB e ampliou o ensino fundamental
para nove anos (BRASIL, 1996).

Entre os muitos aspectos positivos da LDB de 1996, podemos destacar o


regime de colaboração entre União, estados e municípios, que passa a vigorar
com o entendimento de que, para que se atinjam os objetivos educacionais, deve
haver o comprometimento das diferentes esferas. As responsabilidades de cada
ente da federação ficam descritas e amarradas no documento, estabelecendo
como incumbências primordiais:

„ da União — ensino superior;


„ dos estados e do Distrito Federal — ensino médio;
„ dos municípios — ensino fundamental e educação infantil
prioritariamente.

Merece destaque a implementação de avaliações de larga escala para


mensurar o desempenho estudantil e, consequentemente, ter uma avaliação
da qualidade das escolas que compõem o sistema de ensino nacional. Essas
medidas hoje são percebidas por meio do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) e do Censo Escolar.
Da mesma forma, a LDB traz, no art. 59, uma referência aos alunos com
necessidades especiais, que era a terminologia adotada na época para os alunos
com deficiências de quaisquer ordens, propondo os devidos cuidados e adap-
tações em termos de currículos, técnicas, avaliações, recursos e professores
para atendimento especializado desse público em particular. Atualmente esses
assuntos são tratados no âmbito da educação inclusiva, não mais da educação
especial, como na época.
Estrutura do ensino conforme a legislação 15

Outro ganho para o corpo de docentes que advém com a LDB de 1996
é percebido no art. 67, quando cita “V. período reservado a estudos, pla-
nejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho” (BRASIL, 1996,
documento on-line). Ou seja, os sistemas de ensino tiveram que se adequar
e propor tempos de planejamento para que os professores pudessem preparar
melhor suas aulas dentro da carga horária de seus respectivos contratos de
trabalho. Isso fez, inclusive, alguns municípios optarem por ceder esse tempo
de planejamento para que pudesse ser realizado dentro ou fora da escola, a
critério dos docentes.
Como podemos perceber, são inúmeras as mudanças de ordem adminis-
trativa, operacional e pedagógica que se estabeleceram a partir da Lei nº.
4.394/1996 e que norteiam a educação nacional.

Para ter um conhecimento mais aprofundado a respeito da LDB 1996 (atual), reconhe-
cendo como ela abrange os inúmeros aspectos da educação nacional, busque por ela
no site do Governo Federal, onde é constantemente atualizada.

Para que possamos perceber como as LDBs promoveram modificações nas formas
de pensar e organizar os sistemas de ensino e a escola, basta compará-las. Assim,
percebermos que acompanharam as tendências mundiais que enfatizam a cidadania e
a gestão democrática propostas na década de 1990, em documentos como o Relatório
da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
intitulado Educação: um tesouro a descobrir, lançado em 1996, e que propõe uma
educação voltada para um mundo global. Dessa forma, podemos dizer que a escola
é chamada a responder às demandas necessárias para a sociedade em cada época
histórica. Foi assim com a LDB de 1961, de 1971 e de 1996.
16 Estrutura do ensino conforme a legislação

AMORIM, A. A nova LDB: Lei nº. 9.394/96. Análise e aplicação. Salvador: Portfolium, 1997.
ANDREOTTI, A L. A administração escolar na Era Vargas e no Nacional-Desenvolvi-
mentismo (1930-1964). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, n. especial, p. 102-123,
ago. 2006. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/
art8_22e.pdf>. Acesso em:22 out. 2018.
ARANHA, M. L. A. História da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consti-
tuicao/constituicao.htm>. Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1971); LDB (1971). Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 12 ago. 1971. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/
fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso
em: 22 out. 2018.
BRASIL. Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (1961); LDB (1961). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 dez. 1961. Disponível
em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-
-353722-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Lei nº. 5.540, de 28 de novembro de 1968. Reforma Universitária (1968). Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 29 nov. 1968. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
legin/fed/lei/1960-1969/lei-5540-28-novembro-1968-359201-publicacaooriginal-1-pl.
html>. Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (1996); LDB (1996). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível
em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-
-362578-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 22 out. 2018.
CARNEIRO, M. A. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. 12 ed. Rio de
Janeiro: Vozes, 2006.
CLARK, J. U.; NASCIMENTO, M. N. M.; SILVA, R. A. A administração escolar no período
do governo militar (1964-1984). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, n º. especial, p.
124-139, ago. 2006. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/revis/
Especial/Final/art9_22e.pdf>. Acesso em: 22 out. 2018.
MONTALVÃO, S. A LDB de 1961: apontamentos para uma história política da educação.
Mosaico, v. 2, n. 3, p. 21-39, 2010.
PILETTI, C. História da educação. São Paulo: Ática, 1996.
Conteúdo:
Dica do professor
A formulação das leis de diretrizes e bases da educação nacional surgem a partir de
discussões realizadas em torno da educação e da sua importância para o Brasil em cada época.
Dessa forma, cabe à LDB organizar e estruturar a educação, para que esta contemple as demandas
de cada período histórico.

Nesta Dica do Professor, você verá o contexto histórico, o conteúdo da LDB de 1961 e suas
reverberações até hoje nas discussões educacionais.

Veja, a seguir.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Na prática
Para que a educação se estruture de forma organizada e padronizada em todo o território nacional,
faz-se necessário definir normas e parâmetros a serem seguidas pelas instituições de ensino. Essa
estrutura é proposta a partir da regulação feita pelo Ministério da Educação por meio da LDB, em
que aponta os níveis da educação e suas modalidades.

Aproveite para conhecer, Na Prática, um pouco mais sobre a LDBEN 1996-atual.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!


Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

LDB (atualizada em 2019)


Acesse e saiba quais foram as cinco alterações que a LDB 9394/96 sofreu.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

O direiro à EJA nas constituintes e LDBs brasileiras (1934-1996)


Ao realizar a leitura deste texto, você se apropriará um pouco mais dos aspectos históricos
envolvidos nos períodos estudados.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

O vigésimo ano da LDB: as 39 leis que a modificaram


Para que você perceba como a LDB vai sendo alterada e acrescida com as demandas para a área
educacional que surgem após sua homologação em 1996, leia este artigo do professor Dermeval
Saviani, publicado na revista Retratos da Escola.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Você também pode gostar