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1. O CEARÁ REPUBLICANO
A segunda metade do século XIX no Brasil foi marcada por grandes movimentações políticas
e sociais, mudanças essas resultantes da chegada das ideias liberais e científicas na qual abriram
caminhos para as agitações que efetivaram a abolição da escravatura e o surgimento do sistema
político republicano.
Oligarquia: o termo oligarquia significa governo de poucos. É uma forma na qual o poder
político se encontra concentrado nas mãos de um pequeno número de pessoas privilegiado
por algum motivo.
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Em sua chegada ao poder, Deodoro da Fonseca passa a se articular contra todos aqueles que
até então apoiavam Floriano. No caso do Ceará, o general Clarindo de Queiroz foi perseguido
principalmente por sua mais forte oposição, liderada pelo oligarca Nogueira Accioly. As
movimentações entre o governo de situação e o de oposição provocou, no dia 16 de fevereiro de
1892, um violento conflito na cidade de Fortaleza, deixando o número de 13 mortos. Posteriormente
Clarindo foi deposto pelas forças oposicionistas.
A implementação do sistema republicano havia, de certa forma, enfraquecido os poderes e
alianças entre algumas oligarquias. No Ceará, para retomar seus postos de poder e decisão política
referente ao governo, os antigos oligarcas vieram a se aproveitar dos desentendimentos entre os
grupos republicanos e se rearticularam, voltando a controlar diversos cargos de poder dentro da
máquina administrativa do estado.
Apesar de retomarem alguns postos públicos administrativos, devemos considerar que o
republicanismo cearense provocou diversas transformações, já que o período imperial estabeleceu
forte repressão política principalmente em relação aos setores republicanos que participaram da
Revolução Pernambucana em 1817 e da Confederação do Equador em 1824. Durante o período
imperial as famílias oligárquicas Accioly, Pompeu, Rodrigues e Paula acabaram se adaptando às
estruturas do governo de D. Pedro II, durante o segundo reinado, fazendo articulações para garantir
seus privilégios econômicos, políticos e sociais. Como exemplo dessas adaptações, podemos citar
Martiniano de Alencar que, durante o segundo reinado, ocupou o cargo de senador e defendeu o
centralismo político em troca de privilégios econômicos. Posteriormente veio a fazer o jogo do
sistema republicano.
Já na República, os republicanos não estavam articulados para defender os interesses da
população, não tendo uma organização política real. A concretização do sistema republicano deu
condições para que as antigas oligarquias pudessem, de imediato, ser afastadas do poder, mas por
pouco tempo. Posteriormente, as oligarquias vieram a se reorganizar nos centros republicanos
agindo então de forma cívica em um recuo estratégico, na qual conseguiram se adaptar à nova
situação política de governo. Assim, muitos deixaram de lado as ações pró-monarquia. Essas
oligarquias se apropriaram dos elementos discursivos do republicanismo envolvendo palavras como
seguridade, ordem, progresso, melhorias sociais, participação, civismo, entre outras, tendo por
objetivo conseguir retomar o controle político do Estado. Logo, a aproximação do poder permitiu o
retorno das tradicionais oligarquias e prenunciou a ascensão e permanência da República das
Oligarquias por décadas.
Um dos personagens representantes dessa política oligárquica cearense é Nogueira Accioly,
que por meio do uso do autoritarismo, da corrupção e violência veio a garantir sua hegemonia
política entre os anos de 1896 e 1912. Através de seu casamento com Maria Tereza, filha do chefe
liberal e senador Thomaz Pompeu de Souza, o Brasil veio a fazer diversas alianças políticas. Após um
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golpe com ajuda de seus aliados, chegou à presidência da Assembleia Legislativa, posteriormente
nomeado Senador e, em 1896, tornou-se o primeiro civil a ocupar o cargo de governante máximo
do Ceará.
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presença de 8 mil pessoas), sendo esses currais humanos cercados por arames farpado e vigilância,
tudo isso para manter a miséria e a pobreza distantes da elite cearense.
Como medida para pôr fim a esse campo de concentração, o governo cearense criou incentivo
para que aquelas pessoas migrassem para a região da Amazônia, tendo como resultado a
desativação do local. Contudo, no ano de 1932 ocorreu nova seca, fazendo com que o governo
reabrisse o campo de Fortaleza junto a outros, localizados no interior do Estado em um processo de
confinamento das pessoas mais pobres. No auge da crise ocorreram saques e tomadas de trens de
transporte que iam para a capital, além da atribuição de aparecimento das primeiras favelas como
a do Pirambu, localizada no trajeto dos retirantes que construíam casas próximas às linhas férreas.
Em alguns desses campos havia pequenas estruturas, como postos médicos, barbearia, banheiro e
cozinha.
Jornal O Povo de 20/06/1932 - Em Fortaleza havia 02 campos de concentração Fonte: Arquivo do Jornal O Povo
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Em sua grande maioria, os fugidos da seca eram fortemente envolvidos por questões
religiosas sendo que em uma mão seguravam a enxada do trabalho e a outra utilizavam para clamar
ajuda dos céus. Devido a isso os sertanejos acompanharam figuras religiosas ao longo de sua história.
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os seus 45 anos tinha a posição de um simples padre de aldeia, rezando suas missas em uma simples
capela, até quando um misterioso fenômeno chamou a atenção da comunidade e da Igreja católica.
Na realização de uma missa, ao ministrar a comunhão da beata Maria de Araújo, viu sua hóstia
consagrada transformar-se em sangue, protagonizando o milagre do Juazeiro. Nas palavras de Padre
Cícero, "Não posso duvidar, porque vi muitas vezes", escreveu ele a dom Joaquim José Vieira, bispo
do Ceará. Esse fato o levou a perder seus direitos do sacerdócio.
Além da vida religiosa, Padre Cícero também atuou na esfera política cearense ao fazer
aliança com Nogueira Accioly, tendo como desdobramento a Sedição de Juazeiro. Devemos
considerar que a política nacional provocara reflexos no Ceará, pois nesse momento Hermes da
Fonseca havia chegado à presidência com o apoio do Rio Grande Do Sul, depois de garantir o apoio
de Pinheiro Machado. Machado ocupava o cargo de líder da comissão de verificação que em última
instância tinha o poder de decidir quem assumiria os cargos de deputado federal, já que tinha o
poder de validar ou não os votos nos momentos de eleição. O fato é que nesse momento veio a
ocorrer uma troca de oligarquia no poder.
Sedição de Juazeiro
No Ceará, como dito anteriormente, o oligarca Nogueira Accioly acabou por ser deposto de
seu cargo através de uma rebelião popular feita por setores urbanos de Fortaleza. No ano de 1912
chega ao poder do Estado o militar Franco Rabelo, ligado aos políticos positivistas do Rio de Janeiro
e tendo por decisão excluir do mapa político as antigas oligarquias cearenses. Nesse momento surge
a figura de Padre Cícero e a questão da Sedição do Juazeiro.
O Padre, ao fazer aliança política com a oligarquia Accioly, fica como representante político
dessa vertente política. Franco Rabelo, ao enxergar o padre como um representante do poder
oligárquico, consequentemente uma oposição, organiza as tropas da capital com o objetivo de atacá-
lo, porém a população não o via da mesma forma, mas sim como um dos símbolos mais populares
da representação política e religiosa da sociedade cearense, um “homem santo”.
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Em contrapartida, Padre Cícero e Floro Bartolomeu organizam suas tropas formadas por
jagunços, coronéis, romeiros e populares para defender a cidade “santa” de Juazeiro, formando o
conhecido Círculo da Mãe de Deus. Ao chegarem na região de Juazeiro do Norte, os soldados se
depararam com uma vala de nove quilômetros de extensão que cercava toda a cidade, sendo que
os rebelistas foram derrotados após quinze horas de combate. Após trinta dias se reorganizaram e
promoveram novo ataque, somando a segunda derrota, que teve como resultado o rechaçamento
do governante do Estado e sua perseguição em Fortaleza. Franco Rabelo, através de um acordo,
rende-se e se retira para o Rio de Janeiro, sendo esse o momento em que as antigas oligarquias
cearenses se organizam para tomar a administração do Estado, dando ênfase à figura de Padre
Cícero.
Não distante dali, por meio da religiosidade surge outra aglomeração de sertanejos na região
de Crato, formando a comunidade chamada de Santa Cruz do Deserto, liderada pelo Beato José
Lourenço, devoto de Padre Cícero. Essa comunidade provocou agitações locais, pois membros da
elite vieram a relacionar a estrutura organizativa de Santa Cruz com a de Canudos, interpretando-a
como opositora ao governo.
Consequentemente, com apoio de Getúlio Vargas, deu-se a ordem para pôr fim ao Caldeirão.
Após o massacre a seus membros, a comunidade foi desfeita, porém seus sobreviventes formaram
uma nova comunidade, sendo mais uma vez massacrados sem saber ao certo o número de mortos.
A organização e crença da comunidade pautada na religiosidade e mística teria incomodado a Igreja
Católica e diversos coronéis que, devido à autonomia da comunidade, temiam a desobediência de
suas ordens e o Governo, que quis marcar posição demonstrando seu poder e autoridade. O exército
não reconhece a autoria do massacre.
Na década de 1930 tem início a Era Vargas, na qual Getúlio chega ao poder com a legitimação
de uma junta militar sem nunca ter vestido uma farda. Com o objetivo de pôr fim a política dos
coronéis, o Ceará passa a ser governado por um interventor, Fernando Távora, que veio a implantar
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Os anos de 1980 foram marcados pela abertura política, com a volta da democracia, sendo o
Ceará marcado pelo chamado “governo das mudanças”, tendo de início a figura de Tasso Jereissati,
que promoveu a ruptura com a política das oligarquias e prometeu a modernização da máquina
administrativa e superação do clientelismo. Porém esse grupo veio a se manter no poder por 16
anos.
O governo das mudanças chegou ao poder prometendo garantir um projeto de governo que
contemplava a reforma fiscal, financeira e administrativa, afirmando que daria maior eficiência ao
Estado. Sua dinâmica foi embasada em políticas neoliberais, sendo um modelo de gestão
empresarial no governo do Estado que veio a cortar custos e pôr fim aos “cabides de empregos”,
rompendo com a política tradicional.
Esse governo passa a vender a imagem do Ceará como um “paraíso turístico”, patrocinando
escolas de samba e produções televisivas como novelas, minisséries e filmes e agregando elementos
que expandiam a imagem cearense para além do sertão. Contudo, frequentemente Tasso é
comparado a um oligarca pela longevidade de seu poder e pela capacidade de fazer sucessores.
Apesar de suas transformações estatais, como o corte de gastos, seu neoliberalismo acabou por
afetar setores de políticas sociais, como a educação e a saúde com a falta de investimentos.
No final da ditadura militar, a cultura cearense veio acompanhada pela música dos artistas
autointitulados Tertúlias-Etílico-Litero-Musical e Badernosas. Essa era uma turma que frequentava
a universidade pública e o bar do Anísio onde se bebia todas as fossas, todas as alegrias e se
aguardava o sol. Suas produções forjaram projeção nacional, sendo que em março de 1979 o Teatro
José de Alencar, em Fortaleza, promoveu a abertura de suas portas durante quatro dias para
apresentações de mais de 400 artistas, com músicas, poemas, peças teatrais, fotografias e filmes,
entre eles o “Pessoal do Ceará”.
Desse evento formou-se a Massafeira Livre (1980), movimento cultural livre que, devido ao
grande número de músicos, resultou na produção de um álbum duplo, tendo posteriormente maior
projeção com artistas como Ednardo, Belchior e Fagner. Em um primeiro momento, responderam
às opressões e falta de liberdade imposta pela ditadura militar, posteriormente voltou-se para o
apelo popular.
O passar do tempo trouxe ao Ceará novos elementos políticos, econômicos, sociais e culturais
provocando entre seus habitantes a vivência do presente junto às marcas do passado.
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promoveu a caça aos comunistas, implantando um código penal que permitia a prisão de
qualquer suspeito.
✓ Durante o regime militar, coronéis das oligarquias tiveram participação por meio de um
triunvirato composto por César Tals (1971-1975), Virgílio Távora (1963-1966 e posteriormente
voltando em 1978) e Adauto Bezerra (1976-1978). Dominando a política cearense durante esse
período, tinham em comum costumes oligárquicos, como o apadrinhamento em cargos
públicos e continuidade no poder.
✓ Os anos de 1980 foram marcados pela abertura política, com a volta da democracia, sendo o
Ceará marcado pelo chamado “governo das mudanças”, tendo de início a figura de Tasso
Jereissati, que promoveu a ruptura com a política das oligarquias e prometeu a modernização
da máquina administrativa e superação do clientelismo. Porém, esse grupo veio a se manter
no poder por 16 anos.
✓ Esse governo passa a vender a imagem do Ceará como um “paraíso turístico”, patrocinando
escolas de samba e produções televisivas como novelas, minisséries e filmes e agregando
elementos que expandiam a imagem cearense para além do sertão. Contudo, Tasso é
comparado a um oligarca pela longevidade de seu poder e pela capacidade de fazer sucessores.
Apesar de suas transformações estatais, como o corte de gastos, seu neoliberalismo acabou
por afetar setores de políticas sociais, como a educação e a saúde com a falta de investimentos.
✓ Em março de 1979, o Teatro José de Alencar, em Fortaleza, promoveu a abertura de suas portas
durante quatro dias para apresentações de mais de 400 artistas, com músicas, poemas, peças
teatrais, fotografias e filmes, entre eles o “Pessoal do Ceará”.
✓ Desse evento formou-se a Massafeira Livre (1980), movimento cultural livre que, devido ao
grande número de músicos, resultou na produção de um álbum duplo, tendo posteriormente
maior projeção com artistas como Ednardo, Belchior e Fagner. Em um primeiro momento,
responderam às opressões e falta de liberdade imposta pela ditadura militar, posteriormente
voltou-se para o apelo popular.
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3. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
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14) A Revolta ou Sedição de Juazeiro foi um confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias
cearenses e o governo federal provocado pela interferência do poder central na política
estadual nas primeiras décadas do século XX. Com relação a Sedição de Juazeiro, responda:
a) Como a política salvacionista de Hermes da Fonseca, interferiu no processo político
cearense?
b) Cite dois objetivos da Sedição de Juazeiro.
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4. EXERCÍCIOS
Com relação à história do Ceará, julgue os itens seguintes. No Ceará, o predomínio das
oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.
Comentários
A questão acima afirma o fim das oligarquias com a ascensão do governo de Getúlio Vargas, porém
durante o regime militar coronéis das oligarquias tiveram participação por meio de um triunvirato
composto por César Tals (1971-1975), Virgílo Távora (1963-1966 e posteriormente voltando em
1978) e Adauto Bezerra (1976-1978). Dominando a política cearense durante esse período tinham
em comum costumes oligárquicos como o apadrinhamento em cargos públicos e continuidade no
poder.
Gabarito: Errado
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autoritário. Através da dissolução das Casas Legislativas utilizou da figura do Interventor, esse que
passou a exercer o poder executivo e legislativo, para garantir a política federal. Vargas criou os
Conselhos Consultivos dos Estados com objetivo de assessorar os interventores e o Código dos
Interventores que teve a função de implementar uma linha político-administrativa comum,
desestruturando as bases oligárquicas dos Estados e formulando uma administração que atendesse
aos interesses do movimento tenentista e das oligarquias dissidentes.
O primeiro interventor do Ceará foi Fernandes Távora que governou o Estado entre outubro de 1930
e julho de 1931. Sua gestão foi marcada por ser tímida, contraditória e autoritária, ao mesmo tempo
que continuou com o exercício de políticas tradicionais e clientelistas beneficiando frações
oligárquicas. Devido a isso ganhou a oposição do movimento tenentista que o acusava de privilegiar
grupos políticos, sendo substituído em 1931.
O substituto foi o capitão Roberto Carneiro de Mendonça que através de uma política conciliatória
buscou separar a administração da política conciliando os diferentes grupos. Governou por meio da
repressão em relação aos seus opositores, chegando a invadir sindicatos.
Após a Revolução Constitucionalista de 1932 Vargas promoveu eleições para a Assembleia
Constituinte e promulgou a Constituição de 1934. Contudo a vitória de grupos conservadores como
os integrantes da Liga Eleitoral Católica (LEC) nas eleições de 1933 promoveu a substituição de
Mendonça por Felipe Moreira Lima. Mendonça veio a fazer uma administração confusa, já que se
declarou socialista ao mesmo tempo em que se alinhou ao PSD com o objetivo de evitar que políticos
tradicionais voltassem ao poder, fato que não veio a ocorrer devido a vitória da LEC em relação ao
legislativo.
No ano de 1935 Pimentel foi eleito governador do Estado na qual articulou um dos mais autoritários
e repressivos governos do Ceará, refletindo fatos do cotidiano da política nacional. Como interventor
no Ceará permaneceu até o ano de 1945 quando foi exonerado do cargo por Getúlio Vargas.
Para a substituição de Pimentel foi nomeado Benedito Carvalho que veio a desmontar a máquina
eleitoral estruturada pelo antigo interventor em que promoveu demissões em massa, exonerou
prefeitos, delegados e funcionários públicos que não considerava de confiança. Posteriormente
vieram outros interventores que por suas articulações não colocaram fim as oligarquias locais.
Gabarito: Errado
3.
"O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do que pela inclemência da
natureza."
(TEÓFlLO, Rodolfo. A SECA DE 1915. Fortaleza: Ed. UFC, 1980. p. 31.)
Esta frase, escrita em 1916, expressa uma revolta com aquilo que o autor via acontecer no
governo deste período. Marque a alternativa que indica corretamente algumas características
da política cearense na Primeira República:
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Com relação à história do Ceará, julgue os itens seguintes. No Ceará, o predomínio das
oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.
3.
"O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do que pela inclemência da
natureza."
(TEÓFlLO, Rodolfo. A SECA DE 1915. Fortaleza: Ed. UFC, 1980. p. 31.)
Esta frase, escrita em 1916, expressa uma revolta com aquilo que o autor via acontecer no
governo deste período. Marque a alternativa que indica corretamente algumas características
da política cearense na Primeira República:
A) a crítica do conservador Rodolfo Teófilo se dirigia às iniciativas democráticas e socializantes
que o governo de Franco Rabelo vinha implementando desde a queda de Accioly em 1912.
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B) ocorreu no sertão nordestino, mas o objetivo de Antônio Conselheiro era espalhar aquele
modelo socialista de comunidade a todos os cantos do Brasil com apoio dos antimonarquistas.
C) o discurso messiânico e sebastianista de Conselheiro tinha guarida entre os donos de terra
que criticavam a República, pois faziam parte da elite monarquista deposta pelo golpe de 1889.
D) apesar de alguma simpatia popular, Canudos não teve apoio das populações das cidades
vizinhas, devido aos saques e às invasões promovidas pelos jagunços liderados por Conselheiro.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, querido (a) concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não se esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcançá-los.
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Encontro-
te na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.
Até logo...
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