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1º Bimestre
SUMÁRIO
HISTÓRIA
Planejamento 1: As minorias sociais e o governo da Primeira
República ................................................................................... pág 02
Planejamento 2: Minorias sociais na República, suas lutas,
conquistas e o papel do Estado republicado .................................... pág 06
Planejamento 3: O nascimento da República e os problemas sociais ... pág 11
Planejamento 4: Era Vargas e as questões trabalhistas ......................pág 17
Planejamento 5: O início do século XX ..............................................pág 20
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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
9 o ano Ensino Fundamental – Anos Finais 2023
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
História Ciências Humanas e suas Tecnologias
UNIDADE TEMÁTICA
1
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: As minorias sociais e o governo da Primeira República
DURAÇÃO: 05 a 06 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
Análise dos objetos de conhecimento para estruturação do desenvolvimento da habilidade em questão.
Seleção de tipos textuais para conexão da habilidade com os objetos em estudo. Averiguação com a
sala de estudantes de conhecimentos e informações prévias sobre os objetos de conhecimento.
Conceituar os principais elementos dos objetos de conhecimento. Uso de mídias digitais. Uso de fontes
documentais para desenvolvimento das habilidades. Uso de metodologias ativas para estimular a
participação estudantil. Averiguação do desenvolvimento das habilidades através de recursos
pedagógicos.
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A Proclamação da República no Brasil, em 1889, não significou a inserção de maioria da popula- ção aos
processos de cidadania. Da mesma forma que nos períodos colonial e imperial, indígenas, pretos(as),
pardos(as), mulheres e pobres ficaram às margens dos processos políticos, sociais e econômicos. Pode-
se salientar que, as regras eleitorais e algumas leis promulgadas nesse período dificultavam/impediam o
acesso desses grupos à plena cidadania. Após essa introdução, desenvolva a importância da imigração
nos processos de construção das leis trabalhistas no Brasil por meio de ações grevistas, formação de
sindicatos e divulgação dos pensamentos anarquistas e anarcossindicalistas. Frise a conexão com o
movimento operário europeu. Em sequência, estabeleça conexão com o movimento feminista no setor
laboral e no setor político (sufrágio) e com questões de equidade de gênero. Por fim, construa o processo
do conceito de diversidade e como osmovimentos por inserção das minorias vão permitindo a mudança da
ideia de diverso e construçãoda nação brasileira.
B) DESENVOLVIMENTO:
Na primeira aula desta sequência didática, comente com a sala de aula as habilidades que serão
desenvolvidas e os objetos de conhecimento que serão utilizados para desenvolvê-las. Isso é
importante para criar familiaridade com os temas. O(a) professor(a) pode começar perguntando se os
estudantes sabem o que diversidade, se entendem que após a abolição negros e negras continuaram
sendo excluídos(as) da sociedade (se pode perguntar quais os possíveis impactos dessa exclusão na
realidade e comentar sobre isso [favelização, encarceramento em massa, menos escolaridade, dentre
outros]), se sabem como se construiu a luta das mulheres brasileiras por cidadania e respeito e como é
essa luta na contemporaneidade.
Após essa introdução, sugere-se entregar a íntegra do texto: “5 leis para entender como o Estado
Brasileiro excluiu o negro após a abolição”. Disponível em:
<https://iconografiadahistoria.com.br/2020/11/02/5-leis-para-entender-como-o-estado-brasileiro-
excluiu-os-negros-apos-a-abolicao/>. acesso em 07/03/2023.
O próprio texto auxilia no debate e na construção da habilidade (EF09HI03X). Vale ressaltar que tanto
o discurso da inferioridade racial quanto o ideal de embranquecimento e o mito da democracia racial
foram formas que serviram para manter a colonialidade do poder de modo que a diferença, a
desigualdade e a injustiça social para com os sujeitos racializados continuassem sendo invisibilizadas.
Na segunda aula, caso “esgotadas” as discussões sobre a questão do(a) negro(a), inicia o
desenvolvimento da habilidade (EF09HI09X). Num primeiro momento, a habilidade versa sobre o
caminho e luta pelos direitos sociais. Nessa seara você, professor(a), pode explanar, do período da
Primeira República, sobre os movimentos messiânicos e movimentos urbanos (Revolta da Vacina,
Revolta da Chibata e Tenentismo). Em sequência, fale sobre o movimento operário, suas lutas e
conquistas e apresente os conceitos de anarquismo e anarcossindicalismo.
2
ANARQUISMO ANARCOSSINDICALISMO
FILOSOFIA • HISTÓRIA POLÍTICA (CIÊNCIA POLÍTICA • IDEOLOGIA)
Teoria social e movimento político, presente na Anarquismo que atribui aos sindicatos o prin-
história ocidental do século XIX e da primeira cipal papel na luta pelas reivindicações sociais,
metade do século XX, que sustenta a ideia de que econômicas e culturais. Doutrina ou ação sin-
a sociedade existe de forma independen- te e dicalista em que são valorizadas as tendências
antagônica ao poder exercido pelo Estado, sendo contrárias ao Estado e descentralizantes.
este considerado dispensável e até mes- mo nocivo (Dicionário Oxford Languages).
ao estabelecimento de uma autênti- ca comunidade
humana.
POR EXTENSÃO
qualquer ataque ou afronta à ordem social esta-
belecida ou aos costumes reinantes.
(Dicionário Oxford Languages).
Na terceira aula, relembre os objetos de conhecimentos trabalhados para estabelecer o elo com o
assunto dessa aula: o protagonismo feminino no movimento operário e ações do feminismo na luta por
cidadania. Sobre esse assunto, selecione e reproduza à sala de aula (impressão e/ou projeção) trechos
do seguinte artigo: Mulheres, sindicatos e organização política nas greves de 1917 em São Paulo.
− Fraccaro, Glaucia Cristina Candian. Mulheres, sindicato e organização política nas greves de
1917 em São Paulo. Revista Brasileira de História [online]. 2017, v. 37, n. 76, pp. 73-90.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/THvpNy5TDW34ZgVDKgCFvBR/?lang=pt#. Acesso
em: 07 mar. 2023.
Adicionando à discussão do protagonismo feminino na luta operária por dignidade, introduza a questão
política: o direito de voto e participação eletiva. Nessa reportagem: 90 anos do sufrágio feminino no
Brasil: 4 ícones da longa luta das mulheres pelo direito ao voto.
− MOTA, Camilla Veras. 90 anos do sufrágio feminino no Brasil: 4 ícones da longa luta das
mulheres pelo direito ao voto. BBC News Brasil, São Paulo, 2022. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60501066. Acesso em: 07 mar. 2023.
Você encontra subsídios para expor a luta pelo direito ao voto e conhecerá uma personagem
importante desse assunto no Brasil: Leolinda de Figueiredo Daltro. Nesse texto você encontra imagens
que podem ser expostas aos estudantes.
Na aula seguinte, tratar-se-á da habilidade (EF09HI08X). Comece questionando os estudantes sobre o
que eles entendem por diversidade. Comente sobre os tipos de diversidade e como, a partir disso,
introduza a construção da ideia de diversidade ao longo do tempo. Até as primeiras décadas do século
XX, havia um conceito dominante do caráter racial e do discurso da superioridade branca. Essa
“superioridade” se forja nos processos colonialista e neocolonialista. Após a Segunda Guerra, com os
processos emancipatórios e as questões regionais da Guerra Fria, a diversidade vai tomando corpo e as
ações dos grupos se tornam mais evidentes e suas pautas se tornam mais conhecidas e ganham
notoriedade.
A UNESCO, agência da ONU, no fim do século XX, reconhece o respeito à diversidade como forma de
garantia do diálogo e respeito entre os povos. Para aprofundar no tema e dar subsídios aos estudantes
no desenvolvimento da habilidade, selecione trechos do texto: O debate contemporâneo sobre a
diversidade e a diferença nas políticas e pesquisas em educação.
RECURSOS:
Textos impressos, imagens, vídeos, fotografias, atividades de verificação de aprendizagem.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação discentes na leitura, debates, discussões e realização das atividades de verificação de
aprendizagem propostas.
ATIVIDADE
1 – Leia o trecho: “Lei da vadiagem, aprovada pelo congresso em 1941, legaliza uma tradição que já
ocorria bem antes: a de prisão e indiciamento de negros pelo simples fato de não terem trabalho e
ficarem em bares e pelas ruas. Essa lei abria brecha para que a polícia decidisse quem estava vadiando
ou não. No início do século XX, quando a capoeira e outras manifestações culturais negras foram
proibidas, prender homens negros virou hábito da força policial. Após a legalização, as prisões só
aumentaram”.
Disponível em: https://iconografiadahistoria.com.br/2020/11/02/5-leis-para-entender-como-o-estado-brasileiro-excluiu-os-
negros-apos-a-abolicao/. Acesso em: 07 mar. 2023.
A) aumentou a prisão dos indivíduos considerados indesejáveis pela população e pelo Estado.
B) contribuiu para a procura de estabelecimentos escolares visando a formação profissional.
C) extinguiu as leis anteriores que proibiam as práticas culturais da população negra.
D) reafirmou formas de excluir e criminalizar a população negra marginalizada pela sociedade.
E) reafirmou as proibições de leis anteriores e que eram descumpridas pela população.
“Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República, manifestou seu
desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime. Segundo ele, o povo, que
pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado,
sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma para da militar.”.
(CARVALHO, 1987, p. 9)
Levando em conta o processo de proclamação da República no Brasil, EXPLIQUE por que o texto
afirma que o povo assistiu a tudo bestializado.
3 – “Sob o manto da diversidade, o reconhecimento das várias identidades e/ou culturas é atravessado
pela questão da tolerância, tão em voga, já que pedir tolerância ainda significa manter intactas as
hierarquias do que é considerado hegemônico. Além disso, a diversidade é a palavra-chave da
possibilidade de ampliar o campo do capital, que penetra cada vez mais em subjetividades antes
intactas. Vendem-se produtos para as diferenças e, nesse sentido, é preciso incentivá-las. Ou seja, a
diversidade foi entendida como uma forma de governamento exercido pela política pública no campo
da cultura, como uma estratégia de apaziguamento das desigualdades e de esvaziamento do campo da
diferença, tendo como função borrar as identidades e quebrar as hegemonias”.
Disponível em:<https://www.scielo.br/j/ep/a/WskqTPrZgtc8k56XHvr8XBz/?lang=pt>>. Acesso em: 07
mar. 2023.
4
REFERÊNCIAS
ABRAMOWICZ, Anete; RODRIGUES, Tatiane C. O debate contemporâneo sobre a diversidade e a
diferença nas políticas e pesquisas em educação. Educ. Pesqui. 39 (1) • Mar 2013. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/ep/a/WskqTPrZgtc8k56XHvr8XBz/?lang=pt>. Acesso em: 09 mar. 2022.
Educação como exercício da diversidade. UNESCO/MEC. Brasília, outubro de 2005. Disponível em:
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000143241>. Acesso em: 07 mar. 2022.
FRACCARO, Glaucia C. C. Mulheres, sindicato e organização política nas greves de 1917 em São Paulo. Dossiê:
Centenário 1917: Grande Guerra, greves e revoluções. Rev. Bras. Hist. 37 (76) • Sep-Dec 2017. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbh/a/THvpNy5TDW34ZgVDKgCFvBR/?lang=pt#:~:tex-
t=A%20presen%C3%A7a%20feminina%20era%20um,de%20trabalho%20do%20setor%20t%-
C3%AAxtil.&text=21%20Boletim%20do%20Departamento%20Estadual,6%2C%20n>. Acesso em: 09 mar.
2022.
MARINGONI, Gilberto. O destino dos negros após a abolição. IPEA. São Paulo, 2011. Ano 8. Edição 70.
Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2673%3A-
catid%3D28>. Acesso em: 08 mar. 2022.
MONTEIRO, Roberta Amanjás. A inserção do negro na sociedade brasileira do século XIX e a ques- tão da
identidade entre classe e raça. Disponível em: <http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=-
f87b7d1f666a0a1d>. Acesso em: 08 mar. 2022.
MOTA, Camilla Veras. 90 anos do sufrágio feminino no Brasil: 4 ícones da longa luta das mulheres pelo
direito ao voto. BBC NEWS Brasil. 24 fev. 2022. Disponível em:<https://www.bbc.com/portu-guese/brasil-
60501066>. Acesso: 09 mar. 2022.
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UNIDADE TEMÁTICA
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
A situação dos povos indígenas e das
(EF09HI07X) Identificar e explicar, em meio a
populações afrodescendentes, identificando ações
lógicas de inclusão e exclusão, as pautas dos
(governamentais ou não) de inclusão ou exclusão
povos indígenas, no contexto republicano (até
desses grupos na sociedade brasileira durante a
1964), e das populações afrodescendentes,
República (até 1964).
considerando as particularidades da história
O protagonismo de personalidades negras do regional e local.
período.
A questão indígena no âmbito da expansão das
atividades econômicas em direção às regiões
tradicionalmente ocupadas por povos indignenas,
resultando em conflitos com fazendeiros,
pecuaristas, etc.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Minorias sociais na República, suas lutas, conquistas e o papel do Estado
republicano
DURAÇÃO: 04 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
Verificação se os estudantes conhecem (ou na turma possui) pessoas que se identificam como
indígenas e/ou descendentes de quilombolas e/ou quilombolas. Aulas expositivas. Uso de recursos
audiovisuais e documentais. Verificação de aprendizagem por meio avaliativo para observar os níveis
de apreensão da habilidade desenvolvida e dos objetos de conhecimentos.
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Desde o início da ocupação portuguesa da América, as nações indígenas foram tendo seus territórios
vilipendiados e, muitas dessas nações, foram dizimadas nesse processo. Populações africanas foram
forçadas a migrarem para a América e submetidas à escravização. No século XIX, na construção do
ideário de nação, as populações indígenas foram sendo inseridas no tecido social do império. Era o
momento do romantismo, da busca das origens e dos valores nacionais. No caso da população africana
e seus descendentes, o estado manteve posturas de exclusão, antes e depois da lei Áurea. Essa
população irá criar, ao longo da república, redes de proteção e formas de manutenção de suas culturas
e de incentivo ao protagonismo negro. As populações serão tuteladas e ainda sofrerão várias ações de
apagamento de suas identidades. A preservação das etnias indígenas e a proteção da população não
branca contra ações discriminatórias só se tornam realidade, na lei, na Constituição de 1988.
B) DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), você pode introduzir a construção da habilidade por dois caminhos: solicitando
aos estudantes informações sobre o que sabem das nações indígenas e comunidades quilombolas no
Brasil e na região em que está situada a escola em que você trabalha. Pode apresentar, também, caso
tenha os recursos materiais necessários, o sítio web do Museu dos quilombos e favelas urbanas,
MUQUIFU, (Conhecendo Museus - http://www.conhecendomuseus.com.br/museus/muquifu/),
situado na cidade de Belo Horizonte. O segundo caminho é apresentar trechos da PL 191, que trata da
autorização de exploração de mineradoras em territórios das nações indígenas. Por qualquer um
desses caminhos, discuta com a turma como as populações indígenas e afrodescendentes têm suas
culturas negligenciadas e apagadas e, dessa forma, sofrem com ações excludentes e de exploração por
parte da sociedade e do estado brasileiro. Na sequência, peça para que os estudantes escrevam um
parágrafo sobre como enxergam a relação da sociedade brasileira com os povos originais e com a
população preta e parda. Finalize a aula com a leitura de alguns trechos elaborado pelos estudantes.
6
Na aula seguinte, introduza a questão indígena na república. Em 1910 foi criado o S.P.I. (Serviço de
Proteção ao Índio). Sob tutela do Ministério da Agricultura e objetivando, em âmbito nacional,
supervisionar os assuntos indígenas, o SPI sofreu ressalvas dos governos estaduais: num momento de
construção do federalismo nacional e ameaçados por uma centralização de poder na esfera federal
(presidência), as lideranças estaduais viram o serviço, que tinha responsabilidades apenas com o
governo federal, um instrumento de centralização política do poder. Além das motivações políticas e
comerciais, o SPI sofria oposição de religiosos. Durante séculos os indígenas foram inseridos no
modelo trazido pelos portugueses por meio da catequização e educação patrocinados pela Igreja
Católica. O SPI funcionou, com diversos formatos, até o ano de 1967, quando foi substituído pela
FUNAI (Fundação Nacional do Índio), em vigor até o presente momento. Comente, também, que a
expansão das fronteiras agrícolas nas regiões norte e centro-oeste foram responsáveis por atrocidades
aos povos originários com anuência do estado brasileiro. Vastos territórios indígenas tiveram suas
terras griladas. A demarcação das reservas indígenas e o respeito às suas identidades são garantidos
pela Constituição de 1988, porém, na prática, os povos originários do Brasil ainda sofrem com a
ganância da sociedade e com a negligência estatal.
Na terceira aula, inicie com a questão da população negra e parda na transição do Império para a
República. Relembre aos(às) discentes que a abolição não significou a inserção dessa população à
cidadania. Ex-escravizados(as) e libertos(as) continuaram às margens das relações sociais, políticas,
culturais e econômicas. Ressalte que, para reverter esse quadro discriminatório, no início da
República começaram a ser fundados muitos clubes e associações negras em vários pontos do país.
Embora tivessem em geral um caráter assistencialista, recreativo e/ou cultural, foram uma das bases
da articulação efetiva da comunidade negra em torno de necessidades e reivindicações comuns.
Selecione recursos textuais que demonstrem o aparecimento e crescimento de uma imprensa negra.
Essa imprensa foi responsável pelo caldo cultural ideológico, que aparece entre os anos 1920 e 1930,
por meio de uma série de grupos mais politicamente engajados e combativos. Saliente que, durante a
ditadura do Estado Novo, agremiações políticas foram proibidas. Somente após 1945 é que esses
grupos voltam a se rearticular e reiniciam suas práticas de luta.
Por fim, na última aula, aplique atividade para verificação dos níveis de consolidação da habilidade e
dos objetos de conhecimento. Utilize os exercícios propostos nessa sequência didática e/ou aqueles
que julgar pertinentes à realidade de suas turmas.
RECURSOS:
Textos, conservas, discussões, explanação, uso de recursos imagéticos e audiovisuais.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar a participação e envolvimento dos(as) discentes nas aulas e atividades. Exercícios de fixação
com recursos didáticos utilizados. Avaliação para verificação dos níveis de consolidação da habilidade e
objetos de conhecimento.
ATIVIDADES
1 - Leia o decreto que cria o Serviço de Proteção aos Índios (decreto nº 8.072, de 20 de junho de
1910):
Art. 2º A assistência de que trata o art. 1º terá por objecto:
3º, pôr em prática os meios mais eficazes para evitar que os civilizados invadam terras dos índios e
reciprocamente;
4º, fazer respeitar a organização interna das diversas tribus, sua independência, seus hábitos e
instituições, não intervindo para alterá-los, sinão com brandura e consultando sempre a vontade dos
respectivos chefes;
7
a) Quais juízes de valor estão presentes nesse artigo do S.P.I? O que isso revela sobre as ações
políticas da república brasileira em relação às populações nativas?
2 – (UFU - 2016) Saído do regime servil sem condições para se adaptar rapidamente ao novo sistema
de trabalho, à economia urbano-comercial e à modernização, o "homem de cor" viu-se duplamente
espoliado. Primeiro, porque o ex-agente de trabalho escravo não recebeu nenhuma indenização,
garantia ou assistência; segundo, porque se viu repentinamente em competição com o branco em
ocupações que eram degradadas e repelidas anteriormente, sem ter meios para enfrentar e repelir
essa forma mais sutil de despojamento social. Só com o tempo é que iria aparelhar-se para isso, mas
de modo tão imperfeito que ainda hoje se sente impotente para disputar "o trabalho livre na Pátria
livre".
(FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difel, 1971, p.47.)
Os primeiros anos pós-Abolição, no Brasil, foram marcados por ameaças de convulsão social e de
reorganização do sistema produtivo. Nesse cenário, a força de trabalho estava marcada
a) pelos fortes fluxos migratórios de ex-escravos para a região Nordeste, onde a permanência da
lavoura açucareira constituía um importante polo de trabalho assalariado.
b) pela aceleração do emprego nas atividades industriais, cuja preponderância do setor de bens
de produção propiciou um forte crescimento da economia nas primeiras décadas do século XX.
c) por um processo de transformações, nas quais os imigrantes passavam a ocupar um papel de
relevo, especialmente por causa da marginalização de expressivas parcelas de libertos.
d) pelo crescimento do trabalho livre em setores de subsistência, especialmente após a forte crise
do setor cafeeiro provocada pela Abolição.
TEXTO 1
“O Serviço de Proteção aos Índios (SPI)
O Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPILTN, a partir de 1918
apenas SPI) foi criado, em 20 de junho de 1910, pelo Decreto nº 8.072, tendo por objetivo prestar
assistência a todos os índios do território nacional (Oliveira, 1947; Gagliardi, 1989). O projeto do SPI
instituía a assistência leiga, procurando afastar a Igreja Católica da catequese indígena, seguindo a
diretriz republicana de separação Igreja-Estado. A idéia de transitoriedade do índio (Oliveira, 1985)
orientava esse projeto: a política indigenista tinha por finalidade transformar o índio num trabalhador
nacional. Para isso, seriam adotados métodos e técnicas educacionais controlando esse processo,
baseado em mecanismos de homogeneização e nacionalização dos povos indígenas.”
TEXTO 2
“trecho do Estatuto da FUNAI:
Art. 1º A Fundação Nacional do Índio - Funai, fundação pública vinculada ao Ministério da Justiça e
Segurança Pública, cuja instituição foi autorizada pela Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967, tem
sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e circunscrição no território nacional.
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I - proteger e promover os direitos dos povos indígenas, em nome da União;
II - formular, coordenar, articular, monitorar e garantir o cumprimento da política indigenista do Estado
brasileiro, baseada nos seguintes princípios:
a) reconhecimento da organização social, dos costumes, das línguas, das crenças e das tradições dos
povos indígenas;
b) respeito ao cidadão indígena e às suas comunidades e organizações;”
EXPLIQUE a diferença que o governo tinha sobre os povos indígenas entre o Serviço de Proteção ao
Índio (SPI) criado durante a Primeira República e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) criado durante
a Ditadura Militar.
4 – “Alguns anos antes, aflorara em Abdias uma inquietação perante a ausência dos negros e dos
temas sensíveis à história da população negra nas representações teatrais brasileiras. Em geral,
quando lhes era concedido algum espaço cênico, este vinha para reforçar estereótipos, a partir do
direcionamento dos atores/atrizes negros/as a papéis secundários e pejorativos. Havia, segundo ele,
uma rejeição do negro como “personagem e intérprete, e de sua vida própria, com peripécias
específicas no campo sociocultural e religioso, como temática da nossa literatura dramática.”
Por que negros e negras recebiam papeis secundários e pejorativos nas criações culturais brasileiras
durante a primeira metade do século XX?
5 – (UnB/FUNAI, 2017) A riqueza da diversidade sociocultural dos povos indígenas representa uma
poderosa arma na defesa dos seus direitos e hoje alimenta o orgulho de pertencer a uma cultura
própria e de ser brasileiro originário. A cultura indígena em nada se refere ao grau de interação com a
sociedade nacional, mas com a maneira de ver e de se situar no mundo; com a forma de organizar a
vida social, política, econômica e espiritual de cada povo. Nesse sentido, cada povo tem uma cultura
distinta da outra, porque se situa no mundo e se relaciona com ele de maneira própria.
Gersem Baniwa. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006, p.46.
Tendo o texto precedente como referência inicial e considerando os vários aspectos a ele relacionados,
julgue os itens a seguir.
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REFERÊNCIAS
CANTALICE, Tiago. Teatro Experimental do Negro. Fundação Cultural Palmares - Governo Federal
Disponível em: https://www.palmares.gov.br/?p=40416 . Acesso em: 10 mar. 2022.
CURRÍCULO Referência de Minas Gerais. Disponível em
https://drive.google.com/file/d/1ac2_Bg9oDsYet5WhxzMIreNtzy719UMz/view. Acesso em 07 mar.
2023.
FAHS, Ana C. Salvatti. Movimento negro: história, conquistas e polêmicas! Politize, 08 abr. 2019.
Disponível em: https://www.politize.com.br/movimento-negro/ . Acesso em: 10 mar. 2022.
Movimento Negro no Brasil: resistências e lutas. Que república é essa? Portal de estudos
republicanos. 29 out. 2019. Disponível em: http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/186-
movimento-negro-no-brasil-resistencias-e-lutas.html. Acesso em: 10 mar. 2022.
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UNIDADE TEMÁTICA
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O nascimento da República e os problemas sociais
DURAÇÃO: 03 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Exibição da bandeira do Brasil ou desenho da bandeira do Brasil com ênfase na frase “Ordem e
Progresso” e questionando os estudantes quanto ao significado dos símbolos da bandeira. Após a fala
dos estudantes, o professor(a), pode explicar o significado tanto das cores e a relação com a família
real quanto com a frase, que remete à filosofia positivista. Após o momento inicial, o professor(a) pode
ressaltar que a nossa república inicialmente se inspirou no positivismo e que a sua proclamação foi
algo que envolveu apenas a elite.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª Aula
Após o momento inicial o professor(a) deverá distribuir o Texto 1 para leitura individual. Em seguida,
os estudantes devem ser colocados em dupla para compartilhar o que compreenderam e por último
devem expor em sala para o restante da turma. O objetivo é mostrar que a república não levou em
conta a população brasileira que não fazia parte da elite. O professor(a) pode também discutir com os
estudantes que além de não ser levada em conta, a maioria da população era vista como aquela que
atrapalhava o desenvolvimento do país.
Texto 1
(*) Cartas do Rio era o título da coluna que o jornalista mantinha no Diário Popular.
2ª Aula
Leitura do Texto 2 pelos estudantes. Após a leitura, faça uma roda de conversa para que os
estudantes realizem uma discussão pontuando se a Reforma Pereira Passos foi positiva ou negativa.
O objetivo é discutir a importância dessa remoção das famílias e suas consequências humanitárias e
políticas.
Após a discussão, o professor(a) poderá perguntar se os estudantes conhecem alguma reforma desse
tipo na cidade onde vive e se eles sabem o que houve com a população.
Texto 2
BARBOSA, Vanessa Maria. O bota-abaixo de Pereira Passos: a tentativa de promover uma nova ética urbana
no Rio de Janeiro. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. n.5, 2011, p.227-242. Disponível
em: http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/wp-content/uploads/2016/11/e05_a9.pdf. Acesso em: 07 mar. 2023
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3ª Aula
A aula se iniciará mostrando o gráfico de pessoas que se vacinaram contra a Covid 19 a partir do link da
reportagem (Mapa da vacinação contra Covid-19 no Brasil. Disponível
em: https://especiais.g1.globo.com/bemestar/vacina/2021/mapa-brasil-vacina-covid/)>. acesso em
07/03/2023.
Após uma breve análise dos números o professor deverá distribuir o texto e o questionário para que os
estudantes respondam:
Texto 3
A Revolta da Vacina
Fonte: Portal.fio.cruz.br
13
Toda a confusão em torno da vacina também serviu de pretexto para a ação de forças
políticas que queriam depor Rodrigues Alves – típico representante da oligarquia cafeeira.
“Uniram-se na oposição monarquistas que se reorganizavam, militares, republicanos mais
radicais e operários. Era uma coalizão estranha e explosiva”, diz o historiador Jaime
Benchimol.
Em 5 de novembro, foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. Cinco dias depois,
estudantes aos gritos foram reprimidos pela polícia. No dia 11, já era possível escutar
troca de tiros. No dia 12, havia muito mais gente nas ruas e, no dia 13, o caos estava
instalado no Rio. “Houve de tudo ontem. Tiros, gritos, vaias, interrupção de trânsito,
estabelecimentos e casas de espetáculos fechadas, bondes assaltados e bondes
queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e
particulares deteriorados”, dizia a edição de 14 de novembro de 1904 da Gazeta de
Notícias.
Tanto tumulto incluía uma rebelião militar. Cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha
enfrentaram tropas governamentais na rua da Passagem. O conflito terminou com a fuga
dos combatentes de ambas as partes. Do lado popular, os revoltosos que mais resistiram
aos batalhões federais ficavam no bairro da Saúde. Eram mais de 2 mil pessoas, mas
foram vencidas pela dura repressão do Exército.
Após um saldo total de 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos em menos
de duas semanas de conflitos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação
obrigatória. “Todos saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e pela
varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la
obrigatória. A ação do governo foi desastrada e desastrosa, porque interrompeu um
movimento ascendente de adesão à vacina”, explica Benchimol. Mais tarde, em 1908,
quando o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, o povo
correu para ser vacinado, em um episódio avesso à Revolta da Vacina.
Após os estudantes responderem essas questões, o professor deverá iniciar uma discussão com eles
sobre as respostas dadas e abordar sobre a importância da vacina e de respeitar a população em
suas vontades.
RECURSOS:
Cópias de textos, imagens, celular, computador, lousa, pincel, entre outros.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observação do envolvimento e participação nas atividades durante o desenvolvimento, das aulas;
discussão com os estudantes na roda de conversa, questionário sobre a Revolta da Vacina e demais
procedimentos pertinentes às aulas
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ATIVIDADES
1 – Observe a imagem Leia o texto.
Fonte: static.significados.com.br
TEXTO 1
Com base no texto e na imagem da bandeira do Brasil, EXPLIQUE por que o lema do positivismo foi
adotado no centro da bandeira.
3 – Leia o texto:
Quando Aarão Reis (1853-1936) concluiu a planta da construção da nova capital de Minas Gerais,
Belo Horizonte ganhou status de uma cidade moderna e planejada, com propostas inspiradas em
Paris e Washington, antes mesmo de ser inaugurada, em 12 de dezembro de 1897. Mas quem correr
os olhos pelo mapa assinado pelo engenheiro e urbanista perceberá que várias propostas não saíram
do papel. A BH que não vingou é cheia de curiosidades.
A metrópole erguida sobre a empoeirada área do então arraial Curral del-Rei teve como uma de suas
missões o fortalecimento da República, instituída em 1889, em detrimento ao colonialismo na antiga
capital, Ouro Preto. Por isso, Aarão Reis pensou em extensas e largas avenidas. E em espaços que
valorizassem tanto o paisagismo quanto grandes construções.
Elaborada por Aarão Reis, a planta da construção de BH não foi cumprida à risca. Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/02/17/interna_gerais,734868/elaborada-por-aarao-reis-planta-da-
construcao-de-bh-nao-foi-cumprida.shtml. Acesso em: 07 mar. 2023.
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Relacione a construção de Belo Horizonte com os ideais republicanos.
4 – Publicado em 1902, “Os sertões”, de Euclides da Cunha, sobre a guerra de Canudos (1896-1897),
descreve a região do sertão baiano em que tinham se assentado os fiéis do beato Antônio Conselheiro
falando de uma “elítica curva fechada ao sul por um morro, o da Favela, em torno de larga planura
ondeante onde se erigia o arraial de Canudos…”. O nome do morro, explica o autor, devia-se a uma
planta comum por ali, as favelas, “anônimas ainda na ciência – ignoradas dos sábios, conhecidas
demais pelos tabaréus…”.
Explique como a Reforma Pereira Passos influenciou a criação das primeiras favelas no Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Vanessa Maria. O bota-abaixo de Pereira Passos: a tentativa de promover uma nova ética
urbana no Rio de Janeiro. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. n.5, 2011, p.227-242.
Disponível em: http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/wp-content/uploads/2016/11/e05_a9.pdf. Acesso
em: 14 mar. 2022.
ELABORADA por Aarão Reis, planta da construção de BH não foi cumprida à risca. Estado de Minas.
Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/02/17/interna_gerais,734868/elaborada-por-aarao-
reis-planta-da-construcao-de-bh-nao-foi-cumprida.shtml. Acesso em 114 mar. 2022.
MOTOOKA, Débora Yumi. Geração Alpha História: Ensino Fundamental Anos Finais: 8º ano. São Paulo:
Ed. SM. 2019.RODRIGUES, Sérgio. De Canudos para o Brasil: a história da palavra favela. 2020. Veja.
Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/sobre-palavras/de-canudos-para-o-brasil-a-historia-da-
palavra-favela-2/. Acesso em 14 mar. 2022.
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UNIDADE TEMÁTICA
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Revolução de 1930. (EF09HI06) Identificar e discutir o papel do trabalhismo como força política,
social e cultural no Brasil, em diferentes escalas (nacional, regional, cidade,
Era Vargas. comunidade).
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Era Vargas e as questões trabalhistas
DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Colocar no quadro a sigla CLT e fazer um Brainstorm (tempestade de ideias) perguntando o que os
estudantes acham que significa. Para deixar a aula mais dinâmica, o professor pode pedir que os
estudantes escrevam suas palavras no quadro. Após terminarem de colocar as palavras, o professor(a)
poderá explicar o que é a CLT e informar que ela foi criada inicialmente no governo de Getúlio Vargas.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª Aula
Após o Brainstorm, o professor(a) deverá retomar com os estudantes o tema sobre a Política do Café
com Leite, reforçando que o poder estava concentrado nas mãos de paulistas e mineiros e que isso
não satisfazia outras regiões do Brasil e também deverá retomar com os estudantes sobre a Crise de
1929 para expor os problemas econômicos que o Brasil enfrentava no final da década de 1920. Ao
término das discussões o professor(a) deverá entregar para a leitura em casa para a aula seguinte, o
texto Revolução de 1930 disponível em: <https://www18.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-
tematico/revolucao-de-1930-3>. Acesso em: 8 mar. 2022.
2ª Aula
Os estudantes deverão ser colocados em duplas para responderem as questões sobre o texto lido em
casa.
Questionário
1. Quais os interesses dos revolucionários de 1930?
2. Luís Carlos Prestes se separou dos outros revolucionários. Quais medidas ele tomou após essa
separação?
3. Quais regiões do Brasil se tornaram os pilares do movimento revolucionário?
4. O que foi a Junta Provisória?
5. Por que Getúlio Vargas foi escolhido o líder do movimento?
Após o término da atividade os estudantes deverão compartilhar suas respostas com toda a turma a
fim de socializar o que aprenderam.
3ª Aula
Professor(a), com o auxílio do livro didático, peça aos estudantes que elaborem, em dupla, mapas
mentais sobre o Trabalhismo na Era Vargas. Nesse mapa mental os estudantes deverão colocar, dentre
outras coisas, elementos sobre o Ministério do Trabalho e CLT.
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Após a criação dos mapas mentais, alguns estudantes deverão compartilhar com a turma como eles
elaboraram os mapas. Em seguida entregue cópias do texto “Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”
disponível em:< http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm>. acesso em 07 março 2303, e
peça para que os estudantes pesquisem em casa como funciona cada um dos direitos trabalhistas para
ser discutidos na próxima aula.
4ª Aula
O professor(a) deverá distribuir cartolinas ou folhas A3 para os estudantes que, em grupo, deverão
criar infográficos sobre os direitos da CLT com as informações que trouxeram na última aula (caso o
professor deseje, ele pode trazer também algumas informações complementares para auxiliar os
estudantes). Os infográficos poderão ser exibidos na sala ou em outros ambientes da escola.
RECURSOS:
Cartolina ou papel A3, lousa, pincéis, cópias de textos, imagens, computador, internet, entre outros.
Texto: Revolução de 1930. Disponível em: https://www18.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-
tematico/revolucao-de-1930-3. Acesso em: 08 mar. 2023.
Texto Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Disponível em:
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm. Acesso em: 15 mar. 2022.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
ATIVIDADES
1 – (Enem/2017) Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob controle das
correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas a tentativa
fracassou. Além do governo, a própria base dessas organizações pressionou pela legalização. Vários
benefícios, como as férias e a possibilidade de postular direitos perante as Juntas de Conciliação e
Julgamento, dependiam da condição de ser membro de sindicato reconhecido pelo governo.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 (adaptado).
No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical foi
caracterizada
2 – (PUC/RS) “Façamos a revolução antes que o povo a faça.” A frase, atribuída ao governador de
Minas Gerais, Antônio Carlos de Andrada, deixa entrever a ideologia política da Revolução de 1930,
promovida pelos interesses
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3 – A CLT foi uma conquista para o trabalhador e que se iniciou no governo de Getúlio Vargas,
entretanto, esse documento passou por diversas alterações ao longo dos anos. Além da CLT tradicional
existem outras modalidades de trabalho. Pesquise quais são as outras modalidades de trabalho e
monte um quadro comparativo com as principais características de cada uma delas.
4 – Leia o texto:
“Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é um documento obrigatório para toda pessoa que
venha a prestar algum tipo de serviço, seja na indústria, no comércio, na agricultura, na pecuária ou
mesmo de natureza doméstica.
Para acessar o documento, basta baixar gratuitamente o aplicativo na loja virtual (Apple Store da Apple
e no Play Store do Android). Ou acessar via Web, por meio do link https://servicos.mte.gov.br/”
REFERÊNCIAS
CURRÍCULO Referência de Minas Gerais. Disponível em
https://drive.google.com/file/d/1ac2_Bg9oDsYet5WhxzMIreNtzy719UMz/view. Acesso em 07 mar.
2023.
DOLHNIKOFF, Miriam. História: Escola e Democracia 8. São Paulo: Moderna. 2019.
MOTOOKA, Débora Yumi. Geração Alpha História: Ensino Fundamental Anos Finais: 8º ano. São
Paulo: Ed. SM. 2019.
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UNIDADE TEMÁTICA
Totalitarismos e conflitos mundiais.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
A evolução do capitalismo e sua evolução ao (EF09HI10) Identificar e relacionar as dinâmicas
longo do tempo. A primeira grande crise do do capitalismo e suas crises, os grandes conflitos
capitalismo (a Grande Depressão - 1873-1896), mundiais e os conflitos vivenciados na Europa.
que levou à concentração de capital nos grandes (EF09HI11) Identificar as especificidades e os
bancos, à expansão colonialista na África e Ásia e desdobramentos mundiais da Revolução Russa e
ao surgimento de monopólios internacionais. seu significado histórico.
As tensões entre as potências europeias que
disputam o controle por regiões na Europa
(Alsácia-Lorena, Balcãs, estreito de Bósforo etc.)
e fora dela (Marrocos), levando à eclosão da
Primeira Guerra Mundial (1914- 1918).
A relevância histórica da Revolução Russa
(primeira revolução comunista da História) e seus
efeitos no cenário mundial (difusão do
comunismo na Europa e na América).
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O início do século XX
DURAÇÃO: 6 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
Leitura prévia do(s) capítulo(s). Verificar se a sala de aula conhece eventos históricos relacionados à
Primeira Guerra Mundial; verificar se os(as) estudantes(as) sabem o que foi a Revolução socialista na
Rússia e as consequências dessa revolução para as configurações geopolíticas da contemporaneidade.
Uso de recursos audiovisuais e de gêneros textuais. Uso de processos avaliativos qualitativos e
quantitativos para mensurar o desenvolvimento das habilidades e dos objetos de conhecimento
selecionados.
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A virada do século XIX para o XX é marcada pela Belle Époque a ideia de otimismo trazida pela
consolidação da ordem industrial liberal burguesa. As populações europeias se imbuíam da ideia de
serem “civilizados” para impor um ritmo de dominação, exploração e apropriação de recursos e
territórios em outros continentes. O desenvolvimento ocasionou disputas econômicas que foram
alimentadas pelo extremo nacionalismo e resultaram num grande conflito bélico que gerou
consequências para todo o globo. Ademais, desse conflito, resultou, também, na queda de um dos
últimos bastiões do absolutismo europeu e a formação de uma sociedade pautada na igualdade e na
ausência de classes. A revolução Russa marca o século XX pois, junto à Grande Guerra, são os marcos
que iniciam os tempos contemporâneos e definem a atualidade.
B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1
Na aula anterior à primeira aula desse sequenciamento didático, solicite aos(às) estudantes que façam
uma leitura prévia do(s) capítulo(s) que trata(m) sobre Primeira Guerra e Revolução Russa e criem um
mapa mental sobre o que leram. Na aula seguinte, pergunte em sala sobre os conhecimentos e
informações que os(as) estudantes(as) têm sobre Belle Époque, Primeira Guerra e Revolução Russa.
Dê sequência explicando que a consolidação da ordem liberal burguesa permitiu o clima de otimismo
da Belle Époque: o desenvolvimento acelerado e aparecimento cada vez maior de novas tecnologias
geravam esse ambiente de crença na prosperidade. Porém, mesmo com essa euforia, o fim do século
XIX é marcado por uma crise econômica que gerou concentração de riquezas e aumento da pobreza.
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Essa crise também resulta no acirramento das divergências de interesses entre as nações europeias.
Essas, por sua vez, acabam criando sistemas de alianças entre as nações que possuam desejos e
inimigos em comum.
Aula 2
Na aula seguinte apresente diferentes gêneros textuais (relatos, mapas, infográficos, vídeos curtos)
para exemplificar as causas e o desenvolvimento do primeiro grande conflito do século XX. Termine a
aula falando da entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da Rússia da guerra no mesmo ano
(1917) e as motivações para esses eventos.
Aula 3
Aula 4
Na quarta aula, dedique um tempo para explicar sobre a estrutura do Czarismo e como essa estrutura,
no século XX, é um dos principais fatores para o crescimento e vitória do movimento operário em
1917. Vejam, através de perguntas, se a sala de aula conhece e entende conceitos como: socialismo,
comunismo, União Soviética. Peça aos estudantes que criem um quadro com esses conceitos-chave.
Aula 5
Na aula seguinte, apresente por meio de gêneros textuais e/ou recursos audiovisuais, as
transformações resultantes da revolução socialista: estatização socioeconômica, comunismo de guerra,
NEP, Stalinismo.
Aula 6
Na última aula apresente a paródia elaborada pelo Professor Chico sobre a Primeira Guerra Mundial e
disponível em https://youtu.be/Hq5hEGFWGS4. Em seguida peça que, em grupo de até quatro
estudantes, eles criem sua própria paródia com outros estilos musicais sobre a Primeira Guerra Mundial
ou sobre a Revolução Russa.
RECURSOS:
Gêneros textuais, recursos audiovisuais, oralidade, metodologia ativa, avaliação qualitativa e
quantitativa.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Uso de metodologia ativa. Verificação de conhecimentos e informações prévias. Oralidade. Recursos
pedagógicos para sustentar a oralidade. Processos de verificação de aprendizagem e de
desenvolvimento das habilidades e objetos de conhecimento selecionados.
ATIVIDADES
1 – No final do século XIX e início do século XX, por detrás de uma tranquilidade aparente do cenário
político da Europa, se escondia um clima de tensão e instabilidade que levaria a mergulhar a Europa na
Primeira Grande Guerra. Escolha dois dos fatores que contribuíram para essa instabilidade e comente.
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2 – (UNIFESP-2005) “Estamos no promontório dos séculos! De que serve olhar para trás…queremos
glorificar a guerra — a única cura para o mundo — o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos
anarquistas… e o desprezo pelas mulheres. Queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater a
moralidade, o feminismo e toda a covardia oportunista e utilitária”.
Essa citação, extraída do Manifesto Futurista de 1909, expressa uma estética que contribuiu
ideologicamente para a
4 – A Rússia, madura para a revolução social, cansada de guerra e à beira da derrota, foi o primeiro
dos regimes da Europa Central e Oriental a ruir sob as pressões e tensões da Primeira Guerra Mundial
(...) tão pronta estava a Rússia para a revolução social que as massas de Petrogrado imediatamente
trataram a queda do czarismo como uma proclamação de liberdade, igualdade e democracia direta
universais. O feito extraordinário de Lenin foi transformar essa incontrolável onda anárquica popular
em poder bolchevique. (E. J. Hobsbawm, Era dos extremos.)
Como base no texto, identifique as condições estruturais que permitiram o autor considerar a Rússia
como uma nação madura para a revolução social.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Vinicius Marino. Revolução Russa em Jogos – Fyodor Slusarchuk. Arise. Disponível
em:http://www.arise.mae.usp.br/revolucao-russa-em-jogos-fyodor-slusarchuk/. Acesso em: 10 mar.
2022.
Revolução Russa de 1917: o que mudou? Politize, 07 jan. 2019. Disponível em:
https://www.politize.com.br/revolucao-russa-entenda/ Acesso em: 09 mar. 2022.
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