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19/09/2021 14:12 Práticas pedagógicas inclusivas: demandas necessárias à inclusão

Práticas pedagógicas inclusivas: demandas necessárias à


inclusão

Site: AVA - IFRO - Campus Porto Velho Zona Norte Impresso por: Leonardo Lucas Lima da Silva
Curso: Práticas Inclusivas na Educação Profissional e Tecnológica Data: domingo, 19 set 2021, 14:14
Livro: Práticas pedagógicas inclusivas: demandas necessárias à inclusão

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19/09/2021 14:12 Práticas pedagógicas inclusivas: demandas necessárias à inclusão

Índice

1. Introdução

2. Desenvolvimento individual

3. Funcionalidade

4. Praticidade

5. Colaboração

6. Projetos/estratégias de inclusão

8. Considerações finais

Referências

Ficha Técnica

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19/09/2021 14:12 Práticas pedagógicas inclusivas: demandas necessárias à inclusão

1. Introdução

Abordaremos neste livro os conceitos relevantes para a elaboração de práticas pedagógicas inclusivas. Nossa leitura deverá
nos levar a refletir como nossas práticas pedagógicas se desenham a partir dos currículos que desejamos e praticamos.

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2. Desenvolvimento individual

Primeiramente destacamos que um dos pontos importantes para elaborarmos práticas pedagógicas inclusivas é entender
sobre o desenvolvimento individual. Isso quer dizer que a proposta curricular é individualizada, que eu não posso
pensar em um currículo a partir da turma e pedir que o aluno se adapte a esse currículo. Eu tenho que pensar em algo
que, mesmo partindo do currículo geral da turma, seja específico para aquele aluno.

Assim sendo, toda proposta curricular e pedagógica que eu fizer na educação especial, para atender as demandas da
inclusão, tem que contemplar a individualidade do aluno.  Cada aluno tem sua identidade, cada aluno tem seu jeito de
aprender. E não se trata somente das atividades específicas para aquele aluno, dentro da realidade do que ele pode fazer,
mas também das atividades apropriadas para ele.

Por exemplo, se eu estou no primeiro ano, quando a produção da escrita é muito importante, quando a escola prioriza a
leitura e a escrita, é preciso também que eu pense o que eu posso elaborar em termos de atividades para ajudar o
movimento da escrita daquele aluno. Geralmente, os alunos que têm algum tipo de deficiência intelectual, também trazem
algum tipo de dificuldade motora. Então, é preciso que eu pense em uma estratégia que seja ligada não somente às
atividades da escola, da classe, mas que seja também específica para aquele aluno.

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3. Funcionalidade

Outro ponto importante que merece destaque ao elaborarmos práticas pedagógicas que sejam inclusivas é a da
funcionalidade.

Devemos nos perguntar:

Funcionalidade é aquilo que vai ser utilizado na sua vida social, aquilo que vai ser importante para a aquisição da
cidadania, para o exercício dos seus direitos. Por exemplo, quando eu penso na funcionalidade de um exercício da pega de
pinça, da pega do lápis: isso é funcional, porque ele vai fazer esse movimento constantemente na sua vida social; ele vai
fazer esse movimento não somente na hora da escola, mas também quando ele for ao restaurante, quando ele for
manipular os utensílios durante uma refeição.  Há também a questão da higiene pessoal, do autocuidado, de aprender a
lidar com as demandas do cotidiano.

Uma proposta curricular e pedagógica que contempla esses aspectos é funcional, porque pode ser utilizado fora da escola.
Porque a aprendizagem que proporciona na sala de aula, no espaço escolar, repercute também fora da sala.

Precisamos entender que a escola não é o fim do movimento do aluno, não é o fim das coisas. A escola é um meio para se
adquirir as habilidades, para se adquirir as potencialidades, para se poder exercer uma vida cidadã, uma vida incluída no
mundo social.

Então a escola não é um fim, a escola é um meio para que o aluno desenvolva, com qualidade, a sua vida social, a sua
vida familiar, a sua vida afetiva e assim por diante.

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4. Praticidade

Praticidade também é um ponto que merece ser destacado ao planejarmos práticas pedagógicas inclusivas.

Devemos perguntar se o aluno vai poder realizar aquilo que será desenvolvido com ele naquele momento.

É por isso que a proposta e a prática pedagógica tem que ser pensada a partir de cada sujeito, cada indivíduo, por conta
das suas condições para realizar as atividades. Isso demanda uma variedade de estratégias e metodologias.

Por exemplo, quando em uma sala de aula existe um aluno que faz uso de cadeira de rodas, é preciso que o layout, a
disposição do mobiliário seja adequada para o movimento do cadeirante; quer dizer, é preciso que seja prático, que o seu
movimento, a sua circulação em sala seja possível, assim como as atividades e experiências propostas devam prever
alterações no ambiente físico para que ele possa interagir na atividade.

A praticidade não é somente o material, a atividade em si; é também todo o contexto social da escola, todo o contexto dos
atores que estão em torno do aluno: o professor, os colegas, a coordenação.

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5. Colaboração

E, por último, mas não menos importante, devemos pensar de que forma essa experiência pedagógica irá colaborar com a
aprendizagem e desenvolvimento do aluno, dentro e fora da escola. Colaboração é uma palavra que deve ser pensada e
discutida no planejamento.

Precisamos debater sobre como as atividades podem e devem colaborar para que esses alunos possam saber lidar com as
demandas da vida diária. A vida diária, para um aluno com deficiência, às vezes, é muito hostil, muito desafiadora.

Uma reflexão importante é: o que se ensina na escola é desafiador? Os materiais e as atividades propostos são
desafiadores? Permitem que o aluno se prepare para o mundo social, cultural, político, do trabalho?

Se as respostas mostram que elas podem me servir para a vida social. Quando elas têm esse propósito, quando elas me
colocam em condições de poder vivenciar essas habilidades fora da sala de aula, as estratégias adotadas são, realmente,
funcionais e colaborativas.

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6. Projetos/estratégias de inclusão

O processo de ensino-aprendizagem, a dinâmica, o diálogo do professor com o aluno, do ensino com a aprendizagem tem
que ser sistemático e tem que estar de acordo com a idade do aluno. Aí entramos em outro aspecto que é importante:
projetos/estratégias de inclusão.

A escola tem que planejar e criar estratégias de inclusão, desde o ingresso do aluno com deficiência, sua inclusão nas
turmas e modalidades de ensino, até nas ações escolares coletivas para que esse processo de inclusão aconteça na escola
como um todo.

A aprendizagem do aluno com deficiência, em sala de aula em disciplinas teóricas e também fora da sala de aula, em
disciplinas práticas, laborais ou profissionais, deve ser o centro do planejamento do professor da disciplina, do professor de
educação especial, do pedagogo e dos profissionais de educação que dão apoio à inclusão do aluno. Projetos de inclusão,
bem como práticas pedagógicas inclusivas cotidianas só se efetivam e beneficiam o aluno se forem pensadas, planejadas e
tecidas por uma equipe que, com seus conhecimentos, experiências e metodologias, colaborativamente traçam uma
trajetória de aprendizagem justa e exequível para o aluno público-alvo da educação especial.

Neste material você conhecerá o  Ensino Colaborativo com o trabalho em conjunto do professor da classe comum e do
professor da educação especial. Verá também, algumas reflexões a respeito de ações dentro de sala aula para beneficiar a
aprendizagem de todos os alunos.

Caso o vídeo na abra, acesso pelo site http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=3910

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8. Considerações finais

Um currículo inclusivo deve definir as habilidades que pretende que o aluno desenvolva. Não é simplesmente acompanhar
o que a classe está fazendo, por exemplo escrever, trabalhar a leitura e escrita. Primeiramente é preciso se perguntar se
ele tem essa habilidade. Por exemplo, ele consegue se concentrar? Antes de ele aprender a escrever ou antes de ele
aprender a ler, ele precisa se concentrar. Ele precisa ter uma postura de aluno, ele precisa estar em condições de sentar à
mesa e aprender. Essa é uma habilidade que vem antes do exercício da leitura e da escrita. Então é preciso que o
professor estabeleça isso como uma habilidade a ser desenvolvida. E dentro dessas habilidades que ele quer desenvolver,
ele tem que pensar em quais estratégias ele vai utilizar para que o aluno possa aprender essas habilidades e em quais
estratégias ele vai utilizar para que ele possa aplicar o conteúdo que ele quer ensinar, o conteúdo acadêmico. Esses todos
são aspectos importantes que o professor deve considerar.

Mas aqui pode surgir uma pergunta importante: quem constrói esse currículo? Essa é uma pergunta que muitos fazem e,
dependendo da secretaria, dependendo da escola, da coordenação, isso pode passar pelo professor da educação especial,
pelo professor regente, por um professor específico, pelo psicopedagogo. É relevante que haja sempre um diálogo entre
esses atores: o psicopedagogo, se houver; o coordenador pedagógico; o professor regente ou o professor da disciplina, se
for o caso de um aluno que está no Fundamental II ou no Ensino Médio; o professor da Educação Especial. Por quê?
Porque o professor que leciona o conteúdo sabe o que quer trabalhar com a turma naquele dia, naquela hora, naquele
mês, naquele semestre. O professor especializado ou outro profissional qe acompanha o aluno na e fora da escola
possuem conhecimentos que pode dar melhores condições de se criar estratégias para que aquele aluno possa aprender
com maior facilidade. E a coordenação tem que ter um projeto para o seu segmento, assim como o gestor tem que ter um
projeto para a sua escola. Então, na verdade, esse currículo é construído com todos esses atores, não há somente
um responsável. Às vezes tem um profissional que sabe fazer melhor a adaptação; esse profissional vai estar sempre aí,
porém ele tem que manter um diálogo estreito com os demais atores.

Também dentro dessas características básicas, nós precisamos determinar os objetivos para que sejam trabalhados e
reforçados; por exemplo: construir habilidade para leitura e para escrita. Então eu tenho que trabalhar esses objetivos que
são as habilidades e reforçar sempre isso. É algo que nós aprendemos no nosso trabalho na educação especial, dentro de
sala de aula: quanto mais sistematizada, mais organizada for a atividade, a estratégia, mais produtiva ela é. Quando eu
tenho a convicção do que eu tenho que fazer, das estratégias que eu posso utilizar para atender a uma demanda que foge
da normalidade, mais possibilidade de sucesso eu tenho. Esses aspectos e essas características básicas dos currículos são
importantes para que se possa iniciar o trabalho dentro de sala de aula.

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Referências

CUNHA, Eugênio. Práticas Pedagógicas para Inclusão e Diversidade. Editora Wak. 2013.

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Ficha Técnica

Título Práticas pedagógicas inclusivas: demandas necessárias à inclusão

Autoria Larissy Alves Cotonhoto (2021) / Emilene Coco dos Santos (2021)

Design gráfico Camila Karoline Justino Marques

Luiza Fonseca de Souza

 Design instrucional Michele Silva da Mata

Revisão textual Cláuberson Correa Carvalho

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

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