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ALEITAMENTO MATERNO

11∕04∕18

RECOMENDAÇÕES ATUAIS ∕ DEFINIÇÕES:

1.(AME) Aleitamento Materno Exclusivo: (Nos primeiros 6 meses).Regime alimentar onde a


criança recebe apenas LM da própria mãe (do seio ou ordenhado) ou de outra fonte (banco de
Leite, amamentação cruzada), sem outros líquidos, porém pode receber outras substâncias
suplementares como: medicações, vitaminas, sais de hidratação.

2.(AMP) Aleitamento Materno predominante: LM + outros como fonte nutricional (água,


chás, suco, infusões). OBS: Não outro tipo de Leite.

3.(AMC) Aleitamento Materno Complementar: (6m - 2 anos). LM+ sólidos e semissólidos


com fonte nutricional. (complementam o LM, porém não substitui!!).

4.(AMM) Aleitamento Materno Misto ou Parcial : LM+ qualquer outro tipo de leite (LVaca,
Lsoja, Lcabra...).

OBS: LM manipulado: alto risco de contaminação e > chance de abandono do LM.

Aleitamento Cruzado: é contraindicado!!

Não existe idade certa para parar de amamentar, é uma decisão da mãe. A OMS
recomenda como mínimo até 2 anos de idade.

INTRODUÇÃO A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: “TRANSIÇÃO


COMPLEMENTAR”:

Introduzir aos 6 meses (papa de frutas, papa de sal ou purês). A criança precisa mastigar,
então o alimento de ser raspado ou amassado. Respeitar sempre, a aceitação da criança.Os
sucos como não possuem fibras, a criança não mastiga, então, não devem ser oferecidos de
forma única.

Obs: A questão alimentar oferece um impacto decisivo na vida futura da criança!!

COMPOSIÇÃO: LEITE MATERNO X LEITE DE VACA:

COMPOSIÇÃO LM LV
Energia (kcal∕dL) 71 69
Proteínas (g∕dL): 1,1 3,5
Caseina (%) 20 80
Proteína do soro (%) 80 20
Gorduras (g∕dL): 4 – 4,5 4
Colesterol Quantidade suficiente Quantidade insuficiente
Lactose (g∕dL) 7,0 4,8
Na (Eq∕dL) 7 22
Fe (mg∕L) 0,5 (>biodisp.∕lactoferrina) 0,5
Vitaminas Quantidade suficiente Quantidade insuficiente
Aminoácidos Taurina e Carnitina (SNC) Fenilalanina ∕Tirosina
(nocivo). LV não possui
Taurina e nem Carnitina.
PROTEINAS: LH tem (3x menos) que LV, porém é + adequado para o crescimento normal do
lactente
e não provoca sobrecarga renal. (Se eu tenho + solutos como proteínas, Na, a necessidade de H2O
para a excreção desses produtos ↑, gerando um balanço hídrico negativo e risco de desidratação).
 CASEINA: LH tem < % do que LV.(20∕80). É a proteina do coalho: tem pior
digestibilidade,
dificulta a digestão, ↑tempo de esvaziamento gástrico). Como o LH tem > % de proteína
do soro (80): Alfa-lactoalbumina humana = menor sobrecarga renal = > digestibilidade e
menos alergênico.. (potencial alergênico nulo).
 PROTEINAS DO SORO:
LH = alfa-lactoalbumina humana (fácil digestão, hipoalergênica)
LV = Beta=lactoglobulina (difícil digestão, heperalergênica)

ELETRÓLITOS: LH<LV (O LV tem > quantidade de Na = grande sobrecarga renal). A


concentração de Na no LH é ideal, impedindo uma sobrecarga renal, ↓ o risco de
desidrratação hipertônica e HAS.
Obs: No primeiro mês de vida, a excreção renal ainda não está desenvolvida, escretando +
água, o que ↑ risco de desidratação.
LACTOSE: É o carboidrato predominante no LH. Está ↑ no LH, o que proporciona “fezes”
+ líquidas e + ácidas ↑ biodisponibilidade de Cálcio, + Calcio é absorvido. ( Como lactente
evacua deitado, ainda não possui uma adequada prensa abdominal, ocorre uma facilitação
desse processo).
Por HIDRÓLISE fornece GLICOSE + GALACTOSE.
A GALACTOSE não é completamente digerida, facilitando o amolecimento das fezes.
 Vantagens da LACTOSE:
1. Fezes + amolecidas e pH intestinal + ácido (devido a formação de
ácidos pela flora saprófita de lactobacilos, que ↓ pH intestinal),
favorecendo uma > absorção de Calcio.
Obs: (a concentração de Calcio no LH é < porém é + bem
absorvido!!).
2. ↓bactérias patogênicas, elas não proliferam.
3. Permanece intacta no tubo digestivo, mantendo + água dentro do
lúmen digestivo = fezes amolecidas (RN evacua deitado). Podem
ocorrer evacuações explosivas e ácidas no RN (x ação da fermentação
por parte das bactérias), que podem causar uma hiperemia na região
anal do lactente!!). Obs: Parou de receber LM = fezes endurecidas.
GORDURAS: LH possui quantidades semelhantes, porém a ≠ está na qualidade da gordura:
*LH é rico em COLESTEROL , LC-PUFA e LIPASE.
 COLESTEROL : ↓ risco de dislipidemia = adulto bom metabolizador de
Colesterol.
 LC – PUFA (Ácido graxo poli-insaturado de cadeia longa): importantíssimos
no desenvovimento neuropsicomotor (mielinização do SNC) e na formação
da Retina. São 2: ARA (Ácido aracdônico)
ADH ( Ácido Docoxaenoico)
 LIPASE: enzima que facilita a digestão da gordura no intestino.
Atua contra Giardia e Entamoeba histolytica). É uma gordura insaturada.
FERRO: quantidades = ou < no LH, porém no LH ele é bem absorvido, graças à facilitação
da Lctoferrina.
 LACTOFERRINA: (ação bacteriostática): proteína carreadora de Fe, que ↓ a
biodisponibilidade desse mineral para os patógenos como E.coli,
Staphilococcus sp (bactérias que dependem de Fe para metabolizarem), com
isso, ↑ sua biodisponibilidade para o lactente, ↑ sua absorção no intestino
delgado.

FATORES PROTETORES DO LEITE MATERNO:

1. Ig (IgA, IgG, IgM)


2. Fator Bífido
3. Lisozima
4. Lipaze
5. Leucócitos (Macrófagos, Neutrófilos, Linfócitos)
6. Lactoferrina
7. Lactoperoxidase

IgA: protege todas as mucosas. É ambiente – específica: Ag entram em contato com a mãe
por onde a mãe circula, ocorrendo desenvolvimento de Ac, que são específicos para o RN
daquela mãe. Por isso a amamentação cruzada é contraindicada!!

LISOZIMA: enzima que causa “lise” , destruição bacteriana , funcionando como


Bactericida).Como a criança > 6m fica + vulnerável, o LM tem + Lisozima.
(ação Bactericida + Antiinflamatória).
LACTOFERRINA: enzima carreadora de Fe. (↑ absorção de Fe no intestino do lactente para
> absorção).
FATOR BÍFIDO: funciona como substrato para o crescimento do Lactobacillus bífidus
(flora saprófita) que compõe a flora intestinal de RN amamentados exclusivamente com LM.
Mantém a integridade da flora protetora intestinal no RN.
(Lactose + Fator Bífido = ↓ pH intestinal = acidificação fecal)
LACTOPEROXIDASE: enzima ativa contra Streptococcus.

CARÊNCIAS DO LM:

1. Vitamina K
2. Fluor
3. Ferro
4. Vitamina D

MODIFICAÇOES NO LEITE QUE A MULHER PRODUZ – FASES DE


PRODUÇÃO DO LEITE:

DURANTE A LACTAÇÃO:
 Colostro: 1º leite, 3º ao 5º dia, + proteína, + Ig (IgA) + Vitaminas (A = cor
amarelada do colostro), + eletrólitos. Considerado “transudado do plasma”,
não depende do amadurecimento da mama (glândula mamária imadura).
(100ml∕dia).
 Leite de transição
 Leite Maduro: 10 ao 14º dia de vida, + gordura, + lactose. Glândula mamária
amadurecida (600ml∕dia).

DURANTE A MAMADA:
 Leite anterior: ralo, doce (PROTEINA DO SORO + LACTOSE)
 Leite posterior: contém 5 x mais gordura = importante para dar saciedade e ganho
ponderal para criança.
Obs: (O RN deve receber sempre o leite anterior e posterior!!)
Obs: A gordura ↑ no leite: ao anoitecer, no final da mamada (dando + saciedade) e
varia de acordo com a dieta materna também.

ARMAZENAMENTO DO LEITE:

 Na geladeira = 12h
 No congelador ou freezer (< -3 C) = 15 dias
 Pasteurizado∕freezer = 6 meses
 Leite liofilizado em atmosfera inerte (à vácuo) = 1 ano

PREPARAÇÃO DA FÓRMULA INFANTIL: (1 medida para 30 ml de água)

(LV tem muita proteína, não é indicado para < 4 meses, se tiver que dar LV, a forma
correta é:

 < 4 meses: diluído 2∕3 + óleo vegetal (1 colher óleo de cozinha): 2 LV + 1 de


água
 > 4 meses: não é necessário diluir!!

FISIOLOGIA DA AMAMENTAÇÃO – LACTAÇÃO:

 1º ESTÁGIO: Gestação (↑ progesterona e ↑ estrogênio)


Progesterona: atua na multiplicação alveolar.
Estrogênio: atua na multiplicação dos ductus alveolares. Estimula o que “escoa”
Prolactina: responsável pela produção de leite.
O que ocorre na gestação? Ocorre inibição da Prolactina pelo LACTOGÊNIO
PLACENTÁRIO = mulher não secreta leite.

 2º ESTÁGIO: Após o nascimento, com a saída da placenta, os efeitos inibitórios


do progestogênio e Lactogênio Placentário sobre a Prolactina cessam e a
secreção de leite ↑ e ocorre a “apojadura” (descida do leite), independente do
estímulo da criança, o “leite desce!!”, tendo sucção ou não, o “leite desce”.
Acontece também a síntese de Ocitocina (secretada pela Neuro-hipófise), que
atuará na ejeção ou saída do leite.

 3º ESTÁGIO: Galactopoiese ou Lactogênese: manutenção da produção e ejeção


do leite sob total dependência da sucção do mamilo pelo bebê e esvaziamento
das mamas. (Quanto + o lactente suga + leite será produzido).
Principal estímulo: SUCÇÃO: Hipófise posterior (OCITOCINA) = ejeção
do leite.

Hipófise anterior (PROLACTINA) = produção do


leite.
Obs: →Células Alveolares = sensível a Prolactina = “Produção de leite”

→Camada de células mioepiteliais = sensível a Ocitocina = “Ejeção do leite”.

Obs: A Ocitocina também produz contração da musculatura lisa uterina (Reflexo de


Fergusson).

Obs: Os alvéolos são envolvidos por células mioepiteliais que são contráteis, que por
ação da Ocitocina “ejeta o leite”.

Obs: Para a produção do leite se manter, tem que ter a ejeção do leite, pois o leite que
fica no alvéolo inibe a produção láctea. (Parou de produzir leite, devemos suspeitar de
problema de ejeção do leite).

FATORES QUE BLOQUEIAM A OCITOCINA:

Qualquer estímulo adrenérgico (Adrenalina∕Noradrenalina) = inibe a ejeção do leite


(inibe a Ocitocina). Fatores: stresse, baixa autoestima, medo, dor falta de apoio
emocional...

(↑ Adrenalina = ↓ Prolactina, ↓ Ocitocina = ↓ produção de leite)

VANTAGENS DO LEITE MATERNO:

Para NUTRIZ: Para o BEBÊ:


 Prático, barato e limpo, não  Completo – adequado, ideal para
necessita ser manipulado.  um sistema gastrointestinal e renal em
 Involução uterina∕eliminação de fase de amadurecimento.
lóquios hemáticos  Previne contra infecções (IgA)
 Perda ponderal  Inibe o desenvolvimento de alergias
 Prevenção de CA  ↓incidência e gravidade das doenças
 Amenorreia lactacional (98%). respiratórias e diarreicas.
 Melhora o desenvolvimento cognitivo
 Melhora no aspecto comportamental
OBS: Se a mulher tiver que tomar  Fortalece vínculo mãe-filho
Anticoncepcional, que seja a base de  ↓ cólicas
Progesterona para não ↓ ou inibir a
 Desenvolvimento da cavidade oral
produção láctea!!.
 ↓ patologias meuropsiquiátricas.

TÉCNICAS DA AMAMENTAÇÃO (PEGA + POSIÇÃO):

POSIÇÃO: PEGA:
1. Criança bem apoiada (corpo do 1. Boca bem aberta
bebê bem apoiado pelas mãos da 2. Lábio inferior “evertido”
mãe) 3. Queixo tocando a mama
2. Cabeça e tronco no mesmo eixo 4. Toda a aréola “abocanhada” e se não
“alinhado” toda, devemos ver + aréola visível
3. Corpo da criança próximo ao da acima da boca. Deglutição visível e
mãe (barriga com barriga). audível.
4. Rosto de frente para a mama com
o nariz encostado no mamilo.

QUEIXAS COMUNS:

1. “LEITE FRACO” OU “ POUCO LEITE ”: devemos reverter as expectativas da mãe,


aspecto do leite contralateral, comportamento da criança “muito choro” (± 3h∕dia, + 3
dias∕ semana), perca de peso na 1ª semana de vida: Avaliação objetiva: PESO x
DIURESE.
Peso: não + de 10% de perca de peso na 1ª semana de vida.
Diurese: 6 – 8 micções∕dia.
Obs: (Medida inicial sempre!!: manter AME + Técnica correta + Evitar desmame
precoce).

2. FISSURAS MAMILARES: consequência da má técnica (pega e posicionamento).


Deve realizar ordenha das mamas antes das mamadas, orientar a pega correta da aréola
e posição adequada durante a mamada. (OBS: sempre manter a amamentação!!!!!).
O que ocorre? Criança ordenha o mamilo com gengiva, causando pressão constante no
mamilo, ocasionando um trauma como fissuras, bolhas, equimoses e até Candidíase.
Pode-se usar na mãe Spray nasal de Ocitocina e a mulher não deve expor a mama
afetada ao sol, pois retarda o processo de cicatrização, assim como o uso de pomadas e
antissépticos deve ser evitado também.
OBS: A aplicação do próprio leite na fissura está comprovado que não tem benefício.

3. INGURGITAMENTO MAMÁRIO “SEIO EMPEDRADO”: leite não é drenado de


forma eficiente = ↑ vascularização local = congestiona, obstrução linfática =
ingurgitação.
OBS: Causa comum da ingurgitação: Drenagem insuficiente do leite da mama.
Clínica: mamas edemaciadas, doloridas, não drenam com facilidade, febre, mal-estar
Correção:
 Manter aleitamento materno a livre demanda
 Ordenhar as mamas antes, facilitando a pega.
 Esvaziar as mamas após as mamadas.
 Aplicar compressas frias (x 15min): provoca vasoconstricção temporária e ↓
temporariamente a produção láctea. Obs: o banho morno (calor local), auxilia
na liberação do leite.
 Se necessário posso utilizar analgésicos: Paracetamol ou Ibuprofeno.

4. MASTITE: reação inflamatória + localizada em um dos quadrantes da mama, causada


por estase do leite e infecção. Pode acometer somente pele ou aprofundar-se pelo
parênquima e insterstício, formando um ABSCESSO MAMÁRIO.
Agentes infecciosos envolvidos: Staphylococcus aureus (95%) e E.coli.
Correção:
 Ordenhar a mama: ↓ tensão e apressa a cicatrização.
 Anti-inflamatório: Ibuprofeno
 Manter a amamentação (NÃO contraindicar a amamentação!!)
 OBS: Em caso de ABSCESSO (nódulo palpável e flutuante de pus e febre):
realizar a drenagem cirúrgica e suspender a amamentação naquela mama
afetada até o processo estar restabelecido.
OBS: OMS recomenda suspender a amamentação na mama com abscesso até
este ser drenado.
 Antibiótico adequado para fase de amamentação:
 Ambulatorial: Amoxicilina + Ácido Clavulânico x 14 dias.
 Hospitalar: Oxacilina IV x 10 – 14 dias.
5. CANDIDÍASE: (x Cândida Albicans): pele hiperemiada, brilhante, com fina
descamação e pode haver placas esbranquiçadas.
Correção:
 Mamilos ventilados e expostos ao sol
 Fervura da fonte de contaminação (chupetas, bicos x 20 minutos∕dia)
 Tratamento: aplicação local de Nistatina, Miconazol ou Cetoconazol x 14 dias
e tratar também a criança junto, mesmo sem sintomas!!!. O tratamento que não
responde: Fluconazol VO x 14 -18 dias (para a mãe).

OBS: Devemos corrigir sempre a técnica da amamentação, avaliar sempre e acima de tudo
orientar sobre a pega x posição. Devemos sempre procurar manter o aleitamento materno
corrigindo a técnica e realizando o encorajamento da mãe.

OBS: nas questões de prova, vamos encontrar situações onde a resposta∕o manejo correto será:

“Manter AME + corrigir a técnica (pega x posição) + encorajamento da mãe!”.

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS DA AMAMENTAÇÃO:

 HIV
 HTLV I e II (Vírus Linfotrópico Humano em RN, causa Dermatite Infecciosa +
coriza. Transmitido essencialmente pelo leite materno).
 Psicose puerperal (Neste caso a amamentação só é permitida como supervisão). Na
prova sempre será contraindicação ABSOLUTA!!.
 Galactosemia.

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS DA AMAMENTAÇÃO:

 Infecção aguda pelo CMV (Somente tem riscos de desenvolver a doença + grave os
RN prematuros < 32 semanas. O leite deve ser oferecido por sonda depois de
ordenhado, pasteurizado e congelado).
 Herpes Simples (Ativo): só se tiver lesão na aréola ou mamilo. Quando é Herpes
genital ou labial, pode amamentar tomando os cuidados necessários para que o RN
não entre em contato com as lesões da mãe.
 Doença de Chagas: somente na fase aguda ativa e com sangramento no mamilo.
 Varicela: o problema é o contato direto da criança com as lesões na fase aguda, lesão
em fase de crosta não há problema, poderá haver contato sem risco.
OBS: Quando “5 dias antes e 2 dias depois depois do parto” = Varicela Aguda = não
passa AC para o bebê, então a criança não pode chegar perto da mãe, somente poderá
aproximar na FASE DE CROSTA!!). Não poderá ser amamentado ao seio, porém
poderá tomar o leite materno x outras maneiras.

CONSIDERADA UMA CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA E VERDADEIRA PARA


AMAMENTAÇÃO:

 GALACTOSEMIA: erro inato no metabolismo da Galactose (dificuldade em


desdobramento da GALACTOSE e consequentemente da LACTOSE), causado x
deficiência principalmente da enzima GALACTOSE – 1 – FOSFATO – URIDIL –
TRANSFERASE (GALT). É considerada contraindicação absoluta da
amamentação!!).
Clínica:
 baixo ganho ponderal
 icterícia colestática
 hepatomegalia com evolução para Cirrose Hepática
 retardo mental
 catarata
 ↑ da susceptibilidade a infecções, principalmente sepse x E.coli.

OBS: Aqui, qualquer leite cuja fonte de carboidratos seja a Lactose, NÂO poderá
se usado (Apenas o Leite de Soja pode ser usado).

OBS: a FENILCETONÚRIA não é contraindicação absoluta: é um erro inato no metabolismo


de um aminoácido, ocorre deficiência na conversão de Fenilalanina em Tirosina. Causa:
Deficiência Intelectual Irreversível. Os RN até podem receber o LM até 6 meses, desde que
tenham controle dos níveis séricos de Fenilalanina. (AM complementado com fórmula isenta
de Fenilalanina).

DOENÇAS QUE NÃO CONTRAINDICAM ALEITAMENTO: (Cuidado!! caem muito em


prova como contraindicação absoluta, e NÃO são, SÃO RELATIVAS!!!)

 Hepatite B
 Tuberculose materna (pode amamentar, porém, seguindo alguns cuidados: em
ambiente arejado, claro, com máscara e higienização das mãos).

MEDICAMENTOS CONTRAINDICADOS NA AMAMENTAÇÃO:

 Amiodarona (iodo da Amiodarona causa: HIPOTIROIDISMO na criança).


 Imunossupressores e Citotóxicos
 Antineoplásicos (>parte, inclusive a Ciclofosfamida)
 Radiofármacos
 Anti-infecciosos ∕ Antiretrovirais (Linezolida e Ganciclovir)
 Bromocriptina
 Antiparkinsonianos (Selegilina)
 Drogas de vício e abuso (Anfetaminas, cocaína, heroína, maconha, fenilciclidina).

OBS: Dessas substâncias citadas acima, a que + cai em prova e devemos saber como
contraindicada na amamentação é a AMIODARONA. As outras, se usadas devem ser
avaliados os riscos x benefícios para uma orientação adequada sobre desmame ou
manutenção da amamentação. Existe para cada uma um tempo de interrupção da
amamentação de forma transitória e não definitiva.

PROFILAXIA CONTA ANEMIA FERROPRIVA:

 (IG > 37 semanas) ou (PN > 2,5 kg):


 < 6 meses: manter em AME ou FI ( Não recebe Fe)
 > 6 meses: 1mg∕Kg∕dia de Fe até 2 anos de idade ( 6 meses até 2 anos )
Exceto se: > 500ml∕dia de FI ( pois a FI tem Fe suficiente).
OBS: Criança que recebe FI > 500ml∕dia = não precisa receber Fe.
Se a criança recebe LV = complementar com Fe aos 4 meses.
Então: FI: ≥ 500 ml∕dia = Fe suficiente , não complementa.
< 500 ml∕dia = complementar com Fe 1mg∕kg∕dia até 2
anos .

 (PMT) ou (< 2,5 kg):


Necessário receber Fe aos 30 dias até 2 anos de idade.

No 1º ano de vida (30 dias até 12 meses): No 2º ano de vida (12 – 24 meses):
 < 1000g = 4mg∕kg∕dia  1mg∕kg∕dia
 < 1500g = 3mg∕kg∕dia
 < 2500g = 2mg∕kg∕dia

OBS: Em um Desnutrido grave, mesmo com Anemia, não poderá receber Fe,
primeiro estabiliza para depois dar Fe.

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA “D”:

 < 1 ano = 400 UI∕dia (até completar 2 anos)


 > 1 ano = 600 UI∕ia ( até completar 2 anos)

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