Você está na página 1de 13

Disciplina

Máquinas Elétricas (Lab.)

Experiência 2

Ensaio em vazio de motor de corrente contínua de ímã permanente

Professor: Elvio Prado da Silva

Turma: Engenharia Elétrica


Alunos
1. Anne Nolasco
2. Gabriel Andrade Oliveira
3. Háslan Santos Messias
4. Hébert Vieira da Silva dos Santos
5. João Victor Silva Pires Veiga
6. Jórdean Firmino de Oliveira Amaro
7. Luca de Almeida Brito

Início da experiência em: 05/11/2019


Versão entregue em: 17/11/2019
Vitória da Conquista – BA
1. Objetivos Gerais
● Cálculo a resistência de armadura Ra no ensaio com o rotor bloqueado;
● Obtenção da FEM gerada na armadura do motor CC através de Ensaio em Vazio;
● Obtenção do Conjugado Eletromagnético do Motor em Vazio.
● Levantamento das curvas do motor CC à vazio

2. Materiais Utilizados
● 1 fonte de tensão CC;
● 1 amperímetro com escala apropriada;
● 1 voltímetro com escala apropriada;
● 1 wattímetro com escalas apropriadas;
● 1 tacômetro.

3. Introdução
.
Para Fitzgerald (2008), as máquinas CC possuem grande versatilidade na sua forma de
ligação, o que proporciona diferentes características no que diz respeito à tensão versus
corrente ou velocidade versus torque aplicado ao eixo. As duas possíveis formas de operação
das máquinas CC são como gerador ou motor.
A primeira utiliza de uma máquina primária para obtenção de torque e, dessa forma, a
energia mecânica é transformada em energia elétrica. Para a segunda opção, a máquina CC é
alimentada por uma fonte de energia que energiza com corrente contínua os enrolamentos do
rotor e, juntamente com o fluxo magnético, desenvolvem torque no eixo da máquina,
caracterizando assim, a transformação de energia elétrica em mecânica.
O motor de Corrente Contínua de imã permanente, possuem construção mais simples
pois não tem enrolamento, não há a necessidade de uma fonte de excitação externa e também
não há dissipação de potência para criar o campo magnético da máquina que implica em
maior eficiência e Máquinas menores e mais baratas em comparação às máquinas com
excitação externa. Além disso, possui um circuito equivalente mostrado na figura 1
semelhante ao de um motor CC com excitação independente, porém sem o circuito do
enrolamento de campo.
Figura 1: Circuito Equivalente do Motor

Sendo:
Ea = FEMM gerada na armadura.
Va = tensão de terminal na armadura.
Vt = tensão de terminal da máquina CC.
Ia = corrente de armadura.

A máquina CC de imã permanente como:


Gerador: Ea > Va (1)
Motor: Va > Ea
(2)

Equações Características:
Va = Ea – Ia*Ra (gerador)
(3)
Va = Ea + Ia*Ra (motor)
(4)

4. Montagem

5. Análise de segurança

6. Cálculos e análise dos resultados


6.1 Encontrando Ra: ensaio com o rotor bloqueado
Va (V) Ia (A) Ra (Ω)
2,33 3,17 0,735
2,037 2,55 0,799
1,732 2,11 0,821
1,361 1,582 0,860
0,468 0,426 1,096
Média: 0,862
TABELA 1 – ENSAIO COM O ROTOR BLOQUEADO

6.2 Obtenção da FEM gerada na armadura do motor CC através de Ensaio em Vazio


Va (V) Ia (A) Ra (Ω) n (rpm) wm (rad/s) Ea (V) Pa (W) Pem (W)
2,04 0,92 0,862 8,40 0,880 1,244 1,875 1,145
2,72 1,00 0,862 13,00 1,361 1,860 2,723 1,860
3,51 1,08 0,862 17,80 1,864 2,578 3,791 2,785
4,60 1,17 0,862 25,90 2,712 3,591 5,382 4,201
5,60 1,22 0,862 32,60 3,414 4,547 6,832 5,548
6,62 1,27 0,862 40,00 4,189 5,524 8,407 7,016
7,66 1,33 0,862 47,10 4,932 6,513 10,188 8,662
8,59 1,37 0,862 54,30 5,686 7,408 11,768 10,149
10,00 1,43 0,862 64,20 6,723 8,766 14,300 12,536
11,38 1,49 0,862 74,20 7,770 10,095 16,956 15,041
12,48 1,54 0,862 82,60 8,650 11,151 19,219 17,173
14,83 1,58 0,862 100,50 10,524 13,467 23,431 21,278
TABELA 2 – FEM GERADA NA ARMADURA DO MOTOR CC: ENSAIO EM VAZIO

6.3 Obtenção do Conjugado Eletromagnético do Motor em Vazio


Ea (V) Ia (A) wm (rad/s) Tmec (N.m)
1,244 0,92 0,880 1,301
1,860 1,00 1,361 1,366
2,578 1,08 1,864 1,494
3,591 1,17 2,712 1,549
4,547 1,22 3,414 1,625
5,524 1,27 4,189 1,675
6,513 1,33 4,932 1,756
7,408 1,37 5,686 1,785
8,766 1,43 6,723 1,865
10,095 1,49 7,770 1,936
11,151 1,54 8,650 1,985
13,467 1,58 10,524 2,022
TABELA 3 – CONJUGADO ELETROMAGNÉTICO DO MOTOR EM VAZIO

6.4 Rendimento do Motor CC a vazio


Ea (V) Va (A) Rendimento (%)
1,244 2,04 60,98%
1,860 2,72 68,38%
2,578 3,51 73,45%
3,591 4,60 78,06%
4,547 5,60 81,20%
5,524 6,62 83,44%
6,513 7,66 85,03%
7,408 8,59 86,24%
8,766 10,00 87,66%
10,095 11,38 88,71%
11,151 12,48 89,36%
13,467 14,83 90,81%
TABELA 4 – RENDIMENTO DO MOTOR CC A VAZIO

7. Curvas do motor CC à vazio

1. Construa a curva V a [ V ] ×i a [ A] .

Resposta:

16.00

14.00

12.00

10.00
Va (V)

8.00

6.00

4.00

2.00

0.00
0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 1.60
Ia (A)

2. Construa a curva Ea [ V ] × i a [ A ].

Resposta:
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000

Ea (V)
6.000
4.000
2.000
0.000
0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 1.60
Ia (A)

3. Construa a curva V a [ V ] × n[rpm].

Resposta:
16.00

14.00

12.00

10.00
Va (V)

8.00

6.00

4.00

2.00

0.00
0.90 20.90 40.90 60.90 80.90 100.90
n (rpm)

4. Construa a curva Ea [ V ] × n[rpm].

Resposta:
16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

Ea (V)
6.000

4.000

2.000

0.000
0.90 20.90 40.90 60.90 80.90 100.90
n (rpm)

5. Construa a curva i a [ A ] × n[rpm] .

Resposta:
1.80
1.60
1.40
1.20
1.00
ia (A)

0.80
0.60
0.40
0.20
0.00
0.90 20.90 40.90 60.90 80.90 100.90
n (rpm)

6. Construa a curva Ƞ [ % ] × n[rpm].

Resposta:
100.00%
95.00%
90.00%
85.00%
80.00%

Ƞ(%)
75.00%
70.00%
65.00%
60.00%
55.00%
0.90 20.90 40.90 60.90 80.90 100.90
n (rpm)

7. Construa a curva Ƞ [ % ] × V a [ V ].

Resposta:
100.00%
95.00%
90.00%
85.00%
80.00%
Ƞ(%)

75.00%
70.00%
65.00%
60.00%
55.00%
0.90 2.90 4.90 6.90 8.90 10.90 12.90 14.90
Va (V)

8. Construa a curva Ƞ [ % ] × i a [ A ] .

Resposta:
100.00%
95.00%
90.00%
85.00%
80.00%

Ƞ(%)
75.00%
70.00%
65.00%
60.00%
55.00%
0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 1.60
ia (A)

9. Construa a curva P [ W ] × n [ rpm ] .

Resposta: De acordo com o gráfico de potência (W) pela velocidade angular (rpm),
nota-se uma curva levemente linear, demonstrando assim a proporcionalidade entre ambas
grandezas, ou seja, de acordo vai se aumentando a potência do motor cc, maior será sua
velocidade angular. Nota-se também que o motor atinge a maior velocidade angular quanto este
se encontra em plena carga, atingindo consequentemente, sua maior potência.
23.000

18.000

13.000

P (W)
8.000

3.000

-2.0000.90 20.90 40.90 60.90 80.90 100.90

n (rpm)

10. Construa a curva τ mec [ N .m ] × n [ rpm ].

Resposta: Para o gráfico do torque mecânico (N.m) pela velocidade angular (rpm),
nota-se um crescimento mais acentuado do torque no primeiro instante, variando de 1300 a
1500N.m rapidamente sem uma grande variação da velocidade angular, sendo justificada pela
corrente de partida necessária para romper a inércia do rotor do motor cc, sendo assim, o
aumento do torque é mais evidente neste período. O torque bem como sua velocidade angular
são máximos em plena carga.
2.200

2.000

1.800
τmec (N.m)

1.600

1.400

1.200

1.000
0.90 20.90 40.90 60.90 80.90 100.90
n (rpm)
11. Construa a curva τ mec [ N .m ] × i a [ A ].

Resposta: Conforme o gráfico do torque mecânico (N.m) pela corrente induzida (A),
pode-se considerar que o aumento do torque e da corrente são mais proeminentes nos primeiros
instantes ao acionamento do motor, de maneira que este pico de corrente é a corrente de partida
necessária para quebrar a inércia do rotor. Depois da partida, o torque e a corrente induzida do
motor cc crescem mais linearmente até atingir a plena carga.
2.200

2.000

1.800
τmec (N.m)

1.600

1.400

1.200

1.000
0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 1.60
ia (A)

12. Construa a curva τ mec [ N .m ] × P [ W ].

Resposta: De acordo o gráfico do torque mecânico (N.m) pela potência (W), pode-se
considerar um comportamento logarítmico da curva, com o torque crescendo ligeiramente entre
1300 e 1550N.m conforme o aumento da potência, sendo essa curva menos proeminente
próximo do funcionamento em plena carga do motor cc.
2.200

2.000

1.800

τmec (N.m)
1.600

1.400

1.200

1.000
0.900 5.900 10.900 15.900 20.900
P (W)

8. Considerações finais
O experimento realizado possibilitou a observação do comportamento de um motor
elétrico de corrente contínua para diversos níveis de tensão e corrente, tornando possível o
cálculo de valores de torque ou conjugado, rendimento e potência do motor utilizado, bem como
traçar gráficos que mostram de forma mais fácil de visualizar a resposta do motor ao aumento de
tensão e corrente.
A análise dos dados obtidos mostra a semelhança entre o comportamento do motor
estudado e o comportamento esperado para um motor de corrente contínua com imã permanente.
Vale ressaltar o aumento do rendimento com a aproximação, tanto da corrente quanto da tensão
aplicada, com seus valores nominais, o que comprova que o motor de corrente contínua
apresenta melhor rendimento quando opera em plana carga.
Com isso é possível afirmar que foi obtido êxito no experimento, pois os objetivos desse
trabalho foram atingidos de forma rápida e clara. Com o motor bloqueado foram aferidos os
valores de corrente e tensão no motor e assim foram calculados diversos valores para a
resistência da armadura e com o motor em vazio foram calculados de maneira bastante simples a
força eletromotriz induzida na armadura e também o conjugado presente no motor. Então pelo
fato de que os objetivos foram atingidos de forma que o experimento se desenrolou de maneira
simples e direta, tem-se que esse foi satisfatório para o aprendizado sobre motores de corrente
contínua.

9. Referências bibliográficas

FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas: Com introdução à eletrônica de potência. 6.ed. São


Paulo: Mcgraw-hill, 2006. Disponível em:
<file:///C:/Users/heber/Downloads/Maquinas_Eletricas_Fitzgerald_PT_BR.pdf>. Acesso em: 18
nov. 2019

Você também pode gostar