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Prof. Francisco Hevilásio F.

Pereira
Fisiologia Vegetal

BALANÇO HÍDRICO DAS PLANTAS

Água no solo
FISIOLOGIA VEGETAL
Absorção de água pelas raízes
Relações hídricas – Parte II
Transporte de água para a parte aérea

Pressão radicular (gutação)

Pombal – PB Tensão no xilema e transpiração

(µm)

(p)
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/r

Movimento da água no solo


Predominantemente por fluxo de massa (∆Ψp)

Plantas absorvem água



Reduz-se a quantidade de água próximo as raízes

O esgotamento de água causa redução no Ψp próximo
as raízes em relação as áreas vizinhas

E o deslocamento da água de > Ψp para um < Ψp

Fluxo de massa

Taxa de fluxo de água no solo Absorção de água pelas raízes


• Raiz deve estar em contato íntimo com o solo
Depende:
→ Tamanho do gradiente de pressão • É auxiliada pelo crescimento das raízes e pela presença
→ Condutividade hidráulica do solo: de pêlos radiculares (60% da superfície de absorção)
É a facilidade com que a água se desloca no solo
• A água é absorvida em sua maior parte pela porção
Varia com: apical da raiz
• Tipo de solo: arenoso > argiloso
• Conteúdo de água • Regiões maduras da raiz apresenta exoderme impregna
da por suberina (impermeável a água)
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Absorção de água
pelas raízes

Movimento da água na raiz


Três rotas: epiderme até endoderme
• Apoplástica
• Transmembrana
• Simplástica

Apoplástica: move-se exclusivamente pelas paredes celu


lares e espaços intercelulares sem passar MP

Transmembrana: move-se de célula a célula atravessando


a membrana plasmática

Simplástica: movimenta-se de uma célula a outra através


de plasmodesmas
Plasmodesmas: estruturas que conectam uma célula a outra
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Via de transporte de água mais importante até a endoderme Causas da redução na absorção de água pelas raízes:
• Apoplástica • Falta de água
• Excesso de água
Endoderme: camada de células impregnadas radialmente por • Temperaturas baixas
suberina - estria de caspary (cerosa e hidrofóbica)
Acúmulo de soluto no xilema – pressão de raiz
→ Movimento através do apoplasto é obstruído pela estria
de caspary → Água em excesso no solo (Ψw alto)

→ Força a água e solutos a cruzarem a endoderme pela → Baixa taxa de transpiração das plantas (UR do ar alta)
membrana plasmática que é seletiva
Estratégia das plantas para absorver água

Como isso ocorre?


→ Raiz absorve íons da solução do solo diluída e acumula no
xilema
→ Solutos acumulados no xilema reduzem o Ψs → Ψw (negativo)

→ A redução Ψw no xilema gera a força propulsora p/ absorção


de água
→ Força propulsora gera pressão hidrostática positiva no xilema

→ Pressão positiva no xilema: gera um fenômeno chamado de


gutação (hidatódios)

Transporte de água no xilema Traqueídes: são células alongadas organizadas em filas

→ Xilema constitui a maior rota de transporte de água na verticais sobrepostas

planta → A água flui entre traqueídes por meio de pontoações

→ É uma rota simples e de baixa resistência comparada em suas paredes laterais

ao transporte na raiz Pontoações:


♦ Não há deposição de parede celular secundária

O xilema é constituído por dois tipos de células: ♦ As pontoações entre células adjacentes são coincidentes

→ Traqueídes ♦ As paredes primárias e a lamela média forma a membrana da


→ Elementos de vaso pontoação
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Elementos de vaso: são células mais curtas e largas que os


traqueídes
→ Apresentam paredes terminais perfuradas (placa de
perfuração)
→ Os elementos de vasos são empilhados extremidade
com extremidade formando um vaso → A maturação dos traqueídes e
elementos de vaso envolvem sua morte
→ Comprimento dos vasos: 10 cm até vários metros (perda da MP e organelas)

→ Os elementos de vaso comunicam-se com vasos


→ Resta: paredes celulares lignificadas
vizinhos por meio de pares de pontoações e grossas

Parênquima Câmbio
do xilema Fibras
Elemento de
vaso

Fibras

Traqueídeos

Raio: célula do
parênquima

Xilema

Célula do parênquima

Vt
Floema

Elemento de tubo crivado com placa


crivada e célula companheira

Desafio enfrentados pelas plantas durante


o transporte no xilema
Vt = Lp → Alta tensão no xilema: espessamento secundário e
(Condutividade hidráulica)
lignificação dos traqueídes e elementos de vaso (colapso)

→ Alta tensão no xilema → aspiração do ar pela parede


celular formando bolhas
♦ Formação de bolhas no xilema é denominado de cavitação

♦ Causa a interrupção de água no xilema


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Como a planta minimiza os efeitos da cavitação?


→ Planta desvia o fluxo de água do vaso obstruído para
o vaso vizinho através das pontoações;

→ As bolhas podem ser eliminadas a noite quando a


transpiração é baixa e Ψp aumenta (ar é redissolvidos);

→ Pressão de raiz: ↑ Ψp no xilema e o ar é redissolvido

→ Crescimento secundário e a formação de um novo


xilema (descarte do xilema não-funcional)

Evaporação da água nas folhas versus pressão


negativa no xilema
→ A água é transportada às folhas pelo xilema que se
ramifica em uma rede de nervuras (feixes vasculares)

→ Evaporação da água da folha é quem gera tensão para


puxar a água pelo xilema

→ As maioria das células estão a menos de 0,5 mm de


uma nervura

Caminho da água do xilema até a atmosfera

Xilema

Células e paredes celulares

Espaços intercelulares

Atmosfera por difusão
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Movimento de água da folha para a atmosfera

Espaços intercelulares

Atmosfera por difusão

Como a água é perdida para a atmosfera?


→ Estômatos (95%)
→ Cutícula (5%)

Transpiração depende: Resistência da camada de ar limítrofe depende:


→ Diferença de vapor de água entre os espaços intercelu-
lares e a atmosfera externa (gera diferença de Ψw) → Velocidade do vento
Cva (folha) – Cva (ar)
Cva (ar): fácil de encontrar (UR) → Presença de tricomas
Cva (folha): temperatura da folha
→ Resistência durante a rota de difusão → Estômatos localizados em cavidades
• Resistência estomática foliar
• Resistência da camada de ar limítrofe → Tamanho e formato da folha

Controle estomático: transpiração versus fotossíntese Controle estomático: transpiração versus fotossíntese

Mamona (BRS energia) Mamona (BRS energia)


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Controle estomático: transpiração versus fotossíntese Fechamento estomático: ocorre devido a presença de
células-guardas

Mamona (BRS energia)


→ Gramíneas: forma de halteres e margeadas por células
subsidiárias auxiliares

→ Dicotiledôneas e monocotiledôneas não-gramíneas:


forma reniforme e não apresentam células subsidiárias
diferenciadas das demais células do parênquima

Características das células-guardas


→ Espessamento desuniforme da parede celular
→ Alta pressão de turgor durante a abertura estomática

Fatores que interferem na abertura estomática


→ Luz (intensidade e qualidade)
→ Temperatura
→ Umidade relativa (UR)
→ Concentração intracelular de CO2

Luz, temperatura, UR e CO2 intracelular



Absorção iônica e a biossíntese de compostos orgânicos nas
células-guardas

Diminuição do potencial osmótico

Fluxo de água para as células-guardas

Abertura estomática devido a pressão de turgor e espessamento
irregular da parede celular da CG
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Razão de transpiração Visão do contínuo solo - planta - atmosfera


Solo e xilema: fluxo de massa
→ Planta C3: 500 moléculas de água/molécula de CO2 Folha → atmosfera: difusão

→ Planta C4: 250 moléculas de água/molécula de CO2

→ Planta CAM: 50 moléculas de água/molécula de CO2

Inverso da razão de transpiração: Eficiência de Uso da Água (EUA)

EUA = fotossíntese / transpiração

Medidor de trocas gasosas (IRGA)

MÉTODOS UTILIZADOS
NA DETERMINAÇÃO DA TRANSPIRAÇÃO

Porômetro

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