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TiposVegetacionaisPN7CIDADES - ALBERTO JORGE ARTIGO
TiposVegetacionaisPN7CIDADES - ALBERTO JORGE ARTIGO
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All content following this page was uploaded by Antonio Alberto Jorge Farias Castro on 11 June 2016.
BIODIVERSIDADE E ECÓTONOS
DA REGIÃO SETENTRIONAL DO PIAUÍ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
REITOR
Prof. Dr. Luiz Sousa Santos Júnior
VICE-REITOR
Prof. Dr. Edward Alencar Castelo Branco
Presidente
Ricardo Alaggio Ribeiro
Conselheiros
Tomás Gomes Campelo
Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz
Manoel Paulo Nunes
José Renato de Sousa
Iracilde Maria Moura Fé Lima
Vânia Soares Barbosa
João Renôr Ferreira de Carvalho
TROPEN/PRODEMA/UFPI
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente
BIODIVERSIDADE E ECÓTONOS
DA REGIÃO SETENTRIONAL DO PIAUÍ
Referees
Cristina Arzabe
Darcet Costa Souza
Gardene Maria de Sousa
Jaíra Maria Alcobaça Gomes
João Batista Lopes
José de Ribamar de Sousa Rocha
José Machado Moita Neto
Luiz Fernando Carvalho Leite
Maria Edileide Alencar Oliveira
Roseli Farias Melo de Barros
Valdomiro Aurélio Barbosa de Souza (in memorian)
Projeto Gráfico
WLAGE - Alínea Publicações Editora
Impressão
Editora Gráfica da UFPI
FICHA CATALOGRÁFICA
Serviço de Processamento Técnico da Universidade Federal do Piauí
Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castello Branco
B615 Biodiversidade e ecótonos da região setentrional do
Piauí / Antonio Alberto Jorge Farias Castro, Cristina
Arzabe, Nívea Maria Carneiro Farias Castro. – Teresi-
na : EDUFPI, 2010.
208 p. – (Série Desenvolvimento e Meio Ambiente, 5)
ISBN 978-85-7463-384-8
CDD 333.95
Sumário
Apresentação ................................................................................................................7
Prefácio ........................................................................................................................9
PRIMEIRA PARTE
SEGUNDA PARTE
S
eguindo o Plano Editorial do Programa Regional de Pós-Graduação em De-
senvolvimento e Meio Ambiente (Subprograma PRODEMA/UFPI/TROPEN)
estamos organizando a edição de mais um livro com o objetivo continuado de
dar maior transparência ao que produzimos, mestrandos, doutorandos e professores,
na forma de “capítulos de livro”, como contribuição de qualidade para o “Desenvolvi-
mento do Trópico Ecotonal do Nordeste”, Área de Concentração do nosso Programa
de Pós-Graduação.
Volume 5 7
No segundo e terceiro capítulos, o foco é o Complexo de Campo Maior, uma
das mais importantes áreas para pesquisas ecológicas, em função da sua importância
biológica, das suas singularidades, priorizadas pelo Sítio 10 no que diz respeito ao
zoneamento geoambiental, florística de capões e mosaico de ecótonos. No restante dos
capítulos, o foco é o Parque Nacional de Sete Cidades (PN7C), a principal área focal
do nosso Projeto BASE, levando em conta aspectos e/ou estudos de casos dos tipos
de vegetação do PN7C, dos cerrados sobre areias quartzosas, dos cerrados rupestres
de baixas altitudes, das matas estacionais semideciduais, das matas de galeria e dos
cerrados de entorno.
O
mundo todo reconhece que o Brasil é o país da megabiodiversidade 1. Essa
afirmação é dada como fato e alardeada com grande orgulho, principalmente
por parte dos brasileiros. A grande diversidade das florestas brasileiras, como
a Mata Atlântica 2, os cerrados 3 e o Pantanal 4, sem contar a Floresta Amazônica, tem
atraído a atenção de todo o mundo. Ao mesmo tempo, a preocupação com a necessida-
de de conservação dos biomas tem sido cada vez maior em face do desmatamento que
se constata no Brasil. A conservação de biomas não florestais, como os cerrados, tem
despertado cada vez mais atenção em face do desprezo com que são tratados pelas po-
líticas públicas e das taxas crescentes de desmatamento 5. Há ainda o paradoxo de que
o Brasil tem uma das maiores diversidades do mundo, mas não domina a biotecnologia
para usar essa biodiversidade.
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pessoas na floresta, uma que conhece as espécies e outra que não as conhece, é possível
que a primeira engorde e a segunda morra de fome porque não conhece os recursos.
Conhecer recursos demanda fazer pesquisa: só se sabe que algo é um recurso quando
se fazem pesquisas que mostrem sua existência e seu potencial de uso. Porém, antes de
podermos dizer de recursos da biodiversidade, temos que conhecer a biodiversidade.
E então, voltamos ao começo.
1 INTRODUÇÃO 1
Professora de Ensino Médio
e Superior. Bióloga. Instituto
Federal de Educação, Ciência
O
estado do Piauí está situado numa área e Tecnologia do Piauí (IFPI).
Doutorado em Biologia Ve-
de tensão ecológica, com vegetação de getal (UNICAMP). Programa
de Biodiversidade do Trópico
transição ou de ecótonos (IBGE 1992), Ecotonal do Nordeste (Bio-
sofrendo influência de três províncias florísticas: a TEN). Pesquisadora do Sítio
10 do PELD. E-Mail: mealen-
floresta amazônica, os cerrados e as caatingas (DU- car@gmail.com.
2
Professor de Ensino Supe-
CKE e BLACK, 1953; RIZZINI, 1963; ANDRA- rior. Biólogo. Universidade
Federal do Piauí (UFPI). Dou-
DE, 1968). Em geral, áreas ecotonais têm sido de- torado em Biologia Vegetal
finidas como zonas de transição entre ecossistemas (UNICAMP). Líder do Pro-
grama de Biodiversidade do
adjacentes, tendo a paisagem o padrão de manchas Trópico Ecotonal do Nordeste
(BioTEN).
de vegetação (FERNANDES, 1998; BOWERSOX E-Mail: albertojorgecastro@
e BROWN, 2001). gmail.com.
3
Professor de Ensino Supe-
rior. Biólogo. Universidade
Estadual de Campinas (UNI-
Devido à elevada heterogeneidade espacial e CAMP). Doutorado em Ci-
ências (USP). Programa de
ambiental, a cobertura vegetal do Piauí apresenta- Biodiversidade do Trópico
se como um complexo mosaico de tipos vegetacio- Ecotonal do Nordeste (Bio-
TEN). E-Mail: fmartins@uni-
nais que vão desde os mais secos, como as caatin- camp.br
gas, distribuídas a leste e sudeste; passando pelos
carrascos em sua parte central e nordeste; seguidos
dos cerrados em sua porção centro-norte e sudoes-
te, até os mais úmidos, como as matas de babaçuais
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Maria Edileide Alencar Oliveira • Antonio Alberto Jorge Farias Castro • Fernando Roberto Martins
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Classificação e Caracterização dos Tipos Vegetacionais do Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí, Brasil
2 MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Localização e histórico. O Parque Nacional de Sete Cidades (PN7C)
localiza-se no NE do estado do Piauí, na área marginal do Domínio dos Cer-
rados, abrangendo parte dos municípios de Brasileira e Piracuruca (04o02’
– 08’ S e 41o40’ – 45’ W, com altitudes variando de 100 a 290 m), distante
190 km de Teresina (figura
1). Possui como principais
vias de acesso a BR-222,
trecho Piripiri/Fortaleza, e
a BR-343, trecho Teresina/
Parnaíba. A área hoje ocu-
pada pelo PN7C foi descrita
pela primeira vez pelo Con-
selheiro Tristão de Alencar
Figura 1. Localização do Parque Nacional de Sete
Araripe, em 09 de dezem- Cidades (PN7C), Brasileira e Piracuruca, Piauí, NE
do Brasil e suas principais vias de acesso. (Fonte:
bro de 1886, por meio da DELLA FÁVERA 1999, modificado).
comunicação “Cidades
Petrificadas e Inscrições Lapidares do Brasil” junto ao Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (DELLA FÁVERA, 1999; SCHWENNHAGEN, 2001).
A oficialização da criação do PN7C foi feita através do Decreto Federal no.
50.744, de 08 de junho de 1961, com uma área de 62,21 km2, englobando o
maior monumento natural da área que é a Serra Negra, na qual em sua extre-
midade meridional ocorrem as cidades de pedra. O PN7C recebeu este nome
devido à presença de sete praças, isto é, de sete grupos de afloramentos arení-
ticos de formas irregulares observados na reserva (IBDF 1979).
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Classificação e Caracterização dos Tipos Vegetacionais do Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí, Brasil
timétrica (SANTOS 2001). A maior vazão dos rios e riachos ocorre de janeiro
a agosto, e no resto do ano, chega a secar total ou parcialmente (IBDF, 1979).
No período chuvoso, principalmente na porção oeste da área, são originados
riachos que formam grandes planícies inundáveis.
Fogo. Estudos abordando este tema, até o momento, têm sido realizados
empiricamente. O fogo na área tem ocorrido acidentalmente, iniciado pelos
moradores de áreas limítrofes do Parque. Antes da implantação no PN7C do
Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFo-
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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temperatura média anual é de 26,5oC, com pouca variação das médias mensais,
ocorrendo as menores temperaturas em maio e junho (média de 25,6oC) e as
maiores (média de 28,1oC), em outubro (LIMA e ASSUNÇÃO, 2002). Os me-
ses de agosto, setembro e outubro registraram as menores precipitações que,
associadas às maiores temperaturas, correspondem ao trimestre mais crítico
para a ocorrência de fogo no Parque. O índice de umidade (Im) foi de 41,17%
Figura 3. Tipos fisionômicos encontrados no Parque Nacional de Sete Cidades (PN7C), Brasi-
leira e Piracuruca, Piauí, NE do Brasil (Ribeiro e Walter 1998). A) Campo limpo. B) Cerrado ru-
pestre. C) Cerrado típico. D) Mata de galeria inundável. E) Cerradão. F) Mata seca semidecídua.
Tabela 1. Classificação dos tipos vegetacionais estudados no Parque Nacional de Sete Cidades
(PN7C), Piauí, segundo as propostas da UNESCO (1973), IBGE (1992) e de Ribeiro e Walter (1998).
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Classificação e Caracterização dos Tipos Vegetacionais do Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí, Brasil
No PN7C este foi o segundo tipo fisionômico mais rico tendo sido regis-
trada 149 espécies, das quais 30 foram apenas aqui coletadas. Acacia sp., Cala-
thea villosa Lindl., Chomelia ribesioides Benth. ex A.Gray, Dicella bracteosa
(A.Juss.) Griseb., Eugenia flavescens DC., E. punicifolia (Kunth) DC., Fors-
teronia pubescens A.DC., Guapira sp., Hymenaea sp., Jacaranda jasminoides
(Thunb.) Sandwith, Phytolaca sp., Strychnos araguaensis Krukoff & Barneby
e Vitex cymosa Bert. ex Spreng., dentre outras foram “exclusivas”.
Nos dois tipos florestais (mata de galeria inundável e mata seca semi-
decídua), a classificação foi muito semelhante entre as propostas, o mesmo
não ocorrendo para o cerradão, que ora foi classificado como um tipo florestal
(UNESCO, 1973; RIBEIRO e WALTER, 1998) ora como um tipo savânico
(IBGE 1992). Esta discussão já vem de há muito na literatura, liderada por
autores como Ferri (1977) e Fernandes (1998). Esses autores consideraram o
cerradão como uma vegetação florestal (floresta oreádica de Castro, 1994), que
se distingue de uma floresta driádica ou naiádica pela composição florística.
Por outro lado, Felfili e Silva Júnior (1993) consideram o cerradão como um
tipo vegetacional sem individualidade florística.
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4 AGRADECIMENTOS
5 REFERÊNCIAS
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