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SAÚDE PÚBLICA OU SAÚDE

COLETIVA?
Psicologia e Politicas Públicas

Hyloran Galdino Cabral


Docente
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA
• Não é só uma questão de conceitos.
• Crítica: referente a Medicina Preventiva, a Medicina Comunitária, Medicina e
a Saúde Pública institucionalizada.
• Produção de “algo novo” e “critico” – Reforma Social.
• Movimentos ideológicos e politico-institucionais – Saúde-Doença.
• Policia Médica
• Medicina Social
• Controle Social
• Revolta da Vacina (1904)
• Estado Novo - Getúlio Vargas (Lei 1.920) – Serviço Especial de Saúde Pública
CONSOLIDAÇÃO DA SAÚDE COLETIVA
BRASILEIRA
• Definição: área do saber que toma como objeto as necessidades
sociais de saúde entendendo a situação de saúde como um processo
social.
• Processo Saúde-Doença
• O que é Saúde? O que é doença?
• Privilégio: prática pedagógica sociológica – dialogo social.
• Crise na Saúde – anos 70: falta de incentivo, planejamento politico e
ampliação da privatização – Saúde Publica sucateada.
• Inicio da Reforma Sanitária brasileira
SAÚDE PÚBLICA versus saúde coletiva
• Saúde Pública: Ciência
• Saúde Coletiva: Cenário
• A Saúde Pública toma como objeto de trabalho os problemas
definidos em termos de mortes, doenças, agravos e riscos em suas
ocorrências no nível da coletividade. Saúde: ausência de doença.
• A Saúde Coletiva toma como objeto as necessidades de saúde, ou
seja, todas as condições requeridas não apenas para evitar a doença e
prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida.
• Instrumentos: Saúde Pública: epidemiologia, normas e administração
/ Saúde Coletiva: os determinantes sociais.
Revisitando a história das políticas públicas de
saúde no Brasil
PERÍODO COLONIAL

• Descoberta de um Brasil – Pedro Álvares Cabral (1500) – beleza e


grandiosidade – desconhecimento de enfermidades.
• Século XVII – a colônia portuguesa da América era identificada como
“inferno”.
• Conselho Ultramarino – adm das colônias – Físico-mor e cirurgião-mor.
(médicos principais)

“Zelar pela saúde da população sob domínio lusitano.”


• Os poucos médicos que ali se encontravam, viviam todo tipo de dificuldade:
pobreza, o medo dos habitantes em comparar o tratamento com sangria e
purgantes causadores de morte.

• 1746 – 06 médicos em todo território dos atuais estados de São Paulo, Paraná,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

• Aceitação da orientação médica somente em períodos de epidemia – varíola,


febre amarela e cólera.
• 1808 – a vinda da Corte Portuguesa determinou mudanças na
administração pública colonial.

• João VI – nova imagem – criação das academias de medicina no RJ


(1813) e Bahia (1815).

• 1828 – Organizada a Inspetoria de Saúde dos Portos – fiscalização,


ordem de quarentena numa ilha próxima a baía de Guanabara.
ELITE NACIONAL

• 1829 – Pedro I – criação da IMPERIAL ACADEMIA DE MEDICINA –


órgão consultivo do imperador nas questões ligadas a saúde pública
nacional.
• Não houve avanço nas medidas sanitárias – fragilidade nos raros
hospitais públicos e Santa Casas de Misericórdia.

• Encerra-se a fase Imperial – o Estado – não houve solução para


os problemas de saúde da coletividade.

• Dom Pedro II – lembrado por incentivar pesquisas cientificas,


porém, o Brasil era lembrado pela fama de ser um dos países
mais insalubres do planeta.
MODERNIZAÇÃO

• Proclamação da República – 1889 – modernizar o Brasil.


• Método: povo saudável e educado para o trabalho. (Progresso
Nacional)
• Redefinição dos trabalhadores brasileiros como capital humano.
(reconhecimento das funções produtivas geradora de riqueza)
• A medicina assumi o papel de guia do Estado para assuntos
sanitários – COMPROMISSO COM A GARANTIA DE MELHORIA NA
SAUDE INDIVIDUAL E COLETIVA.
• ATUAÇÃO MÉDICA: choque entre as idéias tradicionais – “ares
corrompidos” e a teoria da medicina moderna – baseadas no conceito
de bacteriologia e fisiologia.

• Rejeição das escolas do RJ e Bahia em aceitar as novas propostas.

• Ganha forma no Brasil o novo modelo e defini a área cientifica chamada


de SAÚDE PÚBLICA, complementada por um núcleo de estudos das
enfermidades – a epidemiologia.
• Reorganização dos serviços sanitários – substituição dos serviços
sanitários provinciais pelos serviços sanitários estaduais –
surgimento de novas epidemias.

• Médicos higienistas assumem cargos e o compromisso de


estabelecer estratégias para o saneamento nas áreas indicadas pelos
políticos – FISCALIZAÇÃO – REGRAS BÁSICAS DE HIGIENE.
• Nasce a política de saúde brasileira.

• Intervenção governamental e estatal nas questões relativas à saúde


individual e coletiva – POLITICA DE SAÚDE.

• Articulada com os projetos e diretrizes governamentais contados para


outros setores – educação, habitação, transporte e trabalho – presença
do Estado – POLITICA SOCIAL.
REPÚBLICA VELHA 1889 - 1930

• Governo das oligarquias (Grupo social formado por grandes capitalistas –


detém o controle político e econômico)
• Lucro produzido através do café e aplicado nas cidades, favorecendo a
industrialização, expansão de atividades comerciais e aumento da
população urbana.
• Melhor condições sanitárias – estabelecidos os primeiros laboratórios de
pesquisa médico-epidemiologicas.
• Aumento da fiscalização sanitária em grandes centros.
• Redefinição de conceitos epidemiológicos e do poder fiscalizador –
parte das oligarquias não se dispunha a gastar dinheiro com os órgãos
de saúde pública – continuidade do sofrimento de enfermidades,
principalmente o homem do interior.

• FOCO: Rio de Janeiro e São Paulo – ações médicas e urbanísticas –


saneamento das cidades.
ERA VARGAS 1930 - 1945

• Desprendimento das oligarquias do governo – reforma política e


administrativa.
• Mudança da Constituição brasileira, 1934.
• Governo centralizador (populismo) – marcado pela Ditadura do
Estado Novo.
• Instituído o Ministério da Educação e da Saúde Pública – 1930.
• Determina remodelação dos serviços sanitários.

“ZELAR PELO BEM ESTAR SANITÁRIO”


• Getúlio, o pai dos pobres – exige uma legislação social que garantisse
maiores direitos aos trabalhadores. (CLT – 1943)

• Educação em Saúde – mudança de hábitos anti-higiênicos e


propagandas.
ROTEIRO DE LEITURA

1) Elucide as diferenças entre Saúde Pública e Saúde Coletiva.


2) Defina “Processo Saúde-Doença”.
3) Qual a perspectiva futura da Saúde Pública brasileira?
Leituras
SOUZA, Luis Eugenio Portela Fernandes de. Saúde Pública ou Saúde Coletiva? Revista espaço para a
saúde. Londrina, 10, v. 15, n. 4, p. 01-21, out/dez. 2014.

BERTOLLI FILHO, Claudio. História da saúde pública no Brasil. 5.ed. São Paulo: Ática, 2011. 72 p.
Capítulos 1, 2 e 3.

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