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Guiné-Bissau Educação

Fichas técnicas | 2021

Análises para aprendizagem e


equidade usando dados MICS
Reconhecimentos Crédito das fotos:
A Ficha Informativa de Educação da Guiné-Bissau de O objetivo da publicação desta Ficha Informativa Capa: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
2021 produzido pela Direção Geral de Estatística, produzida pelo Escritório do UNICEF na Guiné-Bissau Página 4: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Planeamento e Avaliação do Sistema Educativo é cumprir um compromisso corporativo com a
(GEPASE) do Ministério da Educação, UNICEF Nova transparência através da publicação de todas as Página 7: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
York e UNICEF da Guiné-Bissau. pesquisas concluídas. O folheto informativo foi Página 8: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
elaborado para estimular a livre troca de idéias entre Página 8: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Direção Geral de Estatística, Planeamento e Avaliação
os interessados no tema e para garantir aos que
do Sistema Educativo (GEPASE), Sr. Mamadu Saliu Página 10: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
apóiam o trabalho do UNICEF que ele examina
Jassi. Página 13: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
rigorosamente as suas estratégias, resultados e
UNICEF New York e outros escritórios eficácia global. Página 14: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Suguru Mizunoya, Margaret Kelly, Yixin Wang e Diogo O conteúdo da Ficha Informativa não reflete Página 18: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Amaro da equipa de Educação na seção de Dados e necessariamente as políticas ou opiniões do UNICEF. Página 20: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Analítica Divisão de Dados, Analítica Planejamento e
O texto não foi editado de acordo com os padrões de Página 21: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Monitoramento entre outros apoiantes.
publicação oficial e o UNICEF não se responsabiliza Página 27: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
pelos erros. Página 30: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
UNICEF Guiné -Bissau As designações nesta publicação não implicam uma Página 32: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Sr. Mamadou Salialiou Bah, Chefe, Seção de opinião sobre a situação jurídica de qualquer país ou Página 35: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
EDUCAÇÃO; Sr. Bessa Vítor da Silva, Especialista em território, ou de suas autoridades, ou a delimitação
Estatística e Acompanhamento; Sra. Lucy Monteiro, Página 38: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
de fronteiras.
Especialista em Educação; Sra. Lígia Baldé, Oficial de Página 41: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Educação da Qualidade e Sra. Carla Jauad, Oficial de Os direitos autorais deste documento pertencem ao
Página 43: ©UNICEF Guiné-Bissau/2020/Prinsloo
Desenvolvimento da Primeira Infância. Fundo das Nações Unidas para a Infância. É
necessária permissão para reimprimir / reproduzir /
Gostaríamos de expressar a nossa mais profunda fotocopiar ou de qualquer outra forma para citar este
gratidão ao ministro do governo e seus manual por escrito. O UNICEF tem uma política
representantes da Guiné-Bissau que participaram no formal de permissão que exige o envio de um pedido
projeto MICS-EAGLE em 2021, que sem o vosso apoio por escrito. Para usos não comerciais, a permissão
esta iniciativa não poderia ter avançado. será normalmente concedida gratuitamente.
Este trabalho foi apoiado pela Parceria Global para o Citação sugerida: UNICEF Guiné-Bissau. 2021. Guiné-
Intercâmbio de Conhecimento e Inovação em Bissau Fichas técnicas de educação 2021: Análises
Educação, um esforço conjunto com o Centro de para aprendizagem e equidade usando o MICS da
Pesquisa de Desenvolvimento Internacional, Canadá. Guiné-Bissau
Índice
Introdução ……………..................................................................................... 5

Tema 1: Taxas de conclusão ....................................................................... 6

Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem ........................................... 12

Tema 3:Crianças fora da escola ……............................................................. 18

Tema 4: Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância ........ 24

Tema 5: Repetição, abandonos e não transição ......................................... 29

Tema 6: Proteção da infância …………...……….............................................. 34

Tema 7: Educação inclusiva …..……………………………………………………………….. 37

Tema 8: Educação à distância ……………………………………………………………….… 39


Introdução
O que é o MICS? O que é criação de perfil? Como esta estruturada esta ficha
Em 1995 o UNICEF lançou Pesquisas de Grupos de Indicadores Múltiplos Uma das características desta ficha técnica é a criação de perfil. O
informativa?
(MICS) para monitorar a situação das crianças ao redor o mundo. Nos perfil ilustra as características demográficas e socioeconômicas das
últimos vinte e seis anos, esta pesquisa domestica tornou-se a maior fonte crianças em uma determinada categoria. A criação de perfil A iniciativa MICS-EAGLE oferece
de dados estatisticamente sólida e internacionalmente comparável nas responde a perguntas como "que porcentagem de um grupo da atividades em nível nacional, regional
mulheres e crianças por todo o mundo, e mais de 330 Pesquisas MICS população-chave é do sexo masculino e que porcentagem é do sexo e global. Os sete tópicos listados
foram realizadas em mais de 115 países. feminino?" ou "que porcentagem de um grupo de população chave abaixo são analisados através de uma
vive em áreas rurais e que porcentagem vive em áreas urbanas?"
lente de equidade (gênero, status
As pesquisas MICS são efetuadas por trabalhadores de campo qualificados Como os perfis examinam todas as crianças de um grupo da
em realizar entrevistas presenciais com membros da família sobre uma socioeconômico, etnia, etc.):
população-chave, a soma das várias características sempre chega a
variedade de tópicos. O MICS foi uma importante fonte de dados para os 100 por cento. Por exemplo, um perfil de crianças que não concluem
indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e continua a o 3º ciclo básico evidenciará quais são as principais características
reportar mais de 150 indicadores de Objetivos de Desenvolvimento das crianças no grupo da população chave para este indicador. Na
Acesso à conclusão
Suntentável (ODS) em apoio a Agenda de Desenvolvimento Sustentável Guiné-Bissau, uma em cada dez crianças de 36 a 59 meses de idade
2030. frequenta a educação da pequena Infância. Entre os meios de
residência, a taxa líquida de frequência para pequena Infância, é Habilidades
O MICS sofreu várias atualizações com integração de perguntas novas e mais elevada entre as crianças residentes no meio urbano (40%) (resultados de aprendizagem,
aperfeiçoadas. Em 2017 foi distribuído a versão atual do MICS e a mesma comparativamente a 5% entre as crianças residentes no meio rural. habilidades de TIC e taxa de
esta a ser implementada em 58 países. O MICS6 inclui novos módulos que Verificando as taxas Líquida de frequência ajustada, tanto para o 1º alfabetização)
rastreiam indicadores SDG4 relacionados à educação, tais como a ciclo básico, assim como para o 3º ciclo básico e secundário, o Sector
aprendizagem (ODS4.1.1), o Desenvolvimento e Educação na Primeira Autónomo de Bissau (SAB), apresenta as taxas mais elevadas, Educação Inclusiva
Infância (SDG4.2.1 e SDG4.2.2), informações e habilidades de tecnologia respetivamente 85%, 17% e 20%, enquanto que a região Oio detém (com focus na deficiência)
de comunicação (ICT SDG4.4.1) e o funcionamento infantil (deficiência as mais baixas taxas 51% para o 1º ciclo básico; 3% para o 3º ciclo
infantil SDG4.5.1), bem como o envolvimento dos pais na educação. básico; e 1% para o ensino secundário.
Aprendizagem precoce
No que diz respeito a taxa de conclusão nacional, o 1º ciclo básico é
O que é o MICS-EAGLE? de 27%, sendo que ela é maior no meio urbano, com 47%,
O UNICEF lançou o MICS-EAGLE (Análise de Educação para Aprendizagem comparativamente ao meio rural com 14%. Enquanto que a
conclusão do 3º ciclo básico, que é de 42% a nível nacional, o meio
Global e Equidade) em 2018 com o objetivo de melhorar os resultados de
urbano apresenta 31% enquanto que o meio rural 7%. A
Crianças fora da escola
aprendizagem e questões de equidade na educação, abordando assim
duas lacunas de problemas de dados educacionais críticos em indicadores- percentagem de crianças com idade para o 1º ciclo básico fora de
chave de educação, bem como a falta de utilização eficaz de dados por escola é de 28%. Em relação às crianças com idade de frequentar o
parte dos governos e parceiros da educação. MICS-EAGLE é projetado 3º ciclo básico, 23% estão fora da escola. A razão de homens e Repetição e desistências
para: mulheres no ingresso ao 1º ciclo básico, no que diz respeito a (eficiência interna) ]lo0l9’90
frequência ajustada no 1º ciclo básico é de 1 homem para 0.9
• Apoiar a análise da situação do setor da educação e o desenvolvimento mulheres. Enquanto que a frequência ajustada no 1º ciclo básico, a
do plano do setor através do fortalecimento da capacidade nacional e relação é de 1 criança do meio urbano para 0.3 crianças do meio Proteção infantil
do aproveitamento da vasta riqueza de dados educacionais obtidos pelo rural. Quanto ao ingresso no 3º ciclo básico, no que diz respeito a (trabalho infantil e casamento
MICS6; frequência ajustada no 3º ciclo básico segundo o meio de residência, infantil)
• Utilizar os dados global fornecido pelo MICS6 ( Multiple Indicator a relação é de 1 criança do meio urbano para 0.2 crianças do meio
Cluster Surveys - Pesquisas de Grupos de Indicadores Múltiplos) para rural. Educação à distância
gerar conhecimentos em nível nacional, regional e global sobre
maneiras de garantir que cada criança alcance todo o seu potencial
reduzindo as barreiras às oportunidades.
Tema 1 Taxas de conclusão

Perguntas de 1. Em que nível de ensino a 2. Quais são as características das 3. Quais regiões têm as taxas 4. Qual é o perfil das crianças
orientação taxa de conclusão é a mais crianças que não concluem de conclusão mais baixas que não concluem cada nível
baixa? cada nível de ensino? em cada nível? de ensino?

Resumo

FIGURA 1 Resumo das taxas de conclusão FIGURA 2 Taxas de conclusão nos 1º e 2º ciclos do ensino básico

100 100

80 80
57 59
60 47 45
60 57 42
33 36
47 40 27 29 25 25
42 24
40 14 14 17 19 17
31 20 10
27 23
20 17 19
14 0
7 11

Rural
Feminino

Quarto

Fula
Mais pobre

Médio

Mandinga

Papel
Urbano

Segundo

Manjaco

Outra etnia
Balanta
O mais rico

Beafada
Masculino

Mancanha
10 4
0 4 3
Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) Ensino Secundário (10º ao 12º ano)
ano)
Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar
Total Urbano Rural Mais pobre O mais rico económico

FIGURA 3 Taxas de conclusão no 3º ciclo de ensino básico FIGURA 4 Taxas de conclusão do ensino secundário

45 23
50 42 25
19
40 20 16 16
31 14 13 12 13
24 24 25 15 11 12 10
30 18 18 17 8 8 8
17 16 15 7
20 10 13 10
4 3
7 4 7 6 5 2
10
0
0

Médio
Masculino

Feminino

Mais pobre

O mais rico

Balanta

Mandinga

Papel

Beafada
Urbano

Outra etnia
Fula
Segundo

Manjaco

Mancanha
Quarto
Rural
Masculino

Feminino

Médio

O mais rico

Mandinga

Beafada
Urbano

Fula

Papel

Outra etnia
Mais pobre

Balanta

Manjaco

Mancanha
Segundo

Quarto
Rural

Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar
económico económico

6 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 1: Taxas de conclusão
Conclusões
• As taxas de conclusão diminuem a cada nível
educativo na Guiné-Bissau. Em média 27 por
cento das crianças concluem os primeiros
ciclos do ensino básico (1º e 2º), 17 por cento
o último ciclo (3º ciclo) e apenas 11 por cento
o nível secundário. Para além das baixas taxas
de conclusão, há fortes desigualdades no país,
sobretudo ligadas ao nível de riqueza dos
agregados familiares, local de residência,
género e etnia das crianças. A cada nível de
educação, as taxas de conclusão são mais
elevadas para crianças que vivem no meio
urbano, com famílias mais ricas e para algumas
etnias em particular, como por exemplo a etnia
Mancanha que tem uma taxa de conclusão de
59 por cento no 1º e 2º ciclos do ensino básico,
sendo que a média nacional é de 27 por cento.
É no nível secundário que as desigualdades se
tornam mais importantes. A taxa é de 16 por
cento para a etnia Papel, comparado com os
11 por cento a nível nacional. A diferença entre
os mais ricos e mais pobres chega a 20 pontos
percentuais e é de 15 pontos percentuais
quando se refere às áreas urbanas e rurais.

7 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 1: Taxas de conclusão
Desagregação regional

Taxas de conclusão nos 1º e 2º ciclos do FIGURA 6


Taxas de conclusão do ensino secundário Taxas de conclusão do ensino secundário
FIGURA 5 FIGURA 7
ensino básico 1º ciclo 2º ciclo

8 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021| Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 1: Taxas de Conclusão
Perfil das crianças que não concluíram

FIGURA 8 Perfil das crianças que não concluíram, por sexo FIGURA 9 Perfil das crianças que não concluíram, por área

Ensino Secundário (10º ao 12º ano) 46 54 Ensino Secundário (10º ao 12º ano) 41 59

Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) 46 54 Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) 36 64

Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) 51 49 Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) 28 72

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Masculino Feminino Urbano Rural

FIGURA 10 Perfil das crianças que não concluíram, por Índice de bem-estar económico

Ensino Secundário (10º ao 12º ano) 18 18 20 23 21

Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) 20 21 21 21 17

Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) 23 21 24 19 13

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico

9 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 1: Taxas de Conclusão
Perfil das crianças que não concluíram

FIGURA 11 Perfil das crianças que não concluíram, por região

Conclusões
Ensino Secundário (10º ao 12º ano) 4 5 13 9 2 17 16 9 25 Existem mais meninas que meninos a não
concluirem os vários níveis de ensino entre o básico
e o secundário. Comparativamente a zona de
Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) 4 6 12 9 1 20 18 10 20 residência, existem mais crianças de zona rural a não
concluirem. No caso do 1º e 2º ciclo do ensino
básico, sete em cada dez crianças que não o
concluíram residem na zona rural. Em termos de
Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) 4 6 17 8 2 20 18 10 14 nível económico, crianças que vivem nos quintis
mais pobres são a maioria entre as crianças que não
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% concluem. As crianças das etnias Fula, Balanta e
Madinga estão entre as que têm maior
Tombali Quinara Oio Biombo Bolama/Bijagós Bafatá Gabú Cacheu SAB probabilidade de não concluir cada nível de
educação.

FIGURA 12 Perfil das crianças que não concluíram, por etnia

Ensino Secundário (10º ao 12º ano) 34 18 16 7 3 9 15 7

Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) 35 19 16 6 2 9 14 8

Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) 34 19 17 7 2 9 15 6

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fula Balanta Mandinga Manjaco Mancanha Papel Felupe Beafada Outra etnia

10 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 1: Taxas de Conclusão
TABELA 1. Taxas de conclusão e número de crianças que não concluíram por características socioeconómicas

Taxas de conclusão
Número de crianças que não concluíram
(%)

Básico Secundário 1º ciclo Secundário 2º ciclo Básico Secundário 1º ciclo Secundário 2º ciclo

Total 27 17 11 93 000 98 000 97 000


Masculino 29 18 14 47 000 45 000 45 000
Sexo
Feminino 25 16 8 46 000 53 000 52 000
Urbano 47 31 19 26 000 35 000 40 000
Área
Rural 14 7 4 67 000 62 000 57 000
Mais pobre 10 4 3 22 000 19 000 18 000
Segundo 14 7 2 20 000 20 000 17 000
Índice de bem-estar económico Médio 17 6 7 22 000 21 000 19 000
Quarto 33 18 12 18 000 21 000 22 000
O mais rico 57 42 23 12 000 16 000 21 000
Tombali 17 8 4 4 000 4 000 4 000
Quinara 21 10 5 6 000 6 000 5 000
Oio 14 5 3 16 000 12 000 12 000
Biombo 33 22 15 8 000 9 000 8 000
Região Bolama/Bijagós 35 22 7 1 000 1 000 2 000
Bafatá 15 4 3 18 000 20 000 17 000
Gabú 12 9 7 17 000 17 000 15 000
Cacheu 32 15 7 10 000 10 000 9 000
SAB 54 37 22 13 000 19 000 24 000
Fula 19 10 8 32 000 34 000 33 000
Balanta 24 17 8 18 000 19 000 18 000
Mandinga 17 13 10 15 000 15 000 16 000
Manjaco 45 24 13 6 000 6 000 7 000
Etnia do Chefe do Agregado
Mancanha 59 45 12 2 000 2 000 3 000
Familiar
Papel 36 24 16 8 000 9 000 9 000
Felupe (43) (31) (16) 1 000 1 000 1 000
Beafada 25 15 13 5 000 4 000 4 000
Outra etnia 42 25 16 6 000 8 000 7 000

11 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 1: Taxas de Conclusão
Tema 2 Habilidades básicas de aprendizagem

Perguntas de 1. Em que ano a maioria das crianças 2. Quais as características 3. Que parcela de cada grupo 4. Qual é o perfil das crianças
orientação adquire habilidades básicas de associadas a maiores de jovens é alfabetizada e que não estão a aprender?
aprendizagem (medida ao nível do percentagens de habilidades que parcela possui
2º/3º ano de escolaridade)? de leitura e cálculo? habilidades em TIC?

Habilidades básicas de aprendizagem em leitura e cálculo medidas nos 2º e 3º anos de escolaridade

FIGURA 13 Proporção de crianças com habilidades básicas em leitura e cálculo, por FIGURA 14 Proporção de crianças com habilidades básicas em leitura
ano de escolaridade
33
100 35
29 30
76 30
80 24
61 25 20 21 20
55
60 20 16
37 15 12 12 13 12
40 27 27 8 10 9
25 10 6 6
18 4 4
20 11 7 5
0 3 0 0 2 3
0
0

Feminino

Rural

Quarto

Fula

Papel

Felupe
Mais pobre

Médio

Mandinga

Outra etnia
Urbano

O mais rico

Manjaco

Beafada
Segundo

Balanta
Masculino

Mancanha
Não 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano
escolarizadas
Básico Secundário 1º
ciclo
Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar
Leitura Cálculo económico

FIGURA 15 Proporção de crianças com habilidades básicas em cálculo

25
19
20 18
14
15 12 12
8 8 8 9 9
10 7 8 7
7 7 7
6
5 3 3

0
Masculino Feminino Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico Fula Balanta Mandinga Manjaco Mancanha Papel Felupe Beafada Outra etnia
Total Sexo Área Índice de bem-estar económico Etnia do Chefe do Agregado Familiar

12 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem
Conclusões
• Tanto na leitura, como no cálculo, o níveis de
competências das crianças em Guiné-Bissau
é relativamente baixo. Apenas 12 por cento
das crianças têm habilidades básicas em
leitura e apenas 7 por cento em cálculo.
Entre as crianças que frequentam o terceiro
ano de escolaridade, no qual os conteúdos
de cálculo e leitura usados no teste são
ensinados, apenas 11 por cento das crianças
têm competências de leitura e 7 por cento
de cálculo. No entando, as crianças que
continuam na escola acabam por aprender.
Por exemplo, no sétimo ano de escolaridade,
três a cada quatro crianças têm
competências de leitura (76 por cento).

• Há fortes desigualdades no aprendizado,


especialmente em leitura. Apesar de
meninos e meninas terem níveis de
competências similares tanto em leitura
quanto em cálculo, crianças de meio rural,
mais pobres ou que fazem parte das três
maiores etnias têm níveis de aprendizado
inferior. Por examplo, a proporção de
crianças com habilidades de leitura é quatro
vezes maior em meio urbano (24 por cento)
que rural (6 por cento). Entre os mais ricos e
os mais pobres há 25 pontos percentuais de
diferença (29 por cento entre os mais ricos e
4 por cento entre os mais pobres).

13 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem
Desagregação regional

FIGURA 16 Habilidades básicas de cálculo, de 7 a 14 anos

FIGURA 17 Habilidades básicas de leitura, de 7 a 14 anos

14 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem
Alfabetização e competências em TIC entre jovens de 15 aos 24 anos

FIGURA 18 Alfabetização de jovens dos 15 aos 24 anos FIGURA 19 Competências em TIC de jovens dos 15 aos 24 anos

100 100
77 77 75
80 70 70 73 80
63 61
57 56 53 54
60 48 52 60
46
31 31 30 31 35 32
40 30 40
18 17 20
20 20 13 12 9 9
6 4 5 5 4 6 7 6 6
0 1 0 1 1 0 0 1
0 0
Balanta

Mancanha

Beafada
Rural

Fula

Felupe
Urbano

O mais rico
Masculino

Manjaco

Papel
Segundo

Quarto

Outra etnia
Feminino

Médio

Pré-escolar / Nenhum

Básico
Mais pobre

Mandinga

Secundário 1º ciclo

Beafada
Fula
Rural

O mais rico

Balanta

Mancanha

Felupe
Masculino

Urbano

Manjaco

Papel
Segundo

Quarto

Outra etnia
Feminino

Médio

Pré-escolar / Nenhum

Básico
Mais pobre

Universitário
Mandinga

Secundário 1º ciclo

Secundário 2º ciclo
Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar Educação Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar Educação
económico económico

Conclusões
• Quase metade dos jovens da Guiné-Bissau são alfabetizados (48 por cento) e a taxa é superior entre os jovens do sexo masculino (57 por
cento) comparado aos do sexo feminino (46 por cento). Há fortes desigualdades por área de residência e quintil económico, sendo que os
mais ricos ou os que vivem em região urbana têm taxas mais elevadas. Algumas etnias também aparecem como tendo taxas de
alfabetização inferior. Apenas 35 por cento da etnia Fula e 32 por cento da etnia Mandinga são alfabetizados. É importante notar que
nenhum jovem que não frequentou a escola é alfabetizado e apenas 30 por cento dos jovens cujo nível de ensino mais alto é o básico,
são alfabetizados. Isto demonstra a grande importância da frequência escolar para a alfabetização.

• O nível de competências em TIC no país é relativamente baixo - no total apenas 6 por cento dos jovens têm essas competências.
Contudo, entre os jovens mais ricos, 18 por cento possuem competências em TIC. Jovens da etnia Mancanha também têm taxas
superiores (17 por cento) à média (6 por cento). Finalmente, também se nota a importância decisiva da educação sendo que jovens mais
escolarizados têm maior nível de TIC.

15 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem
Perfil das crianças dos 7 aos 14 anos que não têm adquiridas as competências básicas da leitura e cálculo

FIGURA 20 Por sexo FIGURA 21 Por área FIGURA 22 Por índice de bem-estar

Cálculo 48 52 Cálculo 36 64 Cálculo 20 20 21 19 19

Leitura 48 52 Leitura 31 69 Leitura 22 22 22 18 16

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Masculino Feminino Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico

FIGURA 23 Por distrito FIGURA 24 Por etnia

Cálculo 4 5 15 7 2 19 18 8 21 Cálculo 34 18 17 6 3 9 1 4 8

Leitura 4 6 16 8 2 19 18 10 17 Leitura 34 19 17 6 2 9 1 4 8

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fula Balanta Mandinga Manjaco Mancanha
Tombali Quinara Oio Biombo Bolama/Bijagós Bafatá Gabú Cacheu SAB Papel Felupe Beafada Outra etnia

Conclusões
• Há um número de meninos ligeiramente superior ao de meninas entre o total de crianças que não possuem habilidades básicas de leitura
e cálculo (48 por cento versus 52 por cento). No entando, há uma sobre-representação mais clara entre os meios rural e urbano.
Aproximadamente duas a cada três crianças sem as ditas competências vivem em meio rural e apenas uma em meio urbano (64-69 por
cento em meio rural e 36-31 por cento em meio urbano). Apenas duas etnias, Fula e Balanta, contém mais da metade de todas as crianças
sem habilidades básicas de leitura e cálculo no país.

16 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem
TABELA 2. Habilidades básicas -- proporções & contagem por várias caraterísticas socioeconómicas

Proporção de crianças de 7 a 14 anos que não Contagem de crianças que não tem habilidades
tem habilidades básicas básicas

Leitura Cálculo Leitura Cálculo

Total 88 93 344 000 364 000


Masculino 88 92 166 000 174 000
Sexo
Feminino 87 93 178 000 190 000
Urbano 76 92 108 000 130 000
Área
Rural 94 93 236 000 234 000
Mais pobre 96 94 76 000 74 000
Segundo 96 93 75 000 73 000
Índice de bem-estar económico Médio 94 92 77 000 75 000
Quarto 80 92 62 000 71 000
O mais rico 71 91 55 000 70 000
Tombali 89 96 15 000 16 000
Quinara 94 84 20 000 18 000
Oio 96 97 55 000 56 000
Biombo 83 82 28 000 27 000
Região Bolama/Bijagós 87 87 6 000 6 000
Bafatá 92 96 65 000 68 000
Gabú 94 98 63 000 66 000
Cacheu 83 76 33 000 30 000
SAB 75 96 61 000 78 000
Fula 92 97 116 000 122 000
Balanta 90 93 65 000 67 000
Mandinga 91 97 57 000 60 000
Manjaco 79 81 22 000 23 000
Etnia do Chefe do Agregado Familiar Mancanha 67 82 8 000 9 000
Papel 80 88 31 000 34 000
Felupe 70 88 4 000 4 000
Beafada 88 86 15 000 15 000
Outra etnia 84 91 27 000 29 000

17 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021| Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 2: Habilidades básicas de aprendizagem
Tema 3 Crianças fora da escola

Perguntas de 1. Em que nível de educação 2. Quantas crianças estão fora da 3. Em que regiões estão as 4. Onde vive a maioria das
orientação esta a maior porporção de escola? taxas mais altas de crianças fora da escola e qual
crianças fora da escola? crianças fora da escola? é a sua formação?

Resumo

Resumo das taxas de não escolarização


Conclusões
FIGURA 25

40 • A taxa de não-escolarização na Guiné-Bissau é


38 35 relativamente constante entre os três níveis de ensino,
36 33 variando de 28 por cento no 1º e 2º ciclo do ensino
30 28 32
28 básico a 23 por cento no 3º ciclo do ensino básico e,
28
27 em seguida, 32 por cento no nível secundário. Isso
23 26
20 18 significa que apesar de algumas crianças abandonarem
a escolarização ao longo dos anos esse fluxo é
16 compensado por outras crianças que começam a
10 11
escola mais tarde, o que mantém mais ou menos
6 estáveis as taxas de não escolarização a cada nível. No
0 total, estima-se que 160 mil crianças estejam foram da
Básico 1º ciclo Básico 2º e 3º ciclo Secundário escola na Guiné Bissau, metade das quais deveriam
estar frequentando o ensino básico.
Total Urbano Rural Mais pobre O mais rico

FIGURA 26 Número de crianças não escolarizadas

Básico

Secundário 1º ciclo
40 000
Secundário

87 000

32 000

18 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 3: Crianças fora da escola
Crianças fora da escola por nível de ensino

FIGURA 27 1º e 2º ciclos de Ensino Básico FIGURA 28 3º ciclo de Ensino Básico

60 50 43
52
50 40 33
40 36 38 39 34 26 27 28 26 27
33 30 23
28 29 26 20 20 22
18 19
30 20 16
20 19 18 12 14 11
19 19
20 16 8
11 10
6 8
10 3 0

Rural
Feminino

Quarto

Fula

Papel
Mais pobre
Urbano

Médio

Mandinga

Outra etnia
Balanta
O mais rico

Manjaco

Beafada
Segundo
Masculino

Mancanha
0
Rural

Felupe
Feminino

Quarto

Papel
Fula
Mais pobre
Urbano

Médio

Mandinga
Balanta

Beafada

Outra etnia
Segundo

O mais rico

Manjaco
Masculino

Mancanha
Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar
Total Sexo Área Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar económico
económico

FIGURA 29 Nível Secundário

50
43 44
45
40 36 36
35 34 35
33
35 32 31
30 28 28
26 25
24
25 21 20
20
15 13

10
5
0
Masculino Feminino Urbano Rural Mais Segundo Médio Quarto O mais Fula Balanta Mandinga Manjaco Mancanha Papel Beafada Outra
pobre rico etnia
Total Sexo Área Índice de bem-estar económico Etnia do Chefe do Agregado Familiar

19 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 3: Crianças fora da escola
Crianças fora da escola por nível de ensino

Conclusões
• De forma similar ao que é visto nas
taxas de conclusão e no nível de
aprendizado, vários fatores se
mostram importantes para se
compreender o nível de desigualdade
do ensino educativo na Guiné-Bissau.
Crianças de meio rural, mais pobres
ou que fazem parte das etnias Fula e
Mandinga têm taxas de não
escolarização bem superiores às
demais. Por exemplo, mais da
metade (52 por cento) das crianças
de etnia Mandinga com idade de
frequentar os 1º e 2º ciclos de ensino
básico estão fora da escola, sendo
que quase todas as crianças de etnia
Felupe de mesma idade (97 por
cento) frequentam a escola.

• A desigualdade de género evolui


entre os níveis de ensino. Se nos 1º e
2º ciclos de ensino básico os meninos
estão um pouco mais
frequentemente fora da escola (29
por cento versus 26 por cento), no 3º
ciclo do ensino básico é a taxa de não
escolarização das meninas que é
maior. No nível secundário, 36 por
cento das meninas estão fora da
escola, taxa 12 pontos percentuais
superior à dos meninos.

20 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 3: Crianças fora da escola
Desagregação regional

FIGURA 30 1º e 2º ciclos do ensino básico - taxa de não escolarização FIGURA 31 3º ciclo de ensino básico - taxa de não escolarização

FIGURA 32 Nível Secundário - taxa de não escolarização

21 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 3: Crianças fora da escola
Perfil de crianças fora da escola

FIGURA 33 Por sexo FIGURA 34 Por área FIGURA 35 Por índice de bem-estar económico

3º ciclo básico 44 56 3º ciclo básico 36 64


3º ciclo básico 18 20 22 21 19

2º ciclo básico 43 57 2º ciclo básico 29 71


2º ciclo básico 24 21 23 17 14

1º ciclo básico 53 47 1º ciclo básico 13 87


1º ciclo básico 28 29 26 13 4

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Masculino Feminino Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico

FIGURA 36 Por região FIGURA 37 Por etnia

3º ciclo básico 3 4 14 41 19 21 5 29 3º ciclo básico 41 16 20 3 3 7 24 5

2º ciclo básico 24 20 41 18 29 3 20 2º ciclo básico 43 10 28 3 3 6 13 4

1º ciclo básico 4 4 27 41 20 27 6 6 1º ciclo básico 39 13 30 2 2 5 03 5

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Tombali Quinara Oio Biombo Bolama/Bijagós Bafatá Gabú Cacheu SAB Fula Balanta Mandinga Manjaco Mancanha Papel Felupe Beafada Outra etnia

Conclusões
• O perfil das crianças da escola confirma a tendência de que meninas são mais escolarizadas no 1º e 2º ciclos do ensino básico, mas que por abandonarem mais
fortemente a escola em níveis mais elevados, elas correspondem a maioria das crianças não escolarizadas no 3º ciclo e nível secundário. Crianças em meio rural são
de forma bastante significativa (87 por cento) das crianças não escolarizadas no 1º e 2º ciclos do ensino básico. Contudo, à medida que as crianças de meio urbano
também abandonam a escola no 3º ciclo do ensino básico e nível secundário, a proporção de crianças urbanas no total das crianças não escolarizadas diminui. Existe
uma grande representatividade étnica, em que crianças de étnia Fula ou Mandinga correspondem a menos 60 por cento de todas as crianças não escolarizadas em
cada nível de educação.

22 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 3: Crianças fora da escola
TABELA 3. Não escolarização -- Proporção & contagem por várias caraterísticas socioeconómicas

Proporção fora da escola


Contagem de crianças fora da escola
(%)
1º e 2º ciclos de ensino 3º ciclo de 1º e 2º ciclos de ensino 3º ciclo de Nível
Nível Secundário
básico ensino básico básico ensino básico Secundário
Total 28 23 32 86 000 32 000 40 000
Masculino 29 20 28 45 000 14 000 18 000
Sexo
Feminino 26 26 36 41 000 18 000 22 000
Urbano 11 18 28 11 000 9 000 15 000
Área
Rural 36 27 35 75 000 23 000 25 000
Mais pobre 38 28 33 24 000 8 000 7 000
Segundo 39 26 36 25 000 7 000 8 000
Índice de bem-estar
Médio 34 27 34 22 000 7 000 9 000
económico
Quarto 19 20 31 11 000 5 000 8 000
O mais rico 6 16 26 4 000 5 000 8 000
Tombali 26 13 22 4 000 1 000 1 000
Quinara 19 15 23 3 000 1 000 2 000
Oio 48 32 35 23 000 6 000 6 000
Biombo 13 10 15 3 000 1 000 2 000
Região Bolama/Bijagós 20 18 22 1 000 400 500
Bafatá 31 24 36 17 000 6 000 8 000
Gabú 47 43 47 24 000 9 000 8 000
Cacheu 16 5 14 5 000 1 000 2 000
SAB 8 22 37 5 000 6 000 12 000
Fula 33 33 43 34 000 14 000 16 000
Balanta 19 12 25 11 000 3 000 6 000
Mandinga 52 43 44 26 000 9 000 8 000
Manjaco 8 8 13 2 000 1 000 1 000
Etnia do Chefe do
Mancanha 20 22 35 2 000 1 000 1 000
Agregado Familiar
Papel 16 14 21 4 000 2 000 3 000
Felupe 3 (11) (40) 100 200 700
Beafada 19 19 24 3 000 1 000 2 000
Outra etnia 18 11 20 4 000 1 000 2 000

23 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 3: Crianças fora da escola
Tema 4 Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância
1. Que crianças estão em 2. Que níveis de 3. As crianças 4. Que perfil apresentam 5. Que perfil apresentam as
boas vias de educação as crianças frequentam o 1º ano as crianças que não crianças que não estão em
Perguntas de do ensino básico na
desenvolvimento infantil mais pequenas frequentam qualquer boas vias de
orientação (IDPI)? frequentam? idade certa? forma de educação da desenvolvimento infantil
primeira infância (EPI) (medido pelo IDPI)?

Resumo

FIGURA 38 Percentagem de crianças dos 3 aos 4 anos que estão em boas vias de desenvolvimento medido pelo índice de desenvolvimento na primeira infância (IDPI)

84 80
79
80
75 75 75
76 73 72 73 72 73
71
72
68
64
Masculino Feminino Urbano Rural 3 4 Não comparecer Atendimento Tem Dificuldades Não tem
Funcionais Dificuldades
Funcionais
Total Sexo Área Idade Frequência da educação na Dificuldades Funcionais
primeira infância

FIGURA 39 Percentagem de crianças dos 3 aos 4 anos que frequentam serviços de educação da primeira infância (EPI)

66
70
60
50 40
40
30 19
14 17 17
20 12 9
5 5
10
0
Masculino Feminino Urbano Rural 3 4 Pré-escolar ou Básico Secundário
Nenhum
Total Sexo Área Idade Educação da Mãe

24 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 4: Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância
Não escolarização -- Proporção & contagem por várias caraterísticas socioeconómicas

FIGURA 40 Distribuição etária no 1º ano do ensino básico (%)

Conclusões
Menor de idade
11 Na idade oficial • Aproximadamente três quartos (73 por
cento) das crianças da Guiné-Bissau estão
Acima da idade em 1 ano
em boas vias de desenvolvimento infantil
44 Acima da idade em 2 ou mais anos medido pelo indicador IDPI. Entre estas, as
23
crianças que frequentam o pré-escolar tem
uma vantagem em relação às outras e 79
por cento delas estão em boas vias de
desenvolvimento. Apesar dos benefícios de
22 se frequentar este nível de educação, a
frequência é muito baixa no país (apenas
14 por cento). Ainda assim, ela é bastante
mais alta entre as crianças que vivem em
áreas urbanas (40 por cento) ou cujas mães
frequentaram o ensino secundário (66 por
FIGURA 41 Nível de educação frequentado por idade cento).

100% 1
• Para além de serem poucas as crianças que
3
14
frequentam serviços de educação na
18
23 primeira infância, são ainda menos as que
80% iniciam a educação básica na idade certa.
48
Pelo contrário, a distribuição etária no
27
início da escolaridade obrigatória mostra
60% que 44 por cento das crianças são pelo
menos dois anos mais velhas do que a
11
40% 85 idade oficial de entrada na escola.
74
• Aos seis anos, idade oficial para o início da
55 escolaridade obrigatória no país, menos da
20% 41
metade das crianças frequentam o ensino
básico e 41 por cento estão fora da escola.
0%
3 4 5 6

Não escolarizadas Pré escolar Básico

25 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 4: Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância
Perfil de crianças dos 3 aos 4 anos que não frequentam serviços de educação da primeira infância ou que não estão em boas vias de desenvolvimento infantil

FIGURA 42 Por sexo FIGURA 43 Por área

Sem frequentar a educação da primeira Sem frequentar a educação da primeira


53 47 18 82
infância infância

Fora do bom caminho de desenvolvimento Fora do bom caminho de desenvolvimento


55 45 25 75
infantil infantil

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Masculino Feminino Urbano Rural

FIGURA 44 Por índice de bem estar socioeconomico

Sem frequentar a educação da primeira infância 25 25 25 17 7

Fora do bom caminho de desenvolvimento infantil 26 20 25 17 13

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico

26 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 4: Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância
Perfil de crianças dos 3 aos 4 anos que não frequentam serviços de educação da primeira infância ou que não estão em boas vias de desenvolvimento infantil

FIGURA 45 Por distrito


Conclusões
• Os meninos são uma pequena maioria tanto
Sem frequentar a educação da primeira infância 6 5 17 7 2 25 21 10 8 das crianças que não estão em boas vias de
desenvolvimento infantil quanto das que
não frequentam serviços de educação na
primeira infância (53-55 por cento). Por
outro lado, as crianças que vivem nas
Fora do bom caminho de desenvolvimento infantil 4 4 11 14 3 15 29 6 14 regiões rurais representam a grande maioria
das que não frequentam serviços de
educação na primeira infância (82 por
0% 20% 40% 60% 80% 100%
cento) e que não estão em boas vias de
desenvolvimento infantil (75 por cento). As
Tombali Quinara Oio Biombo Bolama/Bijagós Bafatá Gabú Cacheu SAB
crianças de famílias pobres são também as
mais presentes nas duas categorias, assim
como as que vivem nas regiões populosas
de Gabú e SAB ou crianças da etnia Fula.
FIGURA 46 Por etnia

Sem frequentar a educação da primeira infância 39 20 17 5 1 7 13 6

Fora do bom caminho de desenvolvimento infantil 41 15 13 5 2 13 23 7

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fula Balanta Mandinga Manjaco Mancanha

27 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 4: Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância
TABELA 4. Perfil de crianças dos 3 aos 4 anos que não frequentam serviços de educação da primeira infância ou que não estão em boas vias de desenvolvimento infantil

Proporção (%) de crianças (de 3 a 4 anos) Contagem de crianças

Sem frequentar a
Sem frequentar a educação
Fora do bom caminho Fora do bom caminho educação da primeira
da primeira infância
infância
Total 27 86 32 000 101 000
Masculino 28 88 17 000 54 000
Sexo
Feminino 25 83 14 000 47 000
Urbano 25 60 8 000 19 000
Área
Rural 27 95 24 000 82 000
Mais pobre 30 95 8 000 26 000
Segundo 25 96 6 000 25 000
Índice de bem-estar económico Médio 28 93 8 000 26 000
Quarto 25 81 5 000 17 000
O mais rico 25 46 4 000 8 000
Tombali 20 96 1 000 6 000
Quinara 24 88 1 000 5 000
Oio 19 96 3 000 17 000
Biombo 51 85 4 000 7 000
Região Bolama/Bijagós 40 87 1 000 2 000
Bafatá 18 97 5 000 25 000
Gabú 41 94 9 000 21 000
Cacheu 16 81 2 000 10 000
SAB 26 46 4 000 8 000
Fula 30 92 13 000 39 000
Balanta 20 88 5 000 21 000
Mandinga 22 91 4 000 17 000
Manjaco 20 65 2 000 5 000
Etnia do Chefe do Agregado Mancanha 23 56 1 000 1 000
Familiar
Papel 45 77 4 000 7 000
Felupe (35) (40) 500 1 000
Beafada 20 81 1 000 3 000
Outra etnia 28 82 2 000 6 000

28 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 4: Frequência escolar e desenvolvimento na primeira infância
Tema 5 Repetição, Abandonos e não transição

Perguntas de 1. Qual nível ou classe tem as 2. Qual é o perfil das crianças que 3. Qual é o perfil das crianças 4. Qual é o perfil das crianças que
orientação taxas mais altas de repetência, repetem uma série? que abandonam a escola? não fazem a transição para o
abandono e não-transição? próximo nível de educação?

Resumo

FIGURA 47 Taxa de repetição por ano de escolaridade FIGURA 48 Abandono por ano de escolaridade

35 32 90 81
30 80
70
25 60
20 50
15 40 28 33
11 24 23 23
7 7 8 7 30 22
10 6 7 7 14 14 15
5 20 9 11
5 1 3
10
0 0
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª
Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe
Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) Ensino Básico 3º ciclo Ensino Secundário Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) Ensino Básico 3º ciclo Ensino Secundário
(7º ao 9º ano) (10º ao 12º ano) (7º ao 9º ano) (10º ao 12º ano)

FIGURA 49 Frequência escolar por idade

100 1 1 2
7 3 1 3 8 7 11
14 18 16 20
23
80 27
48 25
27 65
60 73 76 78 77 73 67
61 49 26
93 11 36
40 85
74
5
55 2 1
20 41 1 38
30 25 23 23 24 23 29 30
21 22
0
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Não escolarizadas Pré escolar Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano) Ensino Secundário (10º ao 12º ano)

29 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 5: Repetição, Abandonos e não transição
Conclusões
• Uma grande parte das crianças da Guiné-
Bissau (32 por cento) repetem o 1º ano
de escolaridade do ensino básico, o que
explica em parte o grande número de
alunos nesse nível que tem idade
superior à oficial como indicado na ficha
sobre aprendizado precoce. Para além
do 1º ano de escolaridade, o nível de
repetição é relativamente estável entre
5 e 11 por cento até ao 10º ano de
escolaridade, quando ele diminui
fortemente. Por outro lado, enquanto a
taxa de repetição diminui, a taxa de
abandono aumenta. Entre 9 e 15 por
cento dos alunos abandonam a escola
durante cada ano de escolaridade entre
a 1º e o 5º. Contudo, a partir do 6º ano
de escolaridade, a taxa de abandono
aumenta variando entre 22 e 33 por
cento em cada ano até o fim do nível
secundário quando ela alcança 81 por
cento. Com o aumento do abandono
escolar, também aumenta a parte de
crianças fora da escola. Entre 2 e 10 anos
de idade a porcentagem de crianças não
escolarizadas diminui de 93 a 10 por
cento. Contudo a partir de 10 anos, o
número de crianças não escolarizadas
volta a aumentar chegando a 38 por
cento dos adolescentes de 17 anos.
Nessa idade, apenas 11 por cento
frequentam o nível secundário como
deveriam.

30 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 5: Repetição, Abandonos e não transição
Perfil de crianças que repetem, abandonam ou não transitam para o próximo ano de escolaridade

FIGURA 50 Por sexo FIGURA 51 Por área

Abandonam 50 50 Abandonam 59 41

Repetem 52 48 Repetem 45 55

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Masculino Feminino Urbano Rural

FIGURA 52 Por índice de bem estar socioeconómico FIGURA 53 Por ano de escolaridade

Abandonam 15 12 13 22 39 Abandonam 58 20 22

Repetem 17 18 16 20 28 Repetem 90 8 2

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Ensino Básico 1º e 2º ciclo (1º ao 6º ano) Ensino Básico 3º ciclo (7º ao 9º ano)
Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico
Ensino Secundário (10º ao 12º ano)

31 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 5: Repetição, Abandonos e não transição
Conclusões
• Meninos e meninas estão
representados quase
igualmente entre as crianças
que abandonam ou que
repetem. Por outro lado,
crianças de meio urbano estão
mais representadas entre as
que abandonam, talvez
porque mais crianças urbanas
estejam na escola. Como a
taxa de não escolarização é
mais alta em zona rural,
menos crianças rurais estão na
escola e portanto menos
crianças rurais entre as que
repetem. O mesmo se dá com
os quintis de renda. Como as
crianças mais ricas estão mais
frequentemente na escola,
elas também representam
uma grande parte tanto dos
que abandonam quanto dos
que repetem.

• A maior parte do abandono


escolar ocorre no ensino
básico (58 por cento), o
mesmo é verdade no caso da
repetição. Cerca de 9 a cada
10 crianças que repetiram um
ano estavam a frequentar o
ensino básico.

32 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 5: Repetição, Abandonos e não transição
TABELA 5. Repetição, Abandonos e não transição -- Proporção & contagem por várias características socioeconômicas

Proporção
Contagem de crianças
(%)
Repetem Abandonam Repetem Abandonam
Total 13 17 65 000 88 000
Masculino 14 16 35 000 44 000
Sexo
Feminino 13 17 30 000 44 000
Urbano 10 21 23 000 53 000
Área
Rural 17 13 41 000 35 000
Mais pobre 16 15 13 000 13 000
Segundo 19 13 14 000 10 000
Índice de bem-estar económico Médio 14 13 12 000 11 000
Quarto 11 16 12 000 19 000
O mais rico 10 23 14 000 34 000
Tombali 22 7 4 000 1 000
Quinara 17 12 5 000 4 000
Oio 17 12 9 000 6 000
Biombo 11 10 5 000 5 000
Região Bolama/Bijagós 15 18 2 000 2 000
Bafatá 17 8 11 000 6 000
Gabú 14 19 8 000 12 000
Cacheu 12 9 7 000 6 000
SAB 10 30 14 000 46 000
Fula 15 17 19 000 24 000
Balanta 16 15 17 000 16 000
Mandinga 11 22 6 000 13 000
Manjaco 13 11 6 000 5 000
Etnia do Chefe do Agregado Familiar Mancanha 9 18 2 000 3 000
Papel 10 19 6 000 11 000
Felupe 11 27 1 000 2 000
Beafada 14 19 4 000 5 000
Outra etnia 12 14 5 000 7 000

33 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 5: Repetição, Abandonos e não transição
Tema 6 Proteção da infância

Perguntas de 1. Que grupos têm taxas mais altas 2. Quais os grupos de crianças estão 3. Como o trabalho infantil está 4. Como o trabalho infantil explica o
de casamento precoce e como isso mais frequentemente envolvidos vinculado à frequência à educação perfil das crianças que estão fora da
orientação afeta a alfabetização e as no trabalho infantil? e às habilidades básicas de escola ou que não aprendem na
habilidades em TIC? aprendizagem? escola?

Resumo do casamento precoce e educação

FIGURA 54 Prevalência de casamento precoce entre jovens mulheres dos 20 aos 24 anos

33
35
30 25 24 25 24
25
18 18 17
20 14
15 12 11 12 12
8 8
10 6 6 6
3 3
5 0 1 0 0
0
Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico Pré-escolar ou Básico Secundário Médio, Técnico
Nenhum ou Superior
Total Área Índice de bem-estar económico Educação

Feminino Antes dos 15 anos Feminino Entre 15 e 18 anos

FIGURA 55 Taxa de alfabetização de jovens mulheres dos 20 aos 24 anos por casamento FIGURA 56 Taxa de competências em TIC de jovens mulheres dos 20 aos 24 anos por
precoce casamento precoce

60 7
53 6
50 6

5
40
4
30
3
20 2
2
10 9
10 1 0
0 0
Sem casamento precoce Casamento entr 15 e 18 anos Casamento antes dos 15 anos Sem casamento precoce Casamento entr 15 e 18 anos Casamento antes dos 15 anos

34 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 6: Proteção da infância
Conclusões
• Ao todo, 8 por cento das jovens de 20 a 24 anos
na Guiné-Bissau casaram-se antes dos 15 anos.
Além disso, outras 18 por cento casaram-se
entre os 15 e os 18 anos, resultando em uma
taxa de casamento precoce total de 26 por
cento. As taxas de casamento precoce são
maiores em mulheres jovens vivendo nas zonas
rurais ou com famílias mais pobres. No entando,
o nível de educação frequentado também está
fortemente relacionado com o casamento
precoce. Entre mulheres que não frequentaram
a educação básica, as taxas são de 18 e 33 por
cento, totalizando entre elas 51 por cento de
casamento precoce. Por outro lado, quase
nenhuma jovem que frequentou o ensino
médio, técnico ou superior casou-se antes dos
18 anos.

• A taxa de alfabetização no país é baixa mesmo


entre jovens mulheres que não se casaram
precocemente - 53 por cento. Contudo, entre
mulheres que se casaram antes dos 15 ou antes
dos 18 anos, as taxas são ainda mais baixas,
variando entre 9 e 10 por cento. O mesmo se vê
na taxa de competências em TIC que ficam em 6
por cento para mulheres que não se casaram
precocemente, mas em 2 por cento entre as
que se casaram entre 15 e 18 anos. No caso das
mulheres que se casaram antes dos 15 anos,
quase nenhuma tem competências em TIC.

35 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 6: Proteção da infância
Resumo de trabalho infantil e educação

FIGURA 57 Prevalência de trabalho infantil de crianças dos 5 aos 17 anos FIGURA 58 Frequência escolar por idade e trabalho infantil

30 100

24 90
25 23 23 22
22 21 22
20 80
20 17 18 16 18
70 66
13 14 58
15 12 60
9 9 50
10 8 8
7
5 6 40
5
30
0 20
13
Rural

Felupe
Feminino

Fula

Papel
Mais pobre

Quarto
5 to 11

Médio

Mandinga
Urbano

Beafada

Outra etnia
Segundo

O mais rico

Manjaco
Masculino

Balanta
12 to 14

15 to 17

Mancanha
10 7
6
0 2
6 to 11 12 to 14 15 to 17
Total Sexo Área Idade Índice de bem-estar Etnia do Chefe do Agregado Familiar
económico
Fora do trabalho infantil Trabalho infantil

FIGURA 59 Habilidades básicas por trabalho infantil (7 aos


14 anos)
Conclusões
16 15
• Na Guiné-Bissau, cerca de 17 por cento das crianças entre os 5 e os 17 anos estão em trabalho infantil.
14
As taxas não variam muito fortemente por gênero, mas sim por idade, situação socioeconómica e etnia.
12 Crianças mais jovens, entre os 5 e os 11 anos, têm taxas de trabalho infantil muito maiores, em torno de
24 por cento. Crianças mais velhas tem taxas menores, o que também é dado ao fato de que o número
10 de horas definidas necessárias para que uma criança seja considerada como fazendo parte do trabalho
8 infantil é superior para crianças mais velhas. Além das diferenças de idade, a taxa de trabalho infantil
8 entre os mais ricos (6 por cento) é um quarto da encontrada entre os mais pobres (23 por cento) e etnias
5 como Fula, Mandinga e Beafada têm taxas superiores às dos Majaco, Mancanha ou Papel.
6
4 • O trabalho infantil está fortemente conectado à frequência escolar e ao aprendizagem. Em todas as
4
idades, crianças em trabalho infantil têm menores taxas de frequência. Por exemplo, entre as crianças
2 de 15 a 17 anos, a taxa de frequência é três vezes menor entre as crianças enquadradas na definição
internacional de trabalho infantil. Além disso, crianças sujeitas ao trabalho infantil têm taxas de
0 competência em leitura quase quatro vezes menores que as demais (4 por cento contra 15 por cento).
Leitura Cálculo Elas também têm habilidades básicas em cálculo inferiores.

Fora do trabalho infantil Em trabalho infantil

36 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 6: Proteção da infância
Tema 7 Educação inclusiva

Perguntas de 1. Que grupos de crianças 2. Quais são as 3. Como a dificuldade 4. Como a dificuldade 5. Como a dificuldade funcional
orientação apresentam maiores taxas dificuldades funcionais funcional está ligada funcional está ligada à explica o perfil das crianças
de dificuldade funcional? mais comuns entre as à frequência escolar e repetência e ao que estão fora da escola ou
crianças? ao aprendizado? abandono? que não aprendem na escola?

Resumo

FIGURA 60 Prevalência de dificuldades funcionais de crianças dos 5 aos 17 anos

41
Conclusões
50
40
30 19 18
24 • A prevalência de dificuldades
16 16 16 17 17 16 16 16 13 16 14 16
20 12 9 funcionais no país é de 16 por cento
4 5 6
10 1
das crianças entre 5 e 17 anos. A
0
taxa é a mesma entre meninos e
Urbano

Quarto
Rural

Cacheu
Masculino

12-14 ans

15-17 ans

Mais pobre

Segundo

Oio
Médio

Quinara

Bafatá

SAB
Feminino

5-11 ans

O mais rico

Biombo

Bolama/Bijagós

Gabú
Tombali
meninas, crianças vivendo em meio
urbano e rural. Também não há
tanta variação a cada quintil de
Total Sexo Idade Área Índice de bem-estar Região
renda. No entanto, algumas etnias
económico tem taxas de difuldades funcionais
bem mais elevadas. Por exemplo, 41
por cento das crianças Gabú tem ao
menos uma dificuldade funcional,
sendo que esse é o caso de apenas 1
FIGURA 61 Prevalência de tipos de dificuldades funcionais de crianças dos 5 aos 17 anos
por cento das crianças Quinara.
20
16 16 • As prevalências mais comuns são
14 14
15 ansiedade (5 por cento dos meninos
e 4 por cento das meninas) e
10
5
depressão (14 por cento). Apenas 2
4
5 2 2
por cento das crianças tem outras
dificuldades funcionais no país.
0
Outras dificuldades funcionais Depressão Ansiedade Pelo menos uma dificuldade

Masculino Feminino

37 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 7: Educação inclusiva
Educação inclusiva & Habilidades básicas de aprendizagem em leitura e cálculo, por dificuldades funcionais

FIGURA 62 Frequência escolar por dificuldade funcional e nível de educação


Conclusões
80
• Há uma diferença significativa 70
70 63
entre a taxa de frequência
escolar de crianças com e sem 60
difculdades funcionais no 1º e 50
2º ciclo do ensino básico. 40
Crianças sem dificuldades
30
funcionais estão 7 pontos
percentuais acima das demais 20
8 9
na frequência do 1º e 2º ciclo 10
do ensino básico. No entanto, 0
no 3º ciclo do ensino básico Básico Secundário 1º ciclo
não há diferenças significativas.
Nenhuma dificuldade Pelo menos uma dificuldade funcional
• Crianças com dificuldades
funcionais também tem
menores taxas de aprendizado,
sobretudo em cálculo onde a FIGURA 63 Habilidades básicas de aprendizagem por dificuldades funcionais
diferença de cinco pontos
percentuais é significativa. 14 13
12
10
10
8
8

4 3

0
Leitura Cálculo

Nenhuma dificuldade Pelo menos uma dificuldade

38 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 7: Educação inclusiva
Tema 8 Educação à distância

Perguntas de 1. Qual é a proporção de alunos que mora 2. Como o aprendizado remoto está 3. Quais são os perfis das crianças que não
orientação com famílias com acesso a ferramentas associado ao aprendizado básico? têm acesso a ferramentas de
de aprendizagem remota? aprendizagem à distância?

Resumo

FIGURA 64 Proporção de estudantes dos 3 aos 24 anos com acesso a ferramentas de aprendizado à distância

100 91
74 7782 74 7477
81
80 66 67 66 70 68 68 70
63 66 65
60 59
60 50 47 46 51
43 42 44 40 41 40
38 35 37
40 29 28 30 28 28 25
17
20 12 9 8
3 3 3 5 2 2 4 6 3 2 4 6
0 0 1 1 1
0
Masculino Feminino Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico Pré escolar / 1º e 2º ciclo 3º ciclo Secundário Superior
Nenhum básico básico
Total Sexo Área Índice de bem-estar económico Educação

Internet Rádio Televisão Eletricidade

FIGURA 65 Proporção de estudantes dos 3 aos 24 anos de idade sem acesso à rádio ou televisão

80
60
60

36 34
40 28 28 28 28 30
24 26 24
19 19 16
20
7

0
Masculino Feminino Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico Pré escolar / 1º e 2º ciclo 3º ciclo Secundário Superior
Nenhum básico básico
Total Sexo Área Índice de bem-estar económico Educação

39 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 8: Educação à distância
Educação inclusiva & Habilidades básicas de aprendizagem em leitura e cáculo, por dificuldades funcionais

FIGURA 66 Crianças dos 3 aos 17 anos não escolarizadas com acesso a ferramentas de aprendizado a distância

100

80 75
67
64 63 64 65
62 62
60
50
46

40
27 28 27 26

20
9 10
1 1 1 1 1 0 1 2 1 0 2
0
Total Masculino Feminino Urbano Rural Mais pobre Segundo Médio Quarto
Sexo Área Índice de bem-estar económico

Internet Rádio Televisão

Conclusões
• O acesso à internet é muito raro no país. Apenas 3 por cento dos estudantes tem acesso. Mesmo nos quintis mais ricos da população, o
acesso chega a apenas 6 por cento. Contudo, outras tecnologias de aprendizagem à distância estão um pouco mais disponíveis. Cerca de 43
por cento dos estudantes tem acesso à electricidade, 29 por cento moram numa residência com uma televisão. Além disso dois a cada três
estudantes tem rádio em casa (66 por cento). No caso de todas essas tecnologias, o acesso é maior em áreas urbanas e entre crianças que
frequentam níveis de educação mais elevados. Isso sobretudo porque crianças que frequentam níveis de educação mais elevados geralmente
também vivem em famílias mais ricas.
• Tendo em vista esse cenário, uma boa parte dos estudantes em Guiné-Bissau não tem acesso nem a rádio nem a televisão (28 por cento). As
mais impactadas são as crianças que vivem com famílias mais pobres, rurais ou frequentam o ensino básico.

40 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 8: Educação à distância
Habilidades básicas de aprendizagem de crianças dos 7 aos 14 anos, por acesso a ferramentas de aprendizagem

FIGURA 67 Habilidades básicas de aprendizagem de crianças de 7 a 14 anos, por acesso a ferramentas de aprendizagem

25 24

20 18

15
15

10
10 8 9

0
Não Sim Não Sim Não Sim
Rádio Televisão Eletricidade

Conclusões
• Crianças que tem acesso a ferramentas de aprendizagem à
distância também possuem competências de leitura
significanmente mais avançadas. Por examplo, 24 por cento das
crianças com acesso a televisão tem competências de leitura, sendo
que apenas 8 por cento das crianças sem acesso têm as mesmas
competências. Isso demonstra que a falta de acesso pode acabar
agravando desigualdades já existentes no país.

41 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 8: Educação à distância
Ambiente de aprendizagem em casa de crianças entre os 7 e os 14 anos

FIGURA 68 Pais ou cuidadores que ajudam com a tarefa de casa

100
71 72 76 78 77 Conclusões
80 64 67 66 64 67 66 68
61 56 60
60
• A maioria das crianças na
40 Guiné-Bissau (85 por cento)
20 não têm um livro em casa.
0 Tanto meninos como meninas,
Feminino

Médio
Masculino

Superior
O mais rico

Secundário
Total

Urbano

Mais pobre

Segundo

Pré-escolar ou Nenhum

Básico

Médio / Técnico
Quarto
Rural dentro e fora da escola

Profissional
raramente têm livros em casa.
Apenas entre crianças cujas
mães frequentaram o ensino
superior a percentagem sem
nenhum livro em casa cai para
Sexo Área Índice de bem-estar económico Educação da Mãe menos da metade (44 por
cento).

• Apesar da falta de livros,


muitos dos pais ou cuidadores
FIGURA 69 Nenhum livro para crianças em casa participam nas tarefas de casa
94 (64 por cento). Pais mais ricos
100 85 86 90 86 91 89 89
84 82 83 85 (72 por cento) ou com estudos
77
80 69 69 mais elevados (77-78 por
57
60 44 cento) tem uma maior
40 participação nas tarefas de casa
20 dos filhos.
0
Feminino

Médio

O mais rico

Secundário
Total

Masculino

Urbano

Mais pobre

Pré-escolar ou

Básico

Superior
Na escola

Médio / Técnico
Fora da escola

Segundo

Quarto
Rural

Profissional
Nenhum

Sexo Área Frequencia Índice de bem-estar económico Educação da Mãe


escolar

42 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 8: Educação à distância
Perfil de crianças dos 5 aos 17 anos sem acesso a ferramentas de aprendizagem remoto

FIGURA 70 Por sexo


Conclusões
Sem televisão ou rádio 52 48
• Meninos e meninas estão quase igualmente
Sem televisão 52 48
representados entre as crianças sem acesso às
Sem rádio 51 49 várias ferramentas de aprendizagem. No
entanto, residências rurais tem muito menos
Sem internet 52 48 acesso, especialmente à rádio e televisão.
Quintis mais pobres de económia também
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
estão bem representados entre as residências
Masculino Feminino sem acesso às tecnologias.

FIGURA 71 Por área

Sem televisão ou rádio 31 69

Sem televisão 32 68

Sem rádio 40 60

Sem internet 45 55

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Urbano Rural

FIGURA 72 Por índice de bem estar socioeconómico

Sem televisão ou rádio 36 20 15 23 7

Sem televisão 24 23 23 23 7

Sem rádio 30 17 14 22 18

Sem internet 17 17 18 22 25

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico

43 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 8: Educação à distância
TABELA 6. Aprendizagem remoto -- proporções e contagem por várias características socioeconómicas

Proporção (%) de estudantes de 3 a 24 anos Contagem de estudantes (3 a 24 anos)

Sem Sem rádio nem Sem rádio


Sem rádio Sem televisão Sem internet Sem rádio Sem televisão
internet televisão nem televisão

Total 3 66 29 28 276 000 576 000 229 000 229 000

Masculino 3 67 28 28 139 000 301 000 119 000 119 000


Sexo
Feminino 3 66 30 28 136 000 275 000 111 000 111 000
Urbano 5 70 50 19 112 000 202 000 77 000 77 000
Área
Rural 2 63 12 36 153 000 369 000 148 000 148 000
Mais pobre 0 40 0 60 82 000 138 000 82 000 82 000
Segundo 1 66 1 34 41 000 125 000 41 000 41 000
Índice de bem-estar
Médio 2 74 9 24 37 000 125 000 34 000 34 000
económico
Quarto 4 68 28 28 57 000 131 000 49 000 49 000
O mais rico 6 77 82 7 41 000 33 000 13 000 13 000
Tombali 0 66 9 21 9 000 24 000 9 000 9 000
Quinara 1 70 6 15 11 000 35 000 11 000 11 000
Oio 0 62 17 43 26 000 57 000 25 000 25 000
Biombo 0 57 20 27 29 000 55 000 27 000 27 000
Região Bolama/Bijagós 0 57 7 13 6 000 12 000 5 000 5 000
Bafatá 7 70 21 39 31 000 79 000 25 000 25 000
Gabú 1 73 31 48 20 000 50 000 16 000 16 000
Cacheu 4 63 9 23 30 000 72 000 29 000 29 000
SAB 4 69 63 71 49 000 58 000 28 000 28 000
Fula 5 71 34 50 53 000 121 000 41 000 41 000
Balanta 1 58 17 35 75 000 143 000 64 000 64 000
Mandinga 4 71 40 56 23 000 52 000 17 000 17 000
Manjaco 3 65 25 36 25 000 53 000 21 000 21 000
Etnia do Chefe do
Mancanha 5 73 47 57 8 000 17 000 6 000 6 000
Agregado Familiar
Papel 1 57 30 35 38 000 63 000 31 000 31 000
Felupe 6 54 8 17 5 000 10 000 5 000 5 000
Beafada 3 78 23 32 9 000 32 000 7 000 7 000
Outra etnia 3 72 37 46 27 000 60 000 23 000 23 000

44 Folha de dados da educação da Guiné-Bissau 2021 | Análise de aprendizagem e equidade através dados MICS Tema 8: Educação à distância
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