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ANATOMIA E

FISIOLOGIA
HUMANA

“A Enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, é preciso uma devoção tão
exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor,
pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo
vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela
das artes!”
Florence Nightingale

Curso técnico de enfermagem


Professora Neivanir Riberio
Anatomia humana
É o campo da biologia responsável por estudar a forma e a estrutura do
organismo humano, bem como as suas partes. O nome anatomia origina-se do grego
Ana, que significa “parte”, e tomnei, que significa cortar, ou seja, é a parte da biologia
que se preocupa com o isolamento de estruturas e seu estudo. A anatomia utiliza,
principalmente, a técnica conhecida como dissecação, que se baseia na execução de
cortes que permitem uma melhor visualização das estruturas do organismo.
Divisões da anatomia:
O estudo da anatomia é extremamente importante para a compreensão do
funcionamento do corpo humano e podemos dividi-la em várias partes, porém, duas
delas merecem mais destaque.
→ Anatomia sistêmica: estuda os sistemas do corpo humano, tais como o
digestório e o circulatório. Ela não se preocupa com o todo, realizando uma descrição
mais aprofundada das partes que compõem um sistema.
→ Anatomia Regional ou Topográfica: estuda o corpo humano por regiões, e
não por sistemas. Esse estudo facilita na orientação correta ao analisar-se um corpo.
Posição anatômica: quando estudamos anatomia humana, devemos obedecer a
algumas regras para que a descrição das estruturas seja entendida mundialmente.
Por isso, há uma convenção internacional de que as descrições devem ser feitas
considerando-se a chamada posição anatômica.
Na posição anatômica o indivíduo está:
• Em pé, numa postura ereta;
• Com a face voltada para a frente e o olhar no horizonte;
• Com os membros superiores estendidos e paralelos ao tronco;
• Com as palmas das mãos voltadas para frente;
• Com os membros inferiores unidos;
• Com os dedos dos pés voltados para frente.
Quando descrevemos uma estrutura, é fundamental que indiquemos sua posição no
corpo. Considerando-se a posição anatômica, temos as seguintes direções:
• Superior ou cranial: parte superior do corpo
• Inferior ou caudal: parte inferior do corpo
• Anterior, ventral ou frontal: frente do corpo
• Posterior ou dorsal: parte de trás do corpo
• Medial: mais perto da linha mediana do corpo
• Lateral: mais perto da lateral do corpo e mais afastada da linha mediana
• Proximal: próxima da raiz do membro
• Distal: longe da raiz do membro.
Planos e Eixos: Os planos e eixos são linhas imaginárias que “cortam” o corpo. Neste
caso, os planos irão dividir o nosso corpo em partes iguais como: superior e inferior,
esquerda e direita e frente e trás. Por outro lado, os eixos, assim como os planos,
também são linhas imaginárias. Contudo, estes eixos ficam perpendiculares aos
planos em que ocorrem os movimentos, eles “atravessam” o centro de uma
articulação, como por exemplo as articulações dos ombros, tornozelo, quadril e etc.
Quanto aos planos:
• Plano Sagital: O ponto de partida deste plano vem da cabeça, estende-se até
os pés e divide o corpo em metade direita e metade esquerda. É neste plano
onde encontra-se a linha média do corpo.
• Plano Frontal ou Coronal: O ponto de partida deste plano segue da cabeça e
estende-se até os pés. Contudo, neste plano, o corpo é dividido em partes
anterior (frente) e posterior (trás).
• Plano Horizontal ou Transverso: O ponto de partida deste plano é na região da
cintura e divide o corpo em parte superior e inferior.
Quanto aos eixos:
• Eixo Longitudinal: É uma linha vertical que fica perpendicular ao plano
Horizontal. Ou seja, une a região superior da inferior.
• Eixo Látero-Lateral ou Transversal: Este eixo também fica perpendicular,
porém com o plano Sagital. Este eixo irá se estender de um lado ao outro,
unindo o lado esquerdo e o direito.
• Eixo Ântero Posterior ou Sagital: Este eixo fica perpendicular ao plano frontal.
Sendo assim, irá unir a região anterior (frente) até a parte posterior (costas).

Sistemas do corpo humano


Ao estudar-se anatomia humana são destacados os principais sistemas que
são de suma importância para o estudo, aprendizado, e exercício da enfermagem.

SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é formado pela pele e seus anexos, que tem como
principal função criar uma barreira de proteção contra a entrada de microrganismos,
atuar para evitar a perda de líquidos, garantir proteção ultra violeta, proporcionar
percepção sensorial, tato, estando também relacionado com a termorregulação e a
secreção de substancias como o sebo e o suor.
Pele: a pele é o maior órgão do corpo humano, sendo responsável por cerca de 16%
do peso total do nosso corpo. A pele é formada por três camadas distintas: epiderme,
derme e hipoderme. A epiderme é a camada mais superficial da pele, a derme se
caracteriza por ser a camada intermediaria, logo abaixo da epiderme, e finalmente
temos a epiderme a camada mais profunda da pele, é na derme que estão localizados
os vasos sanguíneos e os linfáticos, nervos, terminações nervosas, sensoriais,
folículos pilosos e glândulas.
→ Sistemas acessórios da pele:
• Pelos: são estruturas ricas em queratina que se formam no folículo
piloso, estão presentes em praticamente todo o corpo, os pelos tem a função de
barreira de proteção, sensitividade e termorregulação. O arrepio é provocado pela
ação de pequeninos músculos existentes na pele, que recebem estímulos.
• Unhas: são placas de queratina depositadas, que ficam na ponta dos
dedos, ajudando na proteção dos dedos e na manipulação de objetos.
• Glândulas: são estruturas responsáveis por produzir secreções, na pele
existem duas principais glândulas, as sudoríparas e as sebáceas. As glândulas
sudoríparas são responsáveis pela produção do suor, que tem por finalidade atuar
na regulação da temperatura corporal. As glândulas sebáceas atuam na produção
de sebo que tem como principal finalidade garantir lubrificação da pele e do pelo.

SISTEMA LOCOMOTOR
O sistema locomotor é formado pela união de três sistemas: esquelético,
muscular e articular. Ele é responsável pela realização dos diversos movimentos do
corpo e pela locomoção.

1. SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular atua nos movimentos por meio do processo de contração
muscular, além de unir as peças ósseas, mantendo a postura do esqueleto. Os
músculos são formados por feixes que se fixam, em suas extremidades, a um ponto
fixo (origem) e a um ponto móvel (inserção), por meio de tendões em conjunto com a
aponeurose. Como um invólucro ao redor dos músculos, as aponeuroses criam
resistência e aderem à superfície da região do osso ao qual o músculo se prende,
funcionando como um tendão.
O sistema muscular é o sistema formado pelo conjunto dos músculos do nosso
corpo, eles correspondem a cerca de 50% do peso total do nosso organismo. Em
média o corpo humano possui aproximadamente, 600 músculos, e a contração
dessas estruturas é responsável por diversas funções, dentre as quais podemos
destacar a movimentação. Os músculos podem ser classificados de diversas
maneiras, segundo a sua forma, ação e função entre outros, são formados por células
alongadas com alta capacidade de contração, que recebem a denominação de fibras
musculares, as fibras musculares são formadas por miosina e actina,que são na
verdade proteínas com alto poder de contração. O aumento do tamanho das fibras
musculares é denominado de hipertrofia, enquanto a diminuição do tamanho das
fibras é chamada de hipotrofia muscular. O sistema muscular é formado por três tipos
de músculos: Tecido muscular estriado esquelético que fazem parte principalmente
do sistema esquelético, e são de contração voluntaria, músculos não estriados
apresentam contração involuntária e lenta, e são encontrados no sistema digestório
e respiratório, e o musculo estriado cardíaco, que é encontrado exclusivamente no
coração.
O estudo do sistema muscular é de suma importância para o exercício da
enfermagem, haja visto que são umas das principais vias de administração de
medicamentos. Dentre as centenas de músculos existentes no corpo humano, cinco
são eleitos como principais locais para administração intramuscular de
medicamentos, sendo eles: deltoide localizado bilateralmente na parte superior dos
braços, região entre o acrômio e o final da clavícula, dorso glúteo, região superior das
nádegas, paralelas a fenda Inter glútea, no quadrante superior esquerdo. Vasto lateral
da coxa: músculos bilaterais localizados na região ântero-lateral da coxa.
2. SISTEMA ESQUELETICO
O sistema esquelético é constituído pelos ossos e estruturas relacionadas,
como cartilagens e tendões, que juntos atuam nos movimentos do corpo. Além do
movimento, o sistema esquelético também tem a função de sustentação do corpo,
proteção dos órgãos internos e tecidos moles, armazenamento de sais minerais,
principalmente de cálcio e fósforo e produção de células sanguíneas. É no interior dos
ossos que a medula óssea é produzida.
Os ossos que compõem o esqueleto são formados principalmente pela
deposição de cálcio e magnésio, e também por vários tipos celulares que pertencem
ao tecido ósseo. Os são revestidos por uma membrana chamada periósteo.
As células encontradas no tecido ósseo são osteócitos, osteoblastos e
osteoclastos. O esqueleto humano adulto é formado por um conjunto de 206 ossos,
tendo uma variação entre crianças e adultos, nos recém nascidos e crianças o
esqueleto é constituído por um conjunto bem maior de ossos, sendo essa diferença
muito perceptível principalmente na fontanela (moleira) que contém dois ossos a mais
que o crânio de um adulto.
O esqueleto pode ser dividido em axial, constituído pelos ossos que formam o
eixo principal do corpo (ossos da cabeça, pescoço, tórax e abdome), e apendicular,
constituído pelos ossos que formam os membros. Esses dois esqueletos são unidos
pelas cinturas escapular (escápula e clavícula) e pélvica (ossos do quadril). O
esqueleto axial é constituído por 80 ossos. Fazem parte do esqueleto axial: Parte
superior do corpo. O esqueleto apendicular é composto por 126 ossos, os quais
formam nossos membros superiores e inferiores e cintura pélvica.
Esqueleto do crânio: O neuro crânio é a parte do crânio que envolve o encéfalo e
as meninges cranianas, sendo formado por 8 ossos: frontal, parietais (2), occipital,
temporais (2), etmoide e esfenoide.
Ossos da face: são 14, zigomático ou malar (2) maxilar (2) nasal (2) mandíbula.
palatino (2) lacrimal (2) vômer. concha nasal inferior (2)
Esqueleto da coluna: a coluna vertebral tem função de sustentação de carga,
locomoção, equilíbrio e proteção dos elementos neurais (nervos). É formada,
basicamente, por vértebras, discos intervertebrais, músculos e ligamentos. No interior
da coluna localizam-se nervos, incluindo medula espinal e raízes nervosas, a coluna
vertebral é formada por um conjunto de 33 vertebras sobrepostas.
• Região cervical: 7 vértebras (C1 a C7)
• Região torácica ou dorsal: 12 vértebras (T1 a T12 ou D1 a D12)
• Região lombar: 5 vértebras: (L1 a L5)
• Região sacral: 5 vértebras fundidas (S1 a S5)
• Região coccígea: 4 vértebras fundidas.
Esqueleto da caixa toráxica: o tórax é composto por um conjunto de estruturas que
pode ser dividido em parede torácica, espaços pleurais, pulmões, hilos pulmonares e
mediastino. Superiormente o tórax continua-se com o pescoço e inferiormente é
delimitado pelo diafragma. Ele está localizado na parte superior do tronco humano e
seu esqueleto forma a caixa torácica, que protege o coração e os pulmões. O Tórax
é formado por 44 ossos sendo 24 costelas, 12 vértebras torácicas, 7 vértebras
cervicais e 1 esterno.
Estrutura do quadril: o quadril é uma das estruturas mais complexas da anatomia
humana. É a estrutura responsável por sustentar o peso do corpo, estando conectado
diretamente aos membros inferiores. A articulação femoroacetabular é responsável
pela maior parte dos movimentos humanos e o nervo ciático é o maior nervo do corpo
humano, ele é formado na pelve, oriundo da fusão da união das raízes nervosas
lombos sacrais. Os ossos do quadril são formados a partir de três ossos: ílio, ísquio
e púbis, a união desses ossos forma a cavidade pélvica que tem a função de
sustentação e proteção dos órgãos pélvicos. Cintura pélvica é o nome dado à união
do esqueleto axial ao esqueleto apendicular nos membros inferiores e é composta
por duas articulações: Os ossos do quadril (bacia pélvica) são a principal forma de
diferenciação entre esqueletos masculinos e femininos, tanto por sua forma, peso e
também por sua estrutura anatômica.
→ Ossos dos membros superiores: os membros superiores são formados pela
cintura escapular, pelo braço, antebraço, punho e pela mão. A cintura escapular é
responsável por garantir a união dos membros superiores ao tórax, é formada por
dois ossos: clavícula e escápula. Quando falamos em braços, antebraços, punhos e
mãos, observamos os seguintes ossos:
• Úmero: Maior osso do membro superior, sendo responsável por formar o
braço. • Ulna e Rádio: Esses dois ossos formam o antebraço.
• Ossos do carpo: Os ossos do carpo formam o nosso punho e representam
um grupo de ossos dispostos em duas fileiras de quatro ossos.
• Metacarpos: São um grupo de cinco ossos que formam a palma da mão.
• Falanges: As falanges, são os ossos que formam nossos dedos e são
classificadas em: falange proximal, média e distal. O polegar apresenta duas
falanges, enquanto os outros dedos da mão apresentam três falanges. Ossos dos
membros inferiores os membros inferiores são formados pela cintura pélvica e
membros inferiores pernas e pés. Quando falamos em coxa, joelho, canela,
panturrilha e pé, observamos os seguintes ossos:
• Fêmur: osso que forma nossa coxa, é o osso mais longo do corpo humano.
• Patela: Osso que forma o joelho.
• Tíbia: É conhecida como osso da canela.
• Fíbula: É conhecida como osso da panturrilha.
• Tarso: forma nossos ossos dos pés. Os ossos do tarso assemelham-se aos
ossos que formam nossos punhos.
• Metatarsos: São um grupo constituído por cinco ossos.
• Pododáctilos são os ossos que formam os dedos dos pés. O dedão do pé
(hálux) é formado por duas falanges, enquanto os outros dedos são formados por três
falanges.

3. SISTEMA ARTICULAR
O sistema articular é constituído pelas articulações ou junturas, ligamentos e
capsulas articulares, membranas sinoviais, e meniscos, são estruturas formadas por
tecido conjuntivo presentes nos locais onde os ossos se unem, permitindo essa
união e auxiliando nos movimentos. A principal função das articulações é permitir a
movimentação dos segmentos do corpo, mantendo os ossos unidos e estáveis. O
sistema articular é o responsável por unir os ossos do esqueleto e as cartilagens, ou
seja, ele é o ponto de encontro dos ossos que possibilitam que eles se movimentem
sem serem deslocados. Podemos encontrar articulações nos joelhos, cotovelos,
punhos, tornozelos e ombros.
As articulações são formadas pela união de dois ou mais ossos com o auxílio
dos músculos esqueléticos. são classificadas de diversas formas, conforme a sua
constituição, movimentação, entre outras. Os segmentos ósseos encontram-se
revestidos por uma fina faixa de tecido conjuntivo resistente e ao mesmo tempo
elástico, denominada cartilagem articular, que impede o atrito direto dos ossos
provocado pelos movimentos, de modo a evitar o seu desgaste. De acordo com o tipo
de tecido conectivo entre os ossos, as articulações podem ser classificadas em três
tipos básicos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório, também chamado de sistema cardiovascular, é o
responsável pelo transporte de sangue, oxigênio e nutrientes para todo o corpo. Ele
é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares).
O sistema circulatório é do tipo fechado, ou seja, ocorre no interior de vasos,
sendo responsável pelo transporte do sangue e do líquido tecidual denominado linfa,
cujo fluxo ocorre através dos vasos linfáticos. Este sistema é essencial para a
manutenção da homeostase corporal, carreando oxigênio, nutrientes e células do
sistema imunológico por toda a extensão do corpo. Além disso, ele participa da
eliminação de rejeitos metabólicos e de gás carbônico, conduzindo-os para seus
locais de excreção. O sistema circulatório também favorece a conservação do calor
produzido pelo corpo. O coração funciona como uma bomba, permitindo que o sangue
seja impulsionado por meio dos vasos sanguíneos, as artérias são vasos sanguíneos
que levam sangue arterial do coração para o corpo e as veias são vasos sanguíneos
que garantem o retorno do sangue venoso (rico em gás carbônico) de volta ao
coração.
O coração: é um órgão muscular oco responsável por bombear sangue para todo o
corpo, em um adulto saudável o coração bate cerca de 70 a 80 vezes por minuto, em
média o coração bombeia cerca de 74 mil litros de sangue por dia. Ele é composto
por 4 cavidades, dois átrios e dois ventrículos. Entre o átrio direito e o ventrículo
direito, há uma válvula chamada tricúspide, que serve de ponte entre as duas
cavidades. Do lado esquerdo, essa ligação é feita pela válvula mitral, chamada
também de bicúspide. Seu tamanho aproximado é de um punho fechado e possui três
camadas formando suas paredes: pericárdio, miocárdio e endocárdio. Pericárdio é a
camada mais externa, miocárdio é a camada mediana, e endocárdio é a camada
interna. Os batimentos cardíacos são originados em um sistema próprio do órgão,
chamado nó sino atrial que produz impulsos elétricos que rapidamente se propagam
pelo tecido cardíaco. Na estrutura do coração, é importante destacar o miocárdio,
músculo responsável pelo batimento involuntário e o bombeamento do sangue. No
lado direito do coração circula somente sangue venoso e do lado esquerdo somente
sangue arterial.
O processo de batimento cardíaco: é dividido em sístole, quando há contração
muscular das câmaras do coração, e diástole, momento em que há o relaxamento
dessas câmaras.
Tipos de circulação: a circulação cardíaca é dividida em duas partes; sistêmica (ou
grande circulação) e a pulmonar (também chamada de pequena circulação).
→ Sistêmica ou grande circulação: é o processo que envolve todo o corpo. O sangue
rico em oxigênio (ou sangue arterial) que está no ventrículo esquerdo sai pela
artéria aorta e se espalha por todo o corpo por meio de artérias menores e mais
finas, conhecidas como arteríolas e capilares. Após as trocas gasosas, o sangue
retorna ao coração rico em gás carbônico (ou sangue venoso) no átrio direito, esse
processo consiste na circulação por todo o corpo e órgãos.
→ Pulmonar ou pequena circulação: como o próprio nome diz, ela envolve os
pulmões. A troca funciona da seguinte forma: o coração manda para o pulmão o
sangue pobre em oxigênio, que o devolve oxigenado, o sangue venoso (rico em
gás carbônico), que é depositado no átrio direito, vai para o ventrículo direito e é
bombeado pelas artérias pulmonares, que se ramificam em artérias de menor
calibre nos pulmões direito e esquerdo.
O sangue: o sangue é formado por duas partes distintas, parte liquida(plasma)
constituído por água, sais, vitaminas e fatores de coagulação sanguínea, e células
sanguíneas que consistem na parte solida do sangue (hemácias). Um adulto tem
média cinco litros de sangue circulante no corpo, no entanto existe uma variação que
depende do peso, altura e biotipo de cada pessoa. O sangue é produzido no interior
da medula óssea vermelha, que fica localizada no interior dos ossos longos, fêmur,
ossos dos membros inferiores, osso externo, ossos longos dos membros superiores
e esqueleto da coluna vertebral. A hemoglobina é uma proteína que possui o
pigmento responsável pela cor vermelha do sangue.
Trocas gasosas: a troca gasosa só é possível de ser realizada graças ao processo
de hematose, em que o sangue que está nas veias capilares perde gás carbônico e
recebe o oxigênio dos alvéolos pulmonares. Ao ser bombeado para o coração
novamente, este sangue vai para o átrio esquerdo e o processo se repete, esse
processo se restringe ao coração e aos pulmões.
Vasos sanguíneos: os vasos sanguíneos são responsáveis por garantir o transporte
do sangue pelo corpo. Podemos distinguir três tipos principais de vasos sanguíneos:
artérias, veias e capilares.
→ Artérias: são vasos sanguíneos que garantem o transporte do sangue
do coração para todas as partes do organismo, elas possuem paredes resistentes,
sendo essa uma característica importante para suportar o sangue sob alta pressão
que sai do coração.
→ Veias: são vasos sanguíneos que garantem o retorno do sangue dos
vários tecidos do corpo para o coração, possuem paredes um pouco mais
delgadas que as artérias e destacam-se por possuir valvas, que impedem o refluxo
de sangue. As Principais veias do sistema circulatório são as veias jugular
(cervical) veia subclávia (região clavicular), safena magna (membros inferiores),
veia porta (abdome), veias cavas (abdome, cervical e membros inferiores),
mesentérica (intestino), de acordo com a localização as veias podem ser
superficiais ou profundas. As veias que acompanham as artérias são chamadas
de veias satélites. As principais veias para realização de punção venosa, são as
veias dos MMSS, dorso da mão, braço e antebraço, veia cefálica, veia basílica e
veia jugular, na região da fossa cubital se encontram veias de grande calibre.
→ Capilares: são vasos sanguíneos pequenos e que possuem uma parede
muito delgada, formada apenas por uma camada de células, é interior dos vasos
capilares que ocorrem as trocas de substâncias entre o sangue e o líquido
intersticial.
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é um conjunto de órgãos, tecidos, vasos e canais que se
distribuem pelo corpo para ajudar a filtrar e remover o excesso de líquidos e
impurezas do organismo. Além disso, o sistema linfático também contribui para a
formação das células de defesa do organismo.
Funções do sistema linfático: dentre elas estão a coleta e filtragem do excesso de
líquido do corpo, através da linfa, e depois, transferi-lo para o sangue, absorver a
gordura do intestino e transportar para o sangue, contribuindo para produção de
linfócitos e desenvolvimento da imunidade, transportar e remover resíduos e células
“com defeito” do organismo. O sistema linfático é uma parte importante do sistema
imunológico, produzindo e liberando linfócitos e outras células de defesa para que
combatam microrganismos.
Componentes do sistema linfático: O sistema linfático é composto por células,
vasos, tecidos e órgãos, que desempenham variadas funções. Os principais
componentes desse sistema incluem:
→ Linfa: é um líquido transparente que é formado por água, nutrientes e
substâncias produzidas pelas células, como hormônios e enzimas, que percorre
através da circulação, drenando todo excesso de água e resíduos do organismo,
além de transportar os glóbulos brancos para todo o corpo, ajudando a combater
infecções, à medida que percorrem o caminho para levar a linfa para o coração,
os capilares linfáticos aumentam de tamanho e se tornam vasos linfáticos., os
capilares e os vasos linfáticos coletam e levam a linfa para ser filtrada nos
linfonodos.
→ Vasos linfáticos: são responsáveis por coletar e levar a linfa para ser
filtrada nos linfonodos.
→ Ductos linfáticos: grandes canais linfáticos que se dividem em ductos
direito e esquerdo, responsáveis por coletar a maior parte da linfa circulante do
corpo e devolve-la para o sangue, mantendo o volume adequado de sangue
circulante e manutenção e estabilidade da pressão arterial.
→ Baço: maior órgão do sistema linfático, com função imunológica e
hematológica, situado na parte superior esquerda do abdômen, sua função
envolve inúmeras atividades entre as quais se destaca a filtração da linfa e a
destruição de células sanguíneas envelhecidas.
→ Timo: glândula localizada na parte posterior do tórax, que tem a função
de maturação e desenvolvimento dos linfócitos, os linfócitos são produzidos na
medula e migram até o timo, onde amadurecem e se transformam em linfócitos T.
→ Apêndice: apresenta uma porção de tecido linfoide, importante no
combate a bactérias.

SISTEMA IMUNOLÓGICO
Também chamado de sistema imune, é o sistema que garante proteção ao nosso
corpo, evitando que substâncias estranhas e patógenos afetem negativamente contra
nossa saúde, se tornando um sistema complexo que envolve uma série de células e
órgãos que funcionam, em conjunto, como uma grande barreira de proteção. As
principais células que fazem parte do sistema imunológico são os neutrófilos,
eosinófilos, basófilos, linfócitos T, linfócitos B, células NK, macrófagos, monócitos e
mastócitos. As células do sistema imune são nossa principal linha de defesa contra
ataques de microrganismos, formando nossa memória imunológica. Que pode ser
classificada em Igg e Igm. Enquanto o Igg se refere a memória antiga, o Igm se refere
a memória atual. As células imunitárias são produzidas no interior da medula óssea.
O sistema imunológico possui vários órgãos em sua constituição, como a medula
óssea, linfonodos, timo, baço, apêndice e amígdalas.

Medula óssea: é um tecido gelatinoso encontrado no interior dos ossos longos e


esponjosos, sendo essa estrutura responsável pela produção dos componentes
figurados do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Ela pode ser classificada em
medula óssea vermelha e em medula óssea amarela. A primeira é abundante no
indivíduo recém-nascido, rica em hemácias, é responsável pela produção de células
sanguíneas, entretanto, sua quantidade reduz consideravelmente na vida adulta,
sendo substituída pela medula amarela. Já a amarela, é rica em tecido adiposo e não
produz células sanguíneas.
Linfonodos: são células que ajudam na manutenção do sistema imunológico, são
gânglios que se assemelham a pequenos nódulos, estando presentes principalmente
nas virilhas, axilas e região cervical. Estão situadas no intestino e são responsáveis
por produzir células do sistema imune e auxiliar na proteção contra microrganismos.
Os linfonodos estão ligados por um sistema de vasos linfáticos.
Timo: é uma glândula localizada na parte superior do tórax, que tem a função de
desenvolver e multiplicar os linfócitos T, células da medula óssea que ajudam a
combater microrganismos, especialmente nos primeiros anos de vida;
Baço: é o maior órgão linfático, localizado na parte superior esquerda do abdômen,
acima do estômago, sendo responsável por produzir os linfócitos, além de filtrar o
sangue, eliminando micro-organismos e células envelhecidas.

Apêndice: o apêndice contém tecido linfoide que ajuda a combater bactérias antes
de chegarem ao intestino. Além disso, acredita-se que o apêndice também
armazena bactérias benéficas, ajudando a equilibrar a flora intestinal, após uma
infecção.

Amígdalas: são aglomerados de nódulos linfáticos, localizados na boca.


Resposta imune: A resposta imune corresponde a um complexo voltado para
defender o corpo contra agentes infecciosos e, dessa maneira, mantê-lo saudável.
Essa ação é denominada de resposta imune, que está dividida em imunidade inata e
imunidade adquirida.
→ Imunidade inata: conhecida também como imunidade natural diz respeito a um
complexo de defesa que o indivíduo já possui desde o nascimento, ele é
considerado como a primeira linha de defesa do organismo e corresponde às
barreiras químicas, físicas e biológicas. A imunidade inata refere-se às
barreiras protetoras como as lágrimas, os tecidos do sistema respiratório, as
plaquetas, o suor, as salivas, os cílios, o suco gástrico, o muco e as
membranas. Elas também correspondem às células que desfazem (fagocitam,
comem) micróbios, como por exemplo: os glóbulos brancos.
→ Imunidade adquirida: corresponde a um sistema de defesa que o organismo
recebe após ter adquirido contato com um agente infeccioso, o indivíduo pode
ser infectado por um agente invasor, geralmente através de vacinas. O
conteúdo da vacina corresponde às substâncias do agente patogênico
causador de doença, ou seja, antígenos, caso o organismo seja atacado de
novo pelo mesmo microrganismo, o corpo já estará imune.
SISTEMA RESPIRATORIO
A principal função do sistema respiratório é a troca gasosa nos pulmões. A
base estrutural para a realização dessa função é a relação de organização
estabelecida entre os capilares pulmonares e os alvéolos durante a irrigação
pulmonar. O sistema respiratório humano é constituído pelas fossas nasais, faringe,
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões.
As vias do trato respiratório: elas dividem-se em porção condutora: constituída
pelas cavidades nasais (durante a respiração forçada, a cavidade oral também faz
parte dessa porção), faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos.
E porção respiratória: formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares,
sacos alveolares, alvéolos e os pulmões. Os pulmões e suas inúmeras vias aéreas
compõem o sistema respiratório. As vias aéreas entram nos pulmões e lá se ramificam
constituindo a árvore brônquica, essas ramificações atingem espaços aéreos
pequenos, chamados alvéolos, a porção condutora tem a função de acondicionar o
ar, fazendo com que ele seja aquecido, filtrado e umidificado, além disso, tem a função
de retirar do ar as partículas indesejadas. Já a porção respiratória é aquele local onde
ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue.
Movimentos respiratórios: a inspiração é o processo que permite a entrada de ar
nos pulmões, enquanto a expiração promove a retirada do ar. Os movimentos
respiratórios garantem a entrada e a saída de ar dos pulmões. Na inspiração, o ar
entra em nossos pulmões; na expiração ele é expelido, para que esses dois
movimentos ocorram, é fundamental a participação dos músculos intercostais
externos e do diafragma. Na inspiração, o diafragma (músculo encontrado logo abaixo
dos pulmões) e os músculos intercostais (músculos localizados entre as costelas)
contraem-se. O diafragma provoca o alongamento da cavidade torácica, já na
expiração, os músculos intercostais e o diafragma relaxam-se, provocando uma
redução do volume da caixa torácica e aumentando a pressão no interior dos
pulmões. O diafragma é de longe um dos principais músculos responsáveis pela
respiração, sua estrutura corresponde há uma lâmina musculotendíneo que separa
a cavidade torácica da cavidade abdominal.
Processo respiratório: O oxigênio captado se difunde nos alvéolos pulmonares,
para o sangue e é distribuído para todas as células do nosso corpo. O processo de
respiração se inicia com a entrada de ar pelas fossas nasais, ao passar por essa
região, o ar será aquecido, umedecido e filtrado, a filtração ocorre graças à presença
de pelos, que filtram os corpos mais grosseiros, e a presença de muco, que ajuda a
capturar partículas mais finas, como poeira. Após passar pelas fossas nasais, o ar
segue em direção à faringe, órgão musculomembranoso comum ao sistema
respiratório e ao sistema digestório, a comunicação entre esses dois sistemas permite
que a respiração também ocorra pela boca, porém, quando o ar entra por essa
estrutura, não é filtrado, umedecido e aquecido, como ocorre nas fossas nasais. Logo
após passar pela faringe, o ar segue em direção à laringe, órgão que promove a
comunicação entre a faringe e a traqueia, na laringe é observada a presença de peças
cartilaginosas irregulares, as quais se unem entre si, a presença dessa cartilagem é
importante para manter aberta a passagem de ar. Logo após, o ar é empurrado para
a traqueia, que possui um tecido ricamente vascularizado que permite que o ar
mantenha-se úmido e aquecido, além da presença de cílios que ajudam a deslocar o
muco juntamente às partículas até a faringe, onde ele é deglutido.
A traqueia então se bifurca em dois brônquios, que penetram nos pulmões.
Os brônquios ramificam-se em bronquíolos, os quais também se ramificam e assim
como na traqueia, o ar é aquecido, umidificado e limpo. Na extremidade dos
bronquíolos, encontram-se os alvéolos pulmonares, que são estruturas que se
assemelham a pequenos sacos ou câmaras. Essas estruturas estão bastante
próximas aos capilares, característica que permite a realização de trocas gasosas,
conhecidas como hematose.
Nos capilares, o oxigênio presente no interior dos alvéolos difunde-se para o
interior do capilar e liga-se à hemoglobina. O oxigênio é então levado pelo sangue
para todas as células do corpo para que possa ser usado no metabolismo celular. O
gás carbônico presente no sangue, por sua vez, faz o caminho inverso, passando dos
capilares para o interior dos alvéolos, de onde segue pelas vias respiratórias para fora
do corpo.
Componentes do sistema respiratório:
→ Fossas nasais: nas fossas está presente uma área olfatória, que permite
que o ar seja submetido à percepção de odores.
→ Faringe: é um tubo com cinco centímetros se estendendo
posteriormente às cavidades nasal e oral, até a laringe. Ela forma basicamente
uma passagem muscular para o ar, os alimentos e líquidos viajarem de seu nariz
e boca até os seus pulmões ou estômago.
→ Laringe: na laringe está presente a chamada epiglote, uma estrutura que
se estende da laringe na direção da faringe, quando engolimos um alimento, a
laringe se move para cima e vira a epiglote, que tampa a abertura da traqueia,
com isso, a epiglote garante que o alimento siga em direção ao sistema digestório
e não adentre no sistema respiratório. A laringe também é chamada, por alguns
autores, de caixa da voz, isso se deve ao fato de que é nessa região que
encontramos as chamadas pregas vocais, quando o ar passa por essas pregas,
promove sua vibração, a qual permite a produção de sons.
→ Traqueia: situada após a laringe, é um tubo cilíndrico que contém um
número variável de cartilagens com formato de C e que garante a passagem de
ar em direção aos pulmões, a traqueia se ramifica, na sua porção final, em dois
brônquios, que surgem da traqueia e adentram nos pulmões. Eles são chamados
de brônquios primários.
→ Brônquios: O brônquio direito caracteriza-se por ser mais curto e mais
largo que o brônquio esquerdo; também apresenta um trajeto mais vertical. No
interior dos pulmões, os brônquios se ramificam em bronquíolos.
→ Bronquíolos: Os bronquíolos são tubos finos que apresentam diâmetro
de 1 mm ou menos e que não possuem cartilagem.
→ Os alvéolos: eles constituem a maior parte do parênquima pulmonar e
dão a consistência esponjosa ao órgão. Os alvéolos lembram pequenos sacos de
ar e possuem paredes muito delgadas, que facilitam a realização de trocas
gasosas.
→ Pulmão: o sistema respiratório conta com dois pulmões, órgãos em
formato de cone que se apresentam como duas massas esponjosas, a textura
esponjosa dos pulmões é resultado da presença de milhões de alvéolos que
garantem uma maior superfície ao órgão e maior eficiência no processo de
obtenção de oxigênio. O pulmão é envolvido pela pleura, sendo dividido por
fissuras. O pulmão direito é dividido em lobos superior, médio e inferior, ele possui
apenas dois lobos, devido a sua proximidade com o coração que ocupa uma maior
porção na cavidade toráxica. E o pulmão esquerdo dividido em lobos superior e
inferior. O pulmão das crianças apresenta uma coloração rósea, diferentemente
do pulmão dos adultos, que frequentemente têm uma coloração cinza azulada,
essa mudança na coloração está relacionada com os materiais que inalamos
durante nossa vida, como poeira e fuligem.
SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por garantir o
processamento do alimento que ingerimos, promovendo a absorção dos nutrientes
nele contidos e a eliminação do material que não será utilizado pelo corpo.
Esse processamento é garantido graças à ação dos vários órgãos que
compõem o canal alimentar, bem como pela presença de glândulas acessórias, que
sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão. Os órgãos que
compõem o sistema digestório são a boca, os dentes, a faringe, o esôfago, o
estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o ânus. Já as glândulas acessórias
desse sistema são as glândulas salivares, o pâncreas, vesícula biliar e o fígado.
Esse sistema é constituído por diversos órgãos, que atuam em conjunto com
o objetivo de desempenhar as seguintes principais funções:
• Promover a digestão de proteínas, carboidratos e lipídeos dos alimentos e
bebidas consumidos;
• Absorver líquidos e micronutrientes;
• Fornecer uma barreira física e imunológica para microrganismos, corpos
estranhos e antígenos consumidos com o alimento. Dessa forma, o sistema digestório
é responsável por regular e nutrir o metabolismo e o sistema imunológico, de modo a
manter o bom funcionamento do organismo.
Órgãos do sistema digestório:
→ Boca: responsável por receber o alimento e diminuir o tamanho das partículas
através da mastigação para que possam ser digeridas e absorvidas mais
facilmente, além de misturá-lo com saliva.
→ Dentes: são essenciais no processo da digestão, sendo em número de trinta e
dois, auxiliando na mastigação possibilitando a quebra e maceração dos
alimentos em partículas menores, permitindo assim a facilidade na passagem
dos alimentos para o tubo digestivo, são contados como órgãos digestórios
acessórios.
→ Língua: formada de tecido muscular, também tem papel importante na
digestão, sua função está relacionada com a deglutição, ajudando a empurrar
os alimentos contra os dentes misturando os com a saliva, empurrando os
alimentos para a faringe. Na língua se encontram milhares de papilas
gustativas que possibilitam o paladar, sendo importante ainda no processo da
fonação.
→ Esôfago: responsável por transportar alimentos e líquidos da cavidade oral
para o estômago; O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende
entre a faringe e o estômago, medindo aproximadamente 25 cm, possui como
funções o transporte de alimentos ao estômago e produção de muco que
auxilia nesse transporte.
→ Estômago: é constituído por um tubo muscular oco e desempenha papel
fundamental na quebra, digestão e armazenamento temporário dos alimentos
ingeridos, responsável pela produção de suco gástrico e transporte dos
alimentos já processados (bolo alimentar) para o intestino delgado.
→ Intestino delgado: é responsável pela maior parte da digestão e absorção dos
alimentos e recebe as secreções do pâncreas e do fígado, que auxiliam esse
processo.
→ Intestino grosso: onde ocorre a absorção de água e eletrólitos, esse órgão
também é responsável por armazenar temporariamente produtos finais da
digestão que servem como meio para síntese bacteriana de algumas
vitaminas.
→ Reto e ânus: são responsáveis pelo controle da armazenação e eliminação das
fezes.
Enzimas do sistema digestório:
→ A amilase salivar, ou ptialina: estão presentes na boca sendo responsáveis
pela digestão inicial do amido;
→ Pepsina: principal enzima do estômago sendo responsável pela degradação
de proteínas; Lipase, presente no estômago e promove a digestão inicial de
lipídeos, essa enzima também é secretada pelo pâncreas e desempenha a
mesma função;
→ Tripsina: encontrada no intestino delgado e conduz à degradação de ácidos
graxos e glicerol.
Digestão: A digestão é o conjunto de transformações físicas e químicas sofridas
pelos alimentos para serem absorvidos pelo organismo. O tempo de digestão dos
alimentos varia de acordo com o volume total e das características do alimento
consumido, podendo durar de uma á três horas para cada refeição, quanto maior a
ingestão de proteínas, maior será o tempo da digestão.
Processo digestivo: o processo digestivo tem início na ingestão do alimento ou
bebida e fim na liberação das fezes. Na cavidade orofaríngea, os dentes trituram e
esmagam os alimentos ingeridos em partículas menores e o bolo alimentar formado
é umedecido pela saliva. Além disso, há liberação de uma enzima digestiva, a amilase
salivar ou ptialina, que inicia a digestão do amido constituinte dos carboidratos. A
digestão do amido na boca pela ação da amilase é mínima e sua atividade é inibida
no estômago devido a presença de substâncias ácidas,
O bolo alimentar atravessa a faringe e depois o esôfago, chegando ao estômago,
onde é misturado a secreções gástricas, no estômago, as secreções produzidas são
ricas em ácido clorídrico e enzimas e são misturadas ao alimento, que sofrem ação
da pepsina do ácido clorídrico. Essa enzima desempenha papel fundamental no
processo de digestão das proteínas, alterando sua forma e tamanho. Além da
produção de pepsina, há também a produção, em menor quantidade, de lipase, que
é uma enzima responsável pela degradação inicial de lipídeos. As secreções
gástricas também são importantes para aumentar a disponibilidade e absorção
intestinal de vitamina B12, cálcio, ferro e zinco.
Após processamento do alimento pelo estômago, o bolo alimentar é liberado em
pequenas quantidades no intestino delgado de acordo com as contrações do
estômago. No caso de refeições líquidas, o esvaziamento gástrico dura em torno de
1 a 2 horas, enquanto que para refeições sólidas dura cerca de 2 a 3 horas e varia de
acordo com o volume total e das características do alimento ingerido. Já no intestino
delgado, a absorção dos alimentos e nutrientes e é dividido em três porções:
duodeno, jejuno e íleo. Na parte inicial do intestino delgado, ocorre a digestão e
absorção da maior parte dos alimentos ingeridos devido ao estímulo da produção de
enzimas pelo próprio intestino delgado, pâncreas e vesícula biliar. A bile é secretada
pelo fígado e armazenada na vesícula biliar e facilita a digestão e a absorção de
lipídeos, colesterol e vitaminas lipossolúveis.
O pâncreas é responsável por secretar enzimas que são capazes de digerir todos os
principais nutrientes e gorduras ingeridas nos alimentos. As enzimas produzidas pelo
intestino delgado reduzem o tamanho dos carboidratos, A maior parte da digestão é
completada no duodeno e na parte superior do jejuno, e a absorção da maioria dos
nutrientes está quase toda completa no momento em que o material chega ao meio
do jejuno. A entrada de alimentos parcialmente digeridos estimula a liberação de
vários hormônios e, consequentemente, de enzimas e líquidos que interferem na
motilidade gastrointestinal e na saciedade. Ao longo do intestino delgado quase todos
os macronutrientes, vitaminas, minerais, oligoelementos e líquidos são absorvidos
antes de chegar ao cólon. O cólon e o reto absorvem a maior parte do fluido restante
vindo do intestino delgado, o cólon absorve eletrólitos e uma pequena quantidade de
nutrientes restantes.
O conteúdo intestinal demora de 3 a 8 horas para chegar até a válvula ileocecal, que
serve para limitar a quantidade de material intestinal que passa do intestino delgado
para o cólon e impede seu retorno. Os movimentos peristálticos ocorrem como
consequência da contração dos músculos lisos que constituem os órgãos do tubo
digestório. Esses movimentos, chamados normalmente apenas de peristaltismo, são
essenciais para o processo digestivo, uma vez que garantem a movimentação dos
alimentos ao longo do sistema digestório. O intestino humano em toda a sua extensão
pode ter entre sete e nove metros de cumprimento. Se divide em duas porções
principais, intestino delgado que detém a porção maior e intestino grosso que detém
a menor porção do intestino.
Glândulas anexas do sistema digestório: as glândulas anexas são componentes
que auxiliam de maneira fundamental no processo da digestão, cada uma com um
papel importante e diferenciado, são elas: Glândulas salivares, pâncreas, fígado e
vesícula biliar.
→ As glândulas salivares: são glândulas que produzem saliva com função
digestiva, lubrificante e protetora, existem três pares de glândulas salivares,
parótidas, submandibular e sublingual, a produção de saliva, ajuda na
umidificação e deslizamento dos alimentos pelo tubo digestiva, a saliva
também possui a função de manter a hidratação da mucosa oral e atua ainda
como uma barreira de proteção, impedindo a entrada de agentes patogênicos
através da boca
→ Pâncreas: o pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de
extensão fazendo parte do sistema digestivo e endócrino, se localiza atrás do
estômago e entre o duodeno e o baço. Ele é tanto exócrino quanto endócrino.
Divide-se em cabeça, corpo e cauda. O pâncreas é um órgão produtor de
enzimas, proteínas que aumentam a rapidez das transformações químicas.
Sua principal função no sistema da digestão é a produção de amilase e a
lipase, essas enzimas possuem papel fundamental na digestão, a amilase atua
na digestão dos carboidratos, enquanto a lipase atua na quebra das gorduras.
→ Vesícula biliar: é um órgão em forma de saco, parecido com uma pera,
localizada abaixo do lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile,
líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino. A
bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol,
água, sais biliares e bilirrubina. O colesterol é o responsável pela formação da
maioria dos cálculos (pedras na vesícula), que podem impedir o fluxo da bile
para o intestino e causar uma inflamação (colicistite).
→ Fígado: é a maior glândula do corpo humano, localiza-se na região abdominal,
do lado direito, abaixo do diafragma. Possui formato que lembra um trapézio,
com os ângulos arredondados. O seu peso é de aproximadamente 1500gr e
possui coloração marrom-avermelhada. Sua estrutura anexa ao sistema
digestório, é formada por milhões de células que se agrupam em placas e são
chamadas de hepatócitos. Ele possui uma excelente capacidade de
regeneração, se retirarmos metade do fígado, em poucos meses, ele voltará
ao tamanho normal. Assim como os nutrientes, qualquer outra substância
ingerida também passará pelo fígado antes de chegar ao resto do organismo,
incluindo remédios, drogas, toxinas e álcool.
Fígado e o álcool: Um processo de desintoxicação realizado pelo fígado é a
metabolização de bebidas alcoólicas. O álcool é uma substância extremamente toxica
para o nosso organismo, no entanto o fígado tem a capacidade de transformá-lo em
ácido acético, um metabólito muito menos tóxico e facilmente eliminado pelos rins
através da urina.
Funções do fígado: O fígado exerce inúmeras funções no organismo humano. Entre
as funções do fígado, destacam-se:
• O Armazenamento e liberação de glicose;
• Produção e secreção de bile que fica armazenada na vesícula., a bile é enviada
para o intestino, onde auxilia na dissolução e aproveitamento das gorduras;
• Metabolismo dos lipídeos
• Conversão de amônia em ureia;
• Síntese da maioria das proteínas do plasma
• Destruição de hemácias desgastadas;
• Armazenamento de vitaminas e minerais;
• Filtragem de impurezas.
• Produzir a Albumina, uma proteína do plasma do sangue, responsável
principalmente por manter constante os níveis de líquido nos vasos
sanguíneos.
SISTEMA ENDOCRINO
Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos
hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-
alvo sobre os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino
coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células
nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.
Glândulas: são divididas em 3 tipos, glândulas exócrinas (lançam o produto de
secreção no meio externo), Glândulas endócrinas (lançam o produto de secreção em
vasos sanguíneos, estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide
e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais) e as glândulas
anficrinas ou mistas (associa os dois tipos de secreção anterior).
Glândulas do sistema endócrino:
→ Tireoide: A tireoide está localizada na parte posterior do pescoço, possui
formato de borboleta e pesa aproximadamente 25 gramas. produz a tiroxina,
t3 e t4, hormônios que controlam a velocidade do metabolismo celular, na
manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide provoca o surgimento
da exoftalmia (olhos saltados). Já o hipotireoidismo diz respeito ao mal
funcionamento da tireoide, onde a glândula trabalha menos e produz menos
hormônios.

→ Hipófise: está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro, possui


o tamanho aproximado de uma ervilha. Produz diversos hormônios, entre
eles, o hormônio do crescimento. É considerada a glândula mestre do nosso
corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e
as glândulas sexuais, sua ação se estende muito além de seu ponto de
origem, atuando nas mais diversas áreas do corpo.
→ Paratireoides: as paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas
atrás da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a
quantidade de cálcio e fósforo no sangue. A diminuição desse hormônio reduz
a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam
violentamente. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere
parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-
os quebradiços.
→ Suprarrenais: As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem
a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da
adrenalina no organismo são:
Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e
braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações
tensas. O aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue,
liberando mais energia para as células; Contração dos vasos sanguíneos da
pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos
esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de
medo”.
→ Pâncreas: é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o
glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino
delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na
liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. A
falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada
pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). O glucagon funciona de
maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se
alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode apresentar
hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos
casos, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no
fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim,
a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.
→ Glândulas sexuais: são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema
reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente. Os
ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela
hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona,
os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona,
responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias
masculinas: barba e voz grave.

Hormônios do sistema endócrino:


→ Adrenocorticotrófico (ACTH): atua sobre as suprarrenais no controle do
equilíbrio hídrico do corpo;
→ Tireotrófico (TSH): atua sobre a glândula tireoide, aumentando a taxa do
metabolismo;
→ Folículo estimulante (FSH): no homem, contribui para a formação de
espermatozoides, na presença de testosterona. Na mulher, estimula os folículos
ovarianos;
→ Luteinizante (LH): atua sobre as gônadas, estimulando seu
desenvolvimento. Estimula a produção de hormônios sexuais masculinos,
principalmente a testosterona;
→ Hormônio do crescimento (GSH): estimula o crescimento do corpo
humano. O excesso durante a puberdade determinada o gigantismo e seu déficit
provocam o nanismo. Nos adultos, o excesso desse hormônio pode causar
crescimento anormal em algumas regiões do corpo, como a mandíbula, as mãos
e os pés, anomalia denominada acromegalia;
→ Prolactina: estimula a secreção de leite nas mulheres.

SISTEMA EXCRETOR URINARIO


O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção,
armazenação e eliminação da urina, possui a função de retirar, filtrar e eliminar as
"impurezas" do sangue que circulam no organismo. Ele é composto por dois rins e
pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.
Rins: são os órgãos do sistema urinário responsáveis pela formação da urina.
Apresentam um formato que lembram um grão de feijão, e possuem um tamanho
compreendido entre 10 e 13 cm de comprimento e pesam de 120 g a 180 gramas,
são considerados órgãos retro peritoniais, a irrigação sanguínea renal acontece
através das artérias renais e o retorno do sangue ao coração se dá pelas veias
renais. Os rins são responsáveis pela formação da urina, sendo formada no interior
dos órgãos durante o processo de filtração do sangue, em uma região conhecida
como néfrons. Os rins filtram nosso sangue cerca de 12 vezes ao dia, passado por
eles cerca de 180 litros de sangue em 24 horas.
Néfrons: túbulos epiteliais com um glomérulo de capilares invaginado nas suas
extremidades cegas – são as unidades estruturais e funcionais dos rins. A função dos
néfrons no corpo humano é realizar a filtragem das substâncias que deverão ser
expelidas do organismo e as que serão reaproveitadas. Para isso, filtra-os do plasma
sanguíneo, cada rim humano possui em média de 800 a 1,2000.000 néfrons.
Bexiga: órgão muscular oco, localizado na cavidade pélvica, que tem como função
o armazenamento da urina produzida pelos rins. Sua capacidade de armazenamento
varia de acordo com cada indivíduo, possuindo a capacidade variante entre 600 e 850
ml.
Ureteres; são dois tubos de tecido musculoso que se ligam das extremidades dos
rins e descem até se ligarem na bexiga urinaria. Sua função é transportar a urina do
interior dos rins para a bexiga, por seu trajeto os ureteres se dividem em duas partes;
abdominal e pélvica. O processo de descida da urina dos rins até a bexiga se dá pelo
peristaltismo que ocorre no interior dos mesmos.
Urina: é composta de aproximadamente 95% de água. As principais excretas da urina
humana são: a ureia, o cloreto de sódio e o ácido úrico.

SITEMA REPRODUTOR
Os sistemas reprodutor e genital englobam os órgãos que produzem,
transportam e armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar
origem aos gametas. são os gametas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo.
Para que isso aconteça, inúmeras substâncias agem dentro do organismo tanto do
homem quanto da mulher, tais como fluidos, hormônios, feromônios.
Gametas: são produzidos nas chamadas gônadas, sendo os testículos as
gônadas masculinas e os ovários as gônadas femininas. Os testículos produzem os
espermatozoides, enquanto os ovários produzem os ovócitos secundários, chamados
popularmente de óvulos, o sistema reprodutor feminino também atua como local de
fecundação e geração do feto,
Órgãos do sistema reprodutor: podemos citar o pênis, a vulva, o útero, a
uretra, as gônadas produtoras dos gametas (testículos e ovários), além dos demais
órgãos internos.
Sistema reprodutor feminino: é formado por órgãos internos e externos.
Entre os internos, estão os ovários (dois), a tuba uterina, o útero e a vagina. Na parte
externa estão os lábios maiores, menores e o clitóris, que formam a chamada vulva.
As mulheres ficam em fase fértil por meio da ovulação, que geralmente acontece no
décimo quarto dia antes da menstruação — Em ciclos de mais ou menos 28 dias.
→ Ovários: as mulheres contam com dois ovários, que são as gônadas femininas,
onde são produzidos os ovócitos e hormônios como estrogênio e progesterona,
no nascimento a mulher já se encontra com o número exato de óvulos que
amadurecerão ao longo da vida.
→ Tuba uterina: são os dois tubos que ligam os ovários ao útero.
→ Útero: é onde o embrião se desenvolve. O útero é um órgão muscular muito
parecido com uma pera invertida, exclusivo para acomodar o embrião e liberar
a menstruação.
→ Vagina: é o local de introdução do pênis durante o ato sexual, além de ser o
canal por onde ocorre a passagem do feto durante o parto vaginal. Vulva: conta
com os lábios menores, que protegem a entrada da vagina, e os maiores, que
fazem uma circunferência pelo clitóris — que fica acima dos lábios menores.
→ Clitóris: é o órgão feminino que tem um dos pontos mais sensíveis do corpo da
mulher e está sintonizado com o prazer.
Menstruação: ela acontece quando o útero se prepara para receber o ovulo
fecundado, aumentando sua camada interna o endométrio, depositando inúmeras
camadas, que se destinam a receber e nutrir um novo ser, porém quando não existe
a fecundação, as camadas vão descamando, provocando o típico sangramento
menstrual, que pode durar de três até sete dias.
Sistema reprodutor masculino: é o responsável por produzir os gametas
conhecidos como espermatozoides. Em uma relação sexual, são liberados cerca de
150 a 300 milhões de espermatozoides em uma média de 1,5ml a 5ml de sêmen. O
sistema genital masculino conta com órgãos sexuais internos e externos, e glândulas
que auxiliam tanto no sistema reprodutor quanto na parte excretora.

Os órgãos internos são:


→ Testículo: gônada masculina onde ocorre o armazenamento dos
espermatozoides — que se desenvolvem em túbulos enrolados. Sendo em
número de dois. Nos testículos também se produz a testosterona, hormônio
responsável pelas características masculinas.
→ Epidídimo: fica acima dos testículos onde os espermatozoides fazem a
maturação (ficam armazenados), conquistando mobilidade para a fecundação.
→ Ducto ou canal deferente: trata-se de um vaso que transporta os
espermatozoides até um complexo de glândulas, formando ductos
ejaculatórios.
→ Uretra: é um canal que percorre o pênis para auxiliar no sistema excretor e
reprodutor. Por ela, saem o sêmen e a urina.
→ Vesículas seminais: são responsáveis pela formação de 60% do sêmen.
Caracterizada por uma secreção com presença de frutose, o que garante
energia aos espermatozoides.
→ Próstata: produz uma secreção para alimentar os espermatozoides, composta
de enzimas coagulantes e citrato.
→ Glândulas bulbouretrais: produzem secreção para limpar a uretra antes da
ejaculação.
Os órgãos externos são:
→ Pênis: é o órgão sexual masculino, que em fase erétil, se enche de sangue por
meio da excitação, formado pelo corpo peniano e a glande.
→ Saco escrotal: trata-se do local onde ficam os dois testículos. Geralmente, em
seu interior, é mantida uma temperatura de 2°C abaixo da temperatura do
organismo como um todo. O odor característico do esperma se caracteriza
devido as secreções que o compõem, na sua maioria é composto de enzimas,
minerais e proteínas, o que caracteriza seu ph alcalino superior a 7, por isso
seu odor as vezes é comparado ao de água sanitária ou ao cloro, que também
são substancias alcalinas.

SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente.
Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as
condições internas ao próprio corpo, e elaborar respostas que adaptem o ser humano
a essas condições. Todo sistema nervoso funciona devido a sua unidade funcional, o
neurônio. O neurônio é uma célula altamente especializada em receber e transmitir
estímulos, que se traduzem numa alteração elétrica que percorre sua membrana – o
impulso nervoso
Neurônio: Os neurônios são células que possuem uma constituição especial, onde
se reconhecem três partes fundamentais
1. Corpo celular – onde se localiza o núcleo e as organelas, além da maior parte
do citoplasma.
2. Dendritos – prolongamentos curtos e numerosos que rodeiam o centro celular.
Geralmente são ramificados, com aspecto de árvore, cuja função é captar os
estímulos do meio ambiente ou de outras células e conduzi-los em direção ao
corpo celular.
3. Axônio – é um prolongamento maior, único por célula, cuja função é transmitir
o impulso nervoso para o neurônio vizinho. A porção final do axônio apresenta
ramificações que ficam próximas dos dendritos da célula seguinte, formando
uma região denominada sinapse. É nessa região que ocorre a transmissão da
informação desde os axônios para os músculos, para os corpos celulares ou
para os dendritos de outros neurônios ou, ainda, para células glandulares.
Sinapse: A observação detalhada da sinapse, ao microscópio eletrônico, revela um
espaço entre os neurônios, a fenda sináptica, onde ocorre liberação de substâncias
especiais, os neurotransmissores, responsáveis pela passagem do impulso nervoso
de um neurônio para outro. Esses neurotransmissores são liberados para a fenda
sináptica quando o impulso nervoso atinge a porção final do axônio, ativando
receptores localizados nos dendritos da célula seguinte, desencadeado a condução
do impulso. Dessa forma, a sinapse atua como uma válvula fisiológica, pois só permite
a transmissão do impulso nervoso numa única direção: dendritos → corpo celular →
axônio. Os principais neurotransmissores são a acetilcolina, a adrenalina, a
noradrenalina, a dopamina e a serotonina.
Velocidade de propagação do impulso nervoso: a velocidade é garantida pela
presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. Essa bainha é formada
por camadas concêntricas de membrana plasmática de células da glia, principalmente
células de Schwann. Entre as células da glia que formam a bainha de mielina, existem
espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta. Nas
fibras mielinizadas, o impulso tem maior velocidade de propagação porque pula
diretamente de um nódulo para outro, ao invés de seguir continuamente ao longo da
membrana do neurônio.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Formado pelo encéfalo (cérebro, cerebelo, hipotálamo, ponte e bulbo) e pela medula
raquidiana ou espinhal. É também chamado de sistema nervoso da vida de relação,
pois é ele quem controla as funções de relação (órgãos dos sentidos, movimento e
fonação). Todo o sistema nervoso central está envolvido pelas meninges. São três
membranas que possuem função de nutrição, além de proteger o sistema contra
agentes infecciosos. A meninge mais externa, em contato com as paredes ósseas, é
a dura-máter; a intermediária é muito fina e recebe o nome de aracnoide. A mais
interna, relaciona-se com os órgãos do sistema nervoso levando até eles nutrientes.
É a pia-máter. Entre ela e a aracnoide existe um espaço preenchido pelo líquor,
importante pra o metabolismo do sistema nervoso central e o protege contra
traumatismos.
Cérebro: é a sede da inteligência e da memória, sendo o centro onde se encontra a
consciência e o controle da linguagem, além de exercer controle motor. Observando-
se o cérebro, notamos uma camada mais externa, de coloração cinza, formada pelos
corpos celulares dos neurônios, por fibras amielínicas e células da glia. Na região
interna, a coloração é branca, devido à presença de fibras mielínicas e células da
neuroglia.
Cerebelo: é a parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio e postura
corporal, controle do tónus muscular e dos movimentos voluntários, bem como pela
aprendizagem motora.
Hipotálamo: é o centro de controle da temperatura corporal, do apetite e da
osmorregulação, controla as respostas emocionais e sexuais. Nessa região são
produzidos e secretados alguns hormônios e é onde ocorre a ligação anatômica e
funcional entre o cérebro e a hipófise. O hipotálamo faz parte do sistema límbico,
responsável por uma série de emoções e das sensações de prazer.
Ponte e Bulbo: são as partes que fazem a ligação do encéfalo com a medula
espinhal. No bulbo estão localizados os centros de controle cardiorrespiratório e dos
reflexos de salivação, deglutição, vômito, espirro e tosse.
Medula espinhal: é uma estrutura formada por corpos de neurônios e
prolongamentos de neurônios que têm seus corpos em locais distantes. Assim, a
medula é um importante eixo de comunicação do tronco e dos membros com os
centros nervosos superiores. Além de conduzir impulsos provenientes do encéfalo ou
que para ele se dirigem a medula também funciona como um centro de coordenação
autônoma, controlando ações reflexas que independem da nossa vontade e de nossa
consciência.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)


Formado por gânglios e nervos cranianos e raquidianos, eles são os responsáveis
por interligar o SNC as partes do corpo. O SPN é dividido em Sistema Nervoso
Somático e Sistema Nervoso Autônomo.
Nervos cranianos: em número de 12 pares, partem de vários locais do encéfalo;
inervam a região da cabeça e do pescoço e também, por meio do nervo vago, os
pulmões, coração, esôfago, estômago e intestinos. Esses nervos podem ser apenas
sensoriais, apenas efetores ou mistos.
Nervos raquidianos: são em número de 31 pares, partindo da medula. Apresentam
uma raiz dorsal sensitiva e uma raiz ventral motora, que se unem num tronco único,
onde os feixes sensitivos e motores correm lado a lado; desta forma, todos os nervos
raquidianos são mistos.
Divisão do Sistema Nervoso Periférico:
→ Sistema Nervoso Somático (SNS):
Regula as ações que estão sob o controle da nossa vontade, ou seja, ações
voluntárias. Atua sob a musculatura esquelética de contração voluntária.
→ Sistema Nervoso Autônomo (SNA):
Formado pelo conjunto de nervos simpático e parassimpático. Do ponto de vista
funcional, o sistema nervoso periférico é divido em duas partes: o sistema nervoso
somático que inclui fibras sensoriais e motoras que controlam os músculos
esqueléticos e sobre as quais temos controle voluntário e o sistema nervoso
autônomo, que funcionam, pelo menos em parte, independentemente da nossa
vontade. Essas fibras controlam os órgãos viscerais e a secreção da maioria das
glândulas. Ele também regula o ritmo dos batimentos cardíacos e dos movimentos
respiratórios. Os nervos do simpático e do parassimpático trabalham em
antagonismo, pois onde um estimula o funcionamento do órgão, o outro inibe ou faz
voltar o ritmo normal. Esse efeito está relacionado com o neurotransmissor liberado
pelas terminações dos axônios. O ramo simpático libera noradrenalina e, portanto,
seu efeito é geralmente excitatório, enquanto o parassimpático libera acetilcolina,
tendo um efeito geralmente inibitório.
• Ato Reflexo: O ato reflexo é a reação involuntária rápida, consciente ou não,
que visa uma proteção ou adaptação do organismo sendo originado de um
estímulo externo antes mesmo do cérebro tomar conhecimento do estímulo
periférico, consequentemente, antes deste comandar uma resposta. Os atos
reflexos são comandados pela substância cinzenta da medula espinhal e do
bulbo. Ocorrendo um estímulo, a fibra sensitiva de um nervo raquidiano (nervo
aferente ou sensitivo) transmite-o até a medula espinhal passando pela raiz
posterior. Na medula ou no encéfalo, neurônios associativos (centro nervoso
ou coordenador) transformam o estímulo em uma ordem de ação. Essa ordem
sairá da medula pela raiz anterior e será enviada através da fibra motora (ou
eferente) ao órgão (glândula ou músculo) que realizará uma resposta ao
estímulo inicial. Esse movimento forma um arco, que é chamado de arco
reflexo. Quando há uma lesão grave no encéfalo ou na medula, o indivíduo fica
incapaz de ter atos reflexos. É por isso que, quando há uma suspeita de grave
lesão neurológica, se faz-se o exame de reflexo pupilar.
• Os atos voluntários: são comandados pela substância cinzenta do cérebro.
Partindo do cérebro, a ordem motora atinge a substância branca da medula,
passa para os nervos raquidianos, que atinge o órgão, determinando sua
reação. Enquanto o ato reflexo é comandado pela substância cinzenta da
medula e são realizados antes que o cérebro tome conhecimentos deles.

SISTEMA SENSORIAL
BIOLOGIA
O sistema sensorial é composto pelos sentidos: visão, audição, olfato, paladar,
tato com seus respectivos órgãos: olhos, ouvidos, nariz, língua e pele.
Visão: Os órgãos da visão são os olhos, os globos oculares que são protegidos
pelos cílios e pálpebras, situados nas cavidades orbitárias. Cada um dos globos
oculares consta de três membranas, são elas: esclerótica, coroide e retina. A
esclerótica, de natureza fibrosa, é a protetora do globo ocular, sendo vulgarmente
chamada de branco do olho. O globo ocular é composto pela córnea, esclera,
conjuntiva, íris (parte escura dos olhos) responsável pela cor dos olhos, corpo ciliar,
cristalino e humor vítreo e a pupila, (abertura central da íris) a pupila é tratada como
um orifício vazado, sendo responsável pela entrada e saída de luz dos olhos. O globo
ocular se comporta como uma pequena máquina fotográfica, a luz refletida pelos
objetos atravessa a córnea, a pupila, o cristalino, e chega na retina, nesse momento
células especificas, codificam a imagem e o nervo óptico, envia os estímulos ao
cérebro que recebe a imagem de cabeça para baixo, nessa fase o cérebro reconhece
a imagem, e a devolve aos olhos na sua curvatura codificada.
Audição: O órgão da audição é o ouvido, formado externamente pela orelha
ou ouvido externo (órgão de recepção), pelo ouvido médio (órgão de transmissão) e
pelo ouvido interno (órgão de percepção das vibrações sonoras). Os ouvidos médio
e interno acham-se localizados no rochedo do osso temporal. O ouvido externo é
formado pelo pavilhão da orelha e pelo conduto auditivo externo: Após a captura dos
sons o ouvido médio transmite as ondas sonoras para o tímpano, membrana que
separa o ouvido externo do ouvido médio. Do interior da caixa do tímpano, entre o
tímpano e a janela oval, encontra-se uma cadeia de três ossinhos: o martelo, a
bigorna e o estribo, os quais se articulam entre si. No ouvido interno, o labirinto, parte
essencial do aparelho auditivo é o responsável por manter o nosso equilíbrio. As
vibrações transmitidas ao líquido do ouvido interno vão impressionar as células
nervosas, os ruídos são reconhecidos pelos vestíbulos e os canais semicirculares. O
som, sensação harmoniosa, é percebido pelo órgão que o transmite ao cérebro.
Paladar: O órgão principal do paladar ou gosto, é a língua (mais
particularmente, a mucosa que a recobre), através das papilas gustativas. Além das
papilas, encontram-se abaixo da membrana mucosa da língua várias glândulas, a
cada lado do sulco perto da língua há uma glândula de 20mm de comprimento e 5 a
8 mm da língua. As substâncias saborizadas chamadas de sípidas, e as que não
produzem impressões gustativas chamam-se insípidas. As diversas sensações
gustativas resultam da associação de quatro sabores fundamentais: sabor doce,
percebido pela ponta da língua, sabor salgado, percebido pela região mediana da
língua, sabor amargo, percebido pela base da língua e sabor ácido, percebido pelos
cantos da língua.
Olfato: O sentido do olfato radica numa porção da membrana mucosa, que
reveste o interior das fossas nasais, que se comunicam atrás com a boca posterior e
a faringe, na frente com o ar pelas narinas, esta cobre as fossas nasais em toda a
sua extensão: tem cor rosada consistência e espessura variáveis. Em sua superfície
observam-se numerosos orifícios, que são as aberturas de outras tantas glândulas
que segregam o muco. O órgão do olfato reage a estímulos de origem química. As
partículas odoríferas, emitidas pelos corpos produzem, em contato com as células
olfativas, uma transformação química que se transmite ao cérebro e ali se manifesta
como cheiro.
Tato: é um dos cincos sentidos, pelo qual nos pomos em contato com o ambiente
e apreciamos o estado físico dos corpos se sólidos, líquidos ou gasosos, percebemos
o polido ou a aspereza das superfícies, as formas e as dimensões dos objetos, as
variantes de temperatura. O tato, é o maior e mais perceptível sensor da pele, porem
no revestimento cutâneo se reúnem, quatro sentidos diferentes, ainda que algumas
vezes atuem associados. Estamos falando de sensações como da pressão, do frio,
do calor e da dor. As chamadas sensações táteis, são quase sempre compostas,
entrando, na sua constituição dois elementos: pressão e temperatura. Se, ao tatear
efetuarmos movimentos, ou fazermos esforço, outro elemento não cutâneo, se
associa: o sentido muscular. Quando, finalmente, a pressão se torna demasiado
violenta, ou as variações de temperatura são excessivas, aparece a sensação de dor,
que domina as outras. As quatro modalidades sensoriais não se acham distribuídas
na pele de maneira uniforme e contínua. Cada uma apresenta pontos precisos e
limitados. Por meio de excitações, obtidas como se fossem agulhas muito finas, ou
pelos curtos e rígidos, fazendo conexão com pontos correspondentes e específicos,
que nos revelam a verdadeira textura de tudo que está a nossa volta. O tato está
intimamente inserido em uma complexa rede de sentidos. Inervados que recebem
estímulos sensoriais

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