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PRODUÇÃO DE FAVA (Phaseolus lunatus L.

) SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA

DEMICHAELMAX SALES DE MELO

GARANHUS
PERNAMBUCO – BRASIL
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO AGRÍCOLA

PRODUÇÃO DE FAVA (Phaseolus lunatus L.) SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA

DEMICHAELMAX SALES DE MELO

SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR


Dr.º Mácio Farias de Moura

Dissertação apresentada à Universidade Federal


Rural de Pernambuco, como parte das exigências
do Programa de Pós Graduação em Produção
Agrícola, para obtenção do título de Mestre.

GARANHUNS,
PERNAMBUCO - BRASIL
2019
Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial UFRPE/UAG

PRODUÇÃO DE FAVA (Phaseolus lunatus L.) SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA


DEMICHAELMAX SALES DE MELO

Data da defesa: xx/02/2020

COMISSÃO EXAMINADORA

MEMBROS TITULARES

_________________________________

Prof. Dr. Mácio Farias de Moura


Universidade Federal Rural de Pernambuco
(Orientador)

_________________________________

Prof. Dr. Jeandson Silva Viana


Universidade Federal Rural de Pernambuco
(Examinador)

_________________________________
XXXXXXXXXXXXX
XXXXXXX
(Examinadorx)
“Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os
seus planos serão bem-sucedidos”

Provérbios 16:3
Dedico esta dissertação aos meus pais
(Daniel Francisco de Melo Filho e Maria do
Amparo Sales de Santana Melo ),
A minha esposa (Camilla Gabriela Carneiro
da Silva Melo),
Pelo incentivo e apoio nessa jornada.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus meu Senhor, pela saúde, bênçãos recebidas e pela força
que possibilitou chegar até o presente momento.
Agradeço a minha família pelo apoio e torcida, por ter dado condições e minha
manutenção, sobre tudo o amor.
A meu orientador Prof. Dr. Mácio Farias de Moura, a quem devo sem medidas. Por sua
paciência, um verdadeiro mestre e amigo que me deu incentivo e contribuiu de forma
expressiva para elaboração deste estudo.
Aos meus amigos de trabalho, J. Marcelino, J. Daniel, J. Kennedy, Fabiano, Elisiane
Martins, Claudia, Alysson e todos aqueles que me ajudaram.
Agradeço também meus colegas da Turma de Pós-graduação 2018.1 que tornaram os
momentos da vida acadêmica prazerosos.
Ao Programa de Pós-Graduação em Produção Agrícola (PGPA) da Unidade Acadêmica de
Garanhuns pelo apoio estrutural e educacional.
Ao laboratório de nutrição animal (LANA), especificamente aos estudantes Kleyton,
Jéssica e Jordânia, ao Professor André Magalhães, pela disponibilidade de espaço e
materiais para análises.
A CAPES (coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior) pela bolsa de
estudo concedida.
E a todos que de alguma forma tenha contribuído para realização desse trabalho.
BIOGRAFIA

DEMICHAELMAX SALES DE MELO (MELO, D.S), filho de Daniel Francisco de Melo


Filho e Maria do Amparo Sales de Santana Melo, nascido em Recife, Estado de
Pernambuco, em 01 de outubro de 1993.
Em 2013 iniciou o curso de Agronomia no Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia de Pernambuco, Campus Vitória de Santo Antão. Em Setembro de 2018 obteve o
título de Eng. agrônomo. Neste mesmo ano iniciou o curso de Mestrado em Produção
Agrícola na Universidade Federal Rural de Pernambuco, concentrando seus estudos na linha
de pesquisa sistemas agrícolas, com o projeto: Produção de fava (phaseolus lunatus l.) sob
adubação orgânica, e submetendo-se a defesa de dissertação em Fevereiro de 2020.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO

ABSTRACT
SUMÁRIO

Introdução...................................................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO
O feijão Lima, também conhecido como fava (Phaseolus lunatus L.) pertence à
família das Fabaceas e tem origem nos Andes da América do Sul (MOTTA-ALDANA et
al. 2013). É uma leguminosa fonte de proteína vegetal própria para alimentação humana e
animal, podendo ser usada como adubo verde e tem como característica a germinação do
tipo epígea, bractéolas pequenas pontiagudas, vagem oblonga e comprimida com número
de semente variando entre duas a quatro (PEGADO, 2008; SANTOS et al. 2002).
É uma cultura que se destaca no Nordeste brasileiro, por ser de alta rusticidade,
produzir com baixa precipitação pluviométrica e colheita em período seco (AZEVEDO et
al., 2003). É mais cultivada pela agricultura familiar, que geralmente aplica pouca
tecnologia para produzir resultando nos baixos índices de produtividade (OLIVEIRA et al.
2014).
Segundo dados do IBGE de 2017, foram produzidas no Brasil 21.004 toneladas de
grãos de fava numa área de 108.419 hectares, tendo como rendimento médio de 193,72
quilogramas por hectare. Sendo os estados da região Nordeste os maiores responsáveis por
essa produção (IBGE, 2017).
Esses dados corroboram com o fato da fava ser produzida em região semiárida com
pouco investimento no manejo da cultura, e limitado estudo em tecnologias capazes de
melhorar sua produção. Dentre estes fatores, o manejo cultural é aquele de mais fácil
manipulação visando aumentar o volume de produção, e está ligado ao uso correto do solo
e aplicação de adubos.
Para a cultura da fava (Phaseolus lunatus) recomenda-se uma adubação similar ao
feijão-vagem, tendo as quantidades recomendadas e frequência de aplicação dos nutrientes,
variando conforme os resultados de análise química e granulométrica do solo , sendo
indicada uma adubação de cobertura de 90 a 120 kg ha-1 de N; 20 a 40 kg ha -1 de P2O5 e 30 a 60 kg
ha-1 de K2O, parcelando estas quantidades aos 20, 35 e 50 dias após a emergência das plantas para
incremento da produtividade (TRANI et al., 2015).
De acordo com Vale et al. (2017), além da calagem é necessário que haja a
correção da fertilidade do solo para o desenvolvimento completo da cultura,
especificamente os teores dos macronutrientes, nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K),
podendo realizar de diversas maneiras, no entanto a forma mais comum é a utilização de
fertilizantes minerais fontes de N, P e K antes do plantio e adubação de cobertura.
Portanto, existe uma grande preocupação em utilizar fertilizantes minerais,
sobretudo o cloreto de potássio (KCl) e nitrato de amônia (NH 4NO3), devido à elevada
solubilidade, podendo ser facilmente lixiviado para as camadas mais internas do solo,
ocasionando problemas ao ambiente como: a eutrofização, contaminação de águas
subterrâneas e lençóis freáticos, além do aumento da salinidade (MIRA et al., 2017).
A aplicação de N através de fertilizantes minerais é a principal e dominante forma
de disponibiliza-lo nos sistemas de produção agrícola em todo o mundo (ABBASI &
TAHIR, 2012). No entanto, o nitrogênio de fontes minerais é altamente solúvel,
prontamente liberado ao solo, e por isso tende a maior lixiviação.
Visando diminuir o impacto dos adubos minerais no ambiente, surgem os orgânicos
de fácil aquisição e benefício já assegurado em pesquisa, tanto para física, química e
biologia do solo. Dentre estes, destacam-se o composto orgânico e o resíduo de laticínios.
De tal modo, torna-se necessário desenvolvimento de pesquisas com intuito de
desenvolver sistemas de manejo de solo alternativos, que consigam proporcionar altos
rendimentos de maneira sustentável (FERREIRA et al., 2010). Uma alternativa que vem
sendo usada desde a antiguidade para a fertilização dos solos é a utilização dos compostos
orgânicos derivados de estercos e resíduos vegetais (KHIEL, 1998).
O composto oriundo da fermentação de esterco bovino é rico em nutrientes
minerais e bastante usado na produção vegetal (FÉLIX, 2014). Entretanto, conforme Silva
et al. (2018) os percentuais de minerais oscilam por depender de fatores como umidade,
densidade e temperatura dos resíduos usados, contribuindo para o aumento ou diminuição
da atividade microbiana.
De acordo com Trani et al. (2015) a forma adequada para aplicar o composto
orgânico é, incorporando ao solo por volta dos trinta dias antes do plantio. Sendo
recomendado para a cultura da fava, cerca de dez a vinte toneladas por hectare do
composto. No entanto o cálculo da quantidade do fertilizante orgânico a ser aplicado, deve
ser levado em consideração a sua concentração em nitrogênio e o aspecto econômico.
Sendo o resíduo de laticínios um lodo, biossólido rico em matéria orgânica e
nutrientes indispensáveis para o crescimento de plantas, torna-se uma opção sustentável
como fertilizante e condicionador do solo indispensável para a agricultura. Esse residuo
produzido nas estações de tratamento de esgotos (ETE´s) de indústrias de laticínios, gerado
através dos processos de beneficiamento do leite e limpeza das instalações, apresenta
quantidades consideráveis de fósforo e potássio, os teores desses nutrientes podem variar
em função do processamento dos produtos lácteos (MELO et al., 2011).
Conforme Santos et al. (2013), o resíduo de laticínios contribui para o aumento da
proteína bruta, fósforo e do potássio na planta de capim Mombaça e seu efeito no solo foi
observado com o aumento dos teores de fósforo, potássio, cálcio, sódio e matéria orgânica,
alterando positivamente sua fertilidade e conclui que a aplicação do resíduo pode substituir
parcialmente a adubação mineral fosfatada e completamente a potássica.
Entretanto, considerando que o lodo de esgoto constitui fonte de matéria orgânica e
de nutrientes para as plantas, aplicação no solo pode trazer benefícios à agricultura assim
sendo uma boa alternativa para a adubação (BRASIL, 2006), Apesar disso o lodo de esgoto
deve apresentar concentrações de agentes patogênicos e de metais pesados abaixo dos
limites estabelecidos pela Resolução Conama no 375/2006 (SOUZA et al.,2009).
Na atualidade há um aumento da demanda de formas de manejo sustentável da
fertilização dos solos (YANG et al., 2015). E é com essa perspectiva que o presente estudo
apresenta como alternativa o uso de fertilizantes orgânicos como fonte de nitrogênio com
intuito de mitigar o efeito prejudicial ao ambiente causado pelo uso indevido de
fertilizantes minerais e servir como solução para a produção agrícola.
Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o rendimento de
duas variedades de fava em função da aplicação de composto orgânico e resíduo lácteo em
comparação ao adubo mineral.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Atributos da fava

Sendo uma das principais culturas crioula produzida e consumida no mundo a fava
é caracterizada por sua rusticidade e elevada diversidade genética, além de apresentar
ampla variabilidade dos grãos com realce para o tamanho, peso e cor. No Brasil ainda não
existem variedades de fava registradas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (MAPA), sendo exclusivamente cultivadas sementes de variedades crioulas
de fava. (SILVA et al., 2019).
O cultivo da fava geralmente é feito em regime de sequeiro pela agricultura
familiar, conduzido no sistema de consórcio, se tornando uma cultura essencial para a
região Nordeste do Brasil devido a sua adaptação, pois é considerada uma cultura de
subsistência de grande importância para a segurança alimentar (JESUS et al., 2018).
Adubação orgânica
Com o aumento demográfico, o consumo cresceu concomitantemente, gerando uma
demanda para a evolução do sistema industrial, e que tem gerado resíduos sólidos em
grande quantidade e que podem causar danos ambientais, se não forem devidamente
tratados ou destinados.
Adubação mineral

Comumente utilizada para correção da fertilidade dos solos teve sua origem nos
meados do século XIX, quando o químico alemão Justus von Liebig publica a teoria da
nutrição mineral de plantas. Pesquisas atuais têm evidenciado o êxito de aplicação da
adubação mineral, corrobora Santos et al. (2015) com a adubação NPK no gênero
Phaseolus têm proporcionado o aumento dos índices de produtividade.
Em experimento com feijão, comparando o tratamento mineral (NPK) com a
testemunha absoluta, foi possível notar um incremento de 63% na produtividade de grãos
verdes, resultado obtido em virtude da adubação mineral visto que a aplicação de
nutrientes minerais ao solo é fator decisivo para garantia da alta produtividade (SILVA et
al., 2014).
Segundo Silva et al. (2015), a adubação mineral é eficiente apesar de que em alguns
casos como em leguminosas existam desvantagens como a inibição da fixação biológica de
nitrogênio, e insuficiência ou o desequilíbrio entre estes nutrientes minerais, podem causar
deficiência de absorção de alguns e excessiva de outros, além do aumento do custo de
produção e danos ambientais devido ao manejo inadequado desses fertilizantes.

3. MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da área experimental


O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental pertencente à Universidade
Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns (UFRPE/UAG),
localizada na latitude 08°58’28” S e longitude de 36°27’11” O, altitude de 736 m (Figura
1). A região apresenta predominância de um clima mesotérmico tropical de altitude (Cs’a),
segundo a classificação de Köppen-Geiger (CPRM, 2007; MELO e ALMEIDA, 2013). O
clima da região é tropical chuvoso com verão seco (BORGES JÚNIOR et al., 2012), a
precipitação pluviométrica fica compreendida entre 500 e 1.100 mm e o solo apresenta
característica física FRANCO ARENOSO e classificação ARGISSOLO AMARELO.
Apresenta temperatura média anual de 20°C, podendo atingir temperaturas ao redor de
30°C nos dias mais quentes e 15°C nas noites mais frias (ANDRADE et al., 2008).
Figura 1. Área do experimento e disposição dos blocos na área experimental. Fonte:
Google Maps, 2019.

A instalação do experimento foi conduzida em uma área de 510 m 2, dividida em 3


blocos subdividido em 10 parcelas medindo 15 m2 cada, antes da aplicação dos tratamentos
foi realizada a coleta de solo em cada parcela onde se aplicaria os tratamentos, as amostras
foram retiradas por meio de amostragem em zigue-zague na camada de 0-20 cm, obtendo-
se amostras simples que foram misturadas para formação da composta, e posteriormente
fora enviada ao Laboratório Terra: análises para agropecuária Ltda, para realização das
análises químicas do solo que estão apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1. Análise química do solo

Parcelas P pH Ca Mg H+Al K Al CTC V M.O


mg/dm3 (CaCl) --------------------cmol /dm³--------------- -----%----
1 2,0 5,0 1,3 0,3 2,1 0,184 0,0 3,88 46 1,2
2 1,0 5,4 2,9 1,4 1,8 0,184 0,0 6,28 71 1,2
3 1,0 5,3 2,2 1,1 1,7 0,154 0,0 5,15 66 1,6
4 1,0 5,5 2,7 1,0 1,8 0,133 0,0 5,63 68 1,2
5 1,0 5,4 2,5 1,1 1,7 0,205 0,0 5,50 69 1,2
6 2,0 5,3 2,0 0,4 1,6 0,205 0,0 4,20 62 1,2
7 1,0 5,0 1,9 0,7 2,0 0,174 0,0 4,77 58 1,2
8 2,0 5,5 2,9 0,8 1,6 0,194 0,0 5,49 71 1,2
9 2,0 5,1 1,6 0,4 1,7 0,246 0,0 3,95 58 1,2
10 2,0 5,7 2,9 0,7 1,1 0,184 0,0 4,88 77 1,6
M.O- matéria orgânica. Fonte: Laboratório Terra análises para agropecuária Ltda., Goiânia-GO.

A partir dos valores da análise de solo, foi observada a baixa fertilidade e


necessidade de correção da acidez do solo, sendo esses fatores limitantes para produção
agrícola. Desse modo, foi realizada uma correção com cinza de bagaço de cana de açúcar
trinta dias antes da execução do experimento objetivando a correção de pH e deficiência de
fósforo. O cálculo para correção teve como base o teor de fósforo na cinza (Tabela 2) e a
necessidade da cultura, sendo aplicado aproximadamente 1,33 kg m-2, seguindo a
recomendação para a cultura do feijão de arranca irrigado segundo manual de
recomendação de adubação do Estado de Pernambuco (IPA, 2008).
Tabela2. Análise química da cinza do bagaço de cana

pH Mat. Org. N P K Ca
------------------------------------------------------------------------
%----------------------------------------------
10,4 8,7 0,1 1,12 3,96 10,70
Mg S Cu Fe Mn Zn
----------------- -----------------------------------------mg/
%--------------------- Kg--------------------------------------------
2,00 1,28 261 241000 1200 239
Fonte: Laboratório Terra análises para agropecuária Ltda., Goiânia-GO.

Caracterização dos Tratamentos


Os tratamentos foram compostos por duas variedades de fava adubadas com
fertilizantes orgânicos (resíduo lácteo e composto orgânico), mais quatro testemunhas
adicionais, sendo duas mineral e duas absolutas, caracterizadas pelo não recebimento de
adubação orgânica ou mineral. Na Tabela 3, encontra-se a descrição dos tratamentos a
serem empregados no experimento.
Tabela 3. Descrição dos tratamentos
Variedade Adubação orgânica
Branquinha Resíduo Lácteo (RL)
Branquinha Composto Orgânico (CO)
Branquinha RL + CO
Roxinha Resíduo Lácteo (RL)
Roxinha Composto Orgânico (CO)
Roxinha RL + CO
Testemunhas Adicionais
Branquinha Sem adubação
Branquinha Adubada com NPK
Roxinha Sem adubação
Roxinha Adubada com NPK

O resíduo de laticínio foi coletado na fase solida junto a DPA-Nestlé unidade de


Garanhuns-PE, sua composição química está apresentada abaixo (Tabela 4), Sendo
aplicado aproximadamente 1,8 kg m-2 equivalente a necessidade de nitrogênio (N) pela
cultura. Para aplicação dos tratamentos com resíduo de laticínios, foram dimensionados de
acordo com a taxa de aplicação subsuperficial definida pela resolução 375/2006 – Conama,
calculado pela expressão: Fórmula para cálculo do Ndisp (mg/kg) para aplicação
subsuperficial.Taxa de aplicação (t ha-1) = N recomendado (kg ha-1) / Ndisp (kg t-1);

Ndisp = (FM/100) x (NKj-NNH3) + (NNO3 + NNO2)

Fração de mineralização do nitrogênio (FM) (%);


Nitrogênio Kjeldahl (nitrogênio Kjeldahl = nitrogênio orgânico total + nitrogênio
amoniacal (NKj) (mg/kg);
Nitrogênio amoniacal (NNH3)(mg/kg);
Nitrogênio Nitrato e Nitrito (NNO3 + NNO2) (mg/kg).

Tabela 4. Análise química do resíduo lácteo

pH (suspensão a N P2O5 K 2O Ca+2 Mg+2 S


5%)
---------------------------------------- % ----------------------------------------------
8,53 <0,1 <0,1 <0,5 2,12 <0,5 <0,5
U% Cu+2 Fe +2 Mn +2 Zn +2 Na C.O.T S.T
--------------------------------------------------------- % --------------------------------------
96,8 <0,005 0,009 0,01 <0,05 1,86 1,39 < 0,5
C.O.T: carbono orgânico total; S.T: sólidos totais; U%: umidade. Fonte: DPA-Nestlé unidade de Garanhuns-
PE

A adubação com composto orgânico foi realizada utilizando 0,30 Kg/m 2, visando
suprir a necessidade nutricional de N pela cultura seguindo o manual de recomendação de
adubação do Estado de Pernambuco (IPA, 2008). O composto foi feito em camadas,
começando com uma camada de 30 cm, constituída de material orgânico seco, em seguida
foi acrescentado uma de esterco bovino numa altura aproximada de 5 cm e. Até que a pilha
alcançou uma altura de 1,0 m por 2 m de largura. Após confeccionada, a pilha foi
revolvida a cada 15 dias, mudando o material que estava nos lados para o centro da pilha.
Sempre que a pilha foi revolvida, foi verificada sua umidade.
A temperatura da pilha foi medida introduzindo um bastão de ferro no centro da
pilha e deixando-o por alguns minutos. De acordo com seu grau de aquecimento, foi feita
ou não irrigação. O processo foi concluído em 90 dias. A caracterização química do
composto foi determinada no departamento de laboratório Campo Análises (Tabela 5)

Tabela 5. Análise química do composto orgânico.

K2O Mat. P2O5 total N Ca Mg S Cu Fe Mn Zn C.Or


Org. g
-----------------------------------%-------------------------- ----------mg/kg-------- %
0,9 19,6 0,45 1,3 0,84 0,31 0,10 33 7420 135 91 11.4
M.O: matéria orgânica; C.O.O: carbono orgânico oxidável; C/N: relação carbono/nitrogênio. Fonte:
Laboratório Campo Análises, Paracatu-MG.

Um tratamento intermediário também foi aplicado utilizando a metade da dose de


cada adubação orgânica, com intuito de testar a eficácia da complementação entre as
adubações orgânicas.
Nas parcelas denominadas testemunhas adicionais, caracterizadas pelo recebimento
da adubação mineral foram aplicadas o equivalente a 40 kg ha-1 de N (ureia), 80 kg ha-1 de
P2O5 (superfosfato simples) e 80 kg ha -1 de k2O (cloreto de potássio) por ocasião do
plantio, conforme manual de recomendação de adubação para o Estado de Pernambuco
(IPA, 2008).

Delineamento experimental
O experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso em esquema
fatorial [(2x3)+4], sendo duas variedades de fava, três formas de adubação orgânica mais
quatro testemunhas adicionais, em três repetições.

Dados climáticos
Os dados climáticos de precipitação e temperatura mínima, máxima e média,
referentes ao período que foi realizado o estudo no ano de 2019, podem ser visualizados
nas Figuras 1 e 2, respectivamente.

40
35
30
25
Precipitação (mm)
20
15
10
5
0
1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 19 19 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9
n- n- b- b- b- r- r- r- r- r- r- r- r- y- y- y- y- n- n- n- n-
J- a -Ja -Fe -Fe -Fe -Ma -Ma -Ma -Ma -Ap -Ap -Ap -Ap Ma Ma Ma Ma -Ju -Ju -Ju -Ju
2 1 2 9 6 1 4 2 2 2 1 0 18 26 3 1 1 1 9 27 5- 1 3 - 2 1 - 29 - 6 1 4 22 3 0
Figura 1- Precipitação durante o período de realização do estudo. Fonte: Estação
meteorológica da estação experimental – UFRPE/UAG. Garanhuns-PE, 2019.

40

35

30
Temperatura (C°)
25
T. Max
20 T. Min
T. Méd
15

10
1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 19 19 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9
an- an- eb- eb- ar- ar- ar- pr- pr- pr- ay- ay- ay- ay- un- un- un-
-J -J -F -F M M M -A -A -A M M M M -J -J -J
21 3 1 10 2 0 2 - 12 - 22 - 1 11 2 1 1 - 1 1 - 21 - 31 - 1 0 2 0 3 0

Figura 2- Temperatura durante o período de realização do estudo. Fonte: Estação


meteorológica da estação experimental – UFRPE/UAG. Garanhuns-PE, 2019.

Condução do experimento e Tratos culturais


As parcelas foram dimensionadas em uma área de 15 m², correspondendo a 5 m de
largura por 3 m de comprimento. Foram plantadas duas variedades de fava (Phaseolus
lunatus L.) denominadas como fava branquinha e roxinha, as quais apresentam porte semi-
prostado e crescimento indeterminado. O semeio foi realizado em covas com espaçamento
1,0 x 0,5 m e densidade de 6 plantas por metro quadrado resultando, proporcionalmente,
em 60 mil plantas/ha-1. Foi considerada área útil às quatro linhas centrais, desconsiderando
a primeira planta de cada extremidade das linhas, e para avaliação das características
agronômicas foram coletadas 10 plantas aleatória na área útil. Durante o semeio, foi
utilizado o dobro da quantidade de sementes necessárias para estabelecimento da
densidade adequada, após 15 dias após a emergência (DAE), foi realizado o desbaste
manual deixando seis plantas por metro linear e aos 60 DAE feito o tutoramento (Figura
2A e 2B).
Foi feita irrigação das plantas quando não houve precipitação natural aplicando
aproximadamente 3 mm ao dia, pelo método de aplicação localizada no sistema por
gotejamento. Para controlar o desenvolvimento de plantas espontâneas foram realizadas
capinas manual quando a densidade de plantas espontâneas era alta.
A partir dos 35 DAE, foi constatado a presença de formigas, percevejos, vaquinhas
(Diabrotica speciosa), minadora (Lirimyza buidobrensis) e pulgão preto (Aphis craccivora
Koch). Além da doença conhecida como virose ou mosaico dourado, causada por membros
do gênero Begomovirus, principalmente o Bean golden mosaic virus, caracterizando-se por
um intenso mosaico amarelo (BGMV), transmitido por insetos sugadores como o pulgão e
a mosca branca (Figura 3A e 3B).

Figura 2. Manejo de desbaste e controle de espontâneas (A); Tutoramento (B). Fonte:


Demichaelmax. Garanhuns 2019.

A B
Figura 3. Pragas e danos causados (A); Planta acometida por mosaico amarelo (BGMV)
(B). Fonte: Demichaelmax. Garanhuns 2019.

Variáveis analisadas
 Taxa de enchimento dos grãos: obtida através da razão entre o rendimento de grãos e
o período de enchimento de grãos em dias na fase reprodutiva, (FLOSS, 2004);
 Taxa de crescimento da cultura: obtida através da razão entre a massa seca a área e o
tempo calculada pela fórmula: TCC=(MS2 – MS1)/(T2 – T1), (FLOSS, 2004);
 Índice de Colheita: obtido através da razão entre o rendimento de grãos e o
rendimento biológico calculado pela fórmula IC=R.G/R.Bx100, (FLOSS, 2004);
 Nitrogênio Total: foi pesado 0,5 g de amostra previamente desidratada, e introduzida
no tubo de digestão. O tubo de digestão foi colocado no aparelho de Kjeldahl, o qual
efetua a destilação e a titulação automaticamente. O teor de N total foi calculado pela
formula N-NH4 g kg-1= (Vb-Va) x 1,4 segundo o método Kjeldahl, (SILVA, 2009).
 Biomassa seca: determinada em dez plantas da área útil após serem postas para secar
em estufa de circulação de ar a 65ºC até atingir peso constante, utilizando-se balança
analítica. Os resultados foram expressos em quilogramas por hectare (g kg-1);
 Comprimento médio de vagens: Foi realizada a medição do comprimento de todas as
vagens com régua graduada em centímetro de 10 plantas obtidas da área útil das
parcelas. Os resultados foram expressos em centímetros;
 Largura média de vagens: Foi realizada a medição da largura de todas as vagens com
régua graduada em centímetro de 10 plantas obtidas da área útil das parcelas. Os
resultados foram expressos em centímetros;
 Número de vagens por planta: Razão obtida entre a contagem de todas as vagens de
10 plantas obtidas da área útil e o número de plantas;
 Número de grãos por vagem: Razão obtida entre a contagem de todos os grãos de
feijão-caupi de 10 plantas obtidas da área útil e o número de vagens
 Peso de 100 grãos: obtido pela pesagem de 100 grãos em balança analítica. O
resultado foi expresso em gramas (g).
 Produtividade: Após a debulha manual das vagens, os grãos foram pesados e em
seguida foi calculada a produtividade, sendo os dados transformados para kg por
hectare, a 13% de umidade (BRASIL 2009).
 Análise química do solo: Laboratório Terra: análises para agropecuária Ltda.

Analise estatística
Os dados serão submetidos à análise de variância e as médias de tratamentos
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05). Também será
empregado o teste de Dunnett para as comparações envolvendo as testemunhas
adicionais e os demais tratamentos. Os softwares empregados para a análise estatística
foi o SAEG 9.1 e SAS 9.0.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nas tabelas 6,7 e 8 encontram-se os resultados das variáveis: nitrogênio total da


parte aérea da planta, número de vagens, comprimento de vagens, largura de vagens,
número de grãos e peso de 100 grãos de duas variedades de fava cultivadas em função das
fontes de adubação orgânica.

Tabela 6. Nitrogênio Total da parte aérea da planta (NIT) e Número de vagens (NV) de
duas variedades de fava em função de adubação orgânica.

Adubação NIT g kg-1 NV


Variedades
Branquinha Roxinha Branquinha Roxinha
RL 20,04 Aa 15,19 Aa 47,57 Aa 13,40 Ab
CO 17,34 Aa 15,26 Aa 15,33 Ba 4,67 Aa
RL+CO 19,88 Aa 17,62 Aa 22,60 ABa 3,50 Aa
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Os valores encontrados para variável NIT para os tratamentos e ambas as


variedades de fava não apresentaram diferença significativa (p>0,05), apesar disso foram
similares aos resultados encontrados por Antunes et al. (2011), no tratamento onde não foi
aplicado isolados de rizóbios, onde compara isolados de rizóbios em fava.
Para a variável NV a variedade Branquinha adubada com o resíduo de laticínio
obteve os melhores resultados diferindo estatisticamente dos demais tratamentos,
evidentemente a variedade Branquinha possui atributos genéticos superiores no quesito
produtivo em relação à variedade Roxinha. Diferença de características que são comuns
dentro da espécie (JESUS et al., 2018).

Tabela 7. Comprimento de vagens (COMPV) e largura de vagens (LV) de duas variedades


de fava em função de adubação orgânica.
Adubação COMPV (cm) LV (cm)
Variedades
Branquinha Roxinha Branquinha Roxinha
RL 7,53 Aa 6,80 Ab 1,83 Aa 1,67 Aa
CO 7,33 Aa 6,90 Ab 1,70 ABa 1,50 Aa
RL+CO 7,40 Aa 6,97 Ab 1,57 Ba 1,70 Aa
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Nas variáveis COMPV e LV tiveram como média geral 7,42 (Branquinha) e 6,86
(Roxinha) para COMPVe 1,67 (Branquinha), 1,62 (Roxinha) para LV respectivamente.
Silva et al. (2019) encontraram médias similares 7,57cm para comprimento de vagens e
largura de vagem 1,81cm para a variedade rosinha.

Tabela 8. Número de Grãos (NG) e peso de 100 grãos (P100G) de duas variedades de fava
em função de adubação orgânica.
Adubação NG P100G
Variedades
Branquinha Roxinha Branquinha Roxinha
RL 134,77 Aa 40,97 Ab 36,96 Aa 30,29 Ab
CO 41,60 Ba 12,23 Aa 39,63 Aa 28,33 Ab
RL+CO 61,57 ABa 10,80 Aa 36,02 Aa 29,87 Ab
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Estão expostos nas tabelas 9, 10 e 11 os valores da taxa de crescimento da cultura


(TCC), massa seca (MS), taxa de enchimento dos grãos (TEG), índice de colheita (IC) e a
produtividade (PRODT) de duas variedades de fava cultivadas em função das fontes de
adubação orgânica. Sendo o resíduo de laticínios o fertilizante que no geral mais contribuiu
para o desenvolvimento da cultura, tendo os valores de produtividade mais altos se
diferenciando estatisticamente dos demais, a variedade branquinha apresentou maiores
valores se destacado em relação à roxinha e em grande parte dos resultados mostrando
estatisticamente diferença significativa.
Tabela 9. Taxa de Crescimento da cultura e Massa Seca

Adubação TCC (g m-2 área do solo dia-1) MS (t ha-1)


Variedades
Branquinha Roxinha Branquinha Roxinha
RL 0,0287 Aa 0,0364 Aa 2,61 Aa 3,32 Aa
CO 0,0336 Aa 0,0358 Aa 3,05 Aa 3,26 Aa
RL+CO 0,0241 Aa 0,0357 Aa 2,20 Aa 3,25 Aa
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Tabela 10. Taxa de Enchimento dos Grãos e Índice de Colheita

Adubação TEG (g.m-2.dia-1) IC (%)


Variedades
Branquinha Roxinha Branquinha Roxinha
RL 39,58 Aa 8,89 Ab 25,998 Aa 6,708 Ab
CO 12,62 Ba 2,49 Aa 7,949 Ba 1,808 Aa
RL+CO 18,96 ABa 2,49 Aa 16,804 ABa 2,198 Ab
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Tabela 11. Produtividade (PRODT)

Adubação PRODT (kg ha-1)


Variedades
Branquinha Roxinha
RL 1068,67 Aa 240,00 Ab
CO 340,67 Ba 67,33 Aa
RL+CO 512,00 ABa 67,33 Aa
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Nas tabelas 12 e 13 estão apresentados os valores de médias comparadas com a


testemunha absoluta (TA) pelo teste de Dunnett (p ≤ 0,05) das variáveis: Nitrogenio total
da parte aérea, número de vagens por planta, número de grãos por planta, peso de 100
grãos, massa seca, comprimento de vagens, largura de vagens, taxa de enchimento de
grãos, índice de colheita, taxa de crescimento da cultura e produtividade de duas
variedades de fava cultivadas em função das fontes de adubação orgânica.

Tabela 12. Nitrogênio Total da parte aérea (NIT), Número de Vagens por Planta (NVP),
Número de Grãos por Planta (NGP), Peso de 100 Grãos (P100G), Massa Seca (MS) e
Comprimento de Vagens (COMPV)

TRAT NIT NVP NGP P100G MS COMPV


TA 19,39 16,60 47,43 29,81 3,12 6,80
RL 15,19 ns 13,40 ns 40,97 ns 30,29 ns 3,32 ns 6,80 ns
CO 15,26 ns 4,67 ns 12,23 ns 28,33 ns 3,26 ns 6,90 ns
RL+CO 17,62 ns 3,50 ns 10,80 ns 29,87 ns 3,25 ns 6,97 ns
*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

Tabela 13. Largura de vagens (LV), Taxa de Enchimento de Grãos (TEG), Índice de
Colheita (IC), Taxa de Crescimento da Cultura (TCC) e Produtividade (PRODT)

TRAT LV TEG IC TCC PRODT


TA 1,60 10,96 9,01 0,034 296
RL 1,67 ns 8,89 ns 6,71 ns 0,036 ns 240,00 ns
CO 1,50 ns 2,49 ns 1,81 ns 0,036 ns 67,33 ns
RL+C
1,70 ns 2,49 ns 2,19 ns 0,036 ns 67,33 ns
O
*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

Estão apresentados nas tabelas 14 e 15 os valores das médias comparadas com a


testemunha adicional denominada NPK, pelo teste de Dunnett (p ≤ 0,05) das variáveis:
Nitrogenio total da parte aérea (NIT), número de vagens por planta (NVP), número de
grãos por planta (NGP), peso de 100 grãos (P100G), massa seca (MS), comprimento de
vagens (COMPV), largura de vagens (LV), taxa de enchimento de grãos (TEG), índice de
colheita (IC), taxa de crescimento da cultura (TCC) e produtividade (PRODT) de duas
variedades de fava cultivadas em função das fontes de adubação orgânica.

Tabela 14. Nitrogênio Total da parte aérea (NIT), Número de Vagens por Planta (NVP),
Número de Grãos por Planta (NGP), Peso de 100 Grãos (P100G), Massa Seca (MS) e
Comprimento de Vagens (COMPV)
TRAT NIT NVP NGP P100G MS COMPV
NPK 16,89 16,13 50,63 27,26 3,68 6,70
RL 15,19 ns 13,40 ns 40,97 ns 30,29 ns 3,32 ns 6,80 ns
CO 15,26 ns 4,67 ns 12,23 ns 28,33 ns 3,26 ns 6,90 ns
RL+CO 17,62 ns 3,50 ns 10,80 ns 29,87 ns 3,25 ns 6,97 ns

*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

Tabela 15. Largura de vagens (LV), Taxa de Enchimento de Grãos (TEG), Índice de
Colheita (IC), Taxa de Crescimento da Cultura (TCC) e Produtividade (PRODT)

TRAT LV TEG IC TCC PRODT


NPK 1,53 10,64 7,79 0,040 287,33
RL 1,67 ns 8,89 ns 6,71 ns 0,036 ns 240,00 ns
CO 1,50 ns 2,49 ns 1,81 ns 0,036 ns 67,33 ns
RL+CO 1,70 ns 2,49 ns 2,19 ns 0,036 ns 67,33 ns
*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA=
Testemunha absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo +
Composto orgânico.
Os resultados da análise de solo de cada parcela após o estudo comparado pelo teste
de Tukey estão apresentados nas tabelas 16 e 17, esses resultados também foram
comparados para cada testemunha pelo teste de Dunnett, exibidos nas tabelas 18, 19, 20 e
21. As variáveis são: Fósforo (P), Potencial de hidrogênio (pH), Saturação de bases (V),
Matéria Orgânica (M.O), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Potássio (K) e Capacidade de troca
catiônica (CTC) de duas variedades de fava cultivadas em função das fontes de adubação
orgânica.

Tabela 16. Valores no solo de Fósforo (P), Potencial de hidrogênio (pH), Saturação de
bases (V) e Matéria Orgânica (M.O)
TRAT P pH V M.O
mg/dm3 (CaCl) -----%----

Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh


a a a a a a a a
RL 33,67 Aa 51,33 5,90 Aa 5,97 Aa 81,67 A 82,00 12,00 Aa 12,00
Aa Aa Aa
CO 105,67 Aa 34,33 6,10 Aa 5,77 Ab 80,33 Aa 85,67 12,00 Aa 13,33
Aa Aa Aa
RLCO 68,33 Aa 36,00 6,17 Aa 5,93 Aa 80,00 Aa 85,67 12,00 Aa 12,00
Aa Aa Aa
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Tabela 17. Valores no solo de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Potássio (K) e Capacidade de
troca catiônica (CTC)
TRAT Ca Mg K CTC
-----------cmol /dm³--------
Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh
a a a a a a a a
RL 3,30 Aa 2,93 Aa 0,90 Aa 0,87 Aa 0,55 Aa 0,56 Aa 5,82 Aa 5,32 Aa
CO 3,13 Aa 3,87 Aa 0,93 Aa 1,00 Aa 0,56 Aa 0,56 Aa 5,73 Aa 6,33 Aa
RLCO 3,20 Aa 4,23 Aa 0,83 Aa 0,93 Aa 0,46 Bb 0,54 Aa 5,53 Aa 6,61 Aa
*Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, maiúscula na coluna e minúscula na
linha, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RL=Resíduo Lácteo, CO = Composto Orgânico, RL+CO= Resíduo Lácteo+ Composto Orgânico.

Tabela 18. Valores no solo de Fósforo (P), Potencial de hidrogênio (pH), Saturação de
bases (V) e Matéria Orgânica (M.O)
TRA P pH V M.O
T mg/dm3 (CaCl)
-----%----
Branquinh Roxinha Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh
a a a a a a a
TA 72,67 65,33 6,03 6,07 81,67 82,00 13,33 12,00
RL 33,67 ns
51,33 ns 5,90 ns 5,97 ns 81,67 ns 82,00 ns 12,00 ns 12,00 ns

CO 105,67 ns 34,33 ns 6,10 ns 5,77 ns 80,33 ns 85,67 ns 12,00 ns 13,33 ns


RLCO 68,33 ns 36,00 ns 6,17 ns 5,93 ns 80,00 ns 85,67 ns 12,00 ns 12,00 ns

*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

Tabela 19. Valores no solo de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Potássio (K) e Capacidade de
troca catiônica (CTC)
TRAT Ca Mg K CTC
-----------cmol /dm³--------
Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh
a a a a a a a a
TA 3,57 3,50 1,00 1,17 0,57 0,57 6,23 6,27
RL 3,30 ns 2,93 ns 0,90 ns 0,87 ns 0,55 ns 0,56 ns 5,82 ns 5,32 ns
CO 3,13 ns 3,87 ns 0,93 ns 1,00 ns 0,56 ns 0,56 ns 5,73 ns 6,33 ns
RLCO 3,20 ns 4,23 ns 0,83 ns 0,93 ns 0,46* 0,54 ns 5,53 ns 6,61 ns
*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

Tabela 20. Valores no solo de Fósforo (P), Potencial de hidrogênio (pH), Saturação de
bases (V) e Matéria Orgânica (M.O)
TRA P pH V M.O
T mg/dm3 (CaCl)
-----%----

Branquinh Roxinha Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh


a a a a a a a
NPK 47,33 73,00 6,13 6,17 87,67 81,67 12,00 13,33
RL 33,67 ns 51,33 ns 5,90 ns 5,97 ns 81,67 ns 82,00 ns 12,00 ns 12,00 ns
CO 105,67 ns 34,33 ns 6,10* 5,77 ns 80,33 ns 85,67 ns 12,00 ns 13,33 ns

RLCO 68,33 ns 36,00 ns 6,17 ns 5,93 ns 80,00 ns 85,67 ns 12,00 ns 12,00 ns

*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

Tabela 21. Valores no solo de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Potássio (K) e Capacidade de
troca catiônica (CTC)
TRAT Ca Mg K CTC
-----------cmol /dm³--------
Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh Branquinh Roxinh
a a a a a a a a
NPK 4,03 2,90 2,80 0,77 0,56 0,52 6,69 5,32
RL 3,30 ns
2,93 ns
0,90 ns
0,87 ns
0,55 ns
0,56 ns
5, 82 ns 5,32 ns
CO 3,13 ns
3,87 ns
0,93 ns
1,00 ns
0,56 ns
0,56 ns
5,73 ns
6,33 ns

RLCO 3,20 ns
4,23 ns
0,83 ns
0,93 ns
0,46 ns
0,54 ns
5,53 ns
6,61 ns

*, ns= significativo e não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett. TA= Testemunha
absoluta, RL=Resíduo lácteo, CO= Composto orgânico, RL+CO= Resíduo lácteo + Composto orgânico.

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