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Doença Óssea Metastatica
Doença Óssea Metastatica
Texto de apoio.
Deve estimular a presença nas aulas, para visualização de
casos clínicos e de iconografia referente ás patologias
descritas.
José Casanova
Dados Demográficos
Etiopatogenia
• Invasão venosa ou linfática de células do tumor primitivo
• Circulação de êmbolos e células tumorais
• Retenção de êmbolos tumorais circulatórios em plexos capilares
medulares
• Extravasação de células tumorais
• Multiplicação de células tumorais com crescimento de estroma
vascularizado formando um tumor ósseo secundário
Mecanismos da metastização
• Neovascularização
• Capacidade invasão membrana basal e penetração endotélio vascular
• Capacidade de resistência ao fluxo sanguíneo e ao sistema imune
• Propriedades intrínsecas das células tumorais
• Predisposição anatómica do hospedeiro, que permite a deposição de
células tumorais em localizações ósseas específicas
• As propriedades imunológicas do hospedeiro quer sistémicas quer locais,
e a sua resposta à migração celular do tumor primitivo.
Disseminação linfática e/ou sanguínea podem estar presentes isolada ou
conjuntamente.
Tumores de determinadas localizações primárias têm predileção por
determinadas localizações ósseas, devido as vias de disseminação
hematogénicas.
O sistema venoso avalvular de Batson, localizado em torno da coluna, permite
que as células tumorais atinjam os corpos vertebrais, , a pélvis, as costelas, o
craneo e as zonas proximais das extremidades dos membros (Exemplo próstata).
A destruição óssea pode ser provocada:
1. diretamente pelas células tumorais (TNF; TGFs; PTHrP);
2. pelo aumento da atividade osteoclástica (ativação do RANKL) e aceleração do
catabolismo ósseo .
A ativação de metástases formadoras de osso:
1. A osteoprotegerina, (OPG), é um receptor isco, que se liga ao RANKL e inibe
um aumento dos osteoclastos.
LOCALIZAÇÃO
• Qualquer osso pode ser atingido
• Maior envolvimento do esqueleto axial que do apendicular
• Alguns com localização preferencial (Prostata-coluna e bacia)
• Ossos longos predomínio metafisário
• Locais mais comuns: 1. Coluna (40%) 2. Costelas 3. Bacia 4. Crâneo, 5.
Fémur proximal; 6. Úmero proximal
• Metastização para mãos e pés é rara – Acrometástases – (pulmão; útero
(pés)
CLINICA
A base para o diagnóstico alicerça-se numa HISTÓRIA CLINICA rigorosa e feita
por sistemas
1. História de cancro (pessoal ou familiar) 2. Perda de peso 3. Fadiga 4. Perda de
apetite 5. Mal estar geral 6. Sangramento gastrointestinal 7. Hematúria 8.
Dificuldade respiratória 9. Dor e sua tipologia (75%).
O EXAME FISICO, deve focar-se nos Big 5 – Mama; pulmão; próstata; tiroide e
rim. Avaliar os nódulos linfáticos.
ESTUDOS LABORATORIAIS
Bioquímica completa incluindo estudos electrolitos – Ca; Fosfatase alcalina;
Hemograma com leucograma; PSA, CEA; α Feto; Ca19.9; Ca125;
imunoelectroforese das proteínas séricas e urinárias
IMAGIOLOGIA
RX local ósseo em 2planos
Ecografia mamária; vaginal e transrectal; tiroideia
TAC Toraco Abdomino Pélvico
Cintigrama ósseo
TRATAMENTO
1. Terapia da dor
• Radioterapia – diminuição efectiva da dor em 53% casos.
• Escalonamento progressivo dos regimes terapêuticos.
• Agentes não narcóticos; adjuvantes (corticóides, bifosfonados,
neuropáticos, antidepressivos e ansioliticos); opióides; bloqueios
nervosos.
2. Tratamentos médicos
• Tratamentos dirigidos ao tumor primitivo
• Avaliação da resposta terapêutica – marcadores
• Tratamento da doença tromboembólica e sua profilaxia
• Avaliação de riscos cardiovasculares
• Avaliação Hipercalcemia Maligna (10 a 15%)
Sintomas precoces: Poliúria/polidipsia; Anorexia; Fraqueza e
Fatigabilidade fácil.
Sintomas tardios: Irritabilidade; Depressão; Coma; Fraqueza profunda;
Náuseas/Vómitos; Prurido; Alterações visuais.
Tratamento requer: Hidratação; infusão de bifosfonados.
• A administração de bifosfonados diminui o risco de fraturas patológicas
(aumenta o espaço temporal para o surgimento de Skeletal Related
Events).
• Sobrevivência média em doentes com metástases:
o Carcinoma da tiróide – 48 meses
o Carcinoma da próstata – 40 meses
o Carcinoma da mama – 24 meses
o Carcinoma renal, carcinoma pulmonar e melanoma – 6 meses ou menos.
3. Tratamento Ortopédico
O ortopedista é chamado a colaborar no tratamento de fraturas patológicas e no
de fraturas iminentes.
3.1- FRATURAS PATOLÓGICAS
• Na indicação da terapêutica o tipo de dor e o seu local de origem, são
factores importantes.
• O método de fixação deve permitir mobilização imediata, e não depender
do processo reparatório da fractura para obter estabilidade.
• Em doentes com lesões secundárias na coluna com deficites neurológicos,
a cirurgia deve descomprimir a medula.
• Metástases de surgimento precoce na evolução da doença – pior
prognóstico
• Doentes com metástases únicas e tardias, melhor prognóstico, pelo que
são candidatos ideais para reconstruções duradouras e megapróteses.
• A extensão e o grau de dificuldade técnico da cirurgia deve ser
considerado no que diz respeito, ao estado geral do doente, expectativa de
vida, tempo de recuperação e resultado funcional. A intensidade da dor e
o estado funcional do doente deve ser considerado.
• A técnica programada deve melhorar a mobilidade, diminuir a dor, e
facilitar os cuidados gerais do doente
• A técnica a utilizar não deve igualar ou exceder em termos de
proporcionar uma recuperação funcional, a sobrevida previsível do
doente.
• Fracturas patológicas em ossos chatos e corpos vertebrais são tratadas
por métodos conservadores
• Fracturas em ossos longos – estabilização cirúrgica.
◼ Ossos longos:
• Encavilhamento endomedular
• Cimento
• Placas
◼ Periarticular:
• Megapróteses com hastes longas
◼ Bacia e acetábulo:
• Artroplastia total da anca, de reconstrução ou em sela
• Anéis
• Cimento aramado
◼ Coluna
• Descompressão anterior e reconstrução, habitualmente suplementada
por estabilização posterior
• Estabilização
• Prevenção das complicações neurológicas
• Cimento – Vertebroplastias e cifoplastias
Cavilha e
cimento
Encavilhamento Megaprótese
Espaçador e placas
Cimentoplastia