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CONSEQUÊNCIAS DA FERIDA PATERNA.

(MAGOA DO PAI) NO BEM ESTAR E NOS


NOSSOS RELACIONAMENTOS.
Duas histórias comuns:
Marta com tendencia a relacionamentos com homens indisponíveis.
Ela tinha um pai que viajava muito, que trabalhava muito, que vivia
fora. Não era um pai ruim, mas era um pai que vivia o tempo inteiro
fora. Quando estava em casa, estava sempre ocupado com o jornal
na mão, sempre vendo tv, estava sempre falando ao telefone, e
nunca dava atenção a ela, nem ao irmão dela. E ao mesmo tempo
quando a mãe chegava dizia assim: faça silencio que seu pai está
trabalhando, faça silencio que seu pai está dormindo, fique quieta
para não incomodar seu pai, seu pai está muito cansado.
A criança tem uma necessidade muito grande de ser vista, ela tem
uma necessidade muito grande de ser percebida, sobre tudo,
especialmente por pessoas tão especiais, tão importante,
significativas e fundantes do psiquismo da personalidade humana
como os pais, essa indisponibilidade representou pra marta, uma
tendencia muito grande de, porque ela nunca conseguiu acessar esse
pai, se envolver em uma sequência de relacionamentos inacessíveis,
com homens casados ou homens que claramente não queria ela,
como se ela tivesse reproduzindo esse modelo.
Marcos que tem dificuldade de ser pai.
Um profissional de sucesso, admirado por muitas pessoas, pai
biológico desconhecido, a mãe nunca disse quem era o pai, nunca
falou sobre o pai, ele vivia com essa figura faltante.
Quando ele se tornou pai, cerca de trinta anos de idade, foi inundado
por um sentimento de ansiedade, ele não tinha a menor ideia do que
era ser pai. Ele não tinha esse modelo na cabeça dele, esse padrão
pra ele não foi apresentado, então, muitas vezes pela dificuldade de
viver essa experiencia, que ele não aprendeu, ele se escondia no
trabalho porque afinal de contas , lá ele era um sucesso, mas era
muito desconfortável para ele ter um filho que precisava dele, é como
se inconscientemente fosse dois movimentos (inconscientes) 1 – eu
não sei o que fazer, outro, poxa é assim, eu não tive e vou ter que
dar? Como assim! essa criança vai ter o que eu não tive? São
processos muitos, então ele se sente envergonhado, porque sempre
disse a si mesmo que estaria presente para os seus filhos, de
repente, percebe que ele não poderia ser aquele pai que ele queria
ser, aquilo que ele planejou: eu vou ser diferente do meu pai, eu não
vou fazer com o meu filho o que o meu pai fez comigo, eu não vou
sumir, eu não vou desaparecer, eu não vou provocar um registro.
Agente começa a pensar nesse complexo inconsciente que a gente
faz a ponto de reproduzir certos comportamentos que insistimos de
negar. Como diz uma música cantada por Elis Regina: “Como nossos
pais”
“Minha dor é perceber que apesar de
termos feito tudo que fizemos, ainda
somos os mesmos e vivemos como
nossos pais”.
Reprodução de modelos.
Então existe algo que raçoa em você com qualquer uma dessas
histórias, ou qualquer outra história que você esteja lembrando ai
sobre pais, sobre disfunções, como as relações que existia muito no
passado e ainda existe hoje, quando a mulher era muito “submissa” e
ai quero dizer que submissão, não como nos ensina a palavra de
Deus, uma mulher que é uma ajudadora, uma apoiadora do esposo e
não uma subserviente. E achar que esse é o modelo de
relacionamento e deixa você com dificuldade de viver um
relacionamento saldável,
Eu queria falar sobre isso, a dor de não ter um pai bom o suficiente,
pra você entende um pouco mais da dor que você sente
Vamos falar de dor e ressentimentos, precisamos encarar isso para
podermos seguir em frente, (ressignificar)
Todos esses comportamentos que uma ferida do pai trás é pra tentar
entorpecer as dores da ausência desse pai.
O resultado das pesquisas mostra é que o resultado da ausência do
pai na vida do filho(a) não é nada menos que desastroso em varias
dimensões. Essa ausência desse pai provoca uma dificuldade muito
grande. Exemplo: crianças com pai ausente, elas tem mais risco de
se envolver com brigas na escola, ela tem menos sucesso na
empregabilidade, elas tem mais dificuldades de manter
relacionamentos saudáveis, elas são mais propensas a divórcios
frequentes, elas tem uma dificuldade profunda de autoestima, de
ressignificar, elas tem tendencia de tirar notas mais baixas, se
envolver em comportamento criminoso, são o grupo de pessoas que
mais estão presas em vários países do mundo.
O abandono é uma variável central na não funcionalidade do
psiquismo.
Como agente definiria essa ferida paterna?
É a disfunção psicológica, relacional e física em pessoas que
cresceram com um pai emocional ou fisicamente ausente.
Uma pessoa que toma o lugar do pai, o avô, o tio, o irmão mais
velhos, a mãe, será que isso faz com que eu não tenha essa ferida?
Claro que isso ajuda muito, alguém que tem um amor imenso que
venha substituir essa figura ausente vai conseguir fazer uma grande
diferença, mas não vai conseguir corrigir essa ferida.
Você não pode evitar o fato d que vai ter uma duvida profunda;
“como seria viver com ele”? como seria se ele olhasse pra mim?
Como seria se ele dissesse que me ama? Como seria se ele dissesse;
que legal o que você fez! Como seria se ele dissesse: parabéns eu
sempre apostei em você!
Por mais que qualquer pessoa tente substituir essa ausência, você
precisa saber que essa ferida ainda está lá e que você precisa ser
curado.
Como essa ferida do pai afeta o bem estar hoje nos relacionamentos
adulto?
1 – A criança que existe em nós. Comportamento: -egocêntricas; -se culpam; sentimento de
não merecimento; sentimento de baixa autoestima. Compromete todas as relações futuras.

2 – Carência e tentativa frustrada de compensação.

Relacionamentos imaturos.

Espera demais das pessoas,

espera que as pessoas compensem a ausência.

Défice emocional.

Falência nos relacionamentos

Cobra das pessoas a conta do outro

3 – Ansiedade. Pai emocionalmente ausente

Sentimento de eu não sou boa o suficiente, sentimento de perda, raiva, vergonha, tristeza,
ansiedade, gasta muita energia pra tentar controlar essas emoções. Negação (não consegue
passar em concurso), sensação de incompetência.

4 – Raiva, fúria.

Um pai não confiável, alcoólatra, usuário de drogas, violento, um abusador.


Essa raiva pode ser deslocada de varias maneiras, no trânsito, nas relações com as pessoas, no
abuso de álcool, explosões de humor, o filho homem (duvidas nos sentimentos), o pai estava
lá, pagava as contas, “meu pai é bom ou é ruim”? as vezes não consegue definir que a raiva é
do pai, então desloca pra mãe, é o elemento mais frágil, é o feminino, ai agride a mãe, distrata
a mãe, e na verdade esta deslocando uma raiva que não é da mãe, é do pai, porque não
consegue expressar a raiva de outra maneira. Desloca para a irmã. E aí começa as relações
misóginas, toxicas, aí termina fazendo a mesma coisa quando casa, c quando está namorando,
toda a raiva que sente vai projetando no feminino que “supõe ser frágil” e vai as vezes sem
perceber que vai destruindo relacionamento com pessoas que poderiam construir uma
história verdadeira e bonita por causa dessa figura faltante, não consegue direcionar a raiva. É
muito importante falar disso para que finalmente eu pare de fazer com que a minha ferida do
passado abra novas ferida no presente no meu coração e das pessoas que chegam na minha
vida para tentar construir uma nova história.

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