convulsivas No Brasil, usamos os benzodiazepínicos Diazepam e o Midazolam de forma intravenosa para tratar crises convulsivas.
No entanto, na vigência de uma crise convulsiva, e principalmente frente
a uma crise com duração maior do que 30 minutos ou varias crises seguidas sem recuperação da consciência entre elas, muitas vezes é bastante difícil fazer esta droga via endovenosa, principalmente em crises tônico-clônica, o que atrasa e dificulta o tratamento, e no caso da crise convulsiva significa evitar dano neurológico permanente.
Em março de 2017 uma importante metanálise 2 analisou a população
adulta e pediátrica traçando um paralelo entre as vias intravenosa versus outras vias, como intramuscular ou intranasal, sendo analisado o Diazepam IV, Lorazepam IV e Midazolam IM ou IN.
Os resultados foram: os benzoadiazepínicos aplicados por via
intravenosa mostraram mais eficiência para cessar uma crise do que quando administrados por outras vias. No entanto, não levaram em conta o tempo necessário para se obter um acesso venoso, e quando este tempo é considerado, as vias não intravenosas tornam-se muito mais rápidas para atingir nosso objetivo que é o controle da crise.
Na conclusão desse trabalho fica evidenciado a superioridade das vias
intramuscular e nasal. No entanto quando o paciente já está em âmbito hospitalar e com um acesso venoso prévio, a via de escolha é a intravenosa.
Já em 2004, o Artigo de Revisão – Midazolam nasal no tratamento de
crises convulsivas1 concluiu que o Midazolam administrado de forma intranasal e bucal parece tão eficaz e seguro quanto o Diazepam administrado de forma intravenosa e retal. A recuperação pós-crítica parece ser mais rápida e também pode tratar episódios de agressividade e agitação pós-ictal, melhorando muito a qualidade de vida dos pacientes, dentre outras vantagens destacadas.
E importante ressaltar que o paciente que teve crise convulsiva,
necessariamente deve ter um acesso venoso, pois caso precise de outras drogas teremos como fazer de forma rápida e eficiente. A academia Americana de Neurologia recomenda Midazolam IM 10mg em pacientes fora do ambiente hospitalar, podendo-se utilizar outras vias como intranasal, bucal e retal. Porém, assim que for possível, o paciente deve ter um acesso venoso