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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS – FAFIDAM

Disciplina: Pesquisa e Prática Pedagógica IV

Professor: Maria da Glória Barbosa Matoso

Aluno: Leuda Maria Matos

RELATÓRIO: VISITA A ESCOLA EM MOMENTOS DIFERENCIADOS

Limoeiro do Norte, CE

Dezembro de 2016
INTRODUÇÃO
O ambiente escolar vai além da sala de aula, ele possibilita que ocorra entrosamento
entre os sujeitos, desde a sua chegada, seja no cumprimento de bom dia ao porteiro, na
roda de conversa com os colegas ou no momento do recreio onde os grupos são formados
espontaneamente para atividades diversificadas, brincadeiras de esconde-esconde, polícia
e ladrão e com bola, seja chute a gol ou cinco toques.

A elaboração deste trabalho foi feita a partir de observações realizadas em uma Escola
de Ensino Infantil e Fundamental, situada em uma comunidade pertencente a zona rural do
município de Limoeiro do Norte, no estado do Ceará.

A pedido da professora Maria da Glória Barbosa Matoso fui a escola em horários


diferenciados, para observar um pouco da rotina extra sala de aula. Buscando um olhar
diferenciado à cerca das emoções, das interações entre os profissionais, como também a
socialização das crianças no horário do recreio, na chegada e na saída, no momento do
retorno para suas casas.

METODOLOGIA

Essa pesquisa caracteriza-se do tipo descritiva e foi desenvolvida no segundo semestre


de 2022. Foi objeto de observação momentos extra sala de aula na Escola de Ensino
Infantil e Fundamental Unidade Escolar NH-6, situada no Setor NH-4, Perímetro Irrigado de
Limoeiro do Norte-CE. Essa escolha foi feira a partir da comunidade da pesquisadora, por
morar na comunidade acima citada.

A coleta de dados foi embasada em observações, registradas em diário de campo e


fotografias, de forma que os participantes não sabiam que estavam sendo observados ou
fotografados. Um fator fundamental para que não soubessem foi assiduidade que a
observadora frequenta a escola e a interação da mesma com os alunos e funcionários.
Foram observados momentos diferenciados, sala de professores, uma tarde de
planejamento, momento de chegada ou de saída de alunos, como também a hora do
recreio.

As observações forma norteadas pelos seguintes aspectos: como eram o


relacionamento dos professores fora da sala de aula, como interagiam, quais assuntos
eram discutidos. Enquanto aos alunos foi observado como se organizavam durante o
recreio, que brincadeiras predominavam, como interagiam, se havia conflitos entre os
pares, como estavam os seus semblantes durante a chegada ou saída, se estavam alegres
ou tristes.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O ambiente escolar é um lugar de diferentes aprendizados, um local voltado para a


educação e para a interação com os pares e grupos diversificados.

Quando chegamos no portão da escola podemos observar a entrada dos alunos sob
diferentes ângulos. Uns veem de bicicleta em grupos de amigos, outros utilizam o
transporte escolar e alguns menores chegam acompanhados pelo responsável, que o
acompanham até o momento cívico. As 7 h iniciam-se o momento cívico, onde são
organizadas filas divididas pelas turmas, e no qual é feito a acolhida por parte da Direção
Escolar, repasse dos comunicados e a oração do Pai Nosso ou canta-se o Hino Nacional
ou do Município. Após esse momento cada turma acompanha o seu professor até a sala de
aula, onde se desenvolve todo o processo de aprendizado e interações seguindo a rotina
planejada.

As 8:50 h toca-se a sineta para o recreio. Os alunos eufóricos vão à cantina, recebem o
lanche e acomodam-se no refeitório, e para não perderem tempo correm para o pátio para
brincarem. Vez por outra acontecem os desentendimentos, seja por uma bola ou porque
não aceitam alguém na brincadeira, mas logo chegam a um acordo. Sempre tem alguém
da Direção que circula na Escola para evitar situações de conflito.

Os professores mantêm um bom relacionamento. A conversa na hora do recreio,


durante a merenda, gira em torno de diversos assuntos: dificuldades de aprendizagens ou
desenvolvimento do aluno e também desobediência em sala de aula, como conseguiram
resolver situações de conflito. Eles também dialogam sobre economia, assuntos pessoais e
trocam experiências.

As 9:05 h em meio a algazarra, o som da sineta é ouvido e significa que é hora de beber
água e ir ao banheiro. As 9:10 h toca-se pela segunda vez e é hora de voltar para a sala.
Tudo continua na sua rotina e às 10:55 h a Monitora do Ônibus Escolar passa nas salas
recolhendo as crianças para o retorno as suas casas. Saem todos alegres por terem
cumprido a missão de mais um dia de aula.
CONCLUSÃO

A brincadeira é uma forma bastante prazerosa de desenvolver a socialização entre as


crianças e vai um pouco mais além. O brincar é capaz de desenvolver a autonomia,
habilidades e auxiliar na construção da própria identidade da criança. E nessa interação,
quando as vezes acontecem os conflitos, que possibilita a criança desenvolver a habilidade
de resolver situações conflitantes para aproveitarem melhor o tempo de recreação.

Para Henri Wallon (AZZI, R.G. 2011), a escola deve proporcionar interações sociais e
utilizar o que cada criança traz para oferecer, utilizando e explorando o potencial de cada
aluno, não deixando de lado suas necessidades e valores. Corroborando com esse
entendimento temos contribuições de outros teóricos como Vygotsky e Piaget, que também
são interacionistas como Wallon, que apresentam em suas teorias a importância da
interação entre as crianças com o meio na qual estão inseridas, auxiliando assim no seu
processo de construção do seu conhecimento. Então o ambiente escolar deve possibilitar
que ocorra essa interação.

REFERÊNCIA

Azzi, R. G, & Gianfaldoni, M. H. T. A. Psicologia e Educação. São Paulo: Casa do


Psicólogo, 2011.

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