Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Direito em Estado de Necessidade
Direito em Estado de Necessidade
Direito em Estado de Necessidade
1- Introdução............................................................................................................................................1
2- Conceito..............................................................................................................................................2
4- Conclusão............................................................................................................................................5
5- Bibliografia..........................................................................................................................................6
1- Introdução
Por via desta, presente trabalho de investigação tem como objectivo, abordar sobre o estado de
necessidade como uma das causas da exclusão de culpa. O trabalho inicia com o conceito de
estado de necessidade, de seguida são descritas as características do estado de necessidade e por
fim são descritas as formas do estado de necessidade.
2
2- Conceito
O estado de necessidade é uma das causas de exclusão de ilicitude. Isso quer dizer que, caso tal
excludente esteja presente, é retirado o caráter antijurídico que se é atribuído a um fato tipificado
como crime.
Para que um fato típico seja enquadrado nos termos do estado de necessidade, é necessária a
presença de determinados requisitos, são eles segundo o artigo no 49 da lei 35/2014 de 31 de
dezembro:
Realidade do mal;
Impossibilidade de recorrer à força pública;
Impossibilidade de legítima defesa;
Falta de outro meio menos prejudicial do que o facto praticado;
Probabilidade da eficácia do meio empregado.
Sendo o estado de necessidade fato excludente de ilicitude, tem que ser provado para que possa
ser acolhido e o ônus da prova pertence ao réu que alega.
O estado de necessidade pode ser real, quando a situação de perigo é real, ou e putativo, quando
a situação é imaginada pelo agente e o perigo que não existe.
3
3.3- Quanto ao terceiro que sofre a ofensa:
O estado de necessidade defensivo, quando a agressão dirige-se contra aquele que provocou os
fatos, e agressivo na situação em que o agente destrói bem de terceiro que nada fez, ou seja,
inocente.
Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado
por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou,
nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito
protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa.
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio,
de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal
causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente
não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. Por outro lado tem a teoria diferenciadora,
segundo a qual o sacrifício de interesses equivalentes não justifica a conduta, mas sim a exculpa,
razão pela qual o ato permanece ilícito e cabe contra ele a legítima defesa.
4
O excesso é doloso ou consciente quando o agente atua com dolo em relação ao excesso.
Nesse caso, responderá dolosamente pelo resultado produzido. Pode ainda ser culposo ou
inconsciente, quando o excesso deriva de equivocada apreciação da situação de fato,
motivada por erro evitável. Responderá o agente pelo resultado a título de culpa.
5
4- Conclusão
Finda a deliberação do trabalho foi possível verificar que para um indivíduo ser considerado em
estado de necessidade é necessária uma análise minuciosa sobre as condições as quias praticou o
acto ilícito, nesse caso o sujeito passivo deve ter praticado o fato para salvar de perigo atual e
involuntário, que não podia de outro modo evitar, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual e não um
perigo premeditado e pode ser de direito próprio ou de terceiros, em uma situação real ou
putativa. O estado de necessidade é uma forma de exclusão de ilicitude, para indivíduos que
praticaram factos ditos ilícitos de forma involuntária par proteger seus direitos ou direitos de
terceiros.
6
5- Bibliografia
DIAS, Jorge de Figueiredo. Direito penal: parte geral. Questões fundamentais. A doutrina geral
do crime. 2. ed. Coimbra/São Paulo: Coimbra Editora/Revista dos Tribunais, 2007.
TOLEDO, Francisco de Assis. Ilicitude penal e causas de sua exclusão. Rio de Janeiro: Forense,
1984.