TRANSFERÊNCIA E

CONTRA- TRANSFERÊNCIA
PROFESSORA ANDRÉA PINHEIRO BONFANTE
MESTRE E DOUTORANDA EM PSICANÁLISE
A TRANSFERÊNCIA É UM DOS 4 CONCEITOS
FUNDAMENTAIS DA PSICANÁLISE
(por Lacan)

*INCONSCIENTE

*REPETIÇÃO

*TRANSFERÊNCIA
*PULSÃO
 ESTUDADA POR FREUD, MAS VISTA POR OUTROS ANTERIORMENTE, TAIS COMO
WILHELM STEKEL , UM PSIQUIATRA AUSTRÍACO, UM DOS MAIS NOTÁVEIS DISCÍPULOS
DE FREUD, QUANDO EM 1911 ESCREVEU INESGOTÁVELMENTE SOBRE O TEMA NO
PERIÓDICO “A ZENTRALBLATT FUR PSYCHOANALYSE” (Breve Descrição Sobre a
Psicanálise) E TAMBÉM POR GABRIELLE REUTER, ESCRITORA ALEMÃ, QUE DECIDE
ESCREVER SOBRE TRANSFERÊNCIA QUANDO AINDA NÃO HAVIA A PSICANÁLISE, A
PARTIR DAS SUAS OBSERVAÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS PRA FALAR DA SUA
SUBSERVIÊNCIA MENTAL QUASE ESCRAVA EM INSTITUIÇÕES ONDE DOENTES MENTAIS
ERAM TRATADOS.
TODO ESSE INTERESSE, OBSERVAÇÕES E ESTUDOS, NOS DÃO NOTÍCIAS DO QUÃO
IMPORTANTE SEJA O FENÔMENO DA TRANSFERÊNCIA E QUE NÃO ACONTEÇA APENAS
NA CENA ANLÍTICA, MAS DESDE SEMPRE, DESDE O INÍCIO DA VIDA E AO LONGO DELA, E
EM TODOS OS ESPAÇOS.
[...] a transferência é necessariamente ocasionada durante o tratamento
psicanalítico[...]
(FREUD, 1912,p.111)
“A Dinâmica da transferência”

A TRANSFERÊNCIA É UM FENÔMENO EM QUE ESTÃO INCLUÍDOS,

JUNTOS, O SUJEITO
E O PSICANALISTA (LACAN, 1964, P.225)
“OS QUATRO CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA PSICANÁLISE”
https://www.youtube.com/watch?v=JHYo0gOa8NA

Andréa Pinheiro
 O que se pode observar e o que está em jogo no
fenômeno da transferência?

-plasticidade
-multifacetada
-falar de si
-endereçamento ao outro (ao analista)
-movimento(pegar algo que está em um lugar e trazer para outro lugar)
-deslocamento
-conexão de elementos diferentes
-articulação e produção
-variação de caso a caso
 DINÂMICA
VISÃO TUBULAR
 O QUE PODEMOS OBSERVAR
NA DINÂMICA?
*Uma tendência a visão tubular e não periférica.
*A importância de se ter um olhar para além de...
*A importância do poder de observação do analisando em relação a si mesmo e do analista
em relação ao analisando;
*A compulsão à repetição ao que nos é comum, ao que nos é rotineiro na vida;
*O olhar no outro;
*O olhar do outro;
*O quanto falamos de nós mesmos quando não pronunciamos uma única palavra...
 SERÁ QUE RECONHECEMOS AGORA, DEPOIS DA DINÂMICA QUE NOS
CONVOCOU A PENSAR, AS IMPLICAÇÕES DO FENÔMENO DA
TRANSFERÊNCIA?

-plasticidade
-multifacetada
-falar de si
-endereçamento ao outro (ao analista)
-movimento(pegar algo que está em um lugar e trazer para outro lugar)
-deslocamento
-conexão de elementos diferentes(livre associação)
-articulação e produção
-variação de caso a caso
 A TRANSFERÊNCIA SERVE DE FERRAMENTA PARA QUE O
ANALISTA
POSSA MANEJAR A ANÁLISE JÁ QUE O ANALISANDO
TRANSFERENCIADO COM SUA FIGURA, DÁ A ELE ESSE LUGAR,
ASSOCIANDO AO ANALISTA AS REPRESENTAÇÕES PRIMEIRAS DE
SUAS RELAÇÕES COM AS IMAGOS MATERNAS, PATERNAS OU
FRATERNAS, DELEGANDO AO ANALISTA UM SABER QUE O
ANALISANDO SUPONHO QUE ELE TENHA, O LUGAR DE SUJEITO
SUPOSTO SABER.
“A Transferência se manifesta na relação com alguém a quem se
fala e deve ser pensada como sustentáculo da fala. A Psicanálise
descobre, , com a noção de inconsciente, que a fala não se reduz
à comunicação e que se dirige ao Outro, que está ali, mesmo que
não saiba.”

(Doris Rinaldi)
 O analista é este ouvinte privilegiado que, do lugar do Outro, convida o
analisando a falar o que lhe vier à cabeça, sem consideração pelas
conveniências, conduzindo-o para a aplicação da regra analítica destacada
por Freud: a livre associação livre. Neste convite, a presença do analista
procura assegurar ao analisando que tomar a palavra não será me vão,
que algo se associará e algum saber será elaborado. A situação analítica
traz embutida, contudo, uma falsidade, que é a ilusão do analisando de
que este saber, o saber do inconsciente, de alguma forma está constituído
no analista. É a própria transferência em vigor.
(Doris Rinaldi)
O jeito de conduzir-se na vida erótica

Clichê esteriotípico repetido e reimpresso

Necessidade de amar não satisfeita a partir

das experiências primeiras, ele transfere para a
figura do analista essa catexia (investimento,
energia) libidinal
A transferência pode surgir como resistência mais
poderosa ao tratamento quando o paciente de
alguma forma “se enamora” pelo analista

Nesse caso as associações do paciente podem falhar

e “emperrar” o processo de análise

Cabe ao analista manejar esse amor transferencial e não

atender as demandas do paciente, ouvi-las sim, mas fazer
cortes e compreender que esse amor não se deve ao
analista em si mas ao lugar que esse paciente deu a ele
 FREUD NOS ALERTA SOBRE DOIS PONTOS EXTREMAMENTE IMPORTANTES:

POR QUE A TRANSFERÊNCIA SURGE

COMO A RESISTÊNCIA MAIS PODEROSA
SOBRE A TRANSFERÊNCIA AO TRATAMENTO, ENQUANTO QUE FORA
SER TÃO MAIS INTENSA EM DELA, SEJA ENCARADA COMO VEÍCULO
PACIENTES NEURÓTICOS DE CURA E CONDIÇÃO DE SUCESSO

NESSE CASO, AS ASSOCIAÇÕES

PORQUE A GRANDE QUESTÃO
DO PACIENTE FALHAM
DO SUJEITO NEURÓTICO É SER
AMADO, DESEJADO PELO
OUTRO

COMPREENDER A
IMPORTÂNCIA DO MANEJO DA
TRANSFERÊNCIA
NÃO PODEMOS COMPREENDER O EMPREGO DA TRANSFERÊNCIA COMO RESISTÊNCIA ENQUANTO
PENSARMOS SIMPLESMENTE EM TRANSFERÊNCIA.
TEMOS DE DISTINGUIR UMA TRANSFERÊNCIA POSITIVA DE UMA NEGATIVA:

TRANSFERÊNCIA POSITIVA X TRANSFERÊNCIA NEGATIVA

ambivalência
TRANSFERÊNCIA DE TRANSFERÊNCIA DE
SENTIMENTOS AFETUOSOS SENTIMENTOS HOSTIS
Justifica a
transferência ser
dinâmica
*A TRANSFERÊNCIA É UM FENÔMENO ESSENCIAL, LIGADO AO DESEJO COMO
FENÔMENO NODAL DO SER HUMANO;

*DESDE QUE HAJA EM ALGUM LUGAR O SUJEITO SUPOSTO SABER... HÁ

TRANSFERÊNCIA;

*O ANALISTA, MANTÉM ESSE LUGAR, NO QUE ELE É O OBJETO DA TRANSFERÊNCIA;

*DIVIDIR A TRANSFERÊNCIA NOS TERMOS DE TRANSFERÊNCIA E CONTRA

TRANSFERÊNCIA ...NUNCA É MAIS QUE UM MODO DE ELUDIR(ESQUIVAR, EVADIR) O DE
QUESE TRATA
A Contratransferência surge como resultado da influência do paciente
sobre os seus sentimentos inconscientes e estamos quase inclinados a
insistir que ele reconhecerá a contratransferência em si mesmo, a e a
sobrepujará... Notamos que nenhum psicanalista avança além do quanto
permitem seus próprios complexos e resistências internas; e , em
consequência, requeremos que ele deva iniciar sua atividade por uma
auto-análise e levá-la, de modo contínuo, cada vez mais profundamente,
enquanto esteja realizando suas observações sobre seus
pacientes.(FREUD, 1910, p. 150)
 Fim.

Muito obrigada pela atenção!

Professora Andréa Pinheiro

Até um próximo encontro.

ANDRÉA PINHEIRO
(24)99316-8982