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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CAMPUS I – CENTRO DE HUMANIDADES


UNIDADE ACADÊMICA DE ECONOMIA
DISCIPLINA: Sociologia Industrial
PROFESSORA: Marileide da Silve Mota
Turma de elétrica (02)

Análise Crítica do Taylorismo/Fordismo

ALUNO: RODRIGO TOLEDO DE ARAUJO


MATRÍCULA: 118110296

07 de setembro de 2021
Campina Grande, PB
LISTA DE QUESTÕES 2

SUMÁRIO

Aluno: Rodrigo Toledo de Araujo .................................................................................................................... 1


Matrícula: 118110296..................................................................................................................................... 1
Texto .................................................................................................................................................................. 2

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Campina Grande - PB
LISTA DE QUESTÕES 3

TEXTO
O impacto criado pelas teorias de Taylor e Ford, não tiveram significado apenas na indústria
automobilista americana, e sim na forma de pensar, na família, na política e na economia de todo o
mundo. No começo do século XX, quando Taylor implantou seu pensamento na fábrica de carros de
Henry Ford, onde algumas dezenas de carros eram produzidos por mês, e passaram as mesmas
quantidades a serem produzidas diariamente, e a cada vez mais, esse número crescia. Assim como, a
fábrica e a quantidade de trabalhadores crescia ao mesmo ritmo. Esses trabalhadores eram movidos
ao ditado “tempo é dinheiro”, onde filas e mais filas se formavam por foras dos portões da fabricas,
de jovens movidos ao lema do taylorismo, que o tempo era dinheiro.

Sendo o Taylorismo o modelo produtivo pioneiro, é possível afirmar Taylor como um teorizador,
enquanto o norte-americano Henry Ford pode ser dito como um dos empresários que se inspirou no
Taylorismo para implementar inovações à Indústria automobilística. A Taylor, pode-se atribuir
diversas inovações teorizadas:
• recrutamento e treinamento de funcionários;
• supervisão contínua do trabalho;
• divisão de tarefas na linha de montagem;
• estímulo salarial proporcional à produtividade;
• hierarquização da cadeia produtiva;
• racionalização do tempo e implantação de intervalos de descanso.
Essas ideias, pioneiras no final do século XIX e no início do século XX, mais tarde, serviram de base
para novas estratégias de manufatura.

Já no modelo do Fordismo, a produção em massa com custos mínimos se tornou o principal objetivo.
Seguindo os mecanismos propostos por Taylor, Ford manteve a padronização de processos, mas
inovou ao introduzir esteiras à linha de montagem, possibilitando a fabricação de automóveis em
maior ritmo. A evolução na forma de produção foi bastante aprimorada pela fábrica Ford, e esse
modelo de produção foi se expandindo não apenas na indústria automobilista, e sim em outros
diversos setores, como a indústria têxtil, de eletrônicos, como a Philco, com sede nos Estados Unidos,
implantando um estilo de vida consumista americano, onde todos sonhavam em empregos com uma
maior remuneração, pois o estilo de produção de Ford e Taylor, conseguia aumentar o lucro obtido a
partir de uma redução gigantesca no custo de fabricação do produto final.

Contudo, não bastando a fabricação em massa, Ford almejava também o consumo em massa. Por isso,
o empresário foi defensor do aumento de salário dos trabalhadores, pois, assim, elevaria a quantidade
de consumidores com poder de compra. Além disso, Ford reduziu a variedade de produtos em prol do
baixo custo, o que atraiu críticas da classe alta, já que, além dos carros não serem mais exclusividade
da alta-sociedade, os trabalhadores podiam adquirir os mesmos modelos que a elite.

A medida em que as fábricas iam se expandindo em tamanho e em produção, o trabalhador passou a


ser cada vez mais exigido, e sua qualidade de vida começou a decair. Como consequência dessa
desvalorização da força de trabalho, os sindicatos começaram a ganhar mais força, e logo as primeiras
greves começaram a aparecer na Europa. Onde os operários movidos pelas más condições de
trabalho, e o aumento da produção e a estagnação do salário. Os movimentos grevistas chegaram
com força nos Estados Unidos durante a depressão financeira de 1929, onde os trabalhadores nas

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fabricas passaram a receber menos, e trabalhavam o mesmo tanto, ou até mais para haver uma
compensação nos grandes prejuízos que vinham sofrendo a industrial nesse período.

Com isso, portanto, o declínio do Fordismo com o tempo não se fez inusitado, afinal, as Leis
Trabalhistas são indispensáveis. Outrossim, de forma crítica, é possível afirmar que a exploração de
metodologias e de operários, ou melhor dizendo, de pessoas, com fins unicamente lucrativos
corresponde ao lado negativo do capitalismo, bem como o incentivo ao consumismo exacerbado.
Todavia, o modelo Fordista pode sim ser associado a pontos positivos por garantir benefícios aos
trabalhadores, sem se basear na meritocracia ou na produtividade abusiva, e por difundir o poder de
compra de diferentes classes, proporcionando a democratização do consumo.

07 de setembro de 2021
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