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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CAMPUS I – CENTRO DE HUMANIDADES


UNIDADE ACADÊMICA DE ECONOMIA
DISCIPLINA: Sociologia Industrial
PROFESSORA: Marileide da Silve Mota
Turma de elétrica (02)

Análise Comparativa entre os


Paradigmas de Produção Fordista e
Toyotista.

ALUNO: RODRIGO TOLEDO DE ARAUJO


MATRÍCULA: 118110296

07 de setembro de 2021
Campina Grande, PB
LISTA DE QUESTÕES 2

SUMÁRIO

Aluno: Rodrigo Toledo de Araujo .................................................................................................................... 1


Matrícula: 118110296..................................................................................................................................... 1
Texto .................................................................................................................................................................. 3

07 de setembro de 2021
Campina Grande - PB
LISTA DE QUESTÕES 3

TEXTO
No início do século XX, o modelo de organização do trabalho de Henry Ford caracterizou um
destes momentos da luta de classes. A indústria automobilística fordista sistematizou o trabalho
mecanizado via esteira de montagem. Com a padronização de poucos modelos, Ford customizou a
produção de carros em série, e que, após a Segunda Guerra, ao lado dos métodos desenvolvidos por
F. Taylor, pode abastecer o consumo de massa. A produção em massa com custos mínimos se tornou
o principal objetivo. Seguindo os mecanismos propostos por Taylor, Ford manteve a padronização de
processos, mas inovou ao introduzir esteiras à linha de montagem, possibilitando a fabricação de
automóveis em maior ritmo.

Sendo claro, nos anos 70 se caracterizou a crise do fordismo norte-americano. As mobilizações que
antes haviam movimentado as instituições de poder desde o final da década de 60, rebelando-se
contra aquele padrão de trabalho e de vida não conseguiram impor outra medida. Nesta toada, o
enfraquecimento/esgotamento da resistência dos trabalhadores foi um fator importante para abrir
caminho ao movimento do Capital.

Observando que o modelo desenvolvido por Henry Ford se encontrava sob grande crise, surge o
modelo de fabricação Toyotista, por meio da fábrica Toyota. Vale ressaltar que nesse período, o
Japão estava destruído em virtudes dos massacres desencadeados pela guerra que acabará. Sua
economia estava totalmente enfraquecida pelos abalos sofridos. Não se podia, então, falar em
produção em massa, tampouco consumo em massa. Não se falava em desperdício e gastos
exorbitantes, os materiais em fluxo deveriam ser somente o necessário para atender à determinada
encomenda, dando lugar a uma fábrica mínima ou uma fábrica “enxuta”.

O presente modelo logo se espalhou pelo mundo. A ideia de produzir somente o necessário,
reduzindo os estoques (flexibilização da produção), produzindo em pequenos lotes, com a máxima
qualidade, trocando a padronização pela diversificação, atrai novos adeptos do método de
fabricação Toyotista. Assim como, o Toyotismo logo detectou em que consistia os desperdícios nas
fábricas montadoras, sendo classificados da seguinte maneira: produção antes do tempo
necessário, produção maior do que o necessário, movimento humano (por isso o trabalho passou a
ser em grupos), espera, transporte, estoque e operações desnecessárias no processo de
manufatura.

Não só os rodízios e ampliações do conteúdo das tarefas foram sofisticados na multifuncionalidade,


mas, sobretudo, a dimensão subjetiva dos trabalhadores se tornou essencial para manter o fluxo de
produção em níveis mínimos para a acumulação capitalista. Foi o acabamento da ideologia gerencial,
cujas formas de gestão típicas do fordismo e taylorismo não deixaram de existir e cujo controle se
converteu em um controle social, não se limitando ao ambiente de realização da atividade e tampouco
ao setor industrial ou de serviços.

07 de setembro de 2021
Campina Grande - PB

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