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4s. 1 SERIE — NUMERO 1) c)homologar topdnimos de infra-estruturas de nivel distrital aprovados pelo governo provincial; dd) homologar nomes de acidentes geograficos aprovados pelas assembleias provinciais; ‘e) homologar as propostas apresentadas pelas autarquias locais. 2. Compete & Assembleia Provincial, sob propasta do Governo Provincial: 4a) atribuir € alterar topénimos de infra-estruturas de dimensao distrtal 5b) atribuir e alterar topsnimos de acidentes gevgriticos de nivel distrital e provineial ‘Awnico 7 (Duragao) A presente autorizacao legislativa tem a duragio de noventa, dias, contados da data da entrada em vigor da presente Lei Agnico 8 (€ntraca em vigor) A presente Lei entra em vigor ni data da sua publicagao. ‘Aprovada pela Assembleia da Repiiblica, aos 31 de Outubro de 2013. A Presidente da Assembleia da Repaiblica, Verénica Nataniel Macamo Dihovo: Promulgada em 10 de Janeiro de 2014. Publique-se. Presidente da Repiiblica, ARwxoo Ewiio Guesvza. Lei n. 3/2014 de 5 de Fevereiro Havendo necessidade de materializar © estabelecido nna Constituiglo, sobrea terceira idade, reforgar os mecanismos legais de promogio € proteccdo dos direitos da pessoa idosa, nos termos do n."1 do artigo 179 da Constituigao, a Assembleia da Repablica, determina: CAPITULO T . Disposicdes gerais . ‘Anrigo | (Cetinigse) 1. Para efeitos da presente Lei, considera-se pessoa idosa em Mogambique a todo o individuo com idade igual ow superior 60 anos. 2. As demais definigdes ou conceitos usados constam do. zlossério em anexo a presente Lei. dela fazendo parte integrante ‘Agrico 2 (Objecto) A presente Lei tem por objecto regular a promagio e proteexaio dos direitos da pessoa idosa, nos termos definidos na Constituigio e demais legislagio nacional e internacional de protecyao pessoa idosa. Astico 3 (Amite) ‘A presente Lei aplica-se & promogao e proteccio dos direitos ‘da pessoa idosa no Pais, assegurando e defendendo o direito a vida, liberdade, sate, habitagdo, vestudrio, dignidade, personalidade, privacidade, seguranga, bem-estare lazer, propriedade privada e 2 proteegio social, independentemente da cor, raga, sexo, origem éinica, lugar de nascimento, religio, grau de instrugfo, posiga0 social, condigio fisica e psicol6gica. CAPITULO IL incipios gerais Aanico 4 (Descrigéo dos principios) 1. © Estado garante & pessoa idosa a protecgao a vida, liberdade, saide, 20 respeito e & dignidade mediante efectivagao de politicas sociais pablicas que permitam um envelheci sauddvel e em condighies condignas. nos termos da presente Lei, 2. A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes & pessoa humana, sem prejuizo da protecglo integral de que trata a presente Lei, assegurando-lhe, por outros m todas as oportunidadese facilidades para preservagio de sua saide fisica © mental e seu aperfeigoamento moral, intelectual e social, em condigdes de liberdade e dignidade, 3. 0 atendimento da pessoa idosa baseia-se nos seguintes principios: 4) prioridade no atendimento junto aos érgios pablicos © privados que prestam servigos ao cidadao; 5) prioridade na formulagio e na execugio de politicas sociais piblicas especificas: «) orientagio privilegiada na alocagdo de recursos pilblicos nas reas relacianadas com a protecgo da pessoa idosa; 4) viabilizagio de formas alternativas de participagio. ‘ocupagao e eonvivio da pessoa idosa com as demais goragbes; €) prioridade no atendimento da pessoa idosa por sua propria familia, em detrimento do atendimento institucional, ‘excepto aos que ndo possuam ou caregam de condigies de manutengo da propria sobrevivéncia; J) formagdo e reciclagem dos recursos humanos nas sreas de geriatria ¢ gerontologia e na prestagio de servigos A pessoa idosa; {8} parantia de acesso a rede de servigos de satide e de assis- yento, 1 garantia de participagio na vida politica, social,econémica a0 lado dos demais cidadios, em qualquer plano ou programas realizados no Ambito governamental e nie governamental Agno 5 (Responsabilicade da familia, da comunidade e do Estaco) 1. Cabe & famflia. 3 comunidade, & sociedade e a0 Estado rarem 3 pessoa idosa a efectivaydo do diteito & vida, & satide. 8 alimentagiio e habitagdo adequada, Aeducagi. i cultura, 5 DE FEVEREIRO DE 2014 20 desporto, ao lazer, ao trabalho, & cidadania, & liberdade, & dignidade, a0 respeito € todos os direitos que visam assisti-la e assegurar a sua participagio na vida familiar © comunitéria na defesa da sua dignidade e bem-estar. 2. Cabe a familia, & comunidad e ao Estado assegurarem 0 respeito, a liberdade e a dignidade da pessoa idosa como pessoa ‘humana e sujeito de direitos civis. politicos, individuais e sociais iguais aos demais cidadios. 3. Orespeito consiste na inviolabilidade da imtegridade fisica, Psiquica e moral, abrangendo a preservago da imagem. da ‘dentidade, da autonomia, de valores, crencas, des espacos e dos ‘objectos pessoais. 4. A liberdade compreende: 44) 0 adequado acesso a0s espagos piblicos e comunitirios. 6) 0 exercicio do direito & opiniao, expressao e crenga religiosa cc) pritica de desporto e de diversi; )a participagao na vida familiar ¢ comunitéria: ¢) a participagao na vida politica; J) faculdade de solicitar refigio, auxilioe orientagao, Aarico 6 (Prestacao de alimentos & pessoa idose) 1, Para a satisfagao das necessidades vitais e subsisténcia da pessoa idosa, quando por si nlo possa prové-as, esto vinculados 4 prestagio de alimentos, pela ordem indicada 4a) conjuge b)oex-conjuge; {¢) 0 que se encontre em unio de facto; 4) 0s descendentes: €) os ascendentes: Pros irmaios; {81 08 sobrinhos e outros colaterais até ao 4° grau: ‘h) os enteados, relativamente ao padrasto ow madrasta enquanto durar a sua incapacidade. 2. As pessoas indicadas nas alfneas f) ¢ ¢) do niimero anterior 6 esto vinculadas 2 prestagao de alimentos enquanto a pessoa ‘dosa nio tiver eapacidade para prover por si os meios para a sua subsisténcia, 3. Ene as pessoas designadas nas alineas d) e e) do niimero 1, wobrigagao defere-se pela ordem da sucessio legitima, 4. Se algum dos vinculados nio puder prestar os alimentos ‘ou saldar integralmente a sua responsabilidade, 0 encargo recai sobre os onerados subsequentes. 5. A obrigagio do ex-cénjuge prestar alimentos cessa se 0 alimentado contrair novo casamento, passar a viver em unio de facto ou comunhao de vida com outra pessoa, ou vier a adqui readimentos que Ihe permitam a auto-suficiéncia ou por decisao judicial. Agnico 7 (Medidas complementares) A pessoa idosa e seus dependentes que no possuem condigies econdmicas de prover ao seu sustento, assiste-Ihes 0 direito a assisténcia social no Ambito e nos termos da Lei da Protecgio Social Agrico 8 (Deveres) Sem prejuizo do estabelecido noutras normas. a pessoa idosa, de acordo com a sua condica0 fisica e psicoldgica, temo dever de: «) pasticipar activamente na vida familiar e comunitéria, ‘no desenvolvimento do Pais. na preservagao dos 349 valores histrico-cultuais, na preservagio do meio ambiente colocando as suas habilidades, experiéncia € conhecimento ao servigo da nagao; +) respeitar a sua familia € consolidar o principio de esta Ser uma comunidade de membros igados entre si pelo Parentesco, easamento,afinidade e adopgao; ©) voluntariarse sempre que scjanecesséra a interven de pessoa idGnea e com experiéneia de vida para drimir conflitos da vida social ena busca de solugdes para as preocupagses da comunidade: 4 wansmitir as boas préticastradicionais’s geragbes mais jovens, prevenir e combater aquelas que, pela sua cexperiéncia vivida ou transmitida, sejam nocivas a0 ¢) integrar grupos de consulta da comunidade que {ntervém no processo de atribuigdo do direito de uso ‘caproveitamento da terra e na resolugio de confitos: ‘f) colaborar em todas as situagOes da vida na sociedade nio invocar a sua condigdo de pessoa idosa para se colocar em situago de vantagem & margem dos direitos consagrados na legislagio sobre a protecgio dos direitos da pessoa idosa; ‘g)abster-se do consumo abusivo de fileool e do tabaco, da romogio da pritica de prostituigo, comportamentos € vicios que perigam a sua satide e dignidade. CAPITULO IIL Direitos especiais Axtico 9 (Asistencia médica) 1. E assegurado © atendimento integral A satide, da pessoa ‘dosa, por intermédio do Servigo Nacional de Saide, garantindo- lhe © acesso prioritério e igualitirio, em conjunto articulado e continuo das acgdes e servigos, para a prevencdo, promogao, protecgio ¢ recuperagdo da sade, incluindo a atengao especisi As doengas que afectam preferencialmente a este grupo eto. 2. A prevengdo de doengas ¢ a manutengio da saiide da pessoa. idosa ¢ salvaguardada por meio de: 44) unidades sanitérias do Servigo Nacional de Sade de atendimento geridtrico e gerontol6gico: +b) internamento em instituigao de abrigo vocacionadas & assist€ncia médica sem fim lucrative: ¢) reabilitagdo orientada pela geriatria gerontologia, para reduigio das sequelas decorrentes do agravamento do estado da saide. 3. Cabe ao Estado assegurar & pessoa idosa 0 acesso gratuito ‘20s medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como os meios de compensagio relativos ao tratamento ou reabilitagdo e outros recursos relatives ao tratamento, a definir em regulamento especifico. 4. A pessoa idosa com deficiéneia ou com reduzida capacidade _para por si poder satisfazer as suas necessidades é assegurado 0 ‘tendimento especializado, nos termos definidos na lei. Agrico 10 (Atendimento em unidade sanitéria) 1. A pessoa idosa internada ou em observagii é assegurado 0 direitoa acompanhante, devendo a entidade de sade proporcionar as condigdes adequadas para a sua permanéneia em tempo integral. segundo 0 eritérie médieo. 2. O profissional de sade € responsivel para autorizar 0 acompanhamento da pessoa idosa internada, 850. 1.SERIE —NOMERO I 3. A pessoa idosa é assegurada © direito ao tratamento de saiide que Ihe for mais favorivel e informagao sobre servigos de satide dispontvei 4, As instituigdes de saiide devem obedecer aos critérios ‘minimos para atendimento as necessidades da pessoa idosa. promovendo 0 treino ¢ a capacitagio dos profissionais, assim ‘como orientagio & familiares ¢ grupos de auto-ajuda que tenham ‘a pessoa idosa sob seus cuidados. '5. Os casos de suspeita ou conhecimento de pritica de maus tratos contra a pessoa idosa pelo profissional de satide, devem ser, obrigatoriamente, comunicados & autoridade policial mais proxima ou denunciados ao Ministério Piblico. 6. Qualquer cidadiio que presencie ou tome conhecimento da pritica de maus tratos contra a pessoa idosa pelo profissional de satide, deve denunciar & autoridade policial mais prdxima ou 20 Ministério Pablico. ‘Annico 11 (Educagao, cultura, desporto e lazer) [A pessont idosg deve ter oportunidades de acesso aos beneticios, socials, sendo assegurado a educagao. a cultura, desporto ¢ lazer, servigos que respeitem a sua condigZo de idade € ao acesso as novas teenologias de informagaio e comunicago em todas as reas. Axrico 12 (€tectivagao dos direitos) 1. Cabe ao Estado criar oportunidades de acess da pessoa idosa & educagio, adequando os curriculos, metodologias ¢ ‘material didfctico aos programas educacionais acles destinados. 2. Cabe ao Estado © & sociedade promover e criar espagos de lazer para as pessoas idosas. 3. Nos curticulos dos diversos niveis de ensino formal devem ser inseridos contetidos voltados ao processo de envelhecimento, ‘a0 espeito ei valorizagio da pessoa idosa, de forma a climinar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria, 4, A pessoa idosa participa nas actividades comemorativas de cardeter efvico ou cultural, para transmissio de conhecimentos e vivéneias as demais geracdes, no sentido da preservagio da ‘meméria e da identidade cultural. 5. Estado ea sociedade devem promover actividades fisicas -voltadas para a pessoa idosa em espagos piblicos e em horirios especiais. 6. Quando os eventos publicos de actividades culturais, desportiva ou de diversdo sejam promovidas pelo Estado, a pesso idosa esti isenta na totalidade de qualquer pagamento c deve beneficiar da redugiio nunca inferior a 50 % do valor do prego de acesso quando promovidas pelo sector privado, Agno 13, (Ocupagie profissional) 1. Sem prejuizo do disposto na lei para a aposentagio, a pessoa idosa tem direito ao exercicio de actividade profissional respeitada a sua condigio fisica, intelectual, psiquica. 2, E vedada a discriminagao & pessoa idosa no acesso a. actividades profissionais,ressalvados os casos em que a natureza. do cargo ou estipulagio da lei o exijam. Aerie 14 (Programas de capacitagéo) 1. 0 Estado promove e estimula os programas de: 1a) profissionalizagio espevializada para a pessoa idosa, aproveitando seus potenciais ¢ habilidades para actividades regulares e remuneradas: 'b) preparagio dos trabalhadores para a aposentagzo, com antecedéncia minima de dois anos, por meio de ‘estimulo a novos projectos sociais, conforme seus imteresses e de esclarecimento sobre os direitos sociais. ‘se melhores termos ndo forem detinidos. Axnico 15 (Assisténcia social) 1. A assisténcia social 4 pessoa idosa ¢ prestada de forma aniculada, conforme crtérios de elegibilidade definidos pelo Subsistema de seguranga social basica : 2. A assistnciaa pessoa idosaefectiva-se de forma articulada com observancia aos prinpios edieetizes prevists 6 po definidas para o eft 3. A pessoa idosa que no possua meios para prover a sun subsisténcia €assepurada a assisténca, de acordocom o sistema de protecgdo social 4. A assisténcia integral e de longa permanéneia & prestada quando verifieado que a pessoa idosa mo poss familia, Agrico 16 (Direto & habitagso) 1. A pessoa idosa tem direito & habitagio condigna.. oportunidade de decir prs prpria sobre o seu abrigo de vver cm casa da sua familia natural de habitar em fama substitu ou na eomunidade. S 2; Cabe ao Estado dfinir normas para acefectivagio do direto dia pessoa idosa BPA construgdo de casas para a pessoa idosa deve obedecer am padro que tenha em conta as Suas condigBes “1 As insttuiges que abrigam pessoas idosas sio obrigadas a manter padres de habitagdo compativeiscom as nevessiades dios utentes bem como prové-los com alimentagao regular econdizentes : 5A pessoa idosaem caso de viuver tem odireto de continiar a habitar no domiciio conjugal, independentemente do regime matrimonial 6. Apessoa idosa tem odlreit a proteegao contra a violEnia contra abuso sexual e contra adescriminagaitcom hase naidade {quer no se lar, inluindo nas instituigbes de abrig. Agnico 17 (Direto & hevanga) 1, Cabe & familia, & comunidade, a sociedade © 10 Estado assegurar & pessoa idosa a efectivagio de todos os direitos hhumanos, em caso de viuvez, incluindo o direito & heranga nos termos previstos no direito das sucessoes. 2, Se o cénjuge herdeiro for incapaz de auto-administear, impoe-se ao Estado esse provimento, no Ambito da assisténcia social, visando garantir a dignidade e seguranga a pessoa idosa Agno 18 (isengao do pagamento no transporte) 1. Nos transportes pblicos de superficie urbanos a pessoa idosa beneticia de gratuitidade e da redugao nas carreiras interurbanas. 2. No transporte agreo. a pessoa idosa beneficia-se da redugao de tarifas a ser regulamentada em diploma espeefico. Asrico 19 (Forma e condigdes de acesso) 1. Nos transportes pablicos de superficie & obrigatsiia a reserva de 10% dos assentos para a pessoa idosa. devidamente identificados com a placa indicativa, 5 DE FEVEREIRO DE 2014 2. A pessoa idosa tem prioridade no embarque ou desembarque ro sistema de transportes. 3. Para ter acesso-d gratuitidade a pessoa idosa deve apresentar documento official pessoal que faga prova de sua idade CAPITULO IV Medidas de proteceao e atendimento Awrico 20 (Proteeeao) A protecgio & pessoa idosa consiste em medidas que sto apliedveis sempre que os seus direitos consagrados na presente Lei e demais legislagio forem ameagados ou violados ¢ tém em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento dos vinculos familiares e comunitérios. Agrico 21 (Procédimentos para a protec¢ao) Verificada qualquer das situagSes que atentem contra direitos, dda pessoa idosa, os servigos da acco social, a requerimento do ‘mesmo ou de qualquer pessoa, provide ia. as seguintes medidas: 44) encaminhamento & familia ou tutor mediante termo de responsabilidad by ofiemtacao, apoio e acompanhamento temporario: ) requisigéo para tratamento de sua sade, em regime ambulatério hospitalar ou domiciliar: 4d) inclusdo em programa comunitirio de auxftio, orient € tratamento a ususrios dependentes de drogas lfcitas ou ilfctas, 8 pessoa idosa ¢) encaminhamento para centro de acolhimento & pessoa idosa Antigo 22 (Mecidas de atendimento) L. As entidades de atendimento so responsiveis, pela ‘manutengio das préprias unidades, observadas as normas vigentes| apresentar provas da sua idoneidade. 2. As entidades que prestam assisténcia & pessoa idosa ficam sujeitas a inserigdo de no’ Grgdo competente, especificando ‘0s programas, regimes de atendimento, aexisténcia de instalagoes adequadas e capacidade financeira para o funcionamento da unidade. Arico 23 (Procedimentos para o atendimento) 1. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento de longa permanéncia observam os seguintes prineipios: 4a) preservagio dos vinculos familiares: ») atendimento personalizado ¢ em pequenos grupos: ‘c) manutengao da pessoa idosa na mesma instituigao, salvo ‘em caso de forga maior; d) participagao da pessoa idosa nas actividades comunitrias, de caricter interno € extemo; ¢) observaincia dos diteitos ¢ garantias da pessoa idosa: ‘A preservago da identidade da pessoa idosa e oferecimento de ambiente de respeito ¢ dignidade. 851 2. O dirigente de instituigao que presta atendimento & pessoa ‘dasa, no desempenho das suas fungdes responde disciplinar, civil cecriminalmente pelos actos ou omissdes que violem os direitos da pessoa idosa. ‘Axnico 24 (intracgoes criminals) 1. punido com a pena de ts das a dois anos de p rmulta correspondente aquele que 4) diseriminar, bumilhar, menosprezar a pessoa idosa, impedindo ou dificultando 0 seu acesso & operagses banedrias. aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio impedir 0 cexereieio normal de cidadania: ‘bj deixar de prestar alimentos devidos, condicionando-o & pritica da mendicidade; ‘¢) ndo prestar a assisténcia & pessoa idosa quando seja possivel faze-lo em situago de iminente perigo: dd) recusar retaidar ou dificultara assisténcia a satide ou no solicitar 0 socorro de autoridade publica: «e) abandonar pessoa idosa em estabelecimento hospitalar. centidades de acolhimento ou congéneres, ou nio prover suas necessidades basieas, quando obrigado por lei: {f)ofender psicologicamente a pessoa idosa acusando-a de feitigaria ou de outras priticas tradicionais que violem 6 direitos humanos: ) deixar de cumprir,retardar ou frustrar sem justo motivo a execugio de ordem judicial; 1h) expuser em perigo a integridade fisica ou psiquice da pessoa idosa, submetendo-a acondigbes desumanas ou degradantes ou privando-a de euidados indispensaveis. 2, Se das eondutas referidas no ndmero anterior resoltar a Tesio de natueza grave, a pena é agravada no dobro do seu Limite maximo. 3 E punido com a pena de tr dis a seis meses de prisio mutta comespondente aquele que: 4) apropriar-se ou desviar bens, proventos, pensio ou qualquer outro rendimento da pessoa idosa, dando-Thes destino diverso da sua finalidade: b) reter 0 cartio magnético de conta baneéria relativa ‘a beneficios, proventos ou pensio da pessoa idosa, ‘bem como qualquer outro documento com objectivo de assegurar recebimento ou ressarcimento; c) exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicagao, informagdes ou imagens gepreciativas ou injuriosas Alpessoa idosa; «d) coagit a pessoa idosa sem discernimento de seus actos ‘@ outorgar procuragio para fins de administragio de bens. 4. Constifuem ageavantes as seguintes situagdes: 4) recusar, etardat ou omitirdados técnicos indispensiveis 2 propositura da acco civel, criminal ou de qualquer natureza, quando equisitados por entidade competente; }) © infractor possuir uma relagao familie de confianga com a pessoa idosa. 5. Podem ser aplicadas ao infractor as penas alternativas de prisio convertendo-as em prestagio de trabalhos a favor da comunidade. 852 SERIE — NUMERO 11 Aanico 25 (Acesso 8 justia) 1. assegurada prioridade na tramitagio dos processos © procedimentos na execuio dos actos diligecis judas em que figure como parte ou interveniente a pessoa idosa. 2. O interessado na obteng oda prcridade deve fazer prova de sua dade, requerero beneficioa avordadejuicriacompetete para decidir o que determina as providéncas a serem cumpridas, anotando-se essa cireunstncia em local visivel nas autos do processd. 3.4 prioridade nfo cessa com a morte do benefcirio, estondendo-se em favor de seus sucessores 4. A priotidade no atendimento preferencial abrange avs processos e procedimentos em tramitago nas instiigBes que prestam servigospablicos ‘Axtic0 26 (Natureza pabiica) A acgdo penal pelas infracgdes previstas no Artizo 24 da presente Lei, nlio depende de queixa, dentincia ou participagio do ofendido ou do seu representante. CAPITULO V Disposicées finais Agno 27 (Regulamentagto) Compete ao Conselho de Ministros a regulamentagio da presente Lei, no prazo de 60 dias. Anrico 28 (Entrada em vigor) A presente Lei entra em na data da sua publicagdo. Aprovada pela Assembleia da Republic de Dezembro de 2013, aos 4 A Presidente da Assembleia da Republica, Verdnica Nataniel Macamo Dihovo. Promulgada em 10 de Janeiro de 2014. Publique-se. 0 Presidente da Repabliea, Austaxpo Ewitio Geaaeza. ; Anexo GLOssARIO A Accdo Social: Ea intervengo organizada ¢ integrada visando garantir assisténcia social e outro tipo a individuos, grupos socais ¢ familias em situag3o de pobreza, de modo a melhorar as suas condigbes de vida e se tornarem aptos a participar no desenvolvimento global do Pais,em pleno gozo dos seus direitos sociais basicos, Alimentos: tudo © que € indispensivel & satisfagdo das necessidades da pessoa idosa, designadamente 0 seu sustento, habitagdo, vestuério, satide ¢ lazer. e sio prestados nos termos definidos na lei de familia Assistincia Social: a politic social que prové oatendimento das necessidades bisieas,tradusidas em protecgto & familia, & infnca, velhice e pessoa com deficiénia independentemente de contibuigdo& Seguranga Social G Gerontologia: & 0 campo de estudos que investiga as experincias de velhice e envelhecimento em diferentes contextos sociocultursis e histricos, abrangendo aspectos do envelhecimento normal e patoldgico. Investiga © potencial de desenvolvimento himano assoeiado x9 curso de vida € 20 proceso de envelnecimento,Certteriza-se como um campo de estudos mulidisipinar,recebendo comtibugdes metodolgicas € conceituas da biologia, psicologia, incias soviais e de disciplinas como a biodemografia, neuropsicologia, hist6ria, Filosofia, direito, enfermagem. psicologia educacional, psicologia clinica € medicina, Geriatria: O campo de estudo que se limita a investigar € estudar as doengas da velhice c de seu tratamento, 0 ramo da medicina que focaliza o estudo, a prevengao eo tratamento de ddoenas e da incapacidade em idades avan P Pessoa Idosa: Copsidlera-se pessoa idosa em Mogambique a todo 0 individuo cm idade igual ou superior a 60 anos. Prestagiio de trabalho a favor da comunidade: consiste na prestagao de servigos gratuitos 20 colectivas, Proteegio Si de meios apios 4 satisfagto de necessi stado € outras pessoas definida como sendo um sistema dorado es sociais, obedevendo a repartigo dos rendimentos no quaadro da solidariedadg entre os membros da sociedade e visa garantiraos individuos um conjunto de condigdes de vida dignas, designadamente em determinadas situagies de risco social, chamadas eventualidades, T Transporte pablico superficie: E aquele que abrange (08 meins rodovirios, ferrovidrio fluvial e maritime, Lei n.” 4/2014 de de Feversiro Havendo necessidade deadequsr aorganizagto efuncionamento dos servigos responsiveis pela emissdo de documentos de viagem para cidadios nacionais ¢ estrangeiros e de residéncia para cidadios gstrangeiros, bem como a gestao do movimento ‘migratério, no uso das competéncias conferidas pelo n 1 do artigo 179 da Constituigao, a Assembleia da Republica determina: CAPITULO T Disposicdes gerai ‘Arnioo (Criaga0) cional de Migragio, abreviadamente E eriado 0 Servigo N: designado por SENAML

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