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Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA RESOLUCAO-RE N° 09, DE 16 DE JANEIRO DE 2003 (Publicada no DOU n°14, de 20 de janeiro de 2003) © Diretor da Diretoria Colegiada da Agéncia Nacional de Vigiliincia Sanitéria, no uso da atribuigao que lhe confere a Portaria n° 570, do Diretor Presidente, de 3 de outubro de 2002; considerando o § 3°, do art, 111 do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, considerando a necessidade de revisar ¢ atualizar a RE/ANVISA n° 176, de 24 de outubro de 2000, sobre Padroes Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Pablico ¢ Coletivo, frente ao conhecimento ¢ a experiéncia adquiridos no pais nos dois primeiros anos de sua vigéncia; considerando o interesse sanitério na divulgagdo do assunto; considerando a preocupagdo com a saiide, a seguranga, o bem-estar ¢ 0 conforto dos ocupantes dos ambientes climatizados; considerando o atual estégio de conhecimento da comunidade cientifica intemacional, na area de qualidade do ar ambiental interior, que estabelece padrdes referenciais e/ou orientagdes para esse controle; considerando 0 disposto no art, 2° da Portaria GM/MS n° 3.523, de 28 de agosto de 1998; considerando que a matéria foi submetida 4 apreciagdo da Diretoria Colegiada que a aprovou em reunido realizada em 15 de janeiro de 2003, resolve: Art. I° Determinar a publicagao de Orientagdo Técnica elaborada por Grupo Técnico Assessor, sobre Padrdes Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso plblico e coletivo, em anexo. Art, 2° Esta Resolugdo entra em vigor na data de sua publicagao. CLAUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA ANEXO - ORIENTACAO TECNICA ELABORADA POR GRUPO TECNICO ASSESSOR SOBRE PADROES REFERENCIAIS DE QUALIDADE DO AR INTERIOR EM AMBIENTES CLIMATIZADOS ARTIFICIALMENTE DE USO PUBLICO E COLETIVO I- HISTORICO O Grupo Técnico Assessor de estudos sobre Padrées Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso piiblico e coletivo, foi constituido pela Agencia Nacional de Vigildncia Sanitaria - ANVISA, no ambito da Geréncia Geral de Servigos da Diretoria de Servigos ¢ Correlatos ¢ instituido por membros das seguintes instituigdcs: Sociedade Brasileira de Meio Ambiente © de Qualidade do Ar de Interiores/BRASINDOOR, Laboratério Noel Nutels Instituto de Quimica da UFRJ, Ministério do Meio Ambiente, Faculdade de Medicina da USP, Organizagdo Panamericana de Saiide/OPAS, Fundagdo Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Fundagdo Jorge Duprat Figueiredo de Seguranga ¢ Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO/MTD, Instituto Nacional de Metrologia Normalizacio e Qualidade Industrial/INMETRO, Associagao Paulista de Estudos ¢ Controle de Infecgao Hospitalar/ APECIH e, Servigo de Vigilineia Sanitéria do Ministério da Saiide/RJ, Instituto de Ciéncias Biomédicas - ICB/USP e Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Reuniu-se na cidade de Brasilia/DF, durante o ano de 1999 ¢ primeiro semestre de 2000, tendo como metas: 1. estabelecer critérios que informem a populagao sobre a qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de uso piblico e coletivo, cujo desequilibrio poderd causar agravos a satide dos seus ocupantes; 2. instrumentalizar as equipes profissionais envolvidas no controle de qualidade do ar interior, no planejamento, elaboragio, andlise e execugao de projetos fisicos e nas agdes de inspego de ambientes climatizados artificialmente de uso piblico e coletivo. ‘Reuniu-se na cidade de Brasilia/DF, durante o ano de 2002, tendo como metas: 1, Promover processo de revisio na Resolugdo ANVISA -RE 176/00 2. Atualiza-la frente a realidade do conhecimento no pais. 3. Disponibilizar informagées sobre o conhecimento ¢ a experiéneia adquirida nos dois primeiros anos de vigéneia da RE 176. © Grupo Técnico Assessor elaborou a seguinte Orientagdo Técnica sobre Padrées Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso publico e coletivo, no que diz respeito a definigdo de valores maximos recomendiveis para contaminagao biologica, quimica ¢ pardmetros fisicos do ar interior, a identificagdo das fontes poluentes de natureza biolégica, quimica e fisica, métodos analiticos ( Normas Técnicas 001, 002, 003 e 004 ) e as recomendagdes para controle ( Quadros I e II), Recomendou que os padrées referenciais adotadas por esta Orientagio Técnica sejam aplicados aos ambientes climatizados de uso pilico ¢ coletivo jé existentes e aqueles a serem instalados, Para os ambientes climatizados de uso restrito, com exigéncias de filtros absolutos ou instalagdes especiais, Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA tais como os que atendem a processos produtivos, instalagdes hospitalares e outros, sejam aplicadas as normas ¢ regulamentos especificos. Ill - DEFINIGOES Para fins desta Orientagdo Técnica s na Portaria GM/MS n? 3.523/98: 0 adotadas as seguintes definigdes, complementares as adotadas a) Acrodispers6ides: sistema disperso, em um meio gasoso, composto de particulas sélidas e/ou liquidas. © mesmo que aerosol ou aerosol. b) ambiente aceitivel: ambientes livres de contaminantes em concentragdes potencialmente perigosas A satide dos ocupantes ou que apresentem um minimo de 80% dos ocupantes destes ambientes sem queixas ou sintomatologia de desconforto”. ©) ambientes climatizados: so os espagos fisicamente determinados e caracterizados por dimensdes ¢ instalagdes proprias, submetidos ao processo de climatizagao, através de equipamentos. 4) ambiente de uso piiblico e coletivo: espaco fisicamente determinado e aberto a utilizagio de muitas pessoas, e) ar condicionado: é 0 processo de tratamento do ar, destinado a manter os requerimentos de Qualidade do Ar Interior do espago condicionado, controlando variaveis como a temperatura, umidade, velocidade, material particulado, particulas biologicas ¢ teor de didxido de carbono (CO2). ) Padro Referencial de Qualidade do Ar Interior: marcador qualitativo e quantitativo de qualidade do ar ambiental interior, utilizado como sentinela para determinar a necessidade da busca das fontes poluentes ou das intervengdes ambientais 2) Qualidade do Ar Ambiental Interior: Condigo do ar ambiental de interior, resultante do processo de ocupagdo de um ambiente fechado com ou sem climatizagio artificial. h) Valor Maximo Recomendavel: Valor limite recomendavel que separa as condigdes de auséncia ¢ de presenga do risco de agressao A satide humana. IV - PADROES REFERENCIAIS Recomenda os seguintes Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados de uso piblico ¢ coletivo. 1 - 0 Valor Maximo Recomendavel - VMR, para contaminagdo microbiolégica deve ser = 750 ufc/m? de fungos, para a relagdo I/E = 1,5, onde I é a quantidade de fungos no ambiente interior ¢ E & a quantidade de fungos no ambiente exterior. NOTA: A relagdo I/E exigida como forma de avaliagio frente ao conceito de normalidade, representado pelo meio ambiente exterior ¢ a tendéncia epidemioldgica de amplificagao dos poluentes nos ambientes fechados. 1.1 - Quando 0 VMR for ultrapassado ou a relag: de fontes poluentes para uma intervengo corretiva, 1.2 - E inaceitavel a presena de fungos patogénicos ¢ toxigénicos. VE for > 1,5, é necessario fazer um diagnéstico Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA 2- Os Valores Maximos Recomendaveis para contaminagio quimica sio: 2.1 -= 1000 ppm de diéxido de carbono - (CO2 ) , como indicador de renovagiio de ar externo, recomendado para conforto e bem-estar” 2.2 -= 80 pigim3 de aerodispersdides totais no ar, como indicador do grau de pureza do ar e limpeza do ambiente climatizado*, NOTA: Pela falta de dados epidemioldgicos brasileiros é mantida a recomendagio como indicador de renovagdo do ar o valor = 1000 ppm de Diéxido de carbono - COz 3 - Os valores recomendaveis para os parametros fisicos de temperatura, umidade, velocidade e taxa de renovagao do ar ¢ de grau de pureza do ar, deverdo estar de acordo com a NBR 6401 - Instalagdes Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parametros Basicos de Projeto da ABNT - Associagdo Brasileira de Normas Técnicas *. 3.1 a faixa recomendavel de operagio das Temperaturas de Bulbo Seco, nas condigdes internas para vero, deverd variar de 23°C a 26°C, com excegdo de ambientes de arte que deverdo operar entre 21°C © 23°C. A faixa maxima de operagdo deverd variar de 26,5°C a 27°C, com excegao das dreas de acesso que poderdo operar até 28°C. A selego da faixa depende da finalidade e do local da instalagdo. Para condigSes intemas para invemno, a faixa recomendavel de operagdo devera variar de 20°C a 22°C. 3.2 -a faixa recomendavel de operagaio da Umidade Relativa, nas condigées internas para verdo, dev variar de 40% a 65%, com excegio de ambientes de arte que deverdo operar entre 40% e 55% durante todo o ano. O valor maximo de operagdo deverd ser de 65%, com excegao das reas de acesso que podero operar até 70%. A selegio da faixa depende da finalidade e do local da instalagdo, Para condigSes internas para inverno, a faixa recomendavel de operagdo devera variar de 35% a 65%. 3.3 - o Valor Maximo Recomendavel - VMR de operagiio da Velocidade do Ar, no nivel de 1,5m do piso, na regidio de influéncia da distribuigdo do ar é de menos 0,25 m/s. 3.4 - a Taxa de Renovagdo do Ar adequada de ambientes climatizados seri, no minimo, de 27 m/hora/pessoa, exceto no caso especifico de ambientes com alta rotatividade de pessoas. Nestes casos a Taxa de Renovagao do Ar minima sera de 17 m’/hora/pessoa, ndo sendo admitido em qualquer situag’o que os ambientes possuam uma concentragao de CO”, maior ou igual a estabelecida em IV- 2.1, desta Orientagdo Técnica. 3.5 - a utilizagdo de filtros de classe G1 é obrigatéria na captagdo de ar exterior. O Grau de Pureza do Ar nos ambientes climatizados ser obtido utilizando-se, no minimo, filtros de classe G-3 nos condicionadores de sistemas centrais, minimizando © acimulo de sujidades nos dutos, assim como reduzindo os niveis de material particulado no ar insuflado*. Os padrdes referenciais adotados complementam as medidas basicas definidas na Portaria GM/MS n° 3.523/98, de 28 de agosto de 1998, para efeito de reconhecimento, avaliagdéo e controle da Qualidade do Ar Interior nos ambientes climatizados. Deste modo poderdo subsidiar as decisdes do responsdvel técnico pelo gerenciamento do sistema de climatizagio, quanto a definigdo de periodicidade dos procedimentos de limpeza e manutengdo dos componentes do sistema, desde que asseguradas as freqiiéneias minimas para os seguintes componentes, considerados como reservatérios, amplificadores e disseminadores de poluentes. Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA TABELA DE DEFINICAO DE PERIODICIDADE DOS PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E MANUTENGAO DOS COMPONENTES DO SISTEMA [Componente Periodicidade [Limpeza mensal ou quando descartavel até sua obliteragao |Tomada de ar externo 3 (maximo 3 meses) Limpeza mensal ou quando descartavel até sua obliteragio |Unidades filtrantes 4. 3 s (maximo 3 meses) [Bandeja de condensado /Mensal* Serpentina de aquecimento _[Desencrustagao semestral e limpeza trimestral Serpentina deresfriamento __|Desencrustagio semestral e limpeza trimestral [Umidificador ‘Desencrustagdo semestral e limpeza trimestral Ventilador Semestral [Plenum de mistura/casa de IMensal Imaquinas * - Excetuando na vigéncia de tratamento quimico continuo que passa a respeitar a periodicidade indicada pelo fabricante do produto utilizado V-FONTES POLUENTES Recomenda que sejam adotadas para fins de pesquisa ¢ com o propésito de levantar dados sobre a realidade brasileira, assim como para avaliago e correco das situagdes encontradas, as possiveis fontes de poluentes informadas nos Quadros Le IL QUADRO I - POSS{VEIS FONTES DE POLUENTES BIOLOGICOS 6 [Agentes _[Principais fontes em ambientes [Principais Medidas de corrego em ambientes) lbioligicos _linteriores interiores [Reservatérios com Agua estagnada, _[Realizar a limpeza ¢ a conservagao das torres ltorres de resfriamento, bandgjas de _|de resfriamento; higienizar os reservatérios ¢ Ipactérias _[PoMensado, desumificadores, lbandejas de condensado ou manter ‘umidificadores, serpentinas de ltratamento continuo para climinar as fontes; lcondicionadores de ar e superficies _|eliminar as infiltragdes; higienizar as \imidas ¢ quentes. superficies. [Ambientes timidos e demais fontes de |Corrigir a umidade ambiental; manter sob |multiplicagao fiingica, como materiais_ controle rigido vazamentos, infiltragdes e IFungos _|porosos organicos timidos, forros, _condensago de gua; higienizar os lparedes e isolamentos iimidos; ar lambientes e componentes do sistema de lexteno, interior decondicionadores e _|elimatizagdo ou manter tratamento continuo Este texto nao substitui o(s) publicado(s) em Didrio Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA [dutos sem manutengo, vasos de terra para eliminar as fontes; eliminar materiais com plantas. lporosos contaminados; eliminar ou restringir lvasos de plantas com cultivo em terra, ou |substituir pelo cultivo em gua (hidroponia); lutilizar filtros G-1 na renovago do ar lexterno. [Reservatorios de agua contaminada, |, ‘ |Higienizar o reservatério ou manter IProtozodrios \bandejas e umidificadores de i x tratamento continuo para climinar as fontes. condicionadores sem manutengio. |Adequar o nimero de ocupantes por m2 de ‘ Jérea com aumento da renovagao de ar; evitar Virus Hospedeiro humano. i la presenga de pessoas infectadas nos lambientes elimatizados |Iigienizar os reservatérios e bandejas de ‘Torres de resfriamento e bandejas de si Jas ¢ |Algas lcondensado ou manter tratamento continuo icondensado. lpara eliminar as fontes. Polen |Ar externo. |Manter filtragem de acordo com NBR-6401 a lda ABNT IHigicnizar as superficies fixas ¢ mobilidrio, lespecialmente os revestidos com tecidos e |Artropodes {Pocira cascira. P lapetes; restringir ou eliminar 0 uso desses lrevestimentos IRestringir 0 acesso, controlar os roedores, os |Animais _|Roedores, morcegos ¢ aves. lmorcegos, ninhos de aves ¢ respectivos lexcrementos QUADRO II - POSS{VEIS FONTES DE POLUENTES QUIMICOS 7 [Agentes _|Principais fontes em x s Prineipais medidas de corrego em ambientes interiores lquimicos __|ambientes interiores [Manter a captaglo de ar exterior com baixa ncentragac sluentes; restringir as fontes de \combustéo cigeros, lconcentragio de poluentes; restringir as fontes de 4 $ lcombustio; manter a exausto em areas em que ocorre Ico |queimadores de fogdes ¢ ; ‘combustdo; eliminar a infiltragdo de CO proveniente de \veiculos automotores). ; ° fontes externas; restringir o tabagismo em areas ifechadas. [Aumentar a renovagao de ar extemno; restringir as fontes| [Produtos de metabolismo Fenovags " et }COr = \de combustio e 0 tabagismo em areas fechadas; lhumano e combustao. 3 climinar a infiltragao de fontes externas ~, i [Restringir as fontes de combustio; manter a exausti No» Icombustao. stringir as fontes de combustio; manter a exaustio Jem dreas em que ocorre combustio; impedir a Este texto nao substitui o(s) publicado(s) em Didrio Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA jinfiltragao de NO> proveniente de fontes externas; irestringir o tabagismo em areas fechadas. 'Adotar medidas especificas para reduzir a contaminagao Méquinas copiadoras ¢ (408 ambientes interiores, com exaustdo do ambiente ou Os mn essoras ease lenclausuramento em locais exclusivos para os P lequipamentos que apresentem grande capacidade de Iprodugo de Os, Materiais de acabamento, _|Selecionar os materiais de construgdo, acabamento & Irormaldetdo hskiltitic cole, predates de [™®bilirio que possuam ou emitam menos formaldeido; na limpeza demise aa irios (USE Produtos domissanitérios que niio contenham Ps formaldeido. [Manter filtragem de acordo com NBR- 6402 da ABNT; levitar isolamento termo- actistico que possa emitir fibras minerais, organicas ou sintéticas para o ambiente climatizado; reduzir as fontes internas ¢ extemas; [Material | ina e fibras hhigienizar as superficies fixas e mobilisrios sem o uso lparticulado s ide vassouras, escovas ou espanadores; selecionar os Imateriais de construgdo ¢ acabamento com menor lporosidade; adotar medidas especificas para reduzir a icontaminagdo dos ambientes interiores (vide bbiolégicos); restringir o tabagismo em éreas fechadas. [Fumo de |queima de cigarro, charuto, /AUMentar a quantidade de ar extemo admitido para abace Machimbo, ct é 7 |renovagdo e/ou exaustdo dos poluentes; restringir o ete ltabagismo em dreas fechadas. [Cera, mobilidrio, produtos x sados em limpezse ‘Selecionar os materiais de construc, acabamento, cov Momiscanititiee solventes, /@bilidrio; usar produtos de limpeza e domissanitérios ~ lmateriais de revestimento, * |que ndo contenham COV ou que ndo apresentem alta Vintas.colas, ete |taxa de volatilizagao e toxicidade. . iminar a contaminagdo por fontes pesticidas, jueima de combustiveis ¢ cosy [Rucima de Combusti¥els © Finscticidas e a queima de combustiveis; manter a iso de ps * __|eaptagao de ar exterior afastada de poluentes. COV - Compostos Organicos Volateis. COS-V - Compostos Organicos Semi- Voliteis Observagd - Os poluentes indicados so aqueles de maior ocorréncia nos ambientes de interior, de efeitos conhecidos na satide humana e de mais facil detecco pela estrutura laboratorial existente no pais, Outros poluentes que venham a ser considerados importantes io incorporados aos indicados, desde que atendam ao disposto no pardgrafo anterior. VI- AVALIAGAO E CONTROLE Recomenda que sejam adotadas para fins de avaliagao e controle do ar ambiental interior dos ambientes climatizados de uso coletivo, as seguintes Normas Técnicas 001, 002, 003 e 004. Este texto nao substitui o(s) publicado(s) em Didrio Oficial da Unido. tério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA Na elaboragao de relatérios téenicos sobre qualidade do ar interior, ¢ recomendada a NBR-10.719 da ABNT - Associacio Brasileira de Normas Técnicas, 1 World Health Organization. Indoor air quality: biological contaminants; Copenhagen, Denmark, 1983 ( European Series n° 31), 2 American Society of Hearting, Refreigerating and Air Conditioning Engincers, Ine. ASHARAE Standard 62 - Ventilation for Acceptable Indoor Air Quality, 2001 3 Kulesar Neto, F & Siqueira, LFG. Padrdes Referenciais para Anilise de Resultados de Qualidade Microbiol6gica do Ar em Interiores Visando a Saiide Publica no Brasil - Revista da Brasindoor. 2 (10): 4-21,1999, 4 Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, Resolugao n° 03 de 28/06 1990. 5 ABNT - Associagdo Brasileira de Normas Técnicas, NBR 6401 - Instalagdes Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parametros Basicos de Projeto, 1980. 6 Siqueira, LEG & Dantas, EHM. Organizagdo e Métodos no Processo de Avaliagio da Qualidade do Ar de Interiores - Revista da Brasindoor, 3 (1): 19-26, 1999. 7 Aquino Neto, F.R; Brickus, L.S.R. Padrées Referenciais para Analise de Resultados da Qualidade Fisico-quimica do Ar de Interior Visando a Saiide Piblica. Revista da Brasindoor, 3(2):4- 15,1999. NORMA TECNICA 001 Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem e Anilise de Bioaerosol em Ambientes Interiores. METODO ANALITICO. OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento ¢ controle ambiental da possivel colonizagao, multiplicagao e disseminagao de fungos em ar ambiental interior. DEFINIGOES: Bioaerosol: Suspenso de microorganismos (organismos vidveis) dispersos no ar. Marcador epidemioldgico: Elemento aplicavel a pesquisa, que determina a qualidade do ar ambiental APLICABILIDADE: Ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocupagdes comuns (nao especiais). MARCADOR EPIDEMIOLOGICO: Fungos vidveis. METODO DE AMOSTRAGEM: Amostrador de ar por impactag3o com acelerador linear. PERIODICIDADE: Semestral. FICHA TECNICA DO AMOSTRADOR: [Amostrador: Impactador de 1, 2 ou 6 estigios. [Meio de Cultivo: Agar Extrato de Malte, Agar Sabouraud Dextrose a 4%, Agar Batata Dextrose ou loutro, desde que cientificamente validado. [Taxa de Vazio: fixa entre 25 a 35 I/min, sendo recomendada 28,3 V/mi [Tempo de Amostragem: de 5 a 15 minutos, dependendo das especificagdes do amostrador. Volume Minimo: 1401 Volume Maximo: 500 1 Embalagem: Rotina de embalagem para protego da amostra com nivel de biosseguranga 2 |recipiente lacrado, devidamente identificado com simbolo de risco biolégico) Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. tério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA [Transporte: Rotina de embalagem para protego da amostra com nivel de biosseguranga 2 (recipiente) llacrado, devidamente identificado com simbolo de risco biolégico) INota: Em areas altamente contaminadas, pode ser recomendével uma amostragem com tempo lvolume menores. JExatidao: + 0,02 min, £ 99,92 % |Calibragio: Semestral Precisac ESTRATEGIA DE AMOSTRAGI ‘* selecionar 01 amostra de ar exterior localizada fora da estrutura predial na altura de 1,50m do nivel da rua. * Definir 0 mamero de amostras de ar interior, tomando por base a area construida climatizada dentro de uma mesma edificago e razio social, seguindo a tabela abaixo: ‘Area construida (m2) ‘Numero minimo de amostras Até 1.000 1 1,000 a 2.000 3 2.000 a 3.000 5 3.000 a 5.000 8 5.000 a 10.000 12 10.000 a 15.000 15 15.000 a 20,000 18 20.000 a 30.000 21 Acima de 30.000 25 * as unidades funcionais dos estabelecimentos com caracteristicas _epidemiologicas diferenciadas, tais como servigo médico, restaurantes, creches ¢ outros, deverao ser amostrados isoladamente. ‘© os pontos amostrais deverao ser distribuidos uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada. PROCEDIMENTO LABORATORIAL: Método de cultivo ¢ quantificagao segundo normatizagdes universalizadas. Tempo minimo de incubagao de 7 dias a 25°C., permitindo o total crescimento dos fangos, BIBLIOGRAFIA: "Standard Methods for Examination of Water and Wastewater”, 17 th ed. APHA, AWWA, WPC.F; "The United States Pharmacopeia". USP, XXIII ed., NF XVIII, loss, NIOSH- National Institute for Occupational Safety and Health, NIOSH Manual of Analytical Methods (NMAM), BIOAEROSOL SAMPLING (Indoor Air) 0800, Fourth Edition. IRSST - Institute de Recherche en Santé et en Securité du Travail du Quebec, Canada, 1994. Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. tério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA ‘Members of the Technicael Advisory Committee on Indoor Ait Quality, Commission of Public Health Ministry of the Environment - Guidelines for Good Indoor Air Quality in Office Premises, Singapore. NORMA TECNICA 002 - Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem e Anélise da Concentracdo de Didxido de Carbono em Ambientes Interiores, METODO ANALITICO OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento ¢ controle do processo de renovagao de ar em ambientes climatizados. APLICABILIDADE: Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo. MARCADOR EPIDEMIOLOGICO: Didxido de carbono (CO2) METODO DE AMOSTRAGEM: Equipamento de leitura direta, PERIODICIDADE: Semestral. FICHA TE ICA DOS AMOSTRADORES: |Amostrador: Leitura Direta por meio de sensor infravermelho nao dispersivo ou célula leletroquimica. [Faixaz de 0 a 5.000 ppm, \Calibraséio: Anual ou de acordo com especificagao do ae pp fabri [Exatidio: = 50 ppm + 2% do valor icante. Imedido ESTRATEGIA DE AMOSTRAGEM: ‘© Definir o mimero de amostras de ar interior, tomando por base a area construida climatizada dentro de uma mesma edificagao e razio social, seguindo a tabela abaixo: [Area construida (m)|Nimero minimo de amostras| Até 1.000 1 1,000 a 2.000 3 2.000 a 3.000 5 3.000 a 5.000 8 5.000 a 10.000 12 10,000 a 15.000 15 15.000 a 20.000 18 20,000 a 30.000 21 Acima de 30,000 25 * as unidades funcionais dos estabelecimentos com caracteristicas epidemiolégicas diferenciadas, tais como servigo médico, restaurantes, creches e outros, deverdo ser amostrados isoladamente, Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. tério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA * 08 pontos amostrais deverdo ser distribuidos uniformemente ¢ coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada. PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM: As medidas deverdo ser realizadas em hordrios de pico de utilizagaio do ambiente. NORMA TECNICA 003 - Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem. Determinagao da Temperatura, Umidade ¢ Velocidade do Ar em Ambientes Interiores. METODO ANALITICO OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento ¢ controle do processo de climatizagio de ar em ambientes climatizados, APLICABILIDADE: Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo. MARCADORES: Temperatura do ar (°C ) Umidade do ar (% ) Velocidade do ar ( m/s ). METODO DE AMOSTRAGEM: Equipamentos de leitura direta, Termo-higrémetro e Anemémetro. PERIODICIDADE: Semestral. FICHA TECNICA DOS AMOSTRADORES: [Amostrador: Leitura Direta - Termo-higrémetro. [Principio de operagio: Sensor de temperatura do tipo termo-resisténcia, Sensor de umidade do tipo capacitive ou por condutividade elétrica, |Faixa: 0° C a 70°C de temperatura 5% a 95 % de umidade Exatidao: + 0,8° IC de temperatura + 5% do valor medido de umidade |Amostrador: Leitura Direta - Anemdmetro. \Calibragao: Anual [Principio de operagio: Preferencialmente de sensor de velocidade do ar do tipo fio aquecido ou fio |térmico, [Faixa: de 0a 10 m/s [Calibragio Anual: lp xatidao: 0,1 m/s 4% do valor medido ESTRATEGIA DE AMOSTRAGEM: * Definir o nimero de amostras de ar interior, tomando por base a area construida climatizada dentro de uma mesma edificagiio e razo social, seguindo a tabela abaixo: [Area construida (m2) [Numero minimo de amostras Até 1,000 1 1,000 a 2.000 3 2.000 a 3.000 5 3.000 a 5.000 8 5.000 a 10.000 12 Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA 10.000 a 15.000 15 15.000 a 20.000 18, 20.000 a 30,000 21 ‘Acima de 30.000 25 © as unidades funcionais dos estabelecimentos com caracteristicas _epidemioldgicas diferenciadas, tais como servigo médico, restaurantes, creches ¢ outros, deverdo ser amostrados isoladamente. 0s pontos amostrais deverdo ser distribuidos uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada, para 0 Termo-higrémetro e no espectro de ago do difusor para 0 Anemémetro NORMA TECNICA 004 Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem e Andlise de Concentragio de Aerodispersdides em Ambientes Interiores METODO ANALITICO. OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle de aerodisperséides totais em ambientes interiores climatizados. APLICABILIDADE: Ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocupagdes comuns (ndo especiais). MARCADOR EPIDEMIOLOGICO: Poeira Total (ig/m3 ). METODO DE AMOSTRAGEM: Coleta de aerodispersdides por filtragdo (MB-3422 da ABNT). PERIODICIDADE: Semestral FICHA TECNICA DO AMOSTRADOR: [Amostrador: Unidade de captagdo constituida por filtros de PVC, didmetro de 37 mm e porosidade Ide 5 um de didmetro de poro especifico para poeira total a ser coletada; Suporte de filtro em disco lde celulose; Porta-filtro em plastico transparente com didmetro de 37 mm. Aparelhagem: Bomba de amostragem, que mantenha ao longo do periodo de coleta, a vazo inicial |de calibracdo com variagao de 5%. ‘axa de Vazio: 1,0 a 3,0 l/min, recomendado 2,0 l/min. | Volume Minimo: 501 | Volume Maximo: 400 1 [Tempo de Amostragem: relago entre o volume captado ea taxa de vazio utilizada lEmbalagem: Rotina [Calibragao: Em cada procedimento de coleta se operado com bombas [Exatidao: + 5% do valor ldiatragmiticas Imedido ESTRATEGIA DE AMOSTRAGEM: + Definir o nimero de amostras de ar interior, tomando por base a rea construida climatizada dentro de uma mesma edificagao ¢ razao social, seguindo a tabela abaixo: Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA 'Area construida (m2) [Numero minimo de amostras ‘Até 1,000 1 1,000 a 2.000 3 2.000 a 3.000 5 3.000 a 5.000 8 5.000 a 10.000 12 10,000 a 15.000 15 15.000 a 20.000 18, 20,000 a 30.000 21 Acima de 30.000 25 * as unidades funcionais dos estabelecimentos com caracteristicas epidemiologicas diferenciadas, tais como servigo médico, restaurantes, creches e outros, deverdo ser amostrados isoladamente. * 08 pontos amostrais deverio ser distribuidos uniformemente ¢ coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada. PROCEDIMENTO DE COLETA: MB-3422 da ABNT. PROCEDIMENTO DE CALIBRACAO DAS BOMBAS: NBR- 10.562 da ABNT PROCEDIMENTO LABORATORIAL: NHO 17 da FUNDACENTRO VII - INS! ‘AO Recomenda que os érgios competentes de Vigilancia Sanitéria com © apoio de outros érgdos governamentais, organismos representatives da comunidade e dos ocupantes dos ambientes climatizados, utilizem esta Orientagdo Técnica como instrumento téenico referencial, na realizagao de inspegdes de outras agdes pertinentes nos ambientes climatizados de uso piblico e coletivo, VII - RESPONSABILIDADE TECNICA Recomenda que os proprictirios, locatarios e prepostos de estabelecimentos com ambientes ou conjunto de ambientes dotados de sistemas de climatizagao com capacidade igual ou superior a 5 TR (15.000 keal/h = 60.000 BTU/h), devam manter um responsavel técnico atendendo ao determinado na Portaria GM/MS n° 3.523/98, além de desenvolver as seguintes atribuigées: a) providenciar a avaliagdo biolégica, quimica ¢ fisica das condigdes do ar interior dos aml climatizados; b) promover a corregdo das condigdes encontradas, quando necessaria, para que estas atendam a0 estabelecido no Art. 4° desta Resolugao; ©) manter disponivel o registro das avaliagdes e corregSes realizadas; e 4) divulgar aos ocupantes dos ambientes climatizados os procedimentos ¢ resultados das atividades de avaliagdo, corrego e manutengdo realizadas. ntes Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido. Ministério da Satide - MS ‘Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria - ANVISA Em relagdo aos procedimentos de amostragem, medigdes e andlises laboratoriais, considera-se como responsavel técnico, o profissional que tem competéncia legal para exercer as atividades descritas, sendo profissional de nivel superior com habilitagdo na area de quimica (Engenheiro quimico, Quimico ¢ Farmacéutico) e na rea de biologia (Bidlogo, Farmacéutico e Biomédico) em conformidade com a regulamentagdo profissional vigente no pais e comprovacdo de Responsabilidade Técnica - RT, expedida pelo Orgao de Classe. As analises laboratoriais e sua responsabilidade técnica devem obrigatoriamente estar desvinculadas das atividades de limpeza, manutengo e comercializagao de produtos destinados ao sistema de climatizagao (Of. Bl. n? 26) Este texto no substitui o(s) publicado(s) em Diario Oficial da Unido.

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