2. D.

Madalena, após a sua filha demonstrar interesse em ir com o seu pai a

Lisboa, reage mal a esta ideia de os dois irem para a capital, ficando nervosa
e não querendo que Maria a deixe sozinha. A mesma fica bastante preocupada
e temorosa, pedindo em gesto de súplicas que ninguém se afaste da sua filha
tentando sempre protegê-la dos perigos. No desenrolar, D. Madalena
esclarece o porquê deste dia ser fatídico, considera-se uma pecadora por ter
conhecido o seu atual marido quando D. João de Portugal ainda era vivo.

4. Neste monólogo de Frei Jorge é percetível que este acredita que uma
tragédia está prestes a acontecer nesta família, diz não reconhecer o estado
do seu irmão. Evidencia ainda a condição psicológica de D. Madalena que
aparenta estar bastante abalada e temorosa. Faz ainda referência a Maria e
ao seu estado. Deste modo, esta cena adensa a atmosfera trágica, sendo Frei
Jorge contagiado pela mesma.

5. Este dia protagoniza um momento fatídico na vida de D. Madalena, nesta

sexta-feira foi o dia que a mesma começou a mar Manuel Sousa Coutinho,
ainda casada com D. João de Portugal, este ato representa, por isso, um
pecado cometido. Foi ainda sexta-feira que D. Madalena casara com o seu
primeiro marido e que D. Sebastião desaparecera na batalha de Alcácer
Quibir.

Afonso Filipe|Nº1|11º8ª