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Capítulo

3- Resposta no Tempo

CONTROLO
MEEC
1º semestre – 2017/2018
Transparências de apoio às aulas teóricas

Cap 3 – Resposta no Tempo

Isabel Ribeiro

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


António Pascoal

Todos os direitos reservados


Estas notas não podem ser usadas para fins disNntos daqueles para que foram
elaboradas (lecionação no InsNtuto Superior Técnico) sem autorização dos autores

CONTROLO | 1º sem 2017/2018


Capítulo 3- Resposta no Tempo

ObjecNvos

•  Rever conceitos sobre a resposta no tempo de SLITs


•  Pólos, zeros, ganho estáNco e a resposta dinâmica
de SLITs
•  Caracterização da resposta de sistema de 1ª e 2ª
ordem e ordem superior
•  Sistemas de fase não mínima
•  Relação tempo-frequência

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Ø  Referências
o  Cap.3 – do livro de Franklin, Powel, Naemi (referência principal)
o  Cap. 2 (secões 2.1 a 2.3) - do livro de Mª Isabel Ribeiro, Análise de
Sistemas Lineares, 2002, IST Press (disponível na IST Press no IST)
o  Sinais e Sistemas, Isabel LourNe, Escolar Editora (para revisão de
conceitos sobre TL)

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 2
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Função de Transferência: definição

r(t) y(t)
SLIT

FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA Quociente da transformada de Laplace do sinal de


saída pela transformada de Laplace do sinal de
Y( s )
G(s) = entrada considerando nulas as condições iniciais
R(s) c.i.=0
R(s) Y(s)
G(s)

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Para condições iniciais nulas Y(s) = G(s).R(s)

•  A função de transferência é um conceito potente para descrever o


comportamento de sistemas do ponto de vista de entrada/saída
•  Para SLITs, a função de transferência caracteriza completamente o
sistema do ponto de vista de entrada-saída
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 3
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no Tempo

r(t) y(t)
SLIT

Dados
• a equação diferencial que representa um modelo do SLIT
• a entrada r(t)
• as condições iniciais
Pretende-se:
• Conhecer a evolução temporal da saída, y(t)

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Uma maneira de resolver o problema
Resolver a equação diferencial que é a representação do
comportamento de entrada-saída

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Capítulo 3- Resposta no Tempo

Função de Transferência e a Resposta no Tempo

r(t) y(t)
SLIT

R(s) Y(s)
G(s)

Resolução da eq.diferencial
r(t) y(t)
Y( s )
G(s) =
TLu R(s) c.i.=0
TLu-1

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R(s) Y(s)
Y(s) = G(s).R(s)

Se as condições iniciais forem nulas

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Resposta no tempo a parNr da FT: Capítulo 3- Resposta no Tempo

exemplo de sistema de 1ª ordem

F(s) V ( s)
m f(t) 1m
G(s) G(s) =
b s+β m
Sistemas mecânicos de translação
exemplo-1ªordem

u(t) = escalão de Heaviside f(t) = F u(t) = entrada do


sistema

1 F
F TL(u( t )) = → TL( f ( t )) =
1 s s

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assume-se que o
sistema está
inicialmente em repouso

F 1
TL-1
V( s) = .
s ms + β
⎛F 1 ⎞
v( t ) = TL−1( V(s)) = TL−1⎜⎜ . ⎟⎟
⎝ s ms + β ⎠
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 6
Resposta no tempo a parNr da FT: Capítulo 3- Resposta no Tempo

exemplo de sistema de 1ª ordem

⎛F 1 ⎞ 1m
v( t ) = TL−1( V(s)) = TL−1⎜⎜ . ⎟⎟ G(s) =
⎝ s ms + β ⎠ s+β m
decomposição em fracções parciais

F 1 F(1 m) ⎛1 β 1β ⎞
= = F.⎜⎜ − ⎟⎟
s ms + β s(s + β m) ⎝ s s + β m) ⎠

β
1 1 − mt F
v( t ) = F u( t ) − F e u( t ) saída
β β β
1

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β

1 1 − mt
β F
v( t ) = F − F e para t≥0
β β

Ganho em
regime
estacionário

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Capítulo 3- Resposta no Tempo
A FT e a obtenção da resposta de

um SLIT com c.i. não nulas


Resolução da eq.diferencial
r(t) y(t) UNlização da Função de
Transferência na obtenção da
TL TL-1 resposta de um SLIT
Se as condições iniciais forem nulas
R(s) Y(s)
Y(s) = G(s).R(s)

•  E se as condições iniciais não forem nulas?


•  Não é possível conNnuar a usar (directamente) a Função de Transferência ?

TLu-1

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TLu
G(S) eq.diferencial Y(s) y(t)
R(s)
c.i.≠0

Já tem em
linha de conta
as c.i.
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Capítulo 3- Resposta no Tempo
A FT e a obtenção da resposta de

um SLIT com c.i. não nulas


exemplo
K dy(t)
G(s) = = Y(s)/R(s) + ay(t) = Kr(t)
s+a dt
TLu considerando c.i. não
r(t) = u(t) nulas

sY(s) − y(0− ) + aY(s) = KR(s)


y(0− ) = 1

y(0− ) K 1 y(0− ) K

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Y(s) = + Y(s) = + R(s)
s+a s+a s s+a s+a
TL-1

−at K Sistema linear


y(t) = y(0 )e -
+ (1− e −at ), t ≥ 0
Resposta devida à a Princípio da sobreposição
Resposta devida à excitação
excitação pelas condições pela entrada r(t)
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 iniciais Cap 3 - 9
Função de transferência: caso geral.
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Pólos e Zeros
R(s) Y(s) N(s) polinómio de grau m
G(s) = =
G(s) D(s) polinómio de grau n

N(s) bmsm + bm−1sm−1 + ! + b1s + b0


G(s) = = , m, n ∈ N0
D(s) ansn + bn−1sn−1 + ! + a1s + a0
Função de transferência
•  própria n≥m
Só estudaremos este Npo de FT
•  estritamente própria n>m
•  não própria n<m
Pólo do SLIT
P em C é um polo do sistema com FT própria G(s) sse G(P)=0

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Zero do SLIT
Z em C é um zero do sistema com FT própria G(s) sse G(Z) =0

Se N(s) e D(s) não Nverem factores comuns


•  Os pólos do sistema são os zeros de D(s) cuidado ao cancelar factores comuns nos
•  Os zeros do sistema são as zeros de N(s) polinómios N(s) e D(s)

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 10


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Função de Transferência: outras representações

N(s) bmsm + bm−1sm−1 + ! + b1s + b0


G(s) = = , m, n ∈ N0
D(s) ansn + bn−1sn−1 + ! + a1s + a0

Representações alternaEvas (Se não houver pólos e/ou zeros na origem, n m )

N(s) (s + z1 )(s + z 2 )....( s + zm )


G(s) = =K , m, n ∈ N0
D(s) (s + p1 )(s + p2 )....( s + pn )

Pólos {-p1, -p2, ... , -pn} Zeros {-z1, -z2, ... , -zm} (em rad/seg)

Forma das N(s) (1+ sT1 )(1+ sT2 )....(1+ sTm ) 1 1


constantes de G(s) = = K0 , m, n ∈ N0 Ti = τi =
pi

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D(s) (1+ sτ 1 )(1+ sτ 2 )....(1+ sτ n ) zi
tempo
(em seg)

Se -pi for um pólo real

K 0 ganho estáEco Atenção ao valor do ganho 1 constante


estáNco quando houver pólos τi = de tempo
e/ou zeros na origem pi
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 11
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no tempo a parNr da FT:

exemplo de sistema de 1ª ordem (cnt)


m f(t)
pólo = − β (rad/seg) b
1m m
G(s) = não tem zeros F(s) V ( s)
s+β m m
constante de tempo= β (seg) G(s)

FT na forma das constantes de tempo


jw
1 1
G(s) = 1
β 1+ s mβ Ganho estáNco= = 1.33
β

β σ
m
β

Quando aumenta,
m
•  a resposta do sistema torna-se mais rápida.

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•  a constante de tempo diminui
•  o regime transitório atenua-se mais rapidamente
β
=1
m |pólo| a aumentar
β
Ø O pólo determina a natureza da componente = 0.375
m
natural da resposta; pólo real à exponencial
amortecida
β = 0.75
Ø Como é a resposta em frequência para estas duas
situações?

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 12
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no Tempo: caso geral de 1ª ordem


Pólo = -a (rad/seg) jw
R(s) a Y(s)
G(s) = K 0 Constante de tempo = 1/a (seg)
s+a
Ganho estáNco = K0
r(t)=u(t) −a σ

1 1 a K K
R(s) = Y(s) = K 0 . = 0− 0
s s s+a s s+a 1
declive = K 0 . = K 0 .a
cons tan te de tempo

y(t) = K 0 − K 0 e − at Para t 0 K0

Tempo de estabelecimento (a 2%)–

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tempo ao fim do qual a resposta se
confina a uma faixa de 2% do
valor final.

63.2%

86.5%
4
t s (2%) = = 4 * constante de tempo

95%

98%
a
ts a 5%
3 1 2 3 4 5
t s (5%) = = 3 * constante de tempo
a a a a a a

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 13


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Teoremas dos Valores Inicial e Final (para SLITs)

Teorema do Valor Inicial

lim+ x(t) = x(0+ ) = lim sX(s)


X(s) = TL[ x( t )] t →0 s→∞

Teorema do Valor Final Se todos os pólos de sX(s) estão no s.p.c.e

lim x(t ) = lim sX(s)


t →∞ s→0

De que modo estes teoremas podem ser usados na

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análise do comportamento (da saída) de SLITs ?

Sem o cálculo explícito da saída para


R(s) Y(s)
G(s) uma dada entrada é possível avaliar
valores parNculares da saída:

Y(s) = G(s).R(s) y (0 + ), lim y (t ), y! (0 + ), !y!(0 + ),....


t →∞
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 14
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Teoremas dos Valores Inicial e Final (para SLITs)


no cálculo de caracterísNcas da saída de um SLIT
R(s) Y(s)
G(s)

Valor Inicial da Saída

lim+ y( t ) = lim sY(s) = lim sG(s)R(s)


t →0 s→∞ s→∞

Entrada 1 1
escalão R(s) = lim+ y(t) = lim sG(s) = lim G(s)
s t →0 s →∞ s s →∞
unitário

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Valor Final da saída
lim y(t ) = lim sY(s) = lim sG(s)R(s)
t →∞ s→0 s→0

Entrada 1 1
escalão R(s) = lim y( t ) = lim sG( s ) = lim G(s)
s t →∞ s→0 s s→0 Valor do ganho em
unitário
regime
estacionário
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 15
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Ganho EstáNco: exemplo


X

m f(t)
b
Entrada=f(t)

F(s) X(s) Saída = x(t)


G1(s)

F(s) 1m V ( s) 1 X(s)
s+β m s

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este sistema tem um pólo na origem (a
posição é o integral da velocidade)
1m
G1(s) =
s(s + β m)
K 0 = lim G1(s) = ∞
s→0
O ganho estáNco é infinito
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 16
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no Tempo: sistema de 2ª ordem


exemplo X
ObjecEvo: controlar o sistema em posição
m f(t)
b G1(s)

R(s) + F(s) 1m V ( s) 1 X(s)


K
_ s+β m s

Qual é a função de transferência do sistema controlado, i.e., em cadeia fechada?

X(s) = G1(s)F(s) = G1(s)K[R(s) − X(s)]

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K
(1+ KG1(s))X(s) = KG1(s)R(s) X(s) m
G(s) = =
X(s) KG1(s) R(s) s2 + s β + K
= m m
R(s) 1 + KG1(s)
•  sistema de 2ª ordem, com 2 pólos, sem zeros
CONTROLO | 1º sem 2017/2018
•  ganho estáNco = ?
Cap 3 - 17
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no Tempo: sistema de 2ª ordem. Caso geral


R(s) Y(s)
ω n2
G(s) G(s) = 2
s + 2ζω n s + ω n2
Qual é a resposta para uma entrada escalão de amplitude unitária ?
•  depende da localização dos pólos
s 2 + 2ζω n s + ω n2 = 0 s = −ξω n ± ω n ξ 2 − 1 ζ=0

ζ >> jω n
jω d
0 ≤ ζ <1 Sistema subamortecido ωn
Pólos complexos θ = arcsin ζ
conjugados −ζω n ± jω n 1− ζ 2
ζ =1

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


−ω n −ζω n
ζ =1 Sistema criEcamente amortecido
Pólo real duplo
−ζω n = −ω n
− jω d
wd = ω n 1− ζ 2
ζ >1
Sistema sobreamortecido − jω n
ζ=0
Pólos reais disEntos
−ζω n ± ω n ζ 2 − 1
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 18
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no Tempo: sistema de 2ª ordem (exemplos)


Resposta a um escalão de amplitude unitária
ω n = 1, ζ = 0 ω n = 1, ζ = 0.3
Sistema subamortecido

ω n = 1, ζ = 1 ω n = 1, ζ = 2

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Sistema criticamente amortecido Sistema sobreamortecido

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Capítulo 3- Resposta no Tempo

Resposta no Tempo: sistema de 2ª ordem (exemplos)


ω n = 1, ζ = 0.3 ω n = 1, ζ = 2
Sistema subamortecido Sistema sobreamortecido

zoom zoom

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A derivada na origem é nula
sω n2
Demonstre este resultado usando o lim y!(t) = lim 2 =0
s→∞ s + 2ζω s + ω
2
t→0 +
teorema do valor inicial, mostrando que: n n

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 20


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido 0 ≤ ζ < 1


pólos complexos ωn – freq. oscilações naturais NÃO amortecidas
s1,2 = −ζω n ± j ω n 1− ζ 2 ζ
-- coeficiente de amortecimento
!#"#$
wd ωd – frequência das oscilações amortecidas

Resposta a uma entrada escalão unitária

1 Td Período das oscilações


−ζω nt
y(t) = 1− e sin(ω n 1− ζ t + Ψ)
2
t≥0
1− ζ 2

sobreelevação
parte real dos pólos S
1
Consequência de o ganho parte imaginária 0.9 ± 2%

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


estáEco ser unitário dos pólos

1− ζ 2
Ψ = arctg
ζ
0.1

Nota: ωn actua apenas como tr tp ts


factor de escala de tempo Tempo de Tempo Tempo de estabelecimento
subida de pico
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 21
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Especificações no domínio do tempo

•  As especificações para o desempenho de um sistema controlado são, por


vezes, expressas em termos da sua resposta no tempo
•  Especificações „picas em termos de:
–  Tempo de subida (tr) – tempo que o sistema demora a aNngir a vizinhança de
um novo set-point
•  Vulgarmente o intervalo entre 0.1 e 0.9 do valor final
–  Tempo de estabelecimento (ts) – tempo que o regime transitório demora a
decair
•  Vulgarmente o tempo até a saída se confinar a uma faixa de 5% ou 2%do valor final
±
–  Sobreelevação - (S%) – valor máximo da saída menos o valor final divido pelo
valor final

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


–  Tempo de pico (tp) – é o tempo que o sistema demora a aNngir o valor
máximo da saída
•  Para sistemas de 2ª ordem, sem zeros, subamortecidos, estas
especificações podem expressar-se como função de ξ e de ωn

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 22


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido


CaracterísEcas da resposta

•  Pontos em que a derivada se anula

dy( t ) nπ nπ
=0 t= = n = 0,1,2,...
dt ω d ω n 1− ζ 2

Para n=0 y! (0+ ) = 0 A derivada na origem é nula

• Período das oscilações - Td



Td =
ωd
• Tempo de pico - tp

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Tempo ao fim do qual ocorre o máximo absoluto de y(t)
π Td
tp = = n=1
ωd 2

ω d = ω n 1− ξ 2 ↑ ⇔ parte imaginária dos pólos ↑⇒ t p ↓

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 23


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido


•  Sobreelevação – S% CaracterísEcas da resposta

y max − y final
S% = 100 Só depende do
y final
coeficiente de

ζπ
amortecimento
1−ζ 2
ymax = y(tp ) = 1+ e


ζπ ζ ↓ ⇒ S% ↑
1− ζ 2
S% = 100 .e

•  Tempo de subida - tr
Tempo requerido para a saída evoluir de 10% a 90% do valor final

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Não há uma expressão analítica simples que relacione tr
com o coeficiente de amortecimento e a frequência wn.

Mas há expressões aproximadas

1.8
tr ≅
ωn
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 t Cap 3 - 24
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido


•  Tempo de estabelecimento a 2% (ts(2%)) CaracterísEcas da resposta

• Instante de tempo em que a saída aNnge e se mantém numa faixa de 2% do valor final
• A mesma definição usada nos sistemas de 1ª ordem

1
y(t) = 1− e−ζω nt sin(ω n 1− ζ 2 t + Ψ)
1− ζ 2

1 −ζω nt
aproximação
e = 0.02
1− ζ 2
sin(ω n 1− ζ 2 t + Ψ) = 1

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


4
a 2% ts = ζω n ↑ ⇔| parte real dos pólos| ↑⇒ t s ↓
ζω n
3
a 5% ts =
ζω n Valores aproximados
4.6 Verifique a analogia com os
a 1% ts =
ζω n sistemas de 1ª ordem
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 25
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido – Vários Exemplos

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Figuras reNradas de
Análise de Sistemas Lineares, M. Isabel Ribeiro, IST Press, 2001

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 26


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido – Vários Exemplos

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Figuras reNradas de
Análise de Sistemas Lineares, M. Isabel Ribeiro, IST Press, 2001

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 27


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem Subamortecido


Lugar geométrico dos pólos que correspondem
a determinadas especificações
ωn constante
Tempo de subida constante
ζω n constante
Tempo de estabelecimento constante

ξ constante ωd constante
Sobreelevação, constante
Tempo de pico constante

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 28
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Exercício

R(s) + 1 1 Y(s)
K
s+2 s
_

•  O ganho estáNco do sistema em cadeia fechada depende de K?


•  Determine o valor de K para que a resposta do sistema em cadeia fechada a uma
entrada escalão de amplitude unitária tenha sobreelevação de 20%.
•  Para esse valor de K qual é o tempo de estabelecimento a 5% da resposta?
K
Y(s) s(s + 2) K
= = 2
R(s) 1+ K s + 2s + K Ganho estáNco unitário, independente de K
s(s + 2)
Das especificações pretendidas:

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


O sistema em cadeia fechada
tem uma f.t. da forma −ξπ
1−ξ 2 ln 2 0.2
S % = 20% ⇒ e = 0.2 ⇒ ξ =
ω n2 π 2 + ln 2 0.2
G(s) = 2
s + 2ζω n s + ω n2 ξ = 0.46
1
Por ⎧2ξωn = 2 ωn = ωn = 2.2 ⇒ K = 4.8
comparação: ⎨ 3
ξ
⎩ K = ωn
2
t s (5%) = = 3seg
Confirme resultados usando Matlab ξωn
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 29
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 2ª ordem – CriNcamente amortecido


ω n2
G(s) = 2
s + 2ζω n s + ω n2

ζ =1 ζ =1

− wn
ω 2
G(s) = n
(s + ω n )2
ganho estáNco unitário
1
entrada escalão de amplitude unitária R(s) =
s

ω n2 c1 c2 c3

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Y (s) = = + +
s(s + ω n )2 s (s + ω n )2 s + ω n

y(t) = 1− ω nte−ω nt − e−ω nt t≥0

y(t) = 1− (1+ ω n t)e −ω n t t≥0


CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 30
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistemas de ordem superior. Efeito de pólos adicionais

a.ω n2
G(s) = 2
(s + 2ζω n s + ω n2 )(s + a)

1 R R (s + ζω n ) + R3ω d R4
R(s) = Y (s) = 1 + 2 +
s s (s + ζω n )2 + ω d2 s+a

y(t) = R1 + e−ζω nt (R2 cos ω d t + R3 sin ω d t) + R4 e− at t≥0

•  De que modo um pólo influencia a resposta global?

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Ø Através de:
Contribuição de pólos para a
–  Jpo de pólo (real, complexo, simples, duplo) resposta transitória
pólo simples
–  parte real - que determina o ritmo de e − at
decaimento da componente transitória associada
e − at , te− at pólo duplo

–  resíduo associado – que depende da localização


dos outros pólos e zeros. e − at sin(bt + Ψ)
pólos complexos
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 31
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de 3ª ordem sem zeros

25 * a
G(s) =
(s + a)(s2 + 4s + 25)
-2

-8 -3 -1
sistema de 3ª ordem c/ 2 pólos complexos conjugados e um pólo real

a =1, 3, 8 rad/seg

sistema de
2ª ordem

a=8

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


a=3 Ø  Quando |a| aumenta
•  a influência do pólo real diminui
•  O pólo torna-se “menos dominante”
a=1 •  A resposta é “dominada” pelos pólos complexos
Ø  Em qualquer das situações o sistema torna-se mais lento
•  A largura de banda DECRESCE quando |a| diminui

Compare o diagrama de Bode para as quatro situações


CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 32
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistemas de ordem superior: Pólos não dominantes

25 * a
G(s) =
(s + a)(s2 + 4s + 25)

Ø  Quando |a| aumenta


•  a influência do pólo diminui
•  O pólo torna-se “menos dominante”
•  Os pólos complexos são pólos dominantes
Ø  Em que condições é possível desprezar o pólo (real) não dominante ?

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Ø Quando o regime transitório associado é desprezável, no conjunto de todas as
contribuições transitórias, ao fim de aproximadamente 5 constantes de tempo.
Ø Quando o módulo do pólo real é pelo menos cinco vezes maior que o módulo
da parte real dos pólos dominantes.

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 33


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistemas de ordem superior: Pólos não dominantes

25 * a
G(s) =
(s + a)(s2 + 4s + 25) a = 10
250
2ªordem
G(s) =
(s + 10 )(s2 + 4s + 25 )
3ªordem
25
G(s) =
1
( s + 1)(s2 + 4s + 25 )
10

O desprezo de pólos não dominantes


tem que preservar o ganho estáNco

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


25
G(s) ≅
(s + 4s + 25 )
2

Aproxima o sistema de
2ªordem, no que respeita à
Que acontece no domínio da frequência? resposta no tempo
Qual é o conceito de pólo não dominante no domínio da
frequência?
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 34
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Efeito de zeros adicionais


Qual a influência de zeros na resposta de SLITs?
bc R1 R 2 R
bc (s + a) ganho Y(s) = ( + + 3 )
G(s) = estáNco a s s+b s+c
a (s + b)(s + c) unitário

1 a
R(s) = R1 =
s Entrada escalão de bc
amplitude unitária a−b
R2 =
( −b)(c − b)
Cálculo geométrico dos resíduos −c +a
R3 =
( −c )(b − c )

-c -a
Os zeros determinam o valor dos resíduos

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


-b
bc
y( t ) = (R1 + R 2e −bt + R3 e −ct )
a
aproximação
•  Os resíduos R2 ou R3 serão
pequenos se o zero esNver bc
próximo de pólo em –b ou do pólo R2 << R3 y( t ) = (R1 + R3 e −ct )
a
em –c, respecNvamente.
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 35
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Pólos não dominantes: Redução de ordem


Em que condições
Sistemas de ordem superior podem ser aproximados por sistemas de ordem mais baixa?
•  Quando há PÓLOS NÃO DOMINANTES
–  o resíduo associado ao pólo é pequeno
•  Proximidade com um zero
–  a parte real do pólo é elevada
•  Regime transitório exNngue-se muito rapidamente
Como se faz a aproximação ?
–  despreza-se o pólo e o zero
–  despreza-se o pólo

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


Cuidado a ter na aproximação
O sistema original e o aproximado devem ter o mesmo ganho estáNco

exemplo

236(s + 1.1)
G(s) =
(s + 1)(s + 20 )[( s + 2)2 + 32 ]
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 36
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistemas com zeros. Efeitos de um zero adicional

ω n2 (s + b)
G(s) =
b (s + ω n )2 1 pólo duplo e 1 zero

Para entrada escalão unitário

ω n2 (s + b) 1 (ω n − b)ω n / b 1
Y (s) = = + −
b s(s + ω n )2 s (s + ω n )2 s + ωn

⎛ ω (ω − b) ⎞
y(t) = 1+ ⎜ n n t − 1⎟ e−ω nt , t ≥ 0
⎝ b ⎠

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


CaracterísNcas da resposta
Use os teoremas dos valores inicial e final para chegar a
estas conclusões
y(0 + ) = 0
+ ω n2
y!(0 ) =
b Pode ser negaNvo se
y(∞) = 1 o zero esNver no spcd

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 37


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistemas com zeros. Efeitos de um zero adicional


ω n2 (s + b)
G(s) =
b (s + ω n )2
0 < ωn < b 0 < b < wn

-b -wn -wn -b

Existe
sobreelevação
wn = 2 wn = 2
b=4 b =1

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


w 2n (s + b) Combinação linear de um sinal
Y(s) = =
b s(s + w n ) 2 e da sua derivada

(s + b) w 2n s
= = Y1 (s) + Y1 (s) Quando b aumenta (zero a afastar-se do eixo
b s(s + w n ) 2
b imaginário), o efeito do zero diminuiu
$!#!"
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Y1 (s)
Cap 3 - 38
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistemas com zeros. Efeitos de um zero adicional

w n2 (s + b) b < 0 < wn
G(s) = Pólo duplo e zero no spcd
b ( s + w n )2
-wn -b

Sistema tem um zero no spcd


- sistema de FASE NÃO MÍNIMA

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


•  Sistema de fase não mínima é aquele que
tem pelo menos um pólo e/ou um zero no
semi-plano complexo direito
–  Pólo no spcd – instabilidade
Derivada na origem é negativa –  Qual é o efeito de um zero no spcd ?

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 39


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de Fase não mínima: Exemplo. Barrilete

Exemplo – Barrilete
–  Centrais termoeléctricas
–  Produção de vapor

r(t) h(t)
barrilete
Caudal de água Altura da água no
fria à entrada barrilete

Lento

•  Relação entre a abertura da válvula da

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


água fria e a altura da água no
barrilete depende de:
•  Efeito rápido de contracção da água
devido à injecção de água fria
•  Efeito de integração devido à adição de
Rápido
massa

CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 40


Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de Fase não mínima: Exemplo. Barrilete

Exemplo – Barrilete
H(s) H1(s) H2 (s)
G(s) = = +
R(s) R(s) R(s)
K1 1 K + (K1τ − 1)s
G(s) = − = 1
s τs + 1 s( τs + 1)
•  Para certa relação de K1 e t o sistema tem um zero no semi-plano complexo direito (t <1/ K1 )
•  Nos sistemas reais t<<1, K1<<1.

entrada escalão r(t) =u(t)

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CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 41
Capítulo 3- Resposta no Tempo

Sistema de fase não mínima: Manipulador Flexível

Manipulador Rígido
saída
entrada
T T(t) q(t)
q

0 t t
0
T-binário motor

Manipulador Flexível
saída

© Isabel Ribeiro, António Pascoal


entrada
T T(t) q(t)
q
t t
0
T-binário motor
Efeito de “chicote” (FASE NÃO MÍNIMA)
CONTROLO | 1º sem 2017/2018 Cap 3 - 42

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