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A HEGEMONIA

ECONÓMICA BRITÂNICA
História 2022/2023
Professora Isabel Matos

Leonor Veríssimo, nº9, 11ºCLH


Instituto de Ciências Educativas

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O sistema de produção organizado com base nas oficinas familiares dispersas é a produção
manufatureira.

2.

O documento, “O trabalho nas comunidades rurais”, corresponde a uma fonte histórica


primária, escrita em 1849. Refere-se a um trabalho manufatureiro, agrícola e familiar nas
comunidades rurais divido por géneros.

O trabalho agrícola pertencia exclusivamente ao chefe da casa - “marido” - e aos restantes


homens da família. Enquanto, as mulheres dedicavam-se maioritariamente ao trabalho
doméstico e à fiação da lã ou algodão. No entanto, o trabalho manufatureiro têxtil também podia
ser partilhado pelos homens – “Os maridos e filhos vinham a seguir, em momentos em que o
trabalho agrícola não os chamava, dimensionavam a urdidura”.

A atividade agrícola e a ativida manufatureira têxtil complementam-se na economia


doméstica do mundo rural – “com a agricultura, o trabalho doméstico, a cardagem, a fiação, a
tecelagem... havia um amplo emprego para a família”.

3.

Na 2ª metade do século XVIII, mais especificamente, a partir de 1750, dá-se ao início do


processo de industrialização inglês, que fora impulsionado por um conjunto de fatores naturais e
pelos progressos agrícolas.

O território inglês possuía abundantes jazidas de hulha (carvão mineral) “fáceis de


explorar”, que posteriormente, aplicados à maquina a vapor, permitiram aperfeiçoar os
processos de transformação na metalurgia e obter ferro de melhor qualidade. No documento 2B,
constata-se a difusão das jazidas de carvão (Newcastle, Nantwich, Cardiff) pela Grã- Bretanha.

Também possuía bons portos, canais e rios navegáveis, que tornaram fácil e pouco
dispendioso o transporte de matérias-prima - “os meios de comunicação extremamente fáceis e
pouco dispendiosos”.

4.

O setor produtivo em que ocorreu o arranque da Revolução Industrial inglessa foi o setor
têxtil algodoeira.

5.

Na 2ª metade do século XVIII, mais especificamente, a partir de 1750, o setor têxtil


algodoeiro e a metalurgia foram os dois setores que contribuíram para o arranque da
industrialização inglesa.

Devido ao aumento da procura e abundância de matéria-prima nas colónias, impulsionaram


os progressos no setor algoeiro, como, por exemplo, a invenção da máquina de tecer com
lançadeira volante, em 1733, e invenção da máquina de fiação automática, em 1765. Estas
inovações refletiram-se nos inúmeros melhoramentos efectuados na tecelagem, na fiação e na
estampagem. Manchester, localizada no mapa do documento 2B, era a principal cidade de
algodão no século XIX. A partir desta fonte histórica, também se comprova a abundância de
índustrias têxteis, provenientes das colónias, em Inglaterra

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A Inglaterra como possuía abudantes jazidas de hulha (carvão mineral) “fáceis de
explorar”, desenvolveu processos de transformação da metalurgia e obtenção de ferro de melhor
qualidade, tornando-se mais barato e resistente. O crescimento do setor metalúgico intensificou-
se e deu origem à construção de máquinas, pontes, caminhos de ferro, entre outros.

6.

As enclosures significam, traduzindo para português: “terras vedadas”, que com a


permissão do Parlamento, os grandes proprietários (“Landlord”) podiam “dividir as terras
comuns e emparcelar as suas terras”.

7.

A condição política que contribuiu para transformar a estrutura da propriedade em


Inglaterra durante o século XVIII foi o Parlamentarismo.

8.

Um excerto do documento 3 que evidencie as vantagens da alteração da estrutura da


propriedade que ocorreu em Inglaterra a partir de “1765” é: “Se há 20 hectares de terra arável
sem prados à volta que vale cerca de 5s por acre, o que faz 5£ por ano...fechá-lo e vai valer
£20 por ano”.

9.

No século XVIII, o sistema de campos abertos revelou-se um obstáculo à rentabilização das


terras, por isso, originou-se um processo de vedação dos campos, o movimento das enclosures.

O movimento das enclosures traduziu-se num aumento exponencial do rendimento dos


produtores agrícolas (landlords). Em todos as aldeias apresentadas no documento, o lucro foi
muito superior. Em Elford e Coney Weston, as rendas agrárias triplicaram e duplicaram,
respetivamente. Num caso mais específico, como Riseley, o rendimento atingiu o seu máximo
(107%)

Na segunda metade do século XVIII, devido à intensificação do movimento das enclosures,


o Parlamento promulgou certas leis, que contribuíram para a subida das rendas agrárias.

10.

No século XVIII, o sistema de campos abertos revelou-se um obstáculo à rentabilização das


terras, por isso, originou-se um processo de vedação dos campos, o movimento das enclosures.

O rendimento médio global e o lucro dos produtores aumentavam nos campos fechados do
que nos campos abertos. - “Se há 20 hectares de terra arável sem prados à volta que vale cerca
de 5s por acre, o que faz 5£ por ano...fechá-lo e vai valer £20 por ano”.

Os grandes proprietários das terras (landlords) pertencentes a uma nobreza empreendedora,


detentora de enormes propriedades e politicamente ativa no Parlamento, fizeram com que
surgisse um conjunto de leis “entre 1760 e 1840, nomeadamente o General Enclousures Act”,
que tinham como objetivo a apropriação de pequenas propriedades (terras comunais e sem
cadastro) e a vedação/cerco das novas terras. Estes proprietários alargaram e dinamizaram as
suas propriedades através da compra de terras e de inovações de terras agrícolas. – “nada menos
do que 400 atos de enclosures foram publicados pelo Parlamento, autorizando os senhores a
dividir as terras comuns e a emparcelar as suas terras”.

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Em conclusão, estes dois fatores permitiram a capitalização da agricultura. Assim sendo,
este setor deixara de ser somente para o abastecimento de bens alimentares,

11.

A designação do processo do mapa é o sistema quadrienal de rotação de culturas.

12. II e III
13. A)
14. D)
15. A)
16. B)
17.

No século XVIII, surgiu em Inglaterra, uma nova teoria económica, o Fisiocrastismo, que
valorizava a agricultura, considerando-a a base económica de qualquer nação. Graças aos
grandes proprietários (landlords), iniciou-se um processo de renovação dos métodos agrícolas.

Substitui-se o afolhamento trienal da rotação de culturas pelo sistema quadrienal de rotação


de culturas. No sistema quadrienal, alternava-se os solos entre “culturas cerealíferas com
pastangens temporárias”, evitando o pousio e possibilitando a renovação das terras. Esta
prática, não só proporcionava um aproveitamento total do solo “fertilidade do solo através de
rotações melhoradas”, como também existia a perfeita ligação entre a agricultura e a criação de
gado, uma vez que o estrume era o único fertilizante disponível “permitir mais gado,
produzindo mais adubo para fertilizantes”.

Devido às inovações das ténicas de cultivo, os campos abertos (openfields) revelam-se um


obstáculo à rentibilização da terra, o que resultou na vedação dos campos, as enclosuers. “A
nova paisagem agrícola que surgiu para substituir as aldeias nucleares cercadas por campos
abertos consistia em propriedades fechadas”.

Em conslusão, estas duas inovações referidas, e não só, permitiram aumentar a


“produtividade agrícola”.

18.

Um excerto do documento 7 que evidencie a vantagem da rotação quadrienal da rotação de


culturas é: “Esta técnica teve dupla vantagem de repor a fertilidade dos solos através das
rotações melhoradas....e de permitir mais gado, produzindo mais adubo para fertilizantes.”.

19.

A “tendência gradual para grandes propriedades” permitiu aumentar a produtividade e a


produção agrícola.

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