Você está na página 1de 1

Marca a página 11 Soluções do manual

Soluções do manual
Pensa fora da caixa – pág. 13 Páginas em movimento – pág. 261
1. Tópicos para a apreciação crítica: 4. Tópicos para a apreciação crítica:
– descrição do objeto: neste cartoon de carácter icónico – o enredo: a história dá a conhecer uma família
de Mikail Çiftçi podem ver-se as mãos de uma pessoa tradicional portuguesa, prendendo o espectador desde
que agarram um telemóvel e estão presas por uma a primeira cena, pela chocante imagem da frieza de
corrente, corrente essa que prende também dois livros um pai face ao suicídio de um filho pendurado numa
e, simultaneamente, se liga à eletricidade. Predominam árvore, ato que tem impacto para que o espectador
dois tons de azul: em primeiro plano, o azul forte compreenda a dinâmica da família; para além da
presente no ecrã do telemóvel; como pano de fundo da história familiar, é também brilhante o modo como
imagem, um azul mais claro. De facto, a mesma surge denunciada a atuação dos governantes
corrente que mantém o telemóvel “vivo” é a que portugueses, através de uma séria repressão política,
aprisiona os livros, mantendo-os fechados. ao mesmo tempo que se expõe a resistência feminina
– Comentário crítico: é notória uma crítica evidente à perante a força do poder masculino.
dependência das novas tecnologias em detrimento dos – o elenco: reconhece-se que a interpretação dos atores
livros. Estes, para além de fechados, encontram-se e das atrizes é verdadeiramente estimulante, levando-
presos por uma corrente que impossibilita a sua nos a odiar certas atitudes e a compreender outras,
abertura e, ao mesmo tempo, permite a ligação pois facilmente nos identificamos com o universo
constante a um telemóvel. Desta forma, o autor íntimo de cada uma delas.
mostra, de modo evidente, que o ser humano está – o ritmo: a narrativa flui com rapidez, devido às cenas
totalmente dependente das novas tecnologias, ideia melodramáticas que tiram a respiração a cada cena.
que se revela através da metáfora das mãos presas e – o desfecho: ao acompanharmos as aventuras da
dos livros fechados e, também eles, presos. Trata-se família, envolvemo-nos nos seus segredos e traições;
de um cartoon que aborda de forma exemplar uma o desfecho trágico torna-se, assim, inevitavelmente
temática atual e que questiona as contradições a que o previsível.
ser humano está sujeito, sentindo-se livre quando está
com o seu telemóvel, apesar de, na realidade, essa
liberdade não existir.

Escrita – pág. 119


1.1. Tópicos para a apreciação crítica:
– descrição do objeto: fado “Destino”, inserido no álbum
Canto (2014), de Carminho.
– relação entre o tema da música e os atos I e II: o tema
da música é o destino, também presente nos atos I e II
de Frei Luís de Sousa. A música refere que cada pes-
soa já nasce com um destino traçado – “E a vida que
teremos ali escrita e resolvida” –, do qual não pode
fugir – “E se o destino / Já nos marcou esta sina”. Da
mesma forma, o sofrimento de D. Madalena e Manuel
de Sousa Coutinho estava predestinado, como com-
provam os presságios que surgem no ato I. Para além
disso, a fala de Madalena sobre os condes de Vimioso
(ato II, cena VIII) e a resposta de Manuel revelam que
o destino já predestinara que estes seguiriam o
caminho daqueles.
– comentário crítico: a música apresenta alguma leveza,
distinguindo-se da força trágica que o tema assume em
Frei Luís de Sousa. Faz, no entanto, uma abordagem
da temática do destino como se fosse algo contra o
qual não podemos lutar.

Você também pode gostar