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A Abóbada,

O que é a filosofia?
Alexandre Herculano
Contexto – o mosteiro

Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Mosteiro da Batalha), 1517, Batalha, Leiria


Contexto – a abóbada

Mosteiro da Batalha

Fotografia: Concierge.2C
Abóbada da Casa do Capítulo O arquiteto da abóbada (pormenor num
dos cantos da Casa do Capítulo)
Estruturação da narrativa

I – O cego II – Mestre Ouguet III – O auto IV – Um rei cavaleiro V – O voto fatal

encadeamento da
narrativa
I – O cego
Tempo – 6 de janeiro de 1401
Espaço – Mosteiro da Batalha
Ação
• O povo junta-se para assistir ao auto da adoração dos reis.
• Caracterização do espaço envolvente ao mosteiro.
• Caracterização do mestre Afonso Domingues.
• Conversa entre Frei Lourenço e Frei Joane.
• Afonso Domingues, arquiteto e antigo cavaleiro, admite a sua mágoa – cegueira e
impossibilidade de continuar a supervisionar a obra.
• Chegada de D. João I.
Mestre Afonso Domingues
• Patriota.
• Profundo sentido de honra.
• Injustiçado.
• Moral inquestionável.
• Determinado.
• Incompreendido.
• Insubmisso.
• Imbuído de uma aura de tragicidade.

protagonista herói romântico


II – Mestre Ouguet
Ação
• Agitação do povo com a chegada de D. João I.
• Encontro e diálogo entre o rei e mestre David Ouguet.
• Caracterização de David Ouguet.
• Antipatriota.
• Sobranceria perante os portugueses.
• Orgulhoso.
• O arquiteto critica mestre Afonso Domingues e explica ao rei que decidira alterar o
desenho da abóbada da Casa do Capítulo, desrespeitando as indicações do
arquiteto português.
• David Ouguet faz uma descoberta terrível, ao observar casualmente a abóbada.

antagonista anti-herói
Relações entre as personagens
Afonso
Domingues herói romântico

Hierarquia
Desdém Amizade

David
Ouguet
D. João I
III – O auto
Ação
• Auto de adoração dos reis magos, representado no mosteiro, na presença do rei.
• Interrupção súbita da representação, pela entrada abrupta de David Ouguet, desvairado.
• Suposição de que o arquiteto se encontra fora de si e sob o controlo de forças malignas.
• Exorcismo de David Ouguet.
• Interrupção do ato de exorcismo com um ruído ensurdecedor vindo de outra zona do
mosteiro.
• Constatação de que a abóbada da Casa do Capítulo ruíra.
IV – Um rei cavaleiro
Ação
• Conversa entre o rei e outras figuras proeminentes acerca do desabamento da abóbada e
das medidas a tomar.
• D. João I encontra-se com Afonso Domingues, que explicita o conflito latente entre ele e
David Ouguet.
• O arquiteto português recusa-se a reassumir o papel de responsável pelas obras,
considerando que fora afastado injustamente.
• Discussão entre D. João I e o arquiteto português. Afonso Domingues apresenta as suas
condições:
• reintegração dos obreiros portugueses;
• promessa de reerguer a abóbada em quatro meses.
V – O voto fatal
Tempo – 7 de maio de 1401
Ação
• Chegada de D. João I de Lisboa, com prisioneiros castelhanos, que irão retirar os apoios da
abóbada reconstruída. Assim, caso a abóbada desabasse novamente, os mortos não seriam
portugueses.
• Segunda promessa do arquiteto português: é colocada uma pedra no pavimento da casa
capitular, debaixo do fecho da abóbada. Afonso Domingues permanecerá sentado nela,
durante três dias, sem comer nem beber.
• Os apoios da abóbada são retirados e a estrutura não cede.
• Tentativas de demover Afonso Domingues da sua promessa, considerando o seu estado
débil.
• Ao terceiro dia, o arquiteto morre de fraqueza, proferindo como últimas palavras: “A
abóbada não caiu... a abóbada não cairá!” (p. 83).

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