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Relatório 2 - Lab. Física Moderna I
Relatório 2 - Lab. Física Moderna I
Relatório 2
Lei de Stefan-Boltzmann
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Sumário
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3
1.1 Lei de Stefan-Boltzmann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Teoria e Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Objetivos 6
3 Parte Experimental 6
3.1 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Resultados 9
4.1 Tratamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5 Conclusão 16
6 Referências 17
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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Lei de Stefan-Boltzmann
Diferentemente dos dois processos de propagação de calor (condução e convecção), a
irradiação térmica não necessita de meio material para transmitir energia térmica. Dessa
forma, definimos irradiação térmica como sendo a propagação de calor na qual a energia
térmica é transmitida através de ondas eletromagnéticas.
Dentre a diversidade de ondas eletromagnéticas, os raios infravermelhos são os que apre-
sentam efeitos térmicos com maior intensidade. Esses raios, após serem irradiados, podem,
dependendo do meio material, continuar ou não se propagando. O exemplo mais prático da
aplicação da irradiação é a estufa de plantas.
Nas estufas, a luz radiante atravessa suas paredes de vidro transparente, sendo absorvida
pelos diversos corpos contidos em seu interior. Em seguida, a energia absorvida é emitida na
forma de raios infravermelhos que não conseguem atravessar o vidro. Dessa forma, o ambiente
interno mantém a temperatura interna mais elevada do que a temperatura externa.
Outro exemplo de irradiação em nosso cotidiano é o chamado efeito estufa. Esse fenômeno
ocorre pelo fato de o dióxido de carbono e o vapor d’água contidos na atmosfera agirem como
dificultadores da propagação dos raios infravermelhos. Com isso, a energia térmica emitida
pela Terra fica, em parte, retida na superfı́cie terrestre, provocando seu aquecimento. No
decorrer dos anos, esse efeito tem se intensificado, aumentando a temperatura média do
planeta.
Todos os corpos irradiam calor constantemente, perdendo energia. Os corpos sem energia
térmica própria precisam, então, absorver energia para depois emiti-la. Portanto, aquele que
mais absorve é também o que mais pode emitir.
O corpo hipotético, que é um absorvedor ideal e, logicamente, um emissor ideal, é deno-
minado corpo negro. Define-se poder emissivo (E) como a potência irradiada por unidade
de área. No Sistema Internacional de Unidades, conhecido como (SI), a unidade do poder
emissivo é dada em W/m2 (watt por metro quadrado).
Sendo assim, definimos a Lei de Stefan-Boltzmann da seguinte maneira: a energia radi-
ante total que emite um corpo negro por unidade de superfı́cie (E), é proporcional à quarta
potência da temperatura absoluta (T). Matematicamente, podemos expressar:
E = σT 4 (1)
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1 dE 2πc2 h
= RT (λ)dλ = 5 hc/λkT dλ (3)
A dt λ e −1
onde:
c = 3,00 * 108 m/s(velocidadedaluz)
h = 6,62 * 10−34 J.s(constantedeP lanck)
k = 1,381 * 10−23 JK −1 (constantedeBoltzmann)
com:
ϕ ∝ P (T ) (6)
E como também é proporcional à f.e.m. Uth da termopilha, podemos estabelecer que:
Uth ∝ T 4 (7)
caso a termopilha esteja à temperatura de zero Kelvin. Mas como a termopilha está à
temperatura ambiente Ta ela também irradia segundo a lei T4 de modo que devemos escrever:
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sendo R0 a resistência a 0 ºC e,
α = (4,82 * 10−3 )0 C
β = (6,76 * 10−7 )0 C
R(ta )
R0 = (11)
1 + αta + βt2a
Resolvendo a equação (10) para temperatura T, chega-se a:
"s #
1 R(t)
T = 273 + α2 + 4β −1 −α (12)
2β R0
Tanto Rta quanto R(t) são obtidas pela lei de Ohm, ou seja, pelas medidas de voltagem
e corrente através do filamento.
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2 Objetivos
De acordo com a Lei de Stefan-Boltzmann, a energia emitida por unidade de tempo e
por unidade de área por um corpo negro é proporcional à potência quatro da temperatura
absoluta do corpo. A Lei de Stefan-Boltzmann também é válida para os corpos conhecidos
como corpos “cinza”, cuja superfı́cie exibe um coeficiente de absorção menor que um e
independente do comprimento de onda. No experimento, o corpo “cinza” é representado
pelo filamento de uma lâmpada incandescente cuja emissão de energia é investigada em
função de sua temperatura.
3 Parte Experimental
3.1 Material Necessário
• Base barril - PASS;
• Distribuidor;
• Lâmpada de filamento;
• Multı́metro digital;
• Tubo blindado;
• Transformador;
• Resistor de carbono.
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para correntes de até 200 mA-DC, obtendo a resistência à temperatura ambiente. As inten-
sidades de corrente nessa faixa são suficientemente pequenas de modo a desprezar efeitos de
aquecimento.
Foi preparada a montagem experimental da Figura 2. O resistor de 100 ohms é retirado
do circuito. O filamento agora é alimentado por uma fonte de tensão VAC variável em série
com um amperı́metro que permita medidas de corrente alternada de até 6 A. O voltı́metro
é conectado aos terminais do filamento e a voltagem alternada é aumentada em intervalos
de 0,5 ou 1,0 volt até o limite de 8 Vac .
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de poucos milivolts, deve-se usar um amplificador para medidas mais acuradas. O fator de
amplificação deve estar na faixa de 102 ou 103 com o voltı́metro ligado ao amplificador na
escala de 1 ou 10 VDC . Antes de iniciar a leitura da f.e.m. termoelétrica deve-se ajustar um
“zero” apropriado. Isto pode ser feito afastando-se a lâmpada em seu suporte da frente da
termopilha por alguns minutos. O amplificador deve ser usado no modo LOW DRIFT (104
ohm) com uma constante de tempo de 1 s.
Após a lâmpada ser colocada de volta no trilho óptico podem ser tomados os dados, aguar-
dando sempre alguns minutos entre cada medida para que a termopilha alcance o equilı́brio.
Deve-se tomar cuidado para que nenhuma radiação de fundo prejudique as medidas.
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4 Resultados
4.1 Tratamento de Dados
Dando inı́cio ao experimento, foi feito a coleta de dados. Foram tiradas imagens fo-
tográficas dos resultados obtidos a cada um volt a mais fornecido ao sistema. Nas imagens,
o multı́metro à esquerda mostra a voltagem, o multı́metro ao meio mostra a corrente elétrica,
e o multı́metro à direita mostra a radiância total emitida pela luz no aparato. Vale lembrar
que, as medidas fotografadas foram tiradas no dia 20 de março de 2020, para o experimento
de Stefan-Boltzmann, pelo aluno Thomás Silva Correa.
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Figura 6: Sendo fornecido 3 (três) volts (V) ao sistema.
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Figura 8: Sendo fornecido 5 (cinco) volts (V) ao sistema.
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Figura 10: Sendo fornecido 7 (sete) volts (V) ao sistema.
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Como já temos os valores das voltagens e correntes, usamos a equação da Lei de Ohm
para obter os valores das resistividades, que é dada por:
V
R= (13)
I
Usando a saı́da de voltagem DC da fonte de tensão, uma corrente contı́nua de 100 mA e
de 200 mA foram aplicadas ao filamento em série com um resistor de 100 ohm. As voltagens
correspondentes lidas no voltı́metro foram de 16,5 mV e 33,0 mV respectivamente. Nota-
se que dobrando a corrente a voltagem também dobra. Isto mostra que a influência da
temperatura na resistência do filamento já é insignificante para os valores DC escolhidos.
Encontramos então a R(ta):
16, 5
R(ta) = = 0, 165Ω
100
33
R(ta) = = 0, 165Ω
100
Como agora obtemos o valor de R(ta), podemos encontrar o nosso R0 por meio da equação
(11), que é dada por:
R(ta )
R0 =
1 + αta + βt2a
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Montamos uma tabela com os resultados obtidos. Nela, consta os valores da voltagem
(V), corrente elétrica (A), R(Ω), Uth (mV) e temperatura (K).
Para encontrarmos a radiância total emitida pela luz no aparato em função da tempera-
tura, construı́mos um gráfico em escala logarı́tmica.
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Figura 14: F.e.m termoelétrica da pilha em função da temperatura(K).
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5 Conclusão
Através do experimento, foi possı́vel entender com mais clareza sobre a Lei de Stefan-
Boltzmann, ela nos diz que a energia radiante total que emite um corpo negro por unidade
de superfı́cie, é proporcional à quarta potência da temperatura absoluta.
Com base nos dados coletados, foi possı́vel encontrar o valor final de T, para cada R(T)
estipulado. O programa Excel foi utilizado para facilitar os cálculos.
Após os cálculos, foi montada uma tabela com os dados calculados e, por fim, foi cons-
truı́do o gráfico da radiância total emitida pela luz no aparato em função da temperatura.
Conseguimos obter valores bem próximos ao valor teórico para R0 = 0,1791 e o valor de S
encontrado foi de 4,57 + − 12,5%.
Desta forma, foi finalizado o experimento. Os resultados obtidos já eram esperados,
conforme visto no roteiro proposto para o experimento.
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6 Referências
[1] SILVA, D, C M. Lei de Stefan-Boltzmann. Disponı́vel em:
https://www.preparaenem.com/fisica/lei-stefan-boltzmann.htm. Acesso em: 31 JAN de
2022.
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